Publicação compartilhada do site SESC SE., de 4 de junho de 2024
Galeria de Arte Sesc abre exposição sobre a trajetória de Clemilda
Por Comunicação Sesc
De 5 a 30 de junho a Galeria de Arte Sesc Cícero Alves dos Santos – Véio apresenta a exposição ‘Clemilda: um reinado entre ritmos, risos e resistência’. A mostra é um passeio cultural acerca da vida e da obra da cantora através de fotos, discos e objetos pessoais.
Clemilda Ferreira da Silva nasceu em 1936, em São José da Laje, município alagoano. As suas vivências, memórias e raízes do território de origem a fizeram possuir uma verdadeira identidade artística marcada por oportunidades e transformações. Clemilda cantava cocos, reisados, aboios, xotes, cirandas, xaxados e muitas outras riquezas do nordeste brasileiro.
E foi a partir dessa verdadeira personalidade plural, que o reinado foi construído e reconhecida a sua irreverência, elemento que sempre fez parte da personalidade da artista, que teve maior notoriedade durante a década de 80, uma fase específica da sua produção, a partir das inusitadas canções de duplo sentido, que a levaram, inclusive, a receber discos de ouro, com grandes sucessos como "Forró cheiroso" e "Prenda o Tadeu", sem falar na projeção e circulação dessa artista pelo país.
Para a diretora regional do Sesc, Aparecida Farias, manter em evidência e reconhecer as referências da cantora Clemilda contribui para o fortalecimento do seu legado e a construção de nossas identidades. “A exposição é uma experiência, para que possamos conhecer um pouco mais sobre a figura que o nosso estado naturalmente acolheu e incorporou ao seu grande elenco”, ressaltou.
A exposição entra em cartaz dia 04/06, às 18h, na Galeria de Arte Sesc, localizada na Rua Senador Rollemberg, 77, Bairro São José.
Texto e imagens reproduzidos do site: sesc-se com br
Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 24 de novembro de 2021
Livro e DVD sobre Clemilda Ferreira serão lançados no Museu da Gente
No próximo dia 25, quinta-feira, a partir das 16h30, acontecerá no Museu da Gente Sergipana o lançamento do livro ‘Histórias de Dona Miúda: a Rainha do Forró’, do jornalista Carlos Leal, e o DVD ‘Morena dos Olhos Pretos’, do cineasta Isaac Dourado. Os dois trabalhos tem a cantora, compositora e apresentadora Clemilda como personagem central.
‘Histórias de Dona Miúda: a rainha do forró’, que tem ilustrações da artista plástica sergipana Ana Denise e prefácio da escritora Mabel Velloso, é um livro infanto-juvenil que o jornalista, escritor e produtor cultura baiano Carlos Leal escreveu a partir da pesquisa que vem fazendo para um livro biográfico sobre a cantora Clemilda. ”Trata-se de uma artista com uma história muito rica e pouco conhecida do público. Muitos a conhecem pelas músicas de duplo sentido, mas Clemilda foi uma artista que gravou xotes, xaxados, sambas juninos, reisados, foi a primeira mulher a gravar um aboio e, claro, uma mulher que ousou cantar a música de duplo sentido em um universo quase que totalmente masculino”, conta Carlos.
Lançado em 2016 e já exibido em festivais de cinema e em cidades como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Aracaju (SE) e Lisboa (PT), o documentário ‘Morena dos Olhos Pretos’, do cineasta Isaac Dourado será lançado no formato físico. O filme narra a história de Clemilda e conta com depoimentos de artistas como Sandro Becker, Alcymar Monteiro, Genival Lacerda, Anastácia, Amorosa e Robertinho dos Oito Baixos, filho da artista. “Fazer esse filme foi muito especial para mim, pois não só pesquisei e busquei depoimentos, como também pude acompanhar a artista nos seus últimos anos de vida. Apesar de ter sido lançado em 2016, somente agora estamos disponibilizando o documentário no formato físico”, conta o cineasta.
Clemilda
Clemilda Ferreira da Silva nasceu na cidade de São José da Lage (AL) em 1936, mudou para o Rio de Janeiro no final dos anos 1950, começando a carreira na década seguinte ao fazer um teste no Programa Crepúsculo Sertanejo, apresentado por Raymundo Nobre de Almeida no Auditório da Rádio Mayrink Veiga. Casou com o sanfoneiro Gerson Filho com quem anos depois radicou-se em Aracaju (SE). Apesar de uma vasta discografia, somente nos anos 80 a cantora atingiu sucesso nacional com a música ‘Prenda o Tadeu’ (Antônio Sima/Clemilda). Participou dos principais programas de TV da época, a exemplo de Domingão do Faustão, Hebe Camargo, Xou da Xuxa, Os Trapalhões e Domingo Legal. Clemilda faleceu dia 26 de novembro de 2014 em Aracaju.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
Álbum tem participação de Dominguinhos e Mestrinho
Fotos: Portal Infonet
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 15/06/2018
Álbum traz canções inéditas interpretadas por Clemilda
Um dos maiores nomes da música nordestina, a cantora
Clemilda foi homenageada nesta sexta-feira, 15, com o lançamento de um álbum
inédito que traz canções de sua autoria. A cantora gravou as músicas no ano de
2010, em São Paulo, com as participações de Dominguinhos e Mestrinho.
