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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

5a.Instrumental instiga reflexão em edição alusiva ao mês da Consciência Negra

 Grupo Batalá

 Gerônimo Santana


 Grupo Dissonantes



 Cássio Murilo

 Pâmela acompanhada pelo marido e o filho


Fotos: André Moreira

Publicado originalmente no site da Agência Aracaju de Notícias, em 28/11/2019

Quinta Instrumental instiga reflexão em edição alusiva ao mês da Consciência Negra

Do som doce da flauta à forte batida da percussão, passando pelo momento reflexivo, o Quinta Instrumental deste dia 28 foi integração popular unida à exaltação das raízes brasileiras, sobretudo um chamado a enaltecer a história afrodescendente que constitui a trajetória do país. O projeto desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), trouxe ao palco Gerônimo e Banda Mont Serrat e o grupo sergipano Dissonantes em mais um encontro na praça General Valadão, desta vez, em alusão ao mês da Consciência Negra.

Antes mesmo das apresentações musicais, o projeto começou de dentro do Centro Cultural de Aracaju, com uma mesa redonda para debater a presença das comunidades afrodescendentes na mídia.

“A nossa meta é que esse Quinta Instrumental fosse um momento de reflexão e celebração, por isso, realizamos a mesa redonda e, em seguida, contamos com as apresentações musicais. A ideia é mostrar um pouco da nossa identidade negra. A nossa cultura é formada por vários símbolos e aqui, temos a presença muito forte da cultura afrodescendente que se consolidou como elemento fundamental para a construção do nosso povo. Então, estamos celebrando um tipo de sergipanidade, entre tantas, a partir desse corte étnico-racial. No entanto, as reflexões devem continuar, as celebrações devem continuar, afinal, este mês serve como catalisador de algo que é muito maior que é a importância de combatermos os preconceitos, a intolerância constantemente”, ressaltou o presidente da Funcaju, Cássio Murilo Costa.

Para abrir as apresentações musicais, o grupo Dissonantes iniciou entoando “Palco”, música de uns dos maiores representantes da cultura brasileira, Gilberto Gil. No repertório, uma passeio instrumental com interpretações de clássicos do choro, baião, MPB, além de composições autorais.

Com formação iniciada em 2017, o grupo, integrado por Daniel Melo (flauta transversal), Kelvin Cruz (bateria), Kelvin Farias (contrabaixo), Erick Freitas (piano) e Rafael Freitas (violão/guitarra), começou no conservatório de música e o desejo de explorar nossas possibilidades e elementos musicais foi a motivação para dar os primeiros passos. Tendo com uma das maiores inspirações o músico Hermeto Pascal, hoje, os jovens e já maduros componentes do grupo fazem uma fusão entre suas composições e releituras com um toque ímpar.

“A nossa caminhada pela música erudita nos amadureceu no aspecto musical e nos possibilitou discernir o que queríamos experimentar. A música é universal, então, seguimos na tentativa de experimentar e dar o nosso toque em cada canção. Para nós, é uma alegria fazer parte do Quinta Instrumental, sobretudo porque ele, assim como a música que fazemos, é democrático”, destacou Daniel Melo.

Foi com um dos símbolos da cultura baiana que a noite de Quinta Instrumental foi concluída. Porém, antes de subir ao palco, Gerônimo Santana convidou o grupo sergipano de percussionistas femininas, Batalá, para abrir seu show no ritmo intenso da percussão, uma apresentação que exemplificou abundantemente a força e representatividade da mulher.

Vestido de axé, Gerônimo, acompanhado pela banda Mont Serrat, marcou a noite com polirritmia, numa mistura composta por música afro-baiana, ritmos latinos, lambada, igexá, aguerê, afoxé, adarrum, entre outros.

“Eu estou muito feliz em participar de um evento que fala sobre o instrumental. Eu tenho música popular, a minha formação é afrodescendente e eu estou do lado das pessoas que mais sofrem com o preconceito. Esse tipo de evento fortalece o povo e um povo com cultura é um povo que pensa, que sabe escolher para não sofrer no futuro. Parabenizo e dou meu apoio a iniciativas fortes como essa e me alegro por fazer parte”, afirmou Gerônimo.

Público instigado

A noite foi coroada com a participação de um público massivo e que foi instigado pelo contexto da edição do Quinta Instrumental.

Pela segunda vez marcando presença na plateia, a assessora executiva Pâmela Santos ressaltou que o projeto é essencial por levar um estilo de música não tão popularizado a uma praça pública. “Esta edição, em especial, trouxe uma importante reflexão sobre o negro e isso aconteceu em um espaço público, democrático. Essa iniciativa enriquece o debate que deve ser feito, não somente no mês alusivo à consciência negra, mas, a todo tempo. Além disso, o Quinta Instrumental tem como principal atrações grupos e bandas sergipanos, o que contribui para a valorização do que é nosso. Recomendo e torço para que siga por muito tempo”, considerou.

