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domingo, 26 de maio de 2024

Patrimônio Imaterial de Sergipe, barco de fogo...










Fotos Igor Matias

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 25 de maio de 2024 

Patrimônio Imaterial de Sergipe, barco de fogo é um dos símbolos da cultura e tradição dos festejos juninos no estado

Artefato produzido de forma manual por fogueteiros de Estância abrilhanta os céus durante período junino e encanta sergipanos e turistas

Logo na entrada do Memorial da Cultura de Estância, município do sul sergipano, é possível encontrar um banner impresso com a seguinte citação: “Dando brilho e cor ao céu estanciano, o barco de fogo é o mais importante elemento da cultura sergipana, elemento identitário estanciano. Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Sergipe, o barco é símbolo da tradição e cultura dos estancianos, levando o nome da cidade de Estância aos quatro cantos do país, e além".

O pequeno parágrafo ajuda a resumir bem o que é o barco de fogo para a cidade e para o estado de Sergipe. Quando se pensa em Estância e em São João, a correlação é automática. O elemento é uma das identidades dos festejos juninos de Sergipe. O coordenador do Memorial da Cultura, o artista Wilton Santos, 39 anos, trabalha há 20 anos no local e destaca o sentimento como estanciano. "O barco de fogo é a nossa maior representatividade. É o sorriso da criança, a criatividade das artesãs, a beleza das lavadeiras, a força do fogueteiro que resiste até hoje, o som que emociona as noites de São João", relata.

O barco surgiu tendo como grande expoente Francisco da Silva Cardoso, conhecido como ‘Chico Surdo’. Engajado na arte da pólvora, do fogo e do buscapé, ele tinha o sonho de ser marujo, e daí vem a ideia de fazer o barco de fogo. ‘Chico Surdo’ segue lembrado até hoje: por ter nascido no dia 11 de junho de 1907, todos os anos nesta mesma data os fogueteiros soltam 11 barcos na Praça Barão de Rio Branco, festejando o elemento símbolo da cidade.

Com as celebrações se espalhando pelo mês de junho, o barco não apenas é valorizado, mas também segue vivo para as futuras gerações. "Ele é a alma da família estanciana, porque agrega o sentimento de coletividade e de união. É visto nas mãos de uma criança, da família do fogueteiro, nas escolas, vai de geração a geração", destaca Wilton Santos.

Força dos fogueteiros

Prova dessa sustentação é que, em Estância, várias famílias estão envolvidas com a construção dos barcos de fogo. É o caso dos irmãos fogueteiros Carlos Roberto Conceição, o ‘Carlinhos Fogueteiro’, de 60 anos; e José Alberto da Conceição, o ‘Barba Roxa’, 62 - ambos trabalham como fogueteiros há 35 anos. Além da herança familiar, o barco também é um negócio. "Não existe coisa mais bonita! Isso aqui gera empregos. Eu tenho quatro pessoas trabalhando aqui o ano todo", lembra Carlos Roberto.

Construir os barcos de fogo não é apenas uma arte, mas também uma ciência. O artefato precisa fazer um percurso de ida e volta dentro do local delimitado, e para isso deve conter uma certa quantidade de fogo - algo dominado pelos fogueteiros. "O barco é um processo árduo. Os fogueteiros primeiro fazem a montagem, precisam do instrumento para revestimento, além do processo de instalação dos vários elementos. Esses caras são quase cientistas, mestres do fogo. É uma inteligência maravilhosa!", exclama Wilton Santos.

Não é só o barco

Um dos elementos para a construção dos barcos de fogo é a pólvora, que abrilhanta ainda mais o objeto. Mas ela também é utilizada para produzir vários outros elementos juninos. O próprio barco, por exemplo, carrega espadas e chuvinhas. "O fogo é preenchido com as espadas, são feitos os estopins, as chuvinhas, as pistolas. Tudo é elaborado por eles mesmos. É toda uma harmonização", diz Wilton.

Seja um elemento cultural ou econômico, representando os foguetes mais simples até o barco de fogo, representa não apenas isso: é algo muito maior para quem trabalha nele. O fogueteiro José Alberto resume bem o sentimento. "A vida da gente no São João é o barco de fogo. É isso ou não tem dinheiro, não tem nada. E quanto mais tempo tem, mais a gente se envolve e quer continuar", conclui.

País do forró

No ‘país do forró’, este ano a programação dos festejos juninos realizada pelo Governo de Sergipe terá 60 dias. A Vila do Forró e o Arraiá do Povo começam no próximo dia 1º de junho, com mais de 300 atrações. Serão mais de 1.700 horas de forró, do tradicional pé de serra ao forró estilizado e eletrônico. O Arraiá do Povo, realizado de 1° a 30 de junho na Orla da Atalaia, terá sua Arena de Shows expandida, passando de 10 mil m² para 24 mil m². A ‘Terça do Arrocha’ e a quinta com ‘Elas no Comando’ também são uma novidade deste ano. A Vila do Forró vai de 1º de junho a 31 de julho e acontece na Praça de Eventos da Orla da Atalaia. A programação inclui apresentações musicais, culturais e de quadrilhas juninas, das 17h até 1h, às terças, quartas, quintas e domingos, e das 17h às 3h, às sextas-feiras e sábados. 

A programação detalhada do Arraiá do Povo pode ser conferida no site https://sergipepaisdoforro.com.br/. E para acompanhar os tradicionais festejos de Estância e a maratona junina de todo o estado é só conferir o Calendário de Eventos de Sergipe.

Texto e imagens reproduzidos do site www se gov br

sábado, 18 de janeiro de 2020

Estância recebe o título de Capital Sergipana do Barco de Fogo

 Divulgação/ALESE.

Os tradicionais barcos de fogo são um espetáculo a parte 
Foto aqruivo: Arthuro Paganini/ Infonet

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 16 de janeiro de 2020  

Estância recebe o título de Capital Sergipana do Barco de Fogo

O Projeto de Lei nº147/2017 que concede ao município de Estância, o título de “Capital Sergipana do Barco de Fogo” agora é lei. Antes do recesso parlamentar da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) o PL foi aprovado por unanimidade. O autor da propositura é o deputado estadual Doutor Samuel Carvalho (Cidadania). Na última quarta-feira, 15, foi publicada no Diário Oficial edição 28.355, a lei nº 8.650.

O Barco de Fogo é um bem histórico e cultural feito artesanalmente, de cunho tradicional ligado ao ciclo junino. Produzido exclusivamente em Estância, a sua origem se dá no início do século XX.  A confecção do barco é uma tradição que se arrasta por décadas, passando de geração em geração.

Patrimônio

O poder público estadual reconheceu o Barco de Fogo  como patrimônio cultural do povo sergipano, através da Lei 7.690. O dia 11 de junho é considerado como o Dia do Barco de Fogo, data de nascimento de seu criador, Chico Surdo, e faz parte do calendário cultural do município de Estância.

Fonte: Rede Alese

Texto reproduzido do site: infonet.com.br

domingo, 11 de junho de 2017

Estância celebra Dia do Barco de Fogo com apresentações


Publicado originalmente no site F5 News, em 11/06/2017.

Estância (SE) celebra Dia do Barco de Fogo com apresentações.


Dia 11 de Junho é uma data especial no calendário Cultural do Estado de Sergipe e em particular, para Estância, cidade que não só respira cultura, mas que carrega em seu codinome o título de Berço da Cultura Sergipana. Para celebrar a data haverá neste domingo (11), a apresentação de 11 barcos de fogo na Praça Barão do Rio Branco, no município.

De autoria do deputado estanciano Gilson Andrade, PTC, a lei nº 7.301/2011 instituiu essa data no calendário oficial do estado de Sergipe como uma forma de homenagear o seu criador, Chico Surdo.

Através dessa  lei, Gilson Andrade almejou a valorização e preservação dessa cultura que há décadas surgiu e desde então encanta gerações. O Barco de Fogo está intimamente enraizado dentro da cultura e da paixão dos sergipanos, fazendo a alegria, embalando sonhos e seduzindo a todos com sua beleza que lhes é peculiar, e que precisa de fato de uma valorização e respeito por ser eminentemente uma obra de arte que pertence não só a Estância, Cidade da sua Criação, mas a todos os Sergipanos e Brasileiros que se veem encantados com a magia desse espetáculo.

No dia 11 de junho, data em que completaria mais uma primavera caso estivesse vivo, faz-se oportuno destacar um pouco da história desse Homem, cujo nome é Francisco da Silva Cardoso, mais conhecido como Chico Surdo e que nasceu em Estância, no dia 11 de junho de 1907 na Rua Voluntários da Pátria, Bairro Botequim, daí o embasamento para que essa data seja a escolhida para comemorar o “Dia do Barco de Fogo”.

Chico Surdo era funcionário público e exerceu a profissão de jardineiro na sua cidade natal com muito louvor e talento, como ficou evidenciado nas esculturas criadas por ele nas árvores dos jardins da cidade. Nas horas vagas costumava sair de barco para pescar e sempre aspirou ser marinheiro, o que não foi possível devido à deficiência auditiva que o acometeu ainda jovem, vindo daí o apelido de “Chico Surdo”. Mesmo perdendo a audição ainda na juventude, Chico fez o curso primário e sabia ler e escrever e por isso era fácil se comunicar com esse homem que aos poucos acabou se tornando, sem dúvidas, um grande expoente do exercício da cidadania, pois era um apaixonado por política e mesmo com sua deficiência não perdia um comício e por fim, vestia-se de terno e gravata para exercer seu direito de votar.

Era animado e gostava muito de festas, principalmente as festas juninas que era a sua paixão. Durante esse período se dedicava a fabricação de fogos de artifícios e de sua tão esperada obra o “Barco de Fogo”.

A primeira tentativa de criar o barco de fogo se deu através da experiência com uma espada correndo em um fio de arame. Em seguida criou um barquinho de papelão e nele fixou as espadas, o ornamentou e pendurou no fio de arame para que ele deslizasse, e nesse momento percebeu que era uma ideia muito boa, e com a minúcia que lhe é peculiar, notou que o papelão era muito leve e começou a imaginar uma estrutura que o deixasse no peso ideal para uma apresentação perfeita, dando origem então ao Barco de Fogo, engenharia popular criada através da simplicidade e humildade de um ilustre cidadão estanciano que, com sua capacidade artística, o criou para talvez quem sabe, ver realizado um sonho seu de ser marinheiro.

Atualmente o Barco de Fogo evoluiu e hoje é, sem sombras de dúvidas, uma das maiores, se não for a maior, expressão popular cultural do município de Estância, orgulho dos nativos e objeto de cobiça, curiosidade e encanto dos turistas que aqui chegam e ficam fascinados com tamanha riqueza cultural, beleza e espetáculo.

Sem sombras de dúvidas, a lei nº 7.301/2011 irá, elevar a importância da valorização da cultura de Estância e com isso homenagear um ilustre estanciano que criou um marco cultural nos festejos juninos, com o seu barco correndo sobre fios, em um espetáculo de fogo e luz que só o descreve quem já teve o prazer de vivenciá-lo.

Chico Surdo faleceu em 04 de maio, dia do aniversário de Estância, em 1971, de infarto, com 64 anos e deixou para todos os estancianos sua criação, um presente passado de geração por geração e que hoje enche de orgulho todos os sergipanos que agora comemoram o dia 11 de junho como “Dia do Barco de Fogo”, patrimônio dos estancianos, dos sergipanos e dos brasileiros.

Estância, Capital Brasileira do Barco de Fogo. Viva Chico Surdo, Viva 11 de Junho, Viva o Dia do Barco de Fogo!

Fonte: Secom Estância/escrito por Pisca Jr

Texto e imagem reproduzidos do site: f5news.com.br