O lançamento do álbum foi possível graças a uma parceria entre
o Instituto Banese e a Fundação Aperipê, que descobriu em Aracaju uma cópia dos
arquivos gravados em São Paulo. “São 14 músicas inéditas, tendo Dominguinhos e
Mestrinho na sanfona. Fomos em um estúdio e percebemos que havia condições de
pós-produzir, mixar e lançar o álbum. Diante disso, entramos em contato com a
família que concordou com o lançamento e a distribuição gratuita. Para nós, é
uma emoção sem tamanho poder trazer à tona uma obra que estava perdida”,
comenta o diretor-presidente da Aperipê, Givaldo Ricardo.
O sanfoneiro Robertinho dos Oito Baixos, filho de Clemilda,
revela que a homenagem é o reconhecimento do carinho que a cantora tinha por
Sergipe. “A cada dia, esse estado me traz novas alegrias. Fico muito feliz em
saber que as pessoas lembram do nome de minha mãe, que amava Sergipe, e
satisfeito em perceber que, apesar do tempo, ela continua sendo reconhecida”.
“A gente queria ela aqui nessa festa maravilhosa, mas
infelizmente não é possível. Ficamos com esse presente e quem tiver esse CD
nunca vai esquecer de Clemilda. É uma grande lembrança da nossa rainha do
forró”, comenta o cantor Erivaldo de Carira.
O lançamento do CD “Clemilda para Sempre’ fez parte da
programação do São João da Gente Sergipana. Durante o evento, quem animou a
festa foram os cantores Bob Lélis, Lucas Campelo e Robertinho dos Oito Baixos,
além de grandes forrozeiros de Sergipe.
As atividades do São João da Gente Sergipana ocorrem nos
dias 15 e 16, mas prosseguem no dia 20, das 14h às 17h, com a Oficina de
Cordel, ministrada por Izabel Nascimento; e no dia 21, no mesmo horário, a
Oficina de Xilogravura, com Nivaldo Oliveira. As atividades são destinadas ao
público acima de 12 anos. A inscrição é gratuita até o dia 18 de junho pelo
telefone (79) 3218-1551.
por Verlane Estácio
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
Publicado originalmente no Portal Infonet, em 01/06/2017.
Trajetória de Clemilda será exibida no Cine Vitória.
'Morena dos Olhos Pretos' estréia em Sergipe na terça-feira,
6.
O longa-metragem ‘Morena dos Olhos Pretos’, que conta a
história da vida da icônica cantora Clemilda, estreará em território sergipano
na próxima terça-feira, 6, no Cine Vitória, pela 1º Mostra Sesc Serigy de
Cinema. Sob a direção de Isaac Dourado, foi lançado em 2016, no Festival Internacional
Recine, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
A produção teve quatro anos de duração, e já foi inscrito em
outros festivais, como o ‘In-Edit’, mais renomado no ramo audiovisual. Dourado
conta de onde surgiu a inspiração. “Já trabalhava com cinema e queria fazer um
documentário sobre uma figura sergipana de relevância. Conheci Clemilda,
tivemos um encontro em 2011, e achei que a história dela merecia ser contada. O
brasileiro tem memória curta, então se a gente não faz, a história acaba se esvaindo”,
explica.
“O início foi bastante complicado por conta do gênio dela,
que era muito forte, e às vezes tinha dificuldade de falar do passado. Ficamos
amigos, e ela acabou autorizando”, contou o diretor. Nos depoimentos de
familiares e amigos, estão alguns destaques do cenário cultural sergipano, como
o sanfoneiro Robertinho dos Oito Baixos, filho de Clemilda, e outros artistas
como Anastácia, Alcimar Monteiro, Sandro Becker, Jorge de Altinho e Genival
Lacerda.
O filme tem 86 minutos de duração, e será exibido às 14h,
com entrada franca. Em ‘Morena dos Olhos Pretos’ tem ainda o último show da
vida da protagonista do longa, no Forró Caju de 2012. Clemilda faleceu no ano
de 2014.
Sinopse
A história da cantora Clemilda, Rainha do Forró e da música
de duplo sentido, através de depoimentos, lembranças e raras imagens de
arquivo. Dentro de seu legado estão clássicos como Prenda o Tadeu e Forró
Cheiroso, sucessos em todo o Brasil e que lhe renderam dois discos de ouro. Sua
obra está justaposta entre as das grandes estrelas da música nordestina.
