sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Registro de homenagem a Jackson da Silva Lima, em abril/2011


No Dia Estadual do Livro, Secult homenageia escritor sergipano.

Publicado em 8 de abril de 2011 por IMD Instituto Marcelo Déda.

Quinzenalmente, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através da Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPED), promove a Roda de Leitura do Proler. Mas, na última quinta-feira, 07 de abril (2011), o encontro ganhou um contorno especial: a comemoração ao Dia Estadual do Livro, com tributo a Epifânio Dória, patrono da biblioteca, e homenagem ao escritor Jackson da Silva Lima, por sua colaboração à cultura sergipana.

Os participantes da Roda de Leitura discutiram as particularidades da obra de Jackson antes da homenagem. As referências ao folclore sergipano e o uso constante de onomatopéias em seus textos foram os pontos altos da discussão. Em seguida, o escritor Wagner Ribeiro foi o responsável por guiar o público presente pela bibliografia e história de vida do homenageado, filho de lavradores analfabetos de Aquidabã.

Jackson recebeu das mãos da diretora da BPED, Sônia Carvalho, uma placa que simbolizava a homenagem da Secult ao seu trabalho no desenvolvimento da cultura sergipana. “A contribuição do escritor Jackson da Silva Lima à cultura sergipana não se limita apenas aos livros que escreveu, nem aos artigos que publicou. Ele foi um dos grandes responsáveis no processo de preservação de obras raras da nossa biblioteca”, conta Sônia.

Após as palavras de Wagner, Sônia, da escritora Gizelda Morais, e do historiador e cientista político Ibarê Dantas, o homenageado descreveu o sentimento ao ter seu trabalho reconhecido pelo poder público. “É uma grande emoção e uma grande satisfação também, mas é importante salientar que todo o meu trabalho foi em prol da cultura sergipana. As homenagens, os títulos, o reconhecimento, é apenas uma agradável conseqüência”, declara Jackson.

Sobre o homenageado

Jackson da Silva Lima é sergipano de Aquidabã. Foi funcionário dos Correios e Telégrafos, da Justiça Federal, onde exerceu a chefia da Secretaria, aliando as suas responsabilidades funcionais com o trabalho de pesquisador, historiador e crítico

Em 1967 reunia e publicava Esparsos e Inéditos de José Sampaio, rendendo homenagens ao poeta dos humildes, iniciando uma série de antologias, contemplando vários autores, como Artur Fortes, Fausto Cardoso, Pedro de Calasans, José Maria Gomes de Souza, José Jorge de Siqueira Filho, sem perder de vista Tobias Barreto, a sua grande referência na literatura.

Além de experimentar a linguagem poética, Jackson da Silva Lima tem livros de ficção, nos quais renova a linguagem literária sergipana. O Cão na Moita, O Monobelo são exemplares demonstrações do domínio que o autor tem dos textos, personagens, reinventando a realidade, que é o grande papel da literatura.

No Mecanismo lingüístico das empulhações, Jackson da Silva Lima revisita uma das linguagens mais comuns do populário, de destreza mental, vivacidade, duplo sentido, tratando-a com o rigor que a ciência recomenda aos críticos. E muito mais fez, dando a Sergipe uma eloqüente lição de cidadania cultural, que o torna credor do justo reconhecimento por parte dos sergipanos e dos seus representantes, nas diversas esferas do Poder.

Texto e imagem reproduzidos do site: institutomarcelodeda.com.br

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