segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Dia da Consciência Negra em Aracaju.

Foto: Ascom/UGT

Publicado originalmente no site f5news, em 20/11/2015.

Cotidiano/Cultura.

Apresentações culturais celebram Dia da Consciência Negra em Aracaju.

Igualdade racial ainda é uma barreira a ser vencida no País

Por Ana Rolemberg e Fernanda Araujo.

Quem passava pelo calçadão da Rua João Pessoa, no Centro de Aracaju (SE), percebeu uma movimentação diferente. O espaço foi palco de comemoração e reflexão sobre o Dia da Consciência Negra. Grupos folclóricos, samba de pareia e capoeiristas se apresentaram na manhã desta sexta-feira (20).

A discriminação racial, infelizmente, ainda é um fato vivenciado pela população negra. Diversos homens e mulheres brasileiros são cotidianamente agredidos nas ruas, pelo simples fato de terem nascidos negros. Racismo é a doutrina que considera indivíduos superiores a outros por características de raça, como a cor da pele.

Diversas leis foram editadas para tentar gerar a igualdade racial e criminalizar a prática de racismo. A primeira, de autoria de Afonso Arinos de Melo Franco, foi criada em 1951. A lei proibia a discriminação racial no país, mas se mostrou ineficiente por não punir com rigor.

O coordenador da juventude da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Luan de Oliveira, avalia que o dia 20 de novembro é de extrema importância para a população. “Esta data vem justamente para uma reflexão geral da história negra e para que garanta a importância da raça na construção da sociedade, contra o preconceito, e trazer também o pensamento do comportamento do negro na realidade, de como se comporta, dos seus direitos na área educacional, econômica, entre outros", afirma.

O Samba de Pareia é um marco na cultura afrodescendente. A comunidade do povoado de Mussuca, em Laranjeiras, mantém suas tradições, desde suas manifestações culturais de origem africana. Dona Nadi, de 68 anos, líder do grupo, explica que o orgulho vai além de diversos questionamentos. “Comecei no grupo de pareia com 10 anos de idade, junto do meu pai que fazia música no povoado. Eu tenho muito orgulho de participar, faço por amor pela cultura e é por causa disso que até hoje existe, passando de gerações por gerações”, diz.

Diversas manifestações culturais, assim como os capoeiristas da Associação de Capoeira Filhos da África, estiveram presentes no evento.

Texto e imagem reproduzidos do site: f5news.com.br

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