Por Victor Siqueira.
Confira o trailer de 'Morena dos Olhos Pretos'.
Texto, imagens e vídeo, reproduzidos dos sites: infonet.com.br e YouTube.com.br
Publicado originalmente no site G1 SE, em 30/05/2017.
Filme da cantora Clemilda é lançado em Aracaju.
Exibição ocorre na terça-feira (6), no Cine Vitória, na Rua
do Turista.
Por Anderson Barbosa, G1 SE, Aracaju.
Na terça-feira (6), o Cine Vitória vai abrir às portas para
a estreia na capital do longa-metragem “Morena dos Olhos Pretos”, que conta a
história da cantora alagoana Clemilda, que durante muitos anos morou em
Sergipe, onde viveu até o fim da vida. O filme vai ser exibido às 14 horas e a
entrada é gratuita.
A direção é assinada pelo sergipano Isaac Dourado, que
entrevistou a contora, amigos e familiares da artista e juntos trilharem pela
história e pelos lugares mais importantes na carreira da artista que nasceu em
Alagoas e escolheu morar em Sergipe, onde morreu.
“O nosso primeiro contato foi em outubro de 2011, quando
fomos apresentados pela a minha irmã e falei sobre a ideia inicial de fazer um
curta metragem, que acabou virando um longa devido a quantidade material
coletado”, recorda.
A estreia nacional ocorreu no mês de outubro do ano passado
no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em novembro foi exibido em Olinda
(PE). “Clemilda é uma bandeira da cultura nordestina. Uma referência para todos
nós, assim como foi Luiz Gonzaga e outros. Ela levou o nome de Sergipe, mesmo
sendo alagoana e merece que todos conheçam o seu legado”, afirma Dourado.
A cantora Clemilda faleceu em Aracaju (SE) na madrugada do
dia 26 de novembro de 2014 , aos 78 anos, em decorrência de problemas no
coração em pulmão.
O Cine Vitória está situado na Rua do Turista, localizada na
Rua Laranjeiras, 307, no Centro de Aracaju.
Sinopse.
A história da cantora Clemilda, Rainha do Forró e da música
de duplo sentido, através de depoimentos, lembranças e raras imagens de
arquivo. Dentro de seu legado estão clássicos como Prenda o Tadeu e Forró
Cheiroso, sucessos em todo o Brasil e que lhe renderam dois discos de ouro. Sua
obra está justaposta entre as das grandes estrelas da música nordestina.
Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se
Publicado originalmente no site Ne Notícias, em 23/06/2014.
Clemilda, guerreira alagoana de nobreza sergipana.
Por Rangel Alves da Costa*
Parece que ela está presente naquelas fotografias antigas
onde Benjamin Abrahão retratava as mulheres cangaceiras. Não pelas armas
empunhadas nem pelas inglórias na sina, mas pelos sorrisos sempre presentes,
pelos vestidos enfeitados, pelas feições tão próprias das nordestinas:
amorenadas, bonitas, felizes diante de quaisquer circunstâncias. Mas falo de
Clemilda, sim senhor, dessa guerreira alagoana que se fez rainha sergipana e
ainda hoje orgulha não só o salão forrozeiro como toda cultura popular.
De baixa estatura, rosto arredondado, feições trigueiras,
cabelos negros encaracolados, usando preferencialmente vestidos rodados e
floridos, com maquiagem que acentue sua feição sorridente, assim é aquela
batizada como Cremilda Ferreira da Silva, e depois Clemilda. Verdade que hoje,
perto dos 78 anos e mais de 50 anos de carreira artística, já traz as marcas de
múltiplas enfermidades pelo corpo. Infelizmente, já foi acometida por
osteoporose e agora se recupera do segundo acidente vascular cerebral. E
entristece demais não ter a presença da forrozeira maior ecoando pelos arraiás.
A nossa guerreira está combalida, mas não vencida. Desde
alguns anos que não viaja para apresentações, também está impossibilitada de
receber e divulgar os artistas locais no seu Forró no Asfalto, programa
dominical da TV Aperipê com mais de 25 anos de sucesso absoluto. Internada,
ainda em recuperação, certamente doeu-lhe muito estar ausente dos forrós
aracajuanos dessa época junina. Ainda assim as homenagens são muitas, desde
exibição de documentário, exposições a apresentações artísticas, e todas num
justíssimo reconhecimento.
Pelas raízes que possui em Sergipe, onde vingou e se
espalhou como a melhor e mais autêntica representante da música de feição
junina, até que se poderia imaginar ser a forrozeira sergipana de folha e flor.
