sábado, 30 de novembro de 2013

Correio Braziliense destaca turismo em Sergipe


Aracaju, 28 de Novembro de 2013.
Correio Braziliense destaca turismo em Sergipe

A preservação histórica, cultural e a culinária das cidades de São Cristóvão e Laranjeiras, foram destaque na reportagem veiculada nesta quarta-feira, 27

O jornal Correio Braziliense, na edição desta quarta-feira, 27, publicou uma reportagem sobre o turismo sergipano. Dentre as cidades abordadas na matéria, está o município de São Cristóvão e a cidade de Laranjeiras, ambos situados na região metropolitana de Aracaju. A preservação do contexto histórico, turístico e cultural, além da culinária local de ambas as cidades, também foram pontos explorados na reportagem que também enalteceu toda a beleza do Cânion de Xingo, em Canindé do São Francisco, e citou a Orla de Atalaia como um das orlas marítimas urbanizadas mais bonitas do país.

A arquitetura da 4ª cidade mais antiga do país, São Cristóvão, não passou despercebida pelo jornal, que inicia a reportagem trazendo à tona, a semelhança entre a cidade sergipana e as cidades portuguesas de época. As partes alta e baixa também foram exploradas na reportagem. Destaque para o ‘casario’ - casarões antigos - que rendeu elogios pela sua conservação. O local guarda em sua composição do século 16, todo o cenário de um passado vivo, onde eleva o poder aquisitivo de quem ali residia.

O Museu de Arte Sacra, instalado na Igreja e Convento São Francisco também foi um roteiro explorado pelo jornal, que classificou o local como um dos mais importantes do Brasil em número e qualidade de peças expostas. Ao todo, o museu reúne, em seu acervo, mais de 500 peças datadas do século 17 ao 20.

A religiosidade de um povo movido a fé, também foi uma das temáticas levantadas. O turista que visitar São Cristóvão poderá conhecer toda a riqueza e beleza das sete igrejas da cidade. Destaque para a Igreja de Nossa Senhora da Vitória, uma das mais tradicionais do Estado. Fundada em 1608, a casa religiosa já é considerada o primeiro monumento tombado de Sergipe. A matéria trouxa ainda todo o simbolismo de fé da cultura nordestina da Igreja e Convento do Carmo, que abriga o Museu do Ex-Votos.

Outros dois monumentos marcantes da cultura sergipana também ganharam destaque merecido na publicação. A Casa da Misericórdia de Sergipe e o Museu Histórico, antigo palácio Histórico, ambos são responsáveis pelo trabalho de resgate da cultura local.

Culinária

A culinária, um das grandes potencialidades da região Nordeste, também foi pautada pelo jornal Correio Brasiliense que elevou todo o sabor ‘queijadas’, ’beijus’ e os ‘bricelets’, especialidades típica da culinária local.

Berço da cultura negra em Sergipe, o município de Laranjeiras foi outro roteiro explorado na reportagem. O local, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde o ano de 1996, encanta turistas que visitam a cidade pela beleza das ruas, igrejas e casarões construídos em modelo português dos séculos 17 a 19.

A arquitetura e religiosidade da Igreja Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba, que abriga em sua parte exterior, mistérios da época e levam até a Pedra Furada, uma rocha esculpida pela natureza ao longo do tempo, foram pontos bastante ressaltados. A igreja matriz do Sagrado Coração de Jesus também foi um roteiro indicado aos turistas que pretendem visitar a cidade.

A reportagem cita o Campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) como uma das grandes conquistas do município e o famoso ‘Encontro Cultural de Laranjeiras’, como festa cultural mais tradicional do estado e reconhecida internacionalmente. Durante 15 dias do mês de janeiro, a cidade de Laranjeiras reúne milhares de pessoas interessadas em vivencia à cultura popular e folclórica.

Oficinas de artes, teatro ao ar livre, apresentações musicais e diversos tipos de ações voltadas à preservação da cultura também são destacados na reportagem, que finaliza citando o primeiro museu do Brasil dedicado exclusivamente ao negro, o Afro-brasileiro. O local reúne um acervo de peças do período da escravidão.

Foto e texto reproduzidos do site: agencia.se.gov.br

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Homenagem a Gleide Diniz


"Uma nota triste neste clima de festa que estamos a vivenciar, uma vez que a Festa de Debutantes está tão próxima. Perdemos uma ex-aluna, uma amiga e uma colega. Isso já há mais de um mês, mas, infelizmente, somente há poucos dias tomei conhecimento e agora, estou partilhando com o grupo. Gleide Diniz sempre teve como companheira a alegria e usufruía da vida de uma forma intensa.

E aí avoco um pouco da tão conhecida Epitáfio dos Titãs: "... Devia ter amado mais/Ter chorado mais/Ter visto o sol nascer/ Devia ter arriscado mais/E até errado mais/Ter feito o que eu queria fazer..." que, com certeza, Gleide, no plano espiritual no qual se encontra, estará refletindo, pelo muito que ainda teria por fazer aqui conosco. Mas, "a amizade é um amor que nunca morre" (Quintana). Foi-se a matéria, mas a essência não. Até qualquer dia, Gleide!".

Lygia Prudente.
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Foto e texto reproduzidos do Facebook/Ex-Colegas
 do Atheneu Sergipense/Lygia Prudente.

domingo, 24 de novembro de 2013

Aracaju nas primeiras décadas do Século XX.

Aracaju nas primeiras décadas do Século XX.
Fonte: Arquivo Público do Estado de Sergipe.

Por de trás do discurso modernizador: Aracaju nas primeiras décadas do Século XX.

