sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Projeto Tamar de SE fará soltura de 40 tartaruguinhas

Foto: Jadilson Simões/Equipe JC.

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 02/01/2016.

Projeto Tamar de SE fará soltura de 40 tartaruguinhas
Animais vão ser lançados no dia 2 de janeiro, às 17h, na Praia de Atalaia.

Por: Andréa Vaz/Da Equipe JC.

O Projeto Tamar de Sergipe fará a primeira soltura de tartarugas de 2016 neste sábado, dia 2 de janeiro, às 17 horas, na Praia de Atalaia, quando em torno de 40 tartaruguinhas serão devolvidas ao mar. Antes da soltura, adultos e crianças vão poder tocar no animal e receber orientações sobre a espécie, além do projeto de recuperação destes animais. A ação faz parte do trabalho de educação ambiental e da programação de férias do Projeto Tamar e Oceanário de Aracaju. A programação, que teve início no dia 25 de dezembro e segue até o dia 31 de janeiro, inclui ainda alimentação dos tubarões, tanque interativo e oficinas artísticas, entre outras atrações.

Segundo o biólogo Rauber Santos Garcia, do Projeto Tamar em Aracaju, mais de 10 mil tartarugas foram soltas em Sergipe em 2015. Ainda de acordo com ele, das cinco espécies marinhas encontradas no Brasil três costumam desovar mais nas praias sergipanas. São elas: Oliva, Cabeçuda e de Pente, considerada a mais trópica de todas as tartarugas marinhas e criticamente ameaçada.

Rauber alerta que as cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil continuam ameaçadas de extinção, segundo critérios das listas brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Dessas, quatro desovam no litoral - e, por estarem mais expostas, são as mais ameaçadas: Cabeçuda (Caretta caretta), de Pente (Eretmochelys imbricata), Oliva (Lepidochelys olivacea) e de Couro (Dermochelys coriacea).

Já a tartaruga Verde (Chelonia mydas) está menos exposta, pois desova principalmente nas ilhas oceânicas (Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Trindade), onde a ação predatória do homem é mais controlada, o que contribui com a estabilidade da sua população. Vale lembrar que muitas espécies já se extinguiram nos últimos milhões de anos.

De acordo com os biólogos do Tamar, de cada mil filhotes que nascem somente um ou dois conseguem atingir a maturidade. Isso porque são inúmeros os obstáculos que enfrentam para sobreviver, mesmo quando se tornam juvenis e adultos. Mas, além dos predadores naturais, as ações do homem estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, como a pesca incidental, ao longo de toda a costa, com redes de espera, e em alto mar, com anzóis e redes de deriva; a fotopoluição; o trânsito de veículos nas praias de desova; a destruição do habitat para desova pela ocupação desordenada do litoral; a poluição dos oceanos; e o aquecimento global.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

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