quarta-feira, 31 de julho de 2013

Quando da Comemoração dos 59 anos do Iate Clube de Aracaju




Publicado em 25 de agosto de 2012.
Quando da Comemoração dos 59 anos do Iate Clube de Aracaju.
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Iate Clube de Aracaju comemora 59 anos
Festa hoje promete resgatar passado de glória do espaço
Por Sílvio Oliveira

Cinquenta e nove anos de história e muito que lembrar e celebrar. Em 25 de agosto de 1953 nascia o Iate Clube de Aracaju (Icaju), cujo espaço foi construído para incrementar o esporte náutico em Sergipe, mas que por muito tempo proporcionou e proporciona o melhor do lazer e do encontro da sociedade sergipana.

As primeiras projeções aconteceram ainda na mente de 11 sergipanos, que juntos pensavam em construir um clube para fomentar os esportes náuticos à vela em Aracaju. Não demorou muito e o pensamento foi colocado em prática na assinatura da ata de fundação do Iate Clube de Aracaju (Icaju), ocorrida na sede do Clube Desportivo Sergipe e que teve como primeiro comodoro Alcebíades Vilas Boas.

“Foi escolhido o vermelho do Sergipe, o azul do Cotinguiba e o branco do Aracaju Clube do Remo, um clube do bairro Industrial”, lembra o atual comodoro, Fernando Sobral, ao lembrar das cores do Icaju (última foto à direita).

Para a construção da sede social, os 500 primeiros sócio-proprietários pagavam todos os meses uma quantia, e dessa arrecadação, em 1958, foi inaugurada a primeira sede social da Praia 13 de Julho.

Com cinco anos de criado, o Iate Clube de Aracaju reunia a nata da sociedade sergipana que comprava títulos de sócios. Os velejadores recebiam incentivos do próprio Iate, para participarem de competições. Com o incremento e compra de barcos, em poucos anos de fundado, o Icaju virou referência na prática dos esportes náuticos em competições nacionais e internacionais.

Em 1971, o então comodoro Murilo Dantas inaugurou o salão Tennyson Freire com o objetivo de realizar eventos para os sócios. O salão foi inaugurado com a participação de autoridades, políticos, empresários e muita pompa, no clima de reveillon desse mesmo ano.

Dois anos depois, inauguram-se as piscinas. O comodoro Ronaldo Calumby Barreto teve o privilégio de inaugurá-las e com isso, duplicar a quantidade de sócios, transformando o espaço na principal área de lazer das famílias aracajuanas mais abonadas financeiramente.

O comodoro Laonte da Silva Gama inaugurou, em 26 de abril de 1987, a sede náutica do Mosqueiro, uma iniciativa que veio beneficiar ainda mais o esporte à vela e os sócios proprietários de barcos.

Complementando as benfeitorias realizadas no Iate Clube, a administração Tarcísio José Carneiro Leão, assessorado pela diretoria de manutenção, fez funcionar novos espaços, a exemplo do restaurante Pier - com coordenação de João do Alho -, hoje funcionando o Bar do Bel.

Bailes, Havaí, forrós dos Namorados

Os bailes de carnaval no salão Thennyson Freire eram tradicionais e o forró dos namorados, à beira-rio, levavam para o clube até sergipanos que não tinham tradição de ir a festas, ou seja, era no Iate onde todo mundo se encontrava. No Baile do Havaí os “brotinhos” procuravam seus pares em paqueras no entorno da piscina e os bailes de reveillon eram disputados, tamanha a pompa do evento, que atraia os holofotes dos meios de comunicação.

Na boate Saveiros, os aracajuanos conheceram os ritmos alucinantes das pistas de dança. O novo espaço acompanhava o crescimento dos filhos dos sócios, mas não teve como competir com os novos espaços que eclodiam na noite aracajuana, a exemplo do Augustu’s.

Mudanças culturais e resgate

Com o advento dos novos espaços de lazer, da mudança urbanística, projetando a noite de Aracaju para a Zona Sul, com a retirado do status de ponto de encontro dos clubes para outros espaços, como os shoppings, e com a garotada passando de “broto” para “tiozão”, a mudança cultural foi sentida na quantidade e presença de sócios. A decadência dos Iates Clubes em todo o país também se espelhou em Sergipe.

“Aqui esteve em situação difícil, como hoje estão o Iate de Maceió. O de João pessoa, a Prefeitura tomou por falta de pagamento do IPTU. Aqui já esteve prestes a fechar suas portas”, lembra o comodoro Sobral.

As coisas foram mudando, a sociedade foi crescendo, os velhos carnavais do Iate Clube deram espaço aos carnavais das praias do Saco, do Abais, Pirambu e das grandes multidões em praça pública. Os prédios e condomínios fechados viraram verdadeiros clubes privados.

À luz dos olhos dos sócios, o Iate definhava e quase fecha suas portas, mas não aconteceu. Nas gestões atuais, o clube está sendo administrado como uma empresa e a saúde do Icaju começa a melhorar. E é nesse clima de resgate que a diretoria iateana deixou de pensar em somente ser em ser clube e colocar em prática a tese de clube-empresa, resgatando os velhos sócios, locando espaços disponíveis e melhorando as instalações físicas.

“O baile do Havaí parou em 1993 e retornou assim que assumi . Vem crescendo cada vez mais com fantasias, marchas, frevos, agradando muito os antigos sócios do clube. Estamos fazendo o aniversário do clube e o Forró dos Namorados. Vamos trabalhar para trazer o reveillon à beira-rio”, revelou Fernando Sobral .

Muita saúde para mais 59 anos

Atualmente são mais de 3 mil sócios, desses 1.117 pagando uma taxa de R$ 90 mensais. “Tem que ser trabalhado como clube-empresa. Se tem um espaço onde pode fazer locação, que faça. Nosso salão é o que dá mais receita. Alugamos para qualquer tipo de evento. O Iate Clube de Aracaju vai bem e não deve a ninguém. Temos condições de oferecer aos associados um clube com bastante saúde”, comemora Sobral.

O glamour tomará conta novamente do Icaju na noite deste sábado (25), quando completa 59 anos. Desta vez, com uma novidade: a inauguração do ar-condicionado central do salão nobre. Com um pensamento de um jovem de meia-idade, o Icaju está com saúde e vai bem. Com direito a usufruir das lembranças do passado, e com a experiência, respaldar um futuro baseado nas mudanças culturais e sociais do presente. Só assim terá bem mais caminho pela frente.

Fotos: Arquivo do clube.

Texto e imagens reproduzidos do site: f5news.com.br

Um comentário:

  1. O Iate Clube de Aracaju, infelizmente, ñ é mais aquele. Mudou. Eu vi danças de salão, festivais, jogos na pequena área e q assim mesmo praticava o futebol, e outros mais. Era pessoas de paletó e gravata. Foi uns tempos dourados. Eu ñ sei hj, mas, eu acho q gatos e cachorro de 2 patas cheio de sarna está tendo acesso se comparar pessoas de elite naquelas épocas q a cada dia vai se distanciando

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