Mas não, ainda que tenha escolhido Aracaju como seu verdadeiro lar e toda essa
terra sergipana como sua irmandade, Clemilda nasceu em São José da Laje, no
estado das Alagoas, e lá pelos idos de 1936. Ter nascido lá e vindo pra cá é
outra história, e esta só pode ser contada trazendo a lume outra presença
marcante na musicalidade nordestina: Gerson Filho.
Nasceu, pois, em São José da Laje, mas acabou passando a
infância e adolescência em Palmeira dos Índios. A vida sem oportunidades no
lugar, certamente aliada ao destino que lhe acenava outras possibilidades, de
repente se viu seguindo para o Rio de Janeiro. Era década de 60. Na capital
fluminense, trabalhou como garçonete até conseguir, em 1965, se apresentar como
caloura na Rádio Mayrink Veiga. Foi nesta emissora que conheceu Gerson Filho,
também alagoano do município de Penedo, então artista já contratado. Assim, o
destino unia a voz com a sanfona de oito baixos.
Inicialmente gravou ao lado daquele que viria se tornar seu
esposo e a acompanharia pelas estradas forrozeiras até 1994, quando faleceu.
Mas seu primeiro disco, “Gerson Filho apresenta Clemilda”, só foi gravado em
1967. Daí em diante o sucesso lhe abriria cada vez mais as portas. Não somente
pela artista talentosa que já demonstrava ser, com sua voz afinadamente
peculiar, mas principalmente pelo seu jeito único de interpretar: a alegria da
música se expressava com toda pujança no gestual da cantora, no seu bailado
segundo as exigências de cada canção.
Mas o casal sabia que era na própria região nordestina,
berço do forró, que estava o seu público maior. E assim arribou do sul do país
para shows e apresentações junto ao seu povo, morando primeiro em Palmeira dos
Índios e depois vindo fixar residência na capital sergipana. Sergipe logo
acolheu carinhosamente o casal. Famosos, porém simples, humildes e
verdadeiramente artistas, viviam de canto a outro realizando shows, numa agenda
sempre cheia e onde não havia escolha para as apresentações. Participavam de
programas de rádio, de auditório, se apresentavam em grandes e pequenos circos,
touradas, grandes eventos; enfim, onde o público apreciador do autêntico forró
estivesse.
Foi numa dessas incursões pelo interior sergipano que
Clemilda e Gerson Filho foram parar na distante Poço Redondo, localidade que
passou a ser uma constância na agenda dos forrozeiros. Na cidade tornaram-se
amigos do saudoso Alcino Alves Costa, tantas vezes prefeito do lugar, que não
somente os contratava como os acolhia na própria residência. Era ali que
sentado à mesa com garfadas na galinha de capoeira que Gerson Filho mastigava
pimenta malagueta inteira como se estivesse mordendo um doce.
Foi também em Poço Redondo que surgiu uma parceria entre
Clemilda e Alcino Alves. Numa das ocasiões, Alcino mostrou à forrozeira alguns
versos sertanejos que havia escrito. E num destes estava “Seca Desalmada”, que
após a feitura da melodia pela própria cantora, em 1973 foi gravada num disco
de mesmo nome, alcançando retumbante sucesso. “Visitei o Juazeiro que fica lá
no sertão, havia muitos romeiros escutando um sermão...”. O próprio Gerson
compôs um forró em homenagem ao lugar que tanto apreciava, intitulado Forró em
Poço Redondo (LP Ingazeira do Norte, de 1969).
Anos mais tarde, numa homenagem prestada à amiga, Alcino
Alves Costa escreveu um “Tributo a Clemilda”, cujo texto, dentre outras
passagens, diz: “Sergipe tem uma dívida grandiosa com uma celebridade de seu
mundo artístico. Fabulosa intérprete que durante décadas vem oferecendo aos
sergipanos a sua extraordinária capacidade e competência na arte de cantar a
terna e meiga cantiga que tanto glorificou a essência e singeleza da fonte musical
sertaneja e nordestina. Estou falando de Clemilda Ferreira da Silva, a nossa
querida e amada Clemilda, que com sua maravilhosa voz enterneceu e enternece o
sentimento e a alma daqueles que tiveram a felicidade e o prazer de conhecer e
ouvir as suas incomparáveis canções, especialmente aqueles de seus primeiros
tempos; aqueles que não possuíam o recurso condenável do duplo sentido.
Em quais arquivos da cultura sergipana estão cuidadosamente
guardadas as imortais melodias interpretadas pela inesquecível companheira de
Gerson Filho? Será que Sergipe sabe da existência das majestosas "Saudade
vai me matar", "Sete meninas", "Morena dos olhos
pretos", "Guerreiro alagoano", "Meu guerreiro",
"Beata mocinha" e "Siricora"? Será que Sergipe reconhece,
agradece e louva o altíssimo desempenho e valor dessa sua guerreira e uma das
maiores representantes do cenário musical brasileiro? Não. Com certeza que não.
