quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Conhecer Sergipe

Foto: Jorge Henrique/Equipe JC.

Publicado originalmente no site Jornal da Cidade, em 27/04/2015.

TURISMO.

Conhecer Sergipe.

Os sergipanos não conhecem Sergipe e não têm nenhum estímulo para fazer isso.

Por: Célia Silva/Equipe JC.

Os sergipanos não conhecem Sergipe e não têm nenhum estímulo para fazer isso. Dentro do Estado, a vida das pessoas se resume às visitas aos municípios em que nasceram e/ou têm familiares, àqueles que têm praias ou banhos de rios, a exemplo dos que margeiam o Rio São Francisco, Aracaju, a capital, e períodos de festas, como carnaval, São João, São Pedro, vaquejadas e cavalgadas.

Sergipe pode ser opção de passeios para o seu próprio povo. O Estado tem cidades históricas como Laranjeiras, São Cristóvão e Estância, dispõe de museus nas suas cidades históricas e na capital (Museu da Gente Sergipana e o Olímpio Campos), dezenas de igrejas antigas (algumas das quais do período Barroco), cinco cachoeiras em Nossa Senhora de Lourdes, Macambira (São Francisco), Lagarto (Saboeiro), Canindé de São Francisco (Lajeirão) e Itabaiana.

Além das praias da Coroa do Meio, Atalaia, Banho Doce, Aruana, Mosqueiro e Viral, em Aracaju, há opções de banho de mar na Barra dos Coqueiros, Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande, Itaporanga D’Ajuda e Estância e nas cidades banhadas pelo “Velho Chico”, entre as quais Canindé, Porto da Folha, Gararu, Telha, Propriá, Neópolis e Ilha das Flores, entre outras.

Aos interessados em conhecer, o Estado coloca à disposição várias ilhas, destacando-se as Ilhas da Paz do Paraíso, Grande (nos estuários dos Rios Vaza-Barris) e a Ilha de Arambipe (na foz do Rio São Francisco) Santa Luzia, que abriga o município de Barra dos Coqueiros. Em São Cristóvão ficam as Ilhas de Patatiba ou Ilha da Veiga em Porto da Folha, a Ilha de São Pedro, onde moram os índios Xocó.

Há opções para conhecer as Serras Negra (ponto culminante do Estado, com 742 metros de altitude), Comprida, Palmares, Miaba, Itabaiana, Cajueiro, Capunga, Aguilhadas, Jabiberi, Boqueirão, Macota, Cajaíba entre outras.

Sergipe tem, proporcionalmente, uma das maiores concentrações de bacias hidrográficas, as dos Rios São Francisco, Japaratuba, Sergipe, Poxim, Pitanga, Vaza-Barris, Piauí e Real. Em algumas delas há passeios de barcos tipo catamarãs e pequenas embarcações para aluguel.
Os grupos folclóricos se fazem presentes em todo o Estado, merecendo destacar entre eles o Reisado e o Guerreiro, em Propriá, Riachuelo, Pacatuba e Aracaju, a Taieira, em Japaratuba e Laranjeiras; Bacamarteiros; Lambe-Sujo; Caboclinhos; o Cacumbi, em Laranjeiras; e Parafusos, em Lagarto.

Sergipe oferece ainda aos sergipanos animados festejos juninos em Aracaju, Capela, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Itaporanga D’Ajuda e Itabaiana. A Embratur pretende começar a vender internacionalmente essas festas e seria uma boa opção para o Estado fazer presente essas atividades na agenda turística internacional.

Em junho, Sergipe transforma-se em um dos maiores arraiás do país, concorrendo com Pernambuco e Paraíba. O Estado fica em festa durante os 30 dias do mês. São casamentos e bailes caipiras, missas de vaqueiros, Festa do Mastro, fogos de artifício, barcos de fogo, concursos de quadrilhas e muita zabumba, xaxado, baião, forró, triângulo e sanfona.

Os municípios de Estância e Capela apresentam uma grande queima de fogos, um espetáculo inédito no Brasil e no mundo, destacando-se as Guerras de Buscapés, Barcos de Fogo e Espadas, ao som do ritmo quente do Samba de Coco, Pisa Pólvora e do Batalhão de Fogo.

Como se vê, há opções para estimular os sergipanos a circularem dentro de seu Estado e conhecer um pouco mais de sua história e suas vidas cultural e econômica. Mas, lamentavelmente, ainda nos dias de hoje tem sergipano na capital que não conhece o interior e muita gente do interior que nunca teve em uma praia na capital ou até nunca viram o mar. O poder público poderia estimular o turismo interno levando os estudantes e professores, inicialmente, a conhecer Sergipe e depois atuarem como agentes propagadores daquilo que viram.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário