terça-feira, 17 de novembro de 2015

Joana Côrtes lança 'Dossiê Itamaracá' em Aracaju

  Joana Côrtes lançou o livro em Aracaju.

 História de vida dos pais da autora motivaram a produção do livro.

Infonet > Cultura > Noticias > 12/11/2015.

Joana Côrtes lança 'Dossiê Itamaracá' em Aracaju.

História de vida dos pais da autora motivaram o livro

A noite foi de alegria para a jornalista e historiadora sergipana, Joana Côrtes, que lançou nesta quinta-feira, 12, o livro Dossiê Itamaracá. A obra, que é resultado da dissertação de mestrado em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ganhou a 2ª edição do Prêmio Memórias Reveladas do Arquivo Nacional.

Joana Côrtes é filha dos ex-presos políticos Ana Côrtes e Bosco Rolemberg. E foi a partir da história de vida deles, que ela resolveu reviver os dias de luta dos presos políticos na Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco.

“O dossiê nasceu de um incômodo por não saber a história dos meus pais, de não ter visto isso direito nas escolas e de me perguntar por que ainda hoje existem ruas e escolas com nomes de ditadores. Eu sempre soube que eles eram ex-presos políticos, mas nunca conversamos muito sobre isso dentro de casa. A partir de uma exposição com telas produzidas pelo meu pai na prisão, vieram documentos, fotos, cartas, diários de greves de fome. E então, procurei outros presos para entrevistas e saber desse cotidiano de resistência dentro das celas”, revela.

O livro, que para a autora, é resultado de um misto de pesquisa, solidariedade e amor ao próximo, traz aos leitores um olhar diferente a cerca da ditatura do país. “O Dossié foi um processe de refazimento dessa memória afetiva e história. É um olhar que só eu pideria ter, porque é pessoal vem de dentro”, comenta a autora.

A partir da pesquisa em acervos, sobretudo nos arquivos pessoais de ex-presos políticos e do DOPS de Pernambuco, a autora percorreu meticulosamente fotografias, diários de greves de fome, correspondências, jornais da época, atrás de indícios, anotações, carimbos e silêncios – igualmente provocadores de sentido – para compreender como um coletivo de presos políticos da Penitenciária Barreto Campelo, na ilha de Itamaracá, em Pernambuco, resistiu e atuou, entre 1973 e 1979, para integrar e fortalecer os movimentos pela anistia no período de luta pela abertura política e fim dos 21 anos de ditadura civil-militar (1964-1985) no país.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

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