O povo sergipano não se lembra, ou talvez nem conheça, maravilhas como estas:
"Fazenda Taquari", "Rosa branca da serra", "Recordação
de vaqueiro", "Recado a Propriá", "Console ela papai",
"Leva eu benzinho", "Tiro o lírio", "Estou chorando
por você" e tantas outras beldades musicais que seria impossível
enumerá-las, mas que elas tanto mereciam.
Não podemos desconhecer as tremendas dificuldades e
provações que os intérpretes da verdadeira música sertaneja nordestina, aquela
do fole, do pandeiro e do ganzá, vêm passando por anos seguidos. Sabemos
perfeitamente da luta insana dos poucos abnegados que tentam sobreviver em meio
à tão medonha borrasca. Clemilda é parte importantíssima desse reduzido grupo
que vive numa inglória luta que tem como principal objetivo preservar essa tão
desprezada cultura musical nascida nos recônditos mais escondidos e distantes
dos campos, ribeiras e pés de serras de nosso sertão caboclo”.
Por fim, arremata Alcino, fazendo referência ao programa
Forró no Asfalto (sucesso também na Rádio Aperipê), “Ali a nossa deusa do forró
canta e propaga a cantiga de sua terra de adoção e coração, a terra sergipana e
nordestina. Tudo que se fizer por essa invulgar artista ainda é pouco. Clemilda
é patrimônio cultural de Sergipe. Deus lhe abençoe, minha querida heroína e
amiga. Deusa e rainha do forró!”.
Tais palavras resumiriam tudo, mas Clemilda merece mais.
Inegável que o sucesso alcançado foi também fruto de sua obstinação. Poucas
artistas nordestinas conseguiram levar o forró aos grandes espaços radiofônicos
e televisivos como ela o fez, pois se tornou presença constante em programas
como Cassino do Chacrinha, Clube do Bolinha e Faustão, dentre outros. Sua
discografia é vasta, incluindo desde os primeiros discos gravados com Gerson
Filho (É pra valer e Forró sem Briga), aos lançados como artista principal a
partir de 1967 (Gerson Filho apresenta Clemilda, Fazenda Taquari, Morena Dos
Olhos Pretos, Seca Desalmada, Guerreiro Alagoano, Coqueiro da Bahia, Prenda o
Tadeu e Forró Bom Demais, só para citar alguns).
De voz aguda, porém delicada, impondo a cada canção um
acorde melodioso dos mais afinados, Clemilda foi além da mera interpretação
para também se firmar como compositora famosa, de grande sucesso, mas
geralmente em parceria com outros compositores nordestinos. Ao lado do artista,
tecia a letra, remendava, modificava, e tudo para ficar em conformidade com sua
voz. Daí que gostava de pincelar as letras já prontas, fazendo os arranjos
necessários para o alcance da melodia desejada.
E foi nesse acuido que a grande artista foi se firmando no
meio forrozeiro até alcançar a fama tão difícil e até impensável para uma
mulher já de longa estrada musical. Contudo, se por um lado a genialidade
artística de Clemilda pode ser mais observada na sua fase de melodias
tipicamente nordestinas, por vezes de plangência romântica, seu sucesso maior
ocorreu exatamente quando passou a apimentar as letras de suas canções. Quando
a música Prenda o Tadeu foi lançada em 1985, logo se tornou em estrondoso
sucesso. A partir daí emprestou duplo sentido a outras canções, como Forró
Cheiroso (Talco no Salão). Os dois Discos de Ouro, e também de Platina, vieram
dessa época.
Ainda que o sucesso absoluto somente chegasse com maior
força na fase do duplo sentido, ainda assim estava na artista a destreza pela
aceitação popular. Eis que não apenas com letra apelativa, mas tendo por fundo
a genial interpretação, e assim porque Clemilda, com seu gingado e seu rebolado
caipira, sempre foi uma atração à parte. Por isso tanto e duradouro sucesso. E
assim sempre será pela eterna gratidão que lhe guarda o povo nordestino,
principalmente sergipano, por ter a honra e glória de acolher tão bela flor
agrestina.
*Rangel Alves da Costa - Advogado e escritor.
Acesse blograngel-sertao.blogspot.com
Texto e imagem reproduzidos do site: nenoticias.com.br
Cantora Clemilda veio a falecer no dia 26 de novembro de
2014
O Governo de Sergipe sancionou uma lei que instituirá 2016
como Ano Cultural Clemilda Ferreira da Silva. A indicação tem por objetivo
homenagear essa grande cantora Alagoana de nascimento e Sergipana de Coração,
que veio a falecer no dia 26 de novembro de 2014, e visa divulgar as obras e a
vida da artista que sempre enalteceu a cultura brasileira, nordestina e,
principalmente, a cultura sergipana.
