segunda-feira, 15 de maio de 2017

Tobias Barreto de Menezes


Tobias Barreto de Menezes... um dos pensadores mais importantes da história Sergipana.

Por Thiarlley Valadares.

Fruto de um amor proibido entre Pedro Barreto de Menezes e D. Emerenciana Maria de Jesus, Tobias nasceu em um quarto estreito e humilde, já que Raimunda de Sá ao descobrir o envolvimento de sua filha com um homem casado a enclausurou em casa. Era uma sexta-feira chuvosa, 7 de junho de 1839. Uma data que ficaria marcada para todos os tobienses e sergipanos.

  Desde cedo já demonstrava brilhante inteligência. Sua mãe lhes ensinou as primeiras palavras e logo em seguida fora matriculado na escola particular de Manoel Joaquim de Oliveira Campos, mestre que depois se mostraria muito apegado ao pequeno Tobias. Aos doze anos segue para a cidade de Estância, iniciando seus estudos em Latim. Aos dezessete, presta concurso para assumir a cadeira de Latim em Itabaiana e é aprovado com mérito, impressionando o coronel José Xavier Garcia de Almeida, presidente da banca organizadora. No ano seguinte, começa a lecionar. Nessa mesma cidade, alarga seus conhecimentos e surgem os primeiros versos, era o início de sua vida poética.

  Muitos amores e desilusões serviram de inspiração para seus versos.  Em 1862, parte para capital Pernambucana onde presta concursos, mas não recebe aprovação. Passa a lecionar Latim, Francês, História, Filosofia, Retórica e Matemática elementares, dedicando-se a faculdade e ao Jornalismo. Esquece os amores sergipanos, mas é recebido com indiferença pela sua amada.  D. Grata Mafalda Felix dos Santos, filha do coronel e senhor de engenho João Felix do Santos, foi a única a segurar o poeta e leva-lo para o altar. Tobias formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Em 1871, transfere-se para Escada, ainda em Pernambuco, onde viveu dez anos. Apenas em 1881 retornou a Recife, foi eleito deputado, fundou nove jornais, sendo um deles em idioma alemão. Adoentado, é levado para a casa do sergipanodr. Ovídio Alves Manaia. Escreve para Sílvio Romero, seu melhor amigo que se encontrava no Rio de Janeiro. Conta-lhes que seu fim está próximo. “Tudo tem sua lógica, até a morte” reclama ao vencer a falta de ar.

  Às 22 horas e 16 minutos do dia 26 de junho de 1889, sussurra em um pedido quase inaudível: “Sentem-me. Quero morrer como um soldado prussiano.” E com a cabeça recostada ao braço do dr. Luís Ferreira Nascimento, exala seu último suspiro. Com apenas 50 anos de idade deixa esposa, nove filhos e um legado. Era o fim de um dos maiores pensadores brasileiros. Como cita Elias Felipe Neto em seu livro, Tobias Barreto, Minha Terra: “Assim, perde o Brasil um dos mais ilustres filhos, morrendo na mais pura pobreza de um ser”.

Texto e imagem reproduzidos do site: portaltobiense.com.br

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