quarta-feira, 31 de julho de 2013

Infinita beleza: a luz do sol de Brejo Grande


Infinita beleza: a luz do sol de Brejo Grande/SE.

Caetano Veloso, sem querer, traduziu Brejo Grande:

“Luz do sol, que a folha traga e traduz
Em verde novo, em folha, em graça
Em vida, em força, em luz...

Céu azul, que venha até onde os pés tocam a terra, e a terra inspira e exala seus azuis...
Reza, reza o rio, córrego pro rio, rio pro mar...
Reza correnteza, roça a beira, a doura areia”.

Logo ali, a 137 quilômetros de Aracaju-SE, a beleza é tanta que “quase arromba a retina”, como disse a turista pernambucana Michelle Belo, inspirada na frase de Chico Buarque e nas cores do Rio São Francisco. Quando passa por Brejo Grande, o Velho Chico tem um gosto especial. Esse sabor pode ser o de um pôr do sol estonteante, de um passeio de barquinho ou Catamarã, ou de uma peixada à Maria Izabel no “Carapeba”. Às margens do Rio, o restaurante oferece ao turista uma excelente estrutura, uma boa gastronomia - dessas que a gente guarda na lembrança -, e ainda um deck particular, onde pode ser o ponto de partida para um passeio pelo Rio, passando pela sua foz e por algumas cidades ribeirinhas. O próprio estabelecimento dispõe de Catamarã particular, com 110 lugares. Os sortudos aventureiros fluviais gozarão de serviços de bordo, que acompanham a linha das delícias do Carapeba. Segundo seu proprietário, Paulo Tenório Neto, operadoras de turismo estão descobrindo as potencialidades da região e não deixam de levar turistas. Outra possibilidade, para quem quiser alternar o ponto de partida, pode ser a marina oficial, também com bar, restaurante e embarcações disponíveis para a navegação pelo rio.

Povo e cidade

Espalhado pela cidade, um povo simpático e hospitaleiro. Parando para conversar, o papo pode ser muito bom, pois as lembranças dos antigos moradores são fartas de cultura e festejos. Brejo Grande tem sua origem cultural muito rica: coco-de-roda, quadrilhas, pastoril, reisado, xangô, forró-pé-de-serra, maracatu, entre outras manifestações que a população tenta resgatar. No período de quaresma, principalmente na Sexta-feira da Paixão, a tradição pede a corrida dos judeus, a serra-velho, o batedor de matraca, a procissão dos homens, penitentes (homens que se cortam com navalhas dentro do cemitério à meia noite), além de muitas comidas típicas à base de coco.

No mês de fevereiro, o carnaval da “melação”, onde ninguém fica limpo, todo mundo suja todo mundo de alguma coisa, é uma diversão garantida. No mês de junho, uma das melhores épocas do ano para a região, comemora-se os festejos juninos com muito forró, cavalgada ao povoado Brejão, corrida de argola, apresentação de quadrilhas, ao sabor de comidas típicas: milho assado e cozido, pamonha, pipoca, canjica, arroz doce, mugunzá, pé-de-moleque e quentão. Uma das principais festas do município acontece em 8 dezembro, em virtude de sua santa padroeira, N. Senhora da Conceição.

A curiosa história de Brejo Grande

A história do município é bem curiosa. A região já foi uma ilha. Isso mesmo, o município já foi um dia terra rodeada de água por todos os lados. Os índios Tupinambás viviam na Ilha de Paraúna, doada a Antônio Cristóvão de Barros em 1590. Pertencendo inicialmente a Pernambuco, passou em 1812 para o governo da Bahia, e também devido à ação de José Alves Tojal, um homem local e influente que aterrou parte do canal do rio São Francisco, unindo a ilha à margem sul. Em 1826 tentou-se implantar aí a república, graças aos imigrantes pernambucanos que vieram para Brejo Grande. Em 1926 passou a se chamar São Francisco; em 1943, Parapitinga; voltou ao nome original em 1954.

A palavra Brejo Grande significa terras alagadiças, ou seja , embrejadas, devido ao cultivo de arroz que é uma relevante atividade econômica do município. No dia 2 de outubro de 1926, Brejo Grande ficou conhecida como cidade, sendo emancipada no dia 22 de outubro deste mesmo ano. No início, a cidade Brejo Grande só tinha 4 casas, que eram das famílias donas de terras e engenhos que trocavam açúcar por tecidos, roupas, louças, móveis, que vinham da Europa em navios, porque os meios de transportes utilizados pelos moradores eram barcos e navios pelo rio, além de burros e cavalos, por terra...

Foto e texto reproduzidos do site: noticiasaju.com.br

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