A gerente comercial Fabiana Tavares conferiu, pela primeira vez, uma edição do projeto. “É música instrumental à disposição de todos. Nem todo mundo por pagar para ir a um teatro, a um museu, por exemplo, e o Quinta Instrumental leva música de qualidade de graça para as pessoas. Isso ajuda a perpetuar a nossa cultura, sem contar que oferece mais uma opção de lazer totalmente acessível. É, com certeza, um evento muito importante para o estado”, completou.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Mês da Consciência Negra será celebrado com exposições e musicais










Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 12 de novembro de 2019

Mês da Consciência Negra será celebrado com exposições e musicais

Embora o dia da Consciência Negra seja comemorado no dia 20, o restante do mês de novembro terá uma vasta programação cultural com exposições fotográficas e musicais para celebrar esta data. Segundo a Fundação Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap/SE), as ações culturais visam lembrar e destacar a luta dos negros contra a discriminação racial e a desigualdade social. A abertura das celebrações aconteceu no final da tarde desta terça-feira, 12, na sede da Funcap, com a exposição ‘Negra Consciência Sergipana’.

 “Sempre nós estamos levando em datas comemorativas programações culturais que despertem uma consciência de união e igualdade”, afirmou Conceição Vieira, presidente da Funcap. Segundo ela, é importante que o estado de Sergipe tenha a consciência sobre sua história, principalmente no tocante ao número de negros que vivem aqui. “Sergipe, diferente do que muitos pensam, é um dos estados que tem o maior índice populacional de pessoas consideradas negras. E a gente cultua muito pouco a tradição, a história”, destaca Conceição Vieira.

Ainda segundo a presidente da Funcap, um órgão de cultura tem a responsabilidade de fortalecer as diversas identidades, bem como os costumes e tradições. “Esse mês inteiro teremos atividades voltadas à consciência negra”, salienta. “É preciso valorizar os povos que fizeram história no passado”, acrescenta.

Veja abaixo a programação completa:

12 a 25  nov – 17h: Exposição Negra Consciência Sergipana
Corredor Cultural/FUNCAP- Aracaju

18 a 22 nov  – 9h: Museu Afrobrasileiro de Sergipe vai à Escola
Museu Afrobrasileiro de Sergipe – Laranjeiras

20  nov – 19h: Espetáculo de Dança- Zumbi: Amor e Liberdade
Grupo Um Quê de Negritude no Teatro Tobias Barreto
20h40: Show de Anne Carol e os Afrodrums
Teatro Tobias Barreto

por João Paulo Schneider e Aisla Vasconcelos

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Racismo religioso é destaque no mês da consciência negra

Tema será discutido por povos de terreiros sergipanos

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 21/11/2017

Racismo religioso é destaque no mês da consciência negra

Tema será discutido por povos de terreiros sergipanos

A partir desta terça-feira, 21, a cidade de São Cristóvão, berço cultural do Estado, começa a discutir o racismo religioso no I Xirê da Consciência Negra. O evento, promovido pela Associação Cultural Alarokê, conta com uma vasta programação, que vai desde uma mesa redonda, uma exposição de arte, uma visita de escola pública ao terreiro e oficinas até um Encontro de Terreiros. As atividades são alusivas ao Dia Nacional da Consciência Negra – celebrado na segunda, 20, e devem reunir adeptos de religiões de matriz africana, pesquisadores, integrantes do movimento negro e demais interessados na luta contra o racismo religioso.

De acordo uma das organizadoras do evento, Danielle Azevedo, o objetivo é compartilhar conhecimento, fomentar o empoderamento das comunidades tradicionais, criar estratégias de preservação do bem imaterial produzido nos terreiros e propor soluções aos problemas enfrentados na atualidade.

“Os terreiros são locais de resistência, de memória da nossa ancestralidade e de resgate da identidade do povo negro. O evento é um grito por respeito à diversidade religiosa e pelo fim da intolerância e do racismo. Queremos, por um lado, socializar informação junto a estudantes de escola pública e meio acadêmico, para que possamos ajudar a desmistificar a ideia errada que muita gente tem a respeito das religiões de matriz africana sem sequer conhecer. Por outro lado, estamos dando visibilidade a artistas de terreiro, com exposição de artes visuais e apresentação de espetáculos de dança, música e teatro, além de fortalecer os povos de terreiro com conhecimento sobre seus direitos e outros assuntos interessantes”.

Para abrir a programação, será realizada, nesta terça-feira (21), a partir das 14h, no auditório do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), uma Mesa Redonda sobre “Terreiros como Espaços de preservação da identidade". O Xirê segue até o sábado (25), quando acontece o Encontro de Terreiros de São Cristóvão, no Ilé Asé Alaroke, localizado na Rodovia João Bebe Água, com palestras sobre afroempreendedorismo, direitos dos povos de terreiros e a preservação do meio ambiente. Especialistas no assunto explicarão como fortalecer a geração de renda dentro dos terreiros, quais as leis que protegem os locais de culto e como criar alternativas para a prática de oferendas sem poluir a natureza.

Fonte e foto: assessoria de comunicação

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br