sábado, 28 de novembro de 2015

Conheça o Vale dos Mestres no Canindé de São Francisco


Conheça o Vale dos Mestres no Canindé de São Francisco.

No município sergipano Canindé de São Francisco, localizado à 213km de Aracaju, estão três das grandes belezas da região: o Velho Chico, os Cânions do Xingó e o Vale dos Mestres. Nessa região não faltam opções de trilhas, paisagens naturais e sítios arqueológicos para explorar o ecoturismo e aproveitar o que a natureza tem a oferecer.

A trilha que precisa ser feita para conhecer o Vale tem cerca de 2 mil metros de extensão. Ela é conhecida como a Trilha Vale dos Mestres e é cercada de paredões rochosos ocasionados pela erosão. A trilha é famosa e faz parte da estação Xingó, situada próximo ao povoado de Curitiba, na fazenda Poço Verde.

O Vale dos Mestres fica sob o leito do Rio Poço, um dos afluentes do Velho Chico. Do outro lado do rio estão os sítios arqueológicos, onde é possível observar pinturas rupestres de mais de 3 mil anos. Essas pinturas lembram animais e figuras humanas e é uma das mais curiosas atrações.

No caminho é possível estar em contato com a natureza e ter a oportunidade de conhecer as espécies da flora do sertão, como os conhecidos xiquexiques e mandacarus, além de conhecer as lendas e se encantar pelas magias do lugar.

Texto e imagem reproduzidos do site: cbhsaofrancisco.org.br

Moradores recordam evolução de Canindé de São Francisco

 Imagem da antiga sede de Canindé do São Franscico.

 Caldeira de antiga fábrica de coturme que as margens do rio.

Turistas de todo o país se encantam com a paisagem que
serviu de cenário para Cordel Encantado.
Créditos F/1 e F/2 - Reprodução/TV Sergipe.
Crédito F/3 - Flávio Antunes/G1.

Publicado originalmente do site Do G1 SE, em 24/11/2015

Moradores recordam evolução de Canindé de São Francisco.

Município comemora 62 anos nesta quarta-feira (25).
Cidade tem população de mais de 28 mil habitantes.

Do G1 SE

O município de Canindé de São Francisco comemora 62 anos nesta quarta-feira (25) e atualmente possui uma população de mais de 28 mil habitantes, de acordo com o IBGE. A cidade acolhe muita gente de fora e os moradores comemoram o crescimento da economia e turismo local.

No relevo de Canindé encontram-se colinas cobertas por uma vegetação de capoeira e caatinga. A região está inserida na bacia hidrográfica do Rio São Francisco e nela encontra-se a Usina hidroelétrica de Xingó. Além do São Francisco, o riacho Lajedinho e o Rio Curituba drenam a região. A agricultura, pecuária, avicultura e turismo aquecem a economia do município.

“Canindé me deu a oportunidade de recomeçar a minha carreira profissional. Tenho orgulho de viver aqui nesta cidade acolhedora. Sou feliz em morar aqui e ainda sou presenteado com o clima e belezas naturais”, vibra Tânio.

No coração do sertão sergipano, riquezas que vão além do contraste entre a seca, e seus resistentes mandacarus, e a exuberância do Velho Chico. E é nas ruas que os moradores recordam a história da cidade.

“Para mim, Canindé de São Francisco significa oportunidade de vida. Cheguei aqui em busca de estabilização profissional e financeira e consegui, aqui é possível viver em paz com tranquilidade”, comemora Jô.

O dia em Canindé começa cedo e um hábito comum para muitas famílias é reunir todos no café da manhã. A família da dona de casa Marina Alice dos Santos é grande e aos poucos vão chegando filhos e netos. Assim como o seu companheiro, Adair Martins, Mariana é alagoana, mas juntos criaram raízes em Canindé.

O amor dos pais pela terra que os acolheu, enche de orgulho os filhos. Maria José Messias dos Santos se emociona ao falar da preocupação que tem sobre o bem maior da cidade, na visão dela é o Rio São Francisco.

