quinta-feira, 6 de abril de 2017

Borboletas de Sergipe são catalogadas

 Pesquisadores Luziany Queiroz, Wildio Ikaro e Luis Anderson.

As borboletas ajudam a identificar o grau de preservação do meio ambiente. 

A Serra de Itabaiana, localizada na Região Agreste do estado, 
é conhecida pela vasta diversidade ambiental. 

As borboletas catalogadas são incluídas na coleção entomológica da UFS. 

Espécies de armadilhas são montadas no local, 
juntamente com iscas,  para capturar os indivíduos. 
Fotos: Arquivo pessoal de Luis Anderson.

Publicado originalmente no site Comunicação Vip, em 20 de março de 20170.

Borboletas de Sergipe são catalogadas.

Pesquisadores visam a preservação das espécies.

Três pesquisadores estão realizando um estudo pioneiro com o objetivo de conhecer, pela primeira vez, a diversidade de borboletas no nosso estado. O projeto, que teve início em 2014, busca fazer o levantamento e a catalogação das espécies encontradas no Parque Nacional da Serra de Itabaiana, localizado na Região Agreste.

Com o apoio da FAPITEC/SE/CNPq, a pesquisa é coordenada pelo Doutor em Ciências Biológicas e professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Luis Anderson Ribeiro Leite, com participação dos pesquisadores  Wildio Ikaro da Graça Santos e Luziany Queiroz-Santo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

De acordo com o professor, conhecer a fauna e flora de qualquer localidade é extremamente importante para a manutenção da biodiversidade e preservação ambiental. Se as borboletas estão presentes, é sinal que o meio ambiente está saudável. Através delas é possível identificar a diversidade de recursos alimentares, qualidade do ar e da água.

“Sem conhecer as borboletas existentes, ficamos sem entender a diversidade ao redor e sua importância nas relações ecológicas e indicação de qualidade ambiental. Estes são motivos para a iniciação de planos de preservação de vários ambientes”, explica Anderson Leite.

A riqueza ambiental e o histórico de outras pesquisas sendo realizadas no Parna de Itabaiana motivaram a definição do local, como explica o pesquisador.

“Inicialmente, qualquer local seria um tesouro, pois nada era conhecido em Sergipe. Adicionalmente, a área em si possui, além de sua grandeza territorial, áreas diferenciadas de vegetação, que trazem mais riqueza aos resultados do trabalho. A possibilidade de permanecer na área por 2 ou 3 dias com acomodação na sede do local também ajudou”, disse.

Mais de 200 espécies de diferentes cores e tamanhos já foram catalogadas e quase 2.000 exemplares coletados. Até então, Sergipe não possuía nenhum dado sobre o assunto.

A catalogação

Os exemplares são coletados em campo e trazidos, posteriormente, para o Laboratório de Entomologia da UFS, onde são trabalhados de acordo com metodologia apropriada e conservados na coleção entomológica do departamento de biologia da universidade.

“Todos os espécimes são identificados e organizados de acordo com categorias taxonômicas como ordem, família, subfamília, gênero e espécie, e colocados em gavetas na coleção, onde permanecem guardados sob condições de temperatura e luminosidade adequadas para sua preservação”, pontuou Anderson.

Segundo o pesquisador, a criação e manutenção de uma coleção de insetos é fundamental para os estudos de biodiversidade, classificação e para outras pesquisas acadêmicas que venham a ser realizadas futuramente.

Resultados

Após a conclusão da pesquisa em abril deste ano, os resultados serão divulgados em revistas científicas. Além disso, os pesquisadores pretendem preparar o primeiro guia sergipano sobre o assunto, que será fundamental para a construção de planos de preservação ambiental do local.

Segundo o pesquisador, foram encontrados indícios de novas espécies, o que é muito importante para a região. “Posso adiantar que a diversidade encontrada foi superior às expectativas. Devemos proteger aquela localidade e a vida ali existente”, ressaltou.

Por Layanna Machado, da equipe VIP.

Texto e imagens reproduzidos do site: comunicacaovip.com.br/borboletas

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