Com a intensificação do processo de migração para Aracaju no século XX, a maioria dessas famílias constituídas por pessoas pobres, deu-se a ocupação das áreas mais longínquas do centro, da região conhecida como quadrado de Pirro. A partir desse processo migratório a polução pobre de Aracaju passou a ocupar a zona norte, formada pelo Bairro Industrial no qual se localizavam as duas fábricas de tecidos, e a zona noroeste, mais precisamente no bairro Santo Antônio.

O crescimento irregular da capital sergipana do norte para o sul, foi propício a criação de espaços vazios, favorecendo a especulação imobiliária que encareceu o preço dos aluguéis e desses lotes mais próximos ao centro.

Esse crescimento horizontal preocupou os que defendiam o projeto modernizador, pois viram a necessidade de adequar esses bairros ascendentes dentro de um projeto que garantisse a modernidade da capital, a fim de enquadrá-los em um conjunto de normas higienizadoras de urbanização. Nessa época o Aribé também passou a ser ocupado pelas famílias pobres, algumas tiveram suas casas derrubadas devido a instalação da linha férrea.

A integração dessa área pobre ao quadrado de Pirro visava enquadrar essa população dentro de uma ordem estabelecida pela elite, período formado por um contingente de trabalhadores livres despossuídos de bens, vindos em sua esmagadora maioria das áreas rurais. Aracaju era vista como uma oportunidade de emprego.

Com oferta de mão-de-obra em abundância os donos das fábricas, buscaram fundar vilas operárias a fim de manter um maior controle sobre os operários. A situação dos operários sergipanos nas primárias décadas do século XX não eram nada agradáveis, conviviam com os baixos salários, péssimas condições de saúde, uma alimentação precária além de ter que percorrer um difícil trajeto até as fábricas, obrigando-o a sair bem cedo de casa.

Referência Bibliográfica:

SOUSA, Antônio Lindvaldo. “Parte do outro lado da modernização...”: Aracaju e os homens pobres nas primeiras décadas do século XX. Temas de História de Sergipe II. São Cristóvão: UFS, CESAD, 2010.
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Foto e texto reproduzidos do site: textosergipe2.blogspot

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Casamento do Matuto", tradição cultural em Aquidabã

"Casamento do Matuto", tradição cultural no município de Aquidabã/SE.


"No final dos anos oitenta a festa já estava grandiosa, mais foi extinto o casamento caipira, hoje esse evento cultural recebe milhares de cavaleiros e amazonas, diversas carroças e muita gente vai de carro, o cortejo é puxado por trio elétrico e ocorrem apresentações de banda na chegada em Aquidabã no palco instalado na praça de eventos e graças ao Professor Albertinho o tradicional casamento caipira foi resgatado".

Texto e fotos reproduzidos do blog:
 jonasculturaemeioambiente.blogspot.

Fonte: Facebook/Prof. Albertino.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Doações enriquecem acervo dos museus de Sergipe

 Retrato da senhora Severina Motta 
em óleo sobre tela, obra de 1884.


Aracaju, 19 de Abril de 2012.

Doações enriquecem acervo dos museus de Sergipe.

Através de doações de documentos e objetos de valor relevante para a história e preservação da memória, os acervos passam por constantes renovações.

Preservar objetos de valor histórico, cultural ou artístico. É esse objetivo máximo que justifica o surgimento e a existência dos museus. O processo de construção dessas casas de memória e de composição do seu acervo, elemento fundamental para dar vida a essa importante instituição, nunca para. E nesse processo, a população tem papel fundamental, pois através de doações de documentos e objetos de valor relevante para a história e preservação da memória, os acervos passam por constantes renovações. É isso que vem acontecendo nos museus administrados pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Em dezembro de 2011, o Museu Histórico de Sergipe (MHS), localizado em São Cristóvão, recebeu a doação de uma peça de inestimável valor histórico e artístico do artista plástico sergipano Horário Hora. A obra é um retrato da senhora Severina Motta em óleo sobre tela, uma das especialidades de Horácio, que data de 1884. O quadro foi recebido como uma herança e estava em poder da tataraneta de Severina, que em visita ao Museu Histórico de Sergipe (MHS) ficou sabendo que lá havia um espaço dedicado ao artísta com um dos maiores acervos de sua obra.

“Por volta de junho de 2011, as irmãs Maria Antonieta de Albuquerque Antunes e Maria Adélia de Albuquerque Long visitaram o Museu Histórico, que é guardiã do maior acervo do artista laranjeirense, inclusive da sua obra-prima Cecy e Pery. A família encontrava-se num impasse quanto a guarda do retrato da matriarca pintada pelo nosso artista e concluíram que o lugar mais adequado, que melhor acondicionaria e divulgaria a importância da anciã e do artista que assinou o seu retrato seria o MHS. Além do mais, pela garantia do acesso mediante observação dos procedimentos de visita, o MHS figurou como local neutro no parecer dos familiares”, explica o diretor do MHS, Thiago Fragata.

A coordenadora de museus da Secult, Sayonara Viana, foi pessoalmente ao Rio de Janeiro, em novembro de 2011, fazer o laudo técnico da obra. “Na minha visita pude verificar o estado da obra e a autenticidade da autoria, que pode ser comprovada através da assinatura característica do artista”, destacou.

Segundo ela, a obra possui um valor inestimável e para dar o merecido destaque à peça a sala Horácio Hora, localizada no MHS, passará por uma adequação. “Por enquanto, o quadro está no setor de reserva técnica e pretendemos apresentá-lo à população em maio, durante a Semana de Museus, numa solenidade especial”, enfatizou a diretora de museus da Secult.

O MHS foi considerado através de decreto de 2000 como o maior guardião do acervo do artista plástico sergipano Horácio Hora. Vale destacar que boa parte de todo o acervo do MHS, incluindo as obras de Horácio, são frutos de doações que vem se repetindo ao longo de décadas.