De acordo com a lei, no ano de 2016 poderão ser promovidas
atividades comemorativas e culturais que divulguem a vida de Clemilda Ferreira
da Silva, suas obras e seus feitos artísticos, onde as entidades da sociedade
civil organizadas, envolvidas com a promoção da cultura no Estado de Sergipe
podem criar comemorações e atividades culturais alusivas ao Ano Cultural
Clemilda Ferreira da Silva. Os eventos organizativos devem envolver atividades
que visem promoção de debates sobre a vida e obra de Clemilda, como também as
contribuições de ritmos e do forró no processo de construção da identidade
cultural do Povo de Sergipe.
Em 2015, a Secretaria de Estado da Cultura prestou uma
belíssima homenagem à Clemilda durante o Arraiá do Povo; o palco principal o
qual as apresentações artísticas locais e nacionais se apresentaram levou o
nome Palco Clemilda. Além disso, a convite da Secult, os filhos de Clemilda,
Robertinho dos 8 Baixos e José Adeildo, fizeram o show de encerramento dos
festejo juninos da Orla de Atalaia homenageando a mãe, e o padrasto, Gerson
Filho, que este ano completaria seu centenário.
Fonte: Ascom Secult.
Foto: Ascom Secult.
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura
Clemilda Ferreira da Silva (78 anos), Cantora e Compositora.
* São José da Laje, AL (01/09/1936)
+ Aracaju, SE (26/11/2014)
Clemilda Ferreira da Silva foi uma cantora brasileira que
estourou nas paradas de sucesso com a música "Prenda o Tadeu", em
1985, e a partir de então participou de vários programas de rádio e TV, entre
eles o Clube do Bolinha, na Rede Bandeirantes, e o Cassino do Chacrinha, na
Rede Globo. Nesse mesmo ano ganhou seu primeiro Disco de Ouro e em 1987, com o
disco "Forró Cheiroso", mais conhecido como "Talco no
Salão", ganhou seu segundo Disco de Ouro.
Nascida em São José da Laje, Clemilda passou a infância e a
adolescência em Palmeira dos Índios, Zona da Mata de Alagoas. No começo da
década de 60 decidiu viajar para o Rio de Janeiro para "tentar a
sorte", onde então conseguiu emprego como garçonete. Até então ainda não havia
descoberto o dom artístico que tinha.
Em 1965, conseguiu cantar pela primeira vez na Rádio Mayrink
Veiga no programa "Crepúsculo Sertanejo", dirigido por Raimundo Nobre
de Almeida, que apresentava profissionais e calouros. Nessa ocasião, conhece o
sanfoneiro Gerson Filho, contratado da gravadora e também alagoano como ela,
que popularizou o fole de oito baixos e já era artista com disco gravado. Com
ele Clemilda viria a se casar e com ele passou a fazer shows em diversos
estados do Nordeste. Fez algumas participações em dois LPs do esposo, e a
partir de 1967 começou a gravar seu próprio disco.
Em seus discos, gravou os ritmos mais característicos do
povo nordestino, como forró, baião, xote, quadrilhas, rancheiras, coco,
cantigas de reisado e guerreiro.
Em 1982, lançou o disco "O Balanço do Forró", com
a participação de Oswaldinho do Acordeon e Gerson Filho. Entre outras
composições gravou o xote "Não dê a Radiola" (Durval Vieira e Jorge
Pajeú), o baião "O Vatapá da Maria" (Clemilda e Anastácia), o baião
"O Preguiçoso" (Durval Vieira), o arrasta-pé "Folguedos no
Arraiá" (Juvenal Lopes), e a marcha "Bom Jesus da Lapa"
(Clemilda e Ataíde Alves de Oliveira).
Em 1987, lançou o disco "Forró Cheiroso", com
arranjo e regência de Chiquinho do Acordeon, que participou, ainda, nas
gravações executando o acordeon. Destacaram-se, entre outras, as composições
"Forró Cheiroso" (Clemilda e Miraldo Aragão), "Surra de
Amor" (Lia, Gil Barreto e Alice Sampaio), "Dança do Peru"
(Clemilda e Geraldo Nunes), "O Biriteiro" (Clemilda e Geraldo Nunes),
e "Oxênte Bichinho" (Durval Vieira). Lançou, ainda, os discos
"Forró Sem Briga" e "Guerreiro Alagoano".
Após 1994, com a morte do companheiro, a forrozeira,
carinhosamente conhecida como "Rainha do Forró", afastou-se dos shows
e há algum tempo vinha se dedicando à apresentação do "Forró no
Asfalto", na TV Aperipê de Aracaju, programa há mais tempo no ar da
emissora, do qual Clemilda esteve meses afastada em virtude de complicações com
um AVC e osteoporose.
