sábado, 20 de maio de 2017

SCAS comemora nesta os seus 66 anos

Palco do Teatro Atheneu Sergipense. (Foto: SECULT).
Postada por Isto é SERGIPE, para ilustrar o presente artigo.

Publicado originalmente no blog Ivan Valença/Infonet, em 19/05/2017.

SCAS comemora nesta os seus 66 anos.

Por Ivan Valença.

No início dos anos 60, o “Jornal do Brasil”, um dos mais prestigiados do País e que circulava semanalmente com um suplemento literário muito badalado, relatou um dialogo ouvido entre dois intelectuais num bistrô em Paris. Eles falavam sobre o Brasil e, mais especificamente, sobre a SCAS (Sociedade de Cultura Artística de Sergipe) e a importância de sua programação para o desenvolvimento cultural do povo sergipano. Isso quer dizer que a importância da SCAS já ultrapassava fronteiras e era discutida num barzinho parisiense. Foi a glória para os sergipanos. A SCAS tinha o trabalho reconhecido por dois músicos, integrantes de um quinteto que recentemente se apresentara no Estado. A SCAS era, assim, internacional. Nos anos seguintes, a SCAS desenvolveu uma série de projetos na área cênica (chegou a criar o TECA – Teatro da Cultura Artística), no cenário musical e até cinematográfico (os associados tinham uma programação semanal com filmes que não passavam comercialmente nos cinemas).Eram os tempos de Felte Bezerra, José Carlos Teixeira e João Costa que consagraram a SCAS como a mais importante entidade na área cultural sergipana e que mudou a cara da Arte de Sergipe. A SCAS chegou a ter, por esta época, algo em torno de mil associados que frequentavam as salas onde os espetáculos eram exibidos: o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, o Theatro Atheneu Sergipense e os cinemas Vitória e Rio Branco. A decadência da SCAS começa, porém nos anos 70, por conta do aumento do dólar- como boa parte dos artistas estrangeiros eram pagos em moeda forte, ficou impossível manter uma programação de alto nível como a apresentada até ali. Não por culpa dos presidentes que se seguiram (João Augusto Gama da Silva; Luiz Antônio Teixeira; Ricardo Nunes e prof. Jorge Carvalho - e de 2012 até agora Isaac Enéas Galvão. Não à toa, a SCAS está chegando aos 66 anos de existência. É precisamente este número redondo que vai ser comemorado hoje, sexta-feira, com um coquetel na sede da entidade, no prédio da Cultura Artística, ali nas esquinas da Rua São Cristovão com a Avenida Rio Branco.

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HOMENAGENS  - Ex-presidentes, ex-diretores, agentes públicos ligados à cultura, bem como profissionais e artistas de variados segmentos serão homenageados (ou pelo menos lembrados) durante o coquetel que está marcado para começar as 17h. O diretor da SCAS, Isaac Enéas Galvão fará uma apresentação destacando as personalidades que fizeram parte dos 66 anos de vida da SCAS. Tudo bem que você, jovem de hoje, não saiba nem sequer o que é a SCAS – mas no passado ela era sinônimo de audácia, de ousadia, de presença constante junto ao público que consumia Arte no Estado. Hoje também será lançado o blog da SCAS, ferramentas de comunicação em rede sociais (fanpage, twitter, instagram), abertura da galeria com a foto dos ex-presidentes, etc.  É de se esperar que a festa dos 66 anos da entidade seja um principio de retomada para uma sociedade que ainda se ressente da falta de uma entidade como a SCAS.

Então, é bater as taças desejando muitos anos de vida à SCAS.

Texto reproduzido do site: infonet.com.br/blogs/ivanvalenca

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