sábado, 28 de novembro de 2015

Moradores recordam evolução de Canindé de São Francisco

 Imagem da antiga sede de Canindé do São Franscico.

 Caldeira de antiga fábrica de coturme que as margens do rio.

Turistas de todo o país se encantam com a paisagem que
serviu de cenário para Cordel Encantado.
Créditos F/1 e F/2 - Reprodução/TV Sergipe.
Crédito F/3 - Flávio Antunes/G1.

Publicado originalmente do site Do G1 SE, em 24/11/2015

Moradores recordam evolução de Canindé de São Francisco.

Município comemora 62 anos nesta quarta-feira (25).
Cidade tem população de mais de 28 mil habitantes.

Do G1 SE

O município de Canindé de São Francisco comemora 62 anos nesta quarta-feira (25) e atualmente possui uma população de mais de 28 mil habitantes, de acordo com o IBGE. A cidade acolhe muita gente de fora e os moradores comemoram o crescimento da economia e turismo local.

No relevo de Canindé encontram-se colinas cobertas por uma vegetação de capoeira e caatinga. A região está inserida na bacia hidrográfica do Rio São Francisco e nela encontra-se a Usina hidroelétrica de Xingó. Além do São Francisco, o riacho Lajedinho e o Rio Curituba drenam a região. A agricultura, pecuária, avicultura e turismo aquecem a economia do município.

“Canindé me deu a oportunidade de recomeçar a minha carreira profissional. Tenho orgulho de viver aqui nesta cidade acolhedora. Sou feliz em morar aqui e ainda sou presenteado com o clima e belezas naturais”, vibra Tânio.

No coração do sertão sergipano, riquezas que vão além do contraste entre a seca, e seus resistentes mandacarus, e a exuberância do Velho Chico. E é nas ruas que os moradores recordam a história da cidade.

“Para mim, Canindé de São Francisco significa oportunidade de vida. Cheguei aqui em busca de estabilização profissional e financeira e consegui, aqui é possível viver em paz com tranquilidade”, comemora Jô.

O dia em Canindé começa cedo e um hábito comum para muitas famílias é reunir todos no café da manhã. A família da dona de casa Marina Alice dos Santos é grande e aos poucos vão chegando filhos e netos. Assim como o seu companheiro, Adair Martins, Mariana é alagoana, mas juntos criaram raízes em Canindé.

O amor dos pais pela terra que os acolheu, enche de orgulho os filhos. Maria José Messias dos Santos se emociona ao falar da preocupação que tem sobre o bem maior da cidade, na visão dela é o Rio São Francisco.

“É muito triste acompanhar a situação do rio que está passando por uma degradação muito grave. As pessoas precisam acordar para esta realidade e fazer algo para não deixar o rio morrer”, disse.

Em1629 vieram os primeiros desbravadores. No século XX, mais precisamente na década de 30, a cidade ainda não passava de um povoado às margens do rio, com pouco mais de 100 casas, e tinha a nomeação de 2º distrito de paz do município de Porto da Folha. D Canindé, a Curituba e então Canindé de São Francisco. Ao longo do tempo decretos de lei, transformaram o nome do povoado, até que ele se tornasse um município emancipado em 25 de novembro de 1953.

A aposentada Maria Auxiliadora Melo de Britto relembra como era a vida na Canindé Velha, às margens do rio. “Naquela época a cidade tinha poucas casas e todo mundo se conhecia, não havia violência. Os moradores saiam e deixaram as casas abertas e ninguém entrava para levar objetos de valor. Ninguém roubava nem fazia mal ao próximo. As serestas eram a nossa diversão e não tinha brigas nas festas”.

A diretora da primeira escola da antiga Canindé, dona Dora se lembra em detalhes da mudança dos moradores para a nova sede da cidade, na década de 80, com a chegada da Hidroelétrica de Xingó. “A fase foi traumática para os moradores porque o prefeito da época foi o primeiro a se mudar para a Canindé de cima. No início eu dava aulas na escola nova e também na velha para os alunos que ainda não haviam se mudado”.

A professora Vera Avelino comemora o aniversário da cidade dando aula de história para os alunos. “É importante que a gente conheça a nossa história e amo contar como tudo aconteceu para os alunos. Eles se interessam muito e fazem perguntas. Sou apaixonada pela cultura e é um prazer estudar e passar meus conhecimentos”.

Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe

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