“A criação do MHS em 1960 foi marcada por uma campanha de doações de acervos. É certo que o Governo de Luis Garcia adquiriu através de compra uma parte, mais as doações espontâneas continuaram até os dias atuais. Essas doações tem sido um ato movido por uma consciência de registrar através do acervo doado um protagonismo ou a participação na História do Brasil, mais especificamente, na História de Sergipe”, explica o diretor do museu.

Mais doações

Além da obra de Horácio Hora, o MHS recebeu a doação de uma máquina de datilografar antiga, de origem russa ou alemã. A doação partiu da senhora Maria de Fátima Lago da Silva, que resolveu doar o aparelho para que mais pessoas pudessem se recordar de um passado em que não existiam as facilidades dos computadores e de toda tecnologia presente nos dias atuais. “Tenho certeza que muitas pessoas vão ver e se recordar dos tempos em que faziam os cursos de datilografia, que era imprescindível tempos atrás”, afirma Fática.

Ela conta que o marido, um exímio datilógrafo, recebeu a máquina de presente de um amigo há pouco mais de um ano. Apesar de estar em bom estado, a máquina estava parada num canto da casa por conta da dificuldade de encontrar a fita de impressão. “Ela estava só ocupando espaço, aí pensei: por que não doar? É um objeto bonito, mas não temos lugar para guardá-lo e para mim é muito melhor pensar que exposta em um museu mais pessoas poderão ver e lembrar do seu passado”, destaca a doadora, que reside em Aracaju.

Outra importante doação que a Secult recebeu recentemente e que irá engrandecer ainda mais o seu acervo museológico foi uma carta de alforria que data de 1874. A doação foi feita pela senhora Marta Pureza de Jesus, que reside em Macambira.

O documento irá integrar o acervo do Museu Afro-brasileiro, localizado em Laranjeiras. “Nós estamos trabalhando para inserir na exposição de longa duração do Museu Afro um módulo da ‘Liberdade’, e essa carta será a primeira peça deste acervo. É um documento muito importante por ser a primeira carta de alforria que teremos no Museu e que conta uma parte riquíssima da história dos escravos em Sergipe”, explicou Sayonara.

Como doar

Para receber uma doação de documento ou objeto, a Secult utiliza alguns critérios. “O material tem que passar por uma curadoria para que possamos fazer uma avaliação para saber se está de acordo com o discurso museológico de cada instituição. Não podemos receber tudo que as pessoas têm interesse de doar”, ressaltou Sayonara. Ela acrescenta que depois dos trâmites burocráticos para efetivação da doação, o material fica um tempo no setor de reserva técnica. Nesse período são realizadas pesquisas sobre a peça para que possa ser colocada em exposição de forma adequada.

Vale ressaltar que o doador não terá custo nenhum para doar algum material que possa compor o acervo dos museus administrados pela Secult. Inicialmente, o interessado deve entrar em contato com a direção de um dos museus (listados abaixo), se possível, enviar imagens e solicitar uma avaliação do material. Depois disso, seguem todos os trâmites burocráticos para a confecção do termo de doação, documento através do qual a pessoa cede todos os direitos do material para a Secult.

Contatos

Museu Histórico de Sergipe (MHS)
Telefone: (79) 3261-1435

Museu de Arte Sacra de Laranjeiras
Telefone: (79) 3281-2486

Museu Afro-brasileiro de Sergipe
Telefone: (79) 3281-2418.

Foto e texto reproduzidos do site: agencia.se.gov.br

Unit Preserva Memória Cultural Sergipana Digitalizando Acervo

Foto: Marcelo Freitas.

Publicado em 7.11.2013 | por ASSCOM.

Unit preserva memória cultural sergipana digitalizando acervo

O projeto extensionista realizado no Instituto Tobias Barreto visa manter viva a memória através da digitalização de todo o acervo deixado pelo patrono do espaço.

A aluna Daniele Santos Souza cursa o 6º período do curso Design Gráfico e está empolgada com o projeto de Extensão que vem desenvolvendo desde o início do ano passado no Instituto Tobias Barreto de Educação e Cultura, sediado pela Unit no primeiro piso da Biblioteca Central Jacinto Uchôa, no Campus Farolândia.

Supervisionado pela professora Raylane Andreza Dias Navarro Barreto, atual diretora do Instituto e viúva do jornalista e pesquisador que empresta seu nome ao espaço cultural. O projeto é intitulado “Organização e Exposição do Acervo da Unidade Cultural” e tem por objetivo preservar e divulgar o acervo, hoje resguardado pela Unit.

“O acervo é constituído de documentos, livros de História, Direito, Literatura, Folclore, entre muitos outros, além de fotografias que revelam os cenários e os costumes da sociedade sergipana desde o início do século passado”, lembra Daniele. Ela é uma das alunas bolsistas do projeto extensionista, responsável pela catalogação e digitalização de todo o conteúdo existente nas caixas deixadas pelo pesquisador. Até agora já foram digitalizadas oito caixas contendo documentos e fotos. “A ideia é preservar todo o acervo afinal, o tempo não permite que sejamos eternos”, salienta a aluna.

Muito em breve, todo o material que já foi submetido ao processo será colocado em exposição revelando assim uma oportunidade ímpar para que estudantes, pesquisadores e até mesmo a sociedade tenha a oportunidade de conhecer o legado deixado por Luiz Antônio Barreto.
  
Imagem e texto reproduzidos do site: unit.br/asscom

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Danças e Folguedos de Sergipe. [Dança de São Gonçalo]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Dança de São Gonçalo]

Esta dança é sem dúvida um dos ritos do catolicismo brasileiro mais difundido. De origem portuguesa, conta a lenda popular que São Gonçalo, que teria vivido na cidade de Amarante, quando jovem era muito “farrista” e gostava de tocar viola e dançar com as prostitutas, com o intuito de impedi-las de pecar. Um dia se viu como parteiro de uma delas. Dizem também que ele era um marinheiro, e quando morreu virou santo. A dança inventada por ele continua sendo realizada até hoje em sua homenagem.

