terça-feira, 19 de setembro de 2017

Projeto da Emef José Conrado de Araújo leva aulas de música aos alunos

 Depois do grupo, Liliane aprendeu mais
 sobre respeito às diferenças.

 Adenilson se sente bem em fazer parte do projeto.

 Fabiano Bispo é o professor que lidera os jovens.



Projeto MusicArt é composto por cerca de 20 alunos da Emef 
Fotos: Silvio Rocha.

Publicado originalmente no site da PMA, em 19/09/2017.

Projeto da Emef José Conrado de Araújo leva aulas de música aos alunos

Das notas marcantes do sax, aos acordes do baixo, o projeto MusicArt, criado há três anos como uma extensão do programa Mais Educação, tem propiciado aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Conrado de Araújo, no bairro São Conrado, não só uma opção de entretenimento cultural, mas também um contato mais aprofundado com a música e a chance de iniciar uma carreira artística.

Liderado pelo professor de música que atua no ramo há 18 anos, Fabiano Bispo, o projeto atende cerca de 20 alunos, a partir do 4° ano do Ensino Fundamental, que ensaiam uma vez por semana no espaço da escola após as aulas. "Com o projeto MusicArt a gente pretendia ensinar a musicalização aos alunos, para que eles tivessem a oportunidade de aprender e se apresentar em outros lugares, como já vem acontecendo. Para mim é uma alegria poder contribuir com a criação de oportunidades para esses jovens que estão sujeitos a um ambiente de vulnerabilidade, que não têm condições de pagar um instrumento ou uma escola de música", conta o professor.

Um dos maiores objetivos do projeto é tornar a banda cada vez mais profissional e ampla, já que o número de participantes vem aumentando, assim como a inquestionável dedicação do professor que atua voluntariamente. "Antes os instrumentos eram só de sopro, como o sax, o trompete e a clarineta. Agora já contamos com baixo, bateria, guitarra, teclado, e almejamos desenvolvê-la cada vez mais, para que logo mais a banda se torne sinfônica", ressalta Fabiano.

Com o repertório sempre diversificado, que perpassa por gêneros musicais desde a MPB, até o pop e a música clássica, o grupo tem conquistado não só o público externo, mas também a coordenadora adjunta da escola, Carla Cristina. "Eu sou fascinada, e até um pouco suspeita para falar sobre esse projeto, porque gosto muito e vejo isso como uma ferramenta pedagógica importantíssima, não só por ser arte, mas também por ela contribuir com o desenvolvimento pessoal e com o rendimento escolar desses estudantes. Os adolescentes que participam do MusicArt têm mais disciplina dentro da sala de aula, melhores resultados em relação às notas, e queremos atrair cada vez mais alunos para terem a mesma oportunidade", explana a madrinha do projeto.

Dedicação

A música tem sido cada vez mais utilizada como uma atividade de apoio a diversos projetos de formação e inclusão, o que colabora significativamente para a diminuição das desigualdades sociais. O projeto MusicArt contribui justamente nesse sentido, ao oferecer oportunidades para que os alunos da comunidade carente em que a escola é localizada possam trilhar o caminho artístico com o respaldo necessário.

Participante do projeto há três anos, a estudante de 17 anos Liliane Cruz enfatiza o significado que a música tem em sua vida desde o seu ingresso no grupo. "É um aprendizado diário, a cada dia aprendo mais, não só sobre música, mas também sobre a convivência em grupo, sobre respeito com as diferenças. A música me levou a enxergar outros horizontes. Para mim é uma honra estar aqui, porque me sinto em casa, nós somos como uma família, aprendemos uns com os outros, e é uma experiência fantástica", afirma.

A sala onde acontecem os ensaios, no primeiro andar da escola, em breve não comportará mais a quantidade de alunos interessados em participar. De acordo com o professor, além dos integrantes oficiais, mais 15 alunos ensaiam separadamente para que, logo mais, possam fazer parte do grupo e das apresentações, que já ultrapassam os limites da escola e chegam às igrejas, praças públicas e teatros.

Assim como Liliane, o aluno e músico Adenilson Tavares, de 14 anos, salienta a importância de ter a chance de participar das aulas e de se desenvolver no ramo musical. "Me sinto muito feliz. Antigamente eu não tinha nada para fazer em casa, e hoje eu me dedico à banda. Estou aqui não só porque é bom para o meu crescimento, mas também porque gosto. É sempre muito bom poder nos apresentar fora daqui para mostrar às pessoas o nosso projeto, mostrar como a gente é", conta o clarinetista.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

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