Clemilda ainda era uma das cantoras mais requisitadas para
shows nas festas juninas nordestinas.
"O primeiro (disco de ouro) ganhei no Clube do Bolinha,
em 1985, com o LP "Prenda o Tadeu". Com o "Forró Cheiroso",
chamado popularmente de "Talco no Salão", ganhei o segundo disco de
ouro, no Cassino do Chacrinha. Foram os dois momentos mais importantes pra mim.
O resto é matéria em revista, jornal. E teve também o prêmio que recebi no
Fórum do Forró, pelo qual agradeço bastante a Marcelo Deda, que na época era
prefeito (de Aracaju). Também agradeço muito ao atual prefeito, Edvaldo
Nogueira, porque ele sempre se lembra de mim quando tem evento, mesmo que não
seja para fazer show, mas para participar. Acho bom e gosto muito deles, porque
eles me têm muita atenção."
A composição de seus trabalhos caracteriza-se principalmente
pelo duplo sentido das letras, jocoso-malicioso, como o que era feito pelo
também alagoano Sandro Becker.
Morte
Clemilda Ferreira da Silva morreu na madrugada de
quarta-feira, 26/11/2014 em um hospital particular de Aracaju. Ela enfrentava
complicações de um segundo Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em maio
deste ano, desde então ela passou por vários hospitais, inclusive por Unidades
de Terapia Intensiva (UTIs). O estado de saúde se complicou com a ocorrência de
uma pneumonia. Ela tinha ainda histórico de hipertensão e Mal de Parkinson...
Clemilda era viúva do também forrozeiro Gerson Filho,
falecido em 1994, e deixou dois filhos, entre eles Robertinho dos Oito Baixos,
que herdou o talento musical.
Discografia
S/D - Cremilda (Continental, LP)
1965 - Forró Sem Briga (Tropicana, LP)
1967 - Gerson Filho Apresenta Clemilda (RCA Victor, LP)
1968 - Rodêro Novo (RCA Victor, LP)
1970 - Fazenda Taquari (RCA Camden LP)
1971 - Ranchinho Velho (Musicolor, LP)
1972 - Morena Dos Olhos Pretos (Musicolor, LP)
1973 - Seca Desalmada (Musicolor, LP)
1975 - Exaltação a Sergipe (Musicolor, LP)
1976 - A Coruja e o Bacurau (Musicolor, LP)
1977 - Forró no Brejo (Musicolor, LP)
1977 - Clemilda (Musicolor, LP)
1978 - Guerreiro Alagoano (Musicolor, LP)
1979 - Vaquejada (Musicolor, LP)
1979 - Vamos Festejar (Musicolor, LP)
1980 - Coqueiro da Bahia (Chantecler, LP)
1981 - Varanda do Castelo (Chantecler, LP)
1982 - O Balanço do Forró (Chantecler, LP)
1983 - Comedor de Jacá (Musicolor, LP)
1984 - Chico Louceiro (Musicolor, LP)
1985 - Prenda o Tadeu (Continental, LP)
1986 - A Minhoca do Severino (Continental, LP)
1987 - Forró Cheiroso (Chantecler, LP)
1987 - Forró & Suor (Chantecler, LP)
1988 - Amor Escondido (Chantecler, LP)
1990 - Coitadinha da Tonheta (Chantecler, LP)
1991 - Em Tenção de Você (Chantecler, LP)
1992 - Aquilo Roxo (Chantecler, LP)
1993 - Hoje Eu Tomo Todas (Chantecler, LP)
2006 - Forró Bom Demais, (CD)
Fonte: Wikipédia, Dicionário Cravo Albin da MPB e G1
Indicação: Fátima Alencar e Miguel Sampaio.
Texto e imagem reproduzidos do blog: famososquepartiram.com
Veja entrevista com Clemilda em vídeo postado abaixo:
Ela já exaltou Sergipe em algumas de suas canções e o chamou
de querido dos seus sonhos, mas nesta quarta-feira, (18/07/2014), foi a vez de
Sergipe exaltá-la e agradecer-lhe pela devoção e respeito à terra que escolheu
como sua. Essa pessoa encantada pelas terras sergipanas é Clemilda Ferreira da
Silva, homenageada com muita justiça e carinho pelo Instituto Banese e pelo
Governo de Sergipe com a exposição ‘Clemilda Morena dos Olhos Pretos’.
A bela homenagem não poderia deixar de contar com a presença
do povo sergipano, agraciado ao longo dos 50 anos de carreira da cantora com a
sua alegria e com o seu autêntico modo de fazer forró, foi por isso que o foyer
do Museu da Gente Sergipana foi tomado por apreciadores da Clemilda artista e
da Clemilda mulher. “Eu não tenho modéstia pra falar de Clemilda. Participei
com muito prazer e orgulho de momentos importantes de sua vida e por isso digo
que essa homenagem linda já poderia ter acontecido, afinal ela é uma diva
nacional, respeitada até por Luiz Gonzaga, uma cantora que marca o forró com
muita cadência e por isso se tornou um nome importante na música brasileira.