Em Sergipe, a Dança de São Gonçalo é marcante na cidade de Laranjeiras, no povoado da Mussuca. Cultuam o seu rito tradicional e com o objetivo de pagar promessas.

No interior da igreja eles apresentam as suas danças. Patrão, Mariposa (a única integrante mulher), Tocadores e Dançadores são componentes do grupo.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Reisado]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Reisado]

Folguedo de origem ibérica instalada em Sergipe no período colonial. Era dançado geralmente às vésperas do Dia de Reis comemorando o nascimento de Jesus e em honra aos Reis Magos.

Atualmente é dançado em qualquer época do ano e em qualquer lugar.

Considerado dança dramática, marcada por improvisações nas anedotas e charadas tiradas pelo “caboclo” e pela “Dona do Baile” e brincadeiras que envolvem pessoas de destaque e situações da região.

A figura do “Boi” é destaque, e entra na roda trazendo magia, é considerado uma figura quase sagrada, que é sacrificado em nome da sobrevivência do povo.

Os motivos variam de amor, guerra, religião, história local ou de época.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Bacamarteiros]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Bacamarteiros]

Folguedo Popular de origem africana e influência indígena.

Primeiro grupo criado: povoado de Aguada, em Carmópolis.

Por volta do século XIX para divertir negros e brancos na época das festas juninas, no cativeiro, envolvendo a todos nas brincadeiras da noite de São João; os que trabalhavam em usinas de cana, os que cultivavam mandioca. O grupo se reunia na residência de um dos componentes, festejava o santo com o tradicional tiro de “bacamarte”. A tradição permanece cada dia mais viva e deslumbrante.

Os bacamarteiros continuam a dançar e cantar, distribuindo-se em batalhões, sob o comando de “sargentos”. Homens e mulheres saem pelas ruas do povoado a homenagear o santo de devoção num ritual contagiante.

Os bacamartes e a pólvora usada são feitos pelos próprios membros do grupo. 

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Parafusos]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Parafusos]

Segundo a tradição do Brasil colonial, era comum as sinhazinhas deixarem durante a noite as suas anáguas no quaradouro. Na calada da noite os negros escravos as roubavam e com elas se fantasiavam para fugir em busca de liberdade. Os negros cobriam todo o corpo com as anáguas, saindo pelas estradas ao sabor do vento, dando pulos, rodopiando e fazendo assombração.

A superstição da época fazia o povo acreditar em almas sem cabeça e outras visagens. E assim os escravos conseguiam fugir sem serem perseguidos.

Trajando uma sequencia de anáguas, em bando, cantarolando, pulando em movimentos torcidos e retorcidos, um grupo de homens – representando os negros escravos – com adornos femininos, formam o GRUPO PARAFUSO da cidade de Lagarto. Usam instrumentos como triângulo, acordeon e bombo.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Taieira]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Taieira]

Folguedo popular de caráter religioso, com objetivo de louvação. A dança das Taieiras é acompanhada por um tambor, som oriundo dos querequexés, sutilmente sacudidos pelas dançarinas e, ainda, varetas que funcionam como marcação de ritmo.

O cortejo sai anualmente da residência da grande líder do grupo, seguindo pelas ruas da cidade em direção à igreja, diante da qual os integrantes dançam e cantam; entram no templo sagrado sem parar de dançar e cantar, depois o cortejo volta a percorrer a cidade, dançando nas residências das pessoas, cumprindo um ritual belo e emocionante.

Saem às ruas nos dias de Reis e na festa de Bom Jesus dos Navegantes. Os santos são louvados com muito respeito e devoção. Os personagens que integram a manifestação são: Taieiras (dançarinas), Guias, Lacraias, Capacetes, Ministro, Patrão, Rei e Rainhas.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Danças e Folguedos de Sergipe. [Maracatu]


Memorial de Sergipe/UNIT, em 31 de outubro/2013.
Publicado por Suyan Dionizio

Danças e Folguedos de Sergipe. [Maracatu]

Vestígios dos cortejos negros que acompanharam os reis de congos eleitos pelos escravos, para coroação e posteriores batuques no adro, em homenagem ao santo padroeiro.

Não sendo propriamente um auto, o maracatu, não tem um enredo ordenado para sua exibição. É sobrevivência dos desfiles de caráter religioso-africano.

Personagens: Rei, Rainha, Príncipe, Princesa, Vassalos, Ministros, Conselheiros, Lanceiros, Busineiras, Porta-bandeiras, Soldados, Baianas e tocadores. E mais, “Calungas”, que são bonecas representando Oxum e Xangô.

O cortejo real é lembrança da célebre rainha africana Ginga de Matamba. Vestidos de cores extravagantes, os participantes dos cortejos caminham pelas ruas da cidade a cantar, sacotear, entre umbigadas, comprimentos e marchas. Ritmo marcado, batido. Melodia ao mesmo tempo com tom forte do caráter religioso. Algumas cantigas são proferidas numa presumível língua africana.

Foto e texto reproduzidos do site: unit.br/memorialdesergipe

Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em Aracaju

  Um registro histórico: O IHGS visto por um olhar dos anos 30.
Fachada do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em 1939.
Foto/Legenda reproduzidas do site: congressodehistoria.com.br

Fachada do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, hoje.
Foto reproduzida do site: congressodehistoria.com.br

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Augusto Maynard Gomes (1886 - 1957)


Augusto Maynard Gomes (1886 - 1957), Foi governador de Sergipe em duas ocasiões: o primeiro mandato no período de 16 de novembro de 1930 a 28 de março de 1935 e o segundo mandato no período de 27 de março de 1942 a 27 de outubro de 1945. Por duas vezes ocupou também uma cadeira no Senado Federal nos períodos de 1947 a 1951 e de 1955 a 1957. (Fonte: Wikipédia).

