quinta-feira, 14 de julho de 2016

Turismo na Foz do Velho Chico

Foto: Célia Silva.

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 11/07/2016.

Turismo na Foz do Velho Chico.

No Povoado Cabeço, que foi totalmente “engolido” pelas águas do Rio São Francisco, é possível ainda avistar o farol.

Por: Célia Silva - Equipe JC

A 137 quilômetros da capital chega-se à foz do rio São Francisco, no município de Brejo Grande. Numa visita à cidade de pouco mais de oito mil habitantes, é possível passear por ilhotas, manguezais e, claro, sentir-se na foz do ‘Velho Chico’.

Saindo de Aracaju pela BR-101, o acesso à Brejo Grande é feito pela mesma rodovia que leva a Neópolis, cidade sergipana também banhada pelo Rio São Francisco (ver boxe de como chegar).

Na sede do município é possível fretar pequenas embarcações ou ainda o catamarã que levará uma bela viagem, passando por pequenas ilhas e vegetação exuberante dos manguezais até chegar à foz do rio.

No Povoado Cabeço, que foi totalmente “engolido” pelas águas do Rio São Francisco, é possível ainda avistar o farol. Já na Terra Vermelha, chama atenção os traços físicos dos moradores, a maioria com olhos, cabelos e pele muito claros, resultado da colonização holandesa. Assim como em outras localidades da região, o povoado proporciona banhos refrescantes de água doce.

Mas, se preferir, vá direto ao Povoado Saramém, uma localidade de pescadores que se oferecem a levar o viajante a essas mesmas paisagens por preços que variam de R$ 50 a R$ 70, ida e volta. O marujo para nas ilhotas, e deixa os viajantes à vontade para apreciar o cenário de pura beleza e se banhar nas águas do ‘Velho Chico’.

Para chegar a Saramém é preciso utilizar a estrada que vai ao Povoado de Brejão dos Negros e seguir em frente até alcançaràs margens do Rio São Francisco. A entrada do povoado situa-se alguns quilômetros antes da sede de Brejo Grande. Na passagem, é bom dar uma pequena pausa para beber uma água, comer um bolachão e bater um papo com os remanescentes de um quilombo denominado Brejão dos Negros. Na entrada dessa pequena localidade, a imagem de Padre Cícero e uma igrejinha da padroeira da cidade, Nossa Senhora do Patrocínio, dá as bênçãos aos viajantes para seguir viagem.

O artesanato com a palha do Ouricuri é forte no município e principalmente no Brejão dos Negros. Mulheres e crianças passam as tardes na praça jogando conversa fora e fazendo bolsas, tapetes, cestos e outras peças decorativas com esta matéria-prima. Eles utilizam, também, a palha verde do coqueiro para fazer esteiras e chapéus.
Aos homens, cabe a atividade pesqueira e a catação de caranguejos, siris e guaiamuns extraídos dos mangues. Os pescadores afirmam que o peixe ainda é abundante na região.

Mas, além da sobrevivência, é muito praticada, também na região, a pesca esportiva. Uma empresa sergipana tem passeios na região e uma carteira de clientes de várias partes do Brasil e de outros países que vêm especialmente atraídos pela pesca de robalos e surubins.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

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