Ela merece tudo isso que está aqui. Parabéns pela iniciativa”, afirma Augusto
Barreto, o palhaço cheiroso, como é chamado pela artista.
Fotos e texto reproduzidos do site:
jornaldacidade.net/araripe-leitura
Exposição e documentário abordam a vida de Clemilda.
A forrozeira Clemilda completou 50 anos de carreira.
Com o objetivo de homenagear uma das maiores expressões da
música junina em Sergipe – a cantora Clemilda – o Instituto Banese o Museu da
Gente Sergipana realizou (...) uma exposição sobre a cantora, que completou 50
anos de carreira.
Segundo um dos curadores da exposição, Ezio Déda, a
homenagem é mais que justa. “Resolvemos homenageá-la pelos seus 50 anos de
carreira e não há época melhor do que comemorar no mês junino. Para isso,
reunimos fotos e toda a sua discografia e história nesta exposição”, fala.
“É um evento que mostra toda a trajetória desta cantora a
iniciativa fortalece o compromisso do Governo de Sergipe com a valorização da
cultura em suas diversas manifestações e pluralidade”, destaca.
Na oportunidade também foi exposto o filme – “A Menina dos
Olhos Pretos” - que conta a história de vida da cantora. Para o diretor do
filme, Isaac Dourado, o filme retrata toda a trajetória de Clemilda. “Ela foi
uma pessoa que mudou minha vida e o meu olhar para as coisas do passado”.
O longa metragem será lançado às 19h no Museu da Gente
‘Morena dos olhos pretos’ é o nome do documentário que será
lançado no próximo dia 18, às 19h, no Museu da Gente Sergipana, durante a
abertura da exposição ‘Clemilda morena dos olhos pretos’, realizada pelo
Instituto Banese, em homenagem aos 50 anos de carreira artística da cantora
Clemilda Ferreira da Silva. O longa metragem é um documentário biográfico que
conta a trajetória de uma das grandes arquitetas da música nordestina e uma das
resdocumenponsáveis pelo reconhecimento do autêntico forró em todo o Brasil.
De acordo com o diretor e roteirista Isaac Dourado, o
projeto de produzir um documentário que contasse a história de Clemilda se
iniciou no ano de 2011, quando teve a oportunidade de conhecer a cantora e a
partir de então acompanhá-la em suas apresentações. “Passei a acompanhá-la
semanalmente no programa "Forró no Asfalto" e pude constatar a
grandiosa importância que ele teve na vida daquela mulher, que mesmo com a
saúde fragilizada, nunca quis abrir mão de estar perto de seu público pelas
ondas do rádio e da televisão. Também tive o privilégio de estar por perto na
sua última apresentação ao vivo, no Forró Caju de 2012. Tudo isso, é claro, com
o objetivo de captar ao máximo a essência de Clemilda”.
A concretização do projeto de transformar a vida da cantora
em filme só começou de fato com a seleção no Edital de Apoio a Produções
Audiovisual de Curtas-metragens, lançado pela Secretaria de Estado da Cultura.
O curta-metragem, exibido no mês de abril em evento de lançamento dos curtas
selecionados, mostrou apenas um prólogo da vida de Clemilda. Segundo Isaac
Dourado, a história dessa figura tão importante para Sergipe e para o Brasil
não caberia em um curta e por isso foi transformado em um longa-metragem, que
será exibido pela primeira vez no dia 18.
O formato maior permitiu que outros registros importantes
sobre a cantora pudessem ser mostrados ao público, a exemplo de imagens cedidas
pela Fundação Aperipê e pela TV Sergipe, fundamentais para fortalecer ainda
mais o caráter biográfico do documentário, que conta ainda com entrevistas de
artistas e amigos da cantora, a exemplo de Anastácia, Alcymar Monteiro, Genival
Lacerda, Trio Nordestino, Elba Ramalho, Joelma, Adelmário Coelho, Sandro
Becker, Jorge de Altinho, Sergival, Erivaldo de Carira, dentre outros.
O longa metragem é uma realização da Havana Filmes com o
patrocínio do Instituto Banese, Secult e Governo de Sergipe e apoio Cultural do
Museu da Gente Sergipana, Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, Funcaju,
Prefeitura de Aracaju, Indaiá, Prefeitura de São José da Laje, Fundação
Aperipê, Shopping Prêmio, Prefeitura de Palmeira dos Índios, Forró em Vinil,
Casa do Matuto, Sandrin Praia Hotel e Cosmopolitan Hostel.