Foto: acervo Adaílton Andrade.
Imagem reproduzida do Facebook/Linha do Tempo/Adaílton Andrade.

sábado, 9 de novembro de 2013

Parque dos Falcões




Infonet - Cultura - Noticias - 09/11/2013.

Aniversário de 30 anos do Falcão Tito atrai turistas.

O Falcão é a principal atração do Parque dos Falcões

Uma história de amor, carinho e dedicação aos animais que se transformou em um dos destinos turísticos mais visitados de Sergipe. A aproximadamente 45 Km de Aracaju, localizado aos pés da Serra de Itabaina, o Parque dos Falcões foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia.

Na sexta-feira, 8, Tito comemorou 30 anos com grande festa no Parque. Turistas, amigos e frequentadores realizaram uma festa com direito a homenagem e muito carinho para o Falcão. O Instituto cuida de mais de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos, etc.

Já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos, e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em cativeiro. A Instituto começou ainda na infância do fundador. Aos 7 anos, Percílio ganhou um ovo de Carcará (Caracara plancus), e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo.

Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento.

O Parque dos Falcões está aberto ao público todos os dias da semana. Para chegar ao centro conservacionista siga de Aracaju em direção à Itabaiana. Depois de passar pelo município de Areia Branca, percorra aproximadamente 9 km. No lado direito, há uma placa indicativa sobre o Instituto. Entre por essa estrada (única parte do trajeto não asfaltado) e percorra mais 2,5 km. É indispensável agendar previamente a sua visita.

As visitas ao Parque dos Falcões devem ser previamente agendadas e ocorrem às 9h e às 14h. Faça seu agendamento através dos telefones: (79) 9962-5457 / 9131-3496.

Fotos: Peter John Ellice.

Fotos e texto reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Um Pouco da História de Itaporanga D' Ajuda

Clique nas fotos para aumentar.


Fotos reproduzidas do blog itaporangasergipe.blogspot.com.br
De Edesio Garcez Sobral Junior.

Tecelagem

Tecelagem

"Tobias Barreto e Poço Verde, em Sergipe, são dois municípios de grande vocação artesanal. Tobias Barreto, aliás, transformou-se numa espécie de centro comercial. O bordado, a renda, a tecelagem e mesmo o uso de retalhos para confecção de peças movimentam o dinâmico segmento econômico do artesanato têxtil, atraindo compradores de todo o Nordeste e outras regiões pela variedade e preço dos itens produzidos".

Reproduzido do site pt.scribd.com*
Página de Rodeval Lima de Santana.
Sergipe - Cultura - e - Diversidade
Conhecer, Reconhecer e valorizar.

Carlos Alberto de Menezes Firpo (1912 - 1958)


Carlos Alberto de Menezes Firpo


"Nasceu em 14 de abril de 1912, em Aracaju/SE, filho de João Firpo e D. Antonia Menezes Firpo e irmão do médico João Firpo Filho. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1933, ao lado de João Batista Perez Garcia Moreno, do qual foi grande amigo. Médico obstetra, dirigiu o Hospital Santa Isabel por nove anos, onde promoveu uma total transformação com a construção de um novo centro cirúrgico, instalação de lavanderia mecânica, construção da clausura das irmãs e outras reformas. Foi Prefeito nomeado de Aracaju de 1941 a 1942, na segunda interventoria de Augusto Maynard Gomes. Foi casado com Milena Napolioni Mandarino, filha do imigrante italiano Nicola Mandarino, que se radicou e progrediu em Aracaju na área do comércio. Presidente da Somese (1952-1954). É patrono da cadeira sete da Academia Sergipana de Medicina. Prócer udenista, morreu assassinado em 29 de abril de 1958, com 46 anos, em Aracaju/SE, na sua residência, crime não completamente elucidado até os dias de hoje". *

*Fonte: Dicionário Biográfico de Médicos de Sergipe
*Foto e texto reproduzidos do site linux.alfamaweb.com.br

Genolino Amado (1902 - 1989)


O Amado Genolino

Leveza e densidade, o fortuito e o reflexivo, a crônica e o ensaio caracterizam a prosa do itaporanguense Genolino Amado (1902/1989), segundo o seu maior especialista, o poeta Jeová Santana (2000). Contraditórios tais atributos – como a vida do autor, repartida entre a crítica social e a freqüência aos gabinetes do governo Vargas –, eles transformaram-se em “janelas abertas para a cidade e para o mundo”, de onde se pode observar um dos “projetos de brasilidade” em curso no período 1930/1950 (Cf. Santana, 2000, p. 142-142) e a idéia de uma identidade sergipana para a primeira metade do século XX.

Genolino Amado, cronista, ensaísta, tradutor, político, professor de História Universal, foi um exilado voluntário. Sua produção esteve fortemente marcada pelos ares metropolitanos. As referências a Sergipe, no entanto, abundam nos livros que enfeixaram suas crônicas. A prosa memorialística vai pelo mesmo caminho. O texto mais conhecido foi Um menino sergipano (1977). A este, planejou dar prosseguimento, escrevendo “a história do moço que estudou na Bahia e se formou no Rio de Janeiro”, e que se chamaria “Um rapaz sergipano”.

