terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Sílvio Romero (1851 - 1914)


Sílvio Romero (1851 - 1914).

Silvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero, pensador da cultura brasileira, nasceu em Lagarto, em 21 de abril de 1851, e faleceu no Rio de Janeiro, em 18 de julho de 1914 com 63 anos.

Em 1863, vai estudar preparatórios no Ateneu Fluminense. Regressa ao Nordeste em 1868 e matricula-se na Faculdade de Direito do Recife. Ele e seu inseparável companheiro Tobias Barreto criam o movimento denominado “Escola do Recife”, direcionado à renovação da mentalidade brasileira, sendo precursores da chamada poesia filosófica - cientifica.

Filia-se a um pequeno grupo de estudiosos do nosso folclore e logo se põe à vanguarda deles, marcando, com segurança, as primeira diretrizes aos estudos das nossas tradições populares com a classificação das manifestações folclóricas.

Seu espírito critico o afasta das idéias de comte e o transporta para filosofia evolucionista de Spencer, na busca de métodos objetivos de análise critica e apreciação do texto literário.

Inicia na imprensa com a publicação monográfica: A poesia contemporânea e a instituição naturalista. Mantém sua colaboração, ora como ensaísta e critico, ora como poeta, nos principais jornais pernambucanos.

Exerce a promotoria e atraído pela política, elege-se deputado para Assembléia Provincial de Sergipe, em 1874. Em fins de 1875, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde em Parati exerce a magistratura, e ali se demora por méis de dois anos. Na imprensa do Rio de Janeiro, Silvio Romero torna-se literariamente poderoso. Admirador incondicional de Tobias Barreto, por vezes o coloca acima de outros grandes poetas.

Pesquisador bibliográfico sério e minucioso, Romero preocupa-se, sobretudo, com o levantamento sociológico em torno de autor e obra. Sua força está nas idéias de âmbito geral e no profundo sentido de brasilidade que imprime em tudo que escreve. A sua contribuição à historiografia literária brasileira é, sem duvida, a mais importante de seu tempo.

Era membro do instituto Histórico e geográfico Brasileiro, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e de diversas outras associações literárias.

Sílvio Romero foi também um dos grandes responsáveis pela valorização das tradições populares, recolhidas nas obras sobre o folclore. Quem examina a obra folclórica deixada por Silvio Romero sente logo a força afetiva que o ligava às nossas tradições. E é bem possível que o estudo penetrante dessas tradições do povo fosse para ele – homem rebelde, apaixonado e agressivamente franco nas suas opiniões e conceitos – consolo suave para os momentos agitados de sua vida. Ele mesmo o disse, referindo-se às pequenas jóias da poesia popular: “Ainda agora sinto no ouvido a melodia simples e monótona desses e d’outros versinhos do gênero: e invade-me a saudades, doce companheira, a quem devo, no dias tristes de hoje, as raras horas de prazer de minha vida.”

Este é o ilustre pensador Sílvio Romero – além de pioneiro da literatura brasileira, também pioneiro do nosso folclore, a quem se prestaram em todos os recantos do Brasil, as mais justas homenagens de reverência e admiração.

Romero, era sergipano e havia estudado direito em Pernambuco. Ele e seu inseparável colega Tobias Barreto, fizeram parte do movimento que ficou conhecido como escola do Recife, responsável pela divulgação no Brasil de muitas idéias cientificas e filosóficas, especialmente o evolucionismo. Romero foi muito mais que um polemista. Sua contribuição ao pensamento brasileiro é uma magnitude incomensurável. Pesquisador do folclore e da literatura popular, foi dos primeiro a estudar a influência cultural africana na formação do Brasil – e criticava o romantismo justamente por sua ênfase exagerada no indianismo.

Sílvio Romero foi o primeiro - e talvez o Único – a discordar do humorismo e pessimismo de machadiano, sendo por isso o pioneiro no trato da questão das influências não só dos humoristas britânicos, mas também dos filósofos pessimistas. Para o ousado evolucionista sergipano, o humour só podia ser verdadeiro, ou genuíno, quando se confundia com a índole do escritor, que por sua vez era produto da psicologia, da raça e do meio do seu povo.

Escritor, poeta, filósofo, sociólogo, político, critico literário brasileiro e historiador da literatura no Rio de Janeiro, no Colégio Atheneu Fluminense, formando-se em Recife, como Bacharel em Direito. Exerceu atividades como representante do ministério Público em Sergipe. Chegou a ser magistrado, emprestando seu saber nas comarcas por onde passou. Foi professor de Filosofia no Colégio Pedro II e de filosofia do Direito na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro.

Sílvio Romero, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, tendo também ocupado uma cadeira no Instituto Históricos e Geográficos Brasileiros. No governo de campos Sales, foi Deputado Provincial e Federal, por Sergipe. Representou o Brasil em conferências internacionais, destacando-se a de 1904, quando foi agraciado com a comenda de São Tiago, pelo rei D. Carlos, de Portugal...

Texto e foto reproduzidos do site: silviooimortal.blogspot.com.br

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