terça-feira, 17 de julho de 2018

Artista plástica destaca o ser iluminado em suas telas

A artista plástica Edjane Leite da Silva Monteiro 
leva a arte para pacientes com esquizofrenia
Foto: Cesar de Oliveira

Publicado originalmente no site do Portal Indonet, em 16 jul 2018

Artista plástica destaca o ser iluminado em suas telas

A artista plástica Edjane Leite da Silva Monteiro, baiana de Paulo Afonso, mas sergipana de fato e de direito (recebeu recentemente na Assembleia Legislativa de Sergipe, o Título de Cidadã Sergipana), vem realizando um importante trabalho por meio da arte abstrata, destacando nas suas telas, o ser iluminado. Em meio às criações artísticas, ela encontra tempo para cuidar de 19 pessoas com esquizofrenia.

Idosos pintando
Foto: Divulgação/Facebook Meu Aconchego.

“O meu trabalho foi por um período, o figurativo, mas eu senti que precisava fazer algo que viesse de dentro de mim. Nessa procura, fui atrás de fazer algo bonito, mesmo sendo abstrato, mas que a pessoa olhe sinta algo colorido, que transforme. Por conta disso eu comecei a falar do ser iluminado, ou seja, do ser bom, pois a gente a já vê tanta miséria, tanta coisa no mundo”, explica acrescentando que nos seus trabalhos artísticos, costuma destacar a maternidade, como algo sublime, a exemplo da felicidade e da harmonia.

Ela conta que também retrata nos seus quadros, a sensualidade da mulher e que a inspiração para transformar uma tela em branco numa obra de arte, chega muitas vezes de repente.  “Muitas vezes eu estou dentro do carro, olho para o céu e vejo uma nuvem; nessa nuvem eu vejo alguma formação e quando chego em casa eu quero colocar um colorido nela. Tem momentos que eu me inspiro mais. Às vezes me acordo de madrugada para orar ao Senhor e aí vem as ideias e eu sinto a necessidade de fazer ”, destaca.

Entre uma tela e outra, a artista plástica encontra tempo necessário para dar aulas de pinturas à pessoas com esquizofrenia do Residencial para Idosos Meu Aconchego e de crianças e adolescentes do Projeto Luz do Sol, desenvolvidos nas cidades de Aracaju e Nossa Senhora da Glória.

“Eu sou a curadora de 19 pessoas com problemas mentais, esquizofrênicas severas e me sinto como mãe, porque são pessoas que não tiveram uma mãe para cuidar, não tiveram uma família. Eu sinto que necessitam desse amor e é essa ligação que me faz sentir como mãe deles”, enfatiza.

Fonte: Alese

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

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