Um terceiro livro contaria a sua vida em São Paulo, a iniciação literária, o retorno ao Rio de Janeiro e a comemoração das bodas de ouro do casamento dos seus pais. Essas memórias eram também “a narrativa de toda uma família sergipana, a do velho Melk, a de Donana”, a dos quatorze irmãos Amado, com destaques para o excepcional Gilberto e, quem sabe até, para “um outro grande Amado que a Bahia nos levou, [s]eu primo Jorge, sergipano de origem.” (Cf. Amado, 1977, p. 41-43; 1977b, p. 199).

O surto memorialístico de Genolino não se iniciou com a visita que fez a Sergipe, nos anos 1970, início da escrita de Um menino sergipano. Ele havia publicado O reino perdido (1971), livro de reminiscências sobre a vida de professor de história no Rio de Janeiro. Quanto aos flagrantes de memória sobre os modos sergipanos de pensar, agir e sentir já estão dispersos em crônicas publicadas desde a década de 1940. É por essa janela que se pode, em parte, observar “todo um Sergipe que vive na lembrança dos sergipanos exilados, que constitui a obsessão poética do seu degredo”. (idem, 1946, p. 137). Exemplo dessa catarse: “cheiros de mangaba madura, músicas de reisado, versos do ‘colibri’ ao som da Dalila, cadeiras na calçada, serenatas de violão soluçante, a fala cantada do povo, as mocinhas de fita no cabelo passeando ao largo da matriz.” (idem, p. 1977b, p. 136-137).

Mas, por que observar “em parte”? Porque o Genolino rememorador é o mesmo que apõe a crítica à lembrança e reconhece a impotência da cultura provinciana do final do século XIX frente à “revolução” operada pelo rádio no início dos anos 1940: em Laranjeiras, Orlando Silva substitui Fausto Cardoso; em Propriá, o reisado perde espaço para os sambas de Odete Amaral; as histórias contadas sob os alpendres do Riachão dão lugar às novelas radiofônicas; os “rr” do locutor César Ladeira estragam a prosódia das meninas de Itabaianinha e de Itaporanga; as imagens do amor e da namoradinha encarnam-se na figura de Linda Batista e não mais em Julieta; enfim, sucesso do rádio significa “a morte da província”. (cf. Amado, 1946, 136-139).

O menos famoso dos Amado era também um homem da mídia, um cultor da modernidade. Esse fato, entretanto, não o obriga a concordar com o expresso aniquilamento de um modo de vida coletivo. Essa preocupação de Genolino reverbera sempre nesses instantes de mudanças bruscas, desde Maiackowsk aos críticos da globalização: “Se perdermos a província, que será de nós, de nós que tanto já perdemos? Onde encontrar o sentido da nossa existência, se lhe turvamos a fonte de onde ele sempre veio?” (idem, p. 138).

Trinta anos mais tarde, a fonte da singularidade (a província) continuava pródiga. O rádio não era novidade, a televisão se impunha, mas ao que parece, a “alma de Sergipe” não fora destruída pela modernidade. Ela foi ganhando nitidez na cabeça do viajante Genolino à medida em que ele amadurecia, exercitando todos os sentidos, analisando, generalizando, sintetizando, comparando e diferenciando maneiras de viver, timbre de humanidade, inclinações morais e sentimentais, dotes criadores, simpatias e idiossincrasias do sergipano. (cf. Amado, 1977b, p. 193).

Genolino chegou a definir a alma de Sergipe: “um conjunto de qualidades próprias, facetas caracterizadoras, aspectos específicos e inconfundíveis dos meus conterrâneos, enfim, sergipanidade.” (idem, p. 193). Mas, na hora de demonstrá-la academicamente, recuou. Seria muito cansativo e trabalhoso!

“Sergipanizou”, portanto, ao léu, com o que lhe veio à cabeça no momento da escrita (idem, p. 196). Agiu impressionisticamente, tentando demonstrar que o sergipano era mais caboclo que negro, majoritariamente pardo, sofredor. O nativo era, como o cearense, um eterno migrante e, talvez – pela ausência de um porto –, um forte ascendente judeu. No legado cultural, não se sobrelevaram os sonetistas, oradores e romancistas (Cf. Amado, 1977, p. 192-200). A ausência dos Amandos Fontes anteriores à década de 1930, por exemplo, esteve relacionada ao caráter do “espírito sergipano”: denuncista, influenciador, inovador. “No espírito sergipano, concluía Genolino, “o senso crítico prepondera sobre o imaginativo, sobretudo de caráter meramente estético.” (Amado, 1997b, p. 41).

Genolino Amado não era cientista social, nem saudosista melancólico. Mas, é curioso como releva e, ao mesmo tempo, critica a idéia de alma cultivada pelos patrícios do final do século XIX. Para o cronista, alguma “coisa”, em última instância, deveria ser preservada. Que “coisa” seria essa, e do passado de quem seria recuperada é a pergunta que não quer calar. Com a introdução desse componente político, Genolino dinamiza o debate sobre o passado, memória e identidade sobre o qual nos debruçamos no momento.

Para citar este texto
FREITAS, Itamar. O Amado Genolino. A Semana em Foco, Aracaju, p. 6B-6B, 02 nov. 2003.

Referências
AMADO, Genolino. O reino perdido: histórias de um contador de história. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1971.
__________. A morte da província. In.: Os inocentes do Leblon: crônicas do Rio. Rio de Janeiro: Globo, 1946. p. 136-139.
__________. Um menino sergipano: memórias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977.
Momento entrevista Genolino Amado. Momento: Revista Cultural da Gazeta de Sergipe, Aracaju, n. 9, p. 41-43, fev. 1977.

SANTANA, Jeová. A crítica cultural no ensaio e na crônica de Genolino Amado. Campinas, 2000. 245 p. Dissertação (Mestrado em Teoria Literária) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas.

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Sobre palavra "Sergipe": a versão de João Vampré.


Sobre palavra "Sergipe": a versão de João Vampré.

O estanciano João Vampré (1868/1949) chegou à província de São Paulo aos dezoito anos de idade, radicando-se em Limeira e, depois, na capital paulista. Fez nome como jornalista e historiador dos costumes – folclorista, diziam no início do século XX – nas páginas do Diário Popular, no Comércio de São Paulo, Correio de São Paulo, Correio Paulistano e no Estado de São Paulo. Da terra bandeirante, retratou as festas de São João, Corpus Christi, da Santa Cruz do Pocinho, a dança dos Caiapós, e a figura de Fernão Dias Pais (cf. Guaraná, 1925, p. 148; Cordeiro, 1949, p. 288-289; Lima, 1984, p. 80).

Não deveria o Vampré ser pouco expressivo nesta São Paulo que ensaiava saltar de vila provinciana à metrópole, no final do século XIX, haja vista a sua participação como sócio fundador da Academia Paulista de Letras no distante 1909. Como dizem alguns enciumados, seria mais um desses curiosos personagens que, por absurda casualidade, insistira em nascer no modesto Sergipe, como os Joões Ribeiro da vida.
Ocorre que o literato João Vampré não parece ter rompido em definitivo os laços com a terra mãe e nem é de todo improvável que nela tenha exercitado o olhar antropológico que tanta projeção lhe trouxera em São Paulo. Prova-o seu trabalho sobre “O natal em Sergipe”, editado em italiano, bem como o verbete que discute o significado do vocábulo que dá nome ao nosso Estado.

O verbete foi publicado da Revista de Língua Portuguesa (Rio de Janeiro, n. 43, p. 25-26, set./out. 1926), veículo dirigido por Laudelino Freire – outro sergipano “acidental” – e faz parte de uma série de comentários filológicos divulgados nesse e em outros periódicos. Tais comentários foram, provavelmente, organizados no trabalho intitulado “Influência do Tupi nos nomes geográficos” (Rio de Janeiro, 1938/1940).

João Vampré (1868/1949).

O único juízo que colhi sobre o Vampré tupinólogo não lhe foi muito favorável. Plínio Airosa, primeiro professor de Etnologia brasileira e Língua tupi-grarani, da Universidade de São Paulo, classificou o sergipano de “curioso” e ao seu trabalho como de “valor muito reduzido” (Airosa, 1954, p. 39-40). Como as verdades mudam de dono conforme o tempo e a embalagem, segue a transcrição paleográfica do étimo “Sergipe”, quase noventa anos após a primeira divulgação para que o leitor sergipano tire as suas próprias conclusões.

“O Brasil offerece um quinhão original no estudo da sua toponymia, na maior parte derivada da raça aborigene.

‘Quase todos os nossos nomes naturalisticos e geographicos’, como escreve o profundo polygrapho João Ribeiro, ‘dimanam dessa fecunda fonte que desalterou a imaginação primitiva. E os conquistadores, que tudo destruiram, não puderam apagar do arvoredo, dos rios e das montanhas essas vozes claras e sonora que ainda hoje palpitam e agonizam sobre o destroço das tribus vencidas”. Despertado por esta ordem de idéas, peço venia ao eminente patricio citado, a que consagro estas linhas, para tentar uma explicação da origem controvertida da palavra Sergipe. A lexeogenia do referido vocabulo, corruptela de Cerijipe ou Sirigipe, primitivo nome da illha de Villegaignon e assim graphado nos mais antigos documentos, não pode ser entendida senão pelos agrupamentos dos adjectivos adverbiaes Ceri e ipe, ligados pelo relativo j, como ensinaram os padres Montoya e Luiz Figueira, nas suas grammaticas da lingua tupy.

Manuseando o diccionario de Montoya, vê-se que Ceri significa ‘pouco’ e ipe ‘perto’. Os indigenas quizeram referir-se á situação de outros aldeamentos que ficavam mais afastados do ponto da sua taba principal; pretenderam elles designar por este termo idéa analoga á que exprimimos pelo temo ‘sertão’, isto é, ponto afastado ou pouco proximo. A consoante j introduzida no vocapulario tupy, por influencia portugueza, exprime relatividade da distancia em razão do ponto em que elles se achavam. Os relativos e os reciprocos têm grande valor na lingua geral dos indios, como ensinaram os referidos indianologos; o relativo j é empregado para substituir o primitivo i, quando o nome a que se liga principia por vogal, como se verificou no latim em relação ás linguas modernas que delle se derivaram. Assim, em vez de jaguara, japy, japecanga, se diriam primitivamente: iaguara iapy e iapecanga.

Se da propria estructura do vocabulo ‘Cerijipe’, sem alteração alguma, resulta uma significação propria, não temos o direito de dar-lhe semantica estranha, tal como ‘Rio de siris’ e outras.

Cada vez mais me convenço da affirmativa do padre Ives d’Evreux, na investigação dos nomes tupys, aplicados aos logares.

‘Os indigenas, muito sabios na formação dos designativos locais, compunham taes nomes, após deliberação em conselho, assignalando caractéres physicos da coisa nomeada, ou factos permanentes, taes como molestias endemicas, perigos constantes, etc.’

O systema geographico e´, além disso, o unico que acha conformação na estructura grammatical da lingua tupy e o que menos se presta a corrupções. Assim, a palavra ‘Ciará’ composta do relativo ‘Ci’ e do nome ‘araá’ que significa ‘molestia do calor’, como se pode verificar no lexico de Montoya, exprime perfeitamente um logar sujeito aos perigos da sêca.

Em nossa vaidosa presunção, vivemos a suppor que o indio barbaro na predicação dos nomes é tão futil como nós outros civilizados.”

Para citar este texto:
FREITAS, Itamar. Da palavra 'Sergipe': a versão de João Vampré. Jornal da Cidade, Aracaju, 31 ago. 2003.

Saiba mais sobre Vampré:
"Vampré - Uma família sergipana em São Paulo", de Luiz Antônio Barreto. http://infonet.com.br/luisantoniobarreto/ler.asp?id=94267&titulo=Luis_Antonio_Barreto

Fontes das imagens
João Vampré.
Fonte:<http://www.infonet.com.br/sysinfonet/images/secretarias/colunistas/grande-22-10-luiz-antonio.jpg>.

Referências bibliográficas
LIMA, Jáckson da Silva. Os estudos antropológicos, etnográficos e folclóricos em Sergipe. Aracaju: governo do Estado de Sergipe/Secretaria de Estado da Educação e Cultura/Subsecretaria de Cultura e Arte, 1984.
VAMPRÉ, João. Étimo do vocábulo “Sergipe”. Revista de Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, n. 43, p. 25-26, set./out. 1926.
VAMPRÉ, João. A influência do tupi nos nomes geográficos. An. Hidrog. Mar. Brasil, Rio de Janeiro, 1938/1940. (Obra não consultada).
AIROSA, Plínio. Primeiras noções de Tupi. São Paulo: sn, 1933.
AIROSA, Plínio. Apontamentos para a bibliografia da língua tupi-guarani. Boletim da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, São Paulo, n. 169, 1954. (A primeira edição é de 1943).
SAMPAIO, Teodoro. O tupi na geografia nacional. [São Paulo]: sn, 1928. (“Sergipe, ant. Cirigype, c. ciri-gy-pe, no rio dos siris. Alt. Sirigype, Sirgipe, Sergipe.” p. 306).

CORDEIRO, J. P. Leite. Necrológio de João Vampré. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, São Paulo, v. 49, p. 288-289, 1949.

Foto e texto reproduzidos do blog: itamarfo.blogspot.com.br

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Turma dos Formandos de Medicina, Ano de 1970


Turma dos Formandos de Medicina, Ano de 1970

Cláudia Soares Leite
Francisco Prado Reis
Heloiza Maria Carvalho Oliveira
Henrique Batista e Silva
José Rezende
Júlia Maria de Oliveira
Leila Lima Andrade
Lenita Maria F de Carvalho
Maria Célia Souza
Maria Helena Domingues Garcia
Mayra Cardoso Gonçalves Torres
Miriam Dias Araújo
Rosa Maria Sales Cardoso
Selma Alves de Carvalho Portugal
Sonia Maria de Santana Silva
Sonia Maria Lima

Turma dos Formandos de Medicina, Ano de 1969


Turma dos Formandos de Medicina, Ano de 1969

Byron Emanoel de Oliveira Ramos
Cleomenes da Silva Araújo
Geraldo Moreira Melo
Helio Araújo Oliveira
José Mendonça Gonçalves de Oliveira
Manoel José Leal
Marco Aurélio Prado Dias
Maria Janete Sá Figueiredo
Marília Souza de Oliveira
Marinice Martins Ferreira
Wilma Gonçalves Melo Viana

Fonte: Dicionário Biográfico de Médicos de Sergipe.

Foto e texto reproduzidos do site linux.alfamaweb.com.br

Turma da Faculdade de Medicina de Sergipe 1968


Turma da Faculdade de Medicina de Sergipe

Formandos de 1968

Antonio Santana Meneses
Caetano de Almeida Quaranta
Delia Maria Rabelo dos Santos
Eduardo Antonio Conde Garcia
Fedro Menezes Portugal
Ildete Soares Caldas
José Aguinaldo de Santana Fonseca
José Cortes Rolemberg Filho
Margarida Maria de Melo Diniz
Maria Licia de Souza
Maria Selma de Andrade

Foto e texto reproduzido do site da Academia Sergipana de Medicina.

Site: inux.alfamaweb.com.br

Turma dos Formandos de Medicina, do ano de 1967


Turma dos Formandos de Medicina, do ano de 1967

Amaury Motta Moreira
Carlos Hardman Cortes
Djenal Gonçalves Soares
Geisa Melo de Almeida
Jaime Ferreira Souza
José Fernandes dos Santos Macedo
José Olino de Campos Lima
Lauro Augusto do Prado Maia
Leda Maria Martins Ignatos
Lydio Dutra do Nascimento
Maria Isaura Amaral Gama da Silva
Marquise Menezes Silva
Salim Milhen Ignatos
Ulisses Travassos Prado

Fonte: Dicionário Biográfico de Médicos de Sergipe.
Foto e texto reproduzidos do site linux.alfamaweb.com.br
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Da esquerda para a direita: José Olino, Djenal, Marquise, Macedo, Hardman, Jaime, Amaury, Leda, Salim, Isaura, Geisa, Ulisses e Lauro.

Turma de Medicina - Formandos de 1966

Turma de Medicina - Formandos de 1966

Antonio Leite Cruz
João Fernando Salviano
Lydia Mesquita Salviano
Maria Rosa Silva
Simone Matos Moura
William de Oliveira Menezes
Zulmira Freire Rezende

Paraninfo: Dr. João Batista Perez Garcia.

Fonte: Dicionário Biográfico de Médicos de Sergipe.
Foto e texto reproduzidos do site linux.alfamaweb.com.br
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A partir da esquerda: Lídia, Rosa, William, Prof.Garcia Moreno, Antonio Cruz, Zulmira, Salviano e Simone.

domingo, 3 de novembro de 2013

Homenagem a Luiz Antônio Barreto (1944 - 2012)

Sergipanidade = Luiz Antônio Barreto.



Homenagem a Luiz Antônio Barreto (1944 - 2012).
Palácio Museu Olímpio Campos.
Foto reproduzida do site: agencia.se.gov.br