“É muito triste acompanhar a situação do rio que está passando por uma degradação muito grave. As pessoas precisam acordar para esta realidade e fazer algo para não deixar o rio morrer”, disse.

Em1629 vieram os primeiros desbravadores. No século XX, mais precisamente na década de 30, a cidade ainda não passava de um povoado às margens do rio, com pouco mais de 100 casas, e tinha a nomeação de 2º distrito de paz do município de Porto da Folha. D Canindé, a Curituba e então Canindé de São Francisco. Ao longo do tempo decretos de lei, transformaram o nome do povoado, até que ele se tornasse um município emancipado em 25 de novembro de 1953.

A aposentada Maria Auxiliadora Melo de Britto relembra como era a vida na Canindé Velha, às margens do rio. “Naquela época a cidade tinha poucas casas e todo mundo se conhecia, não havia violência. Os moradores saiam e deixaram as casas abertas e ninguém entrava para levar objetos de valor. Ninguém roubava nem fazia mal ao próximo. As serestas eram a nossa diversão e não tinha brigas nas festas”.

A diretora da primeira escola da antiga Canindé, dona Dora se lembra em detalhes da mudança dos moradores para a nova sede da cidade, na década de 80, com a chegada da Hidroelétrica de Xingó. “A fase foi traumática para os moradores porque o prefeito da época foi o primeiro a se mudar para a Canindé de cima. No início eu dava aulas na escola nova e também na velha para os alunos que ainda não haviam se mudado”.

A professora Vera Avelino comemora o aniversário da cidade dando aula de história para os alunos. “É importante que a gente conheça a nossa história e amo contar como tudo aconteceu para os alunos. Eles se interessam muito e fazem perguntas. Sou apaixonada pela cultura e é um prazer estudar e passar meus conhecimentos”.

Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe

Melação da boa em Brasília

Foto: Márcio Garcez.

Publicado originalmente no site Jornal do Dia Online, em 25/11/2015.

Melação da boa em Brasília
Por Rian Santos

Para acompanhar o trabalho de Márcio Garcez, muita sola de sapato. Pouca gente tem tanta disposição para correr os caminhos do folclore sergipano assim de perto, a custa de poeira e barro. O fotógrafo, no entanto, parece ter encontrado na gente simples de um caminho ensolarado o sujeito de uma espécie de poética festiva, movida a calos e sopapos. A mostra 'Lambe Suje X Caboclinhos' - documentada em livro, e abrigada desde ontem pelo Memorial de Justiça do Distrito Federal - é parte, portanto, de uma história maior e mais antiga que, apesar de vacilante, esteve sempre repleta de verdade.

O próprio fotógrafo manifestou a preocupação com a sobrevivência de tais valores, em conversa com o titular da página, em oportunidade anterior. "Nós temos uma grande riqueza cultural, porém, essa diversidade precisa ser melhor explorada de forma prática, a fim de trazer benefícios para a comunidade que promove os folguedos, municípios e estado. Entendo que seja preciso uma política cultural que vise a auto sustentabilidade dos que fazem essas manifestações, a médio prazo".

Lambe-sujo X Caboclinho - A exposição traz registros da festa do Lambe-Sujo, que acontece anualmente no segundo domingo de outubro em Laranjeiras, Sergipe, a 23km da capital Aracaju. Trata-se de uma manifestação folclórica que representa a luta entre negros (escravos dos quilombos) e os índios caboclinhos, usados pelos brancos na captura de escravos fugitivos e destruição dos quilombos.

Na encenação, os lambe-sujos se pintam com tinta xadrez preta, melaço de cana, e se vestem com calções e gorros vermelhos. Como arma, usam foices de madeira, em alegoria ao instrumento de trabalho usado nos canaviais. Já os caboclinhos se pintam de tinta xadrez vermelha, usam cocares e saiotes de pena, pulseiras e colares e se armam de arco e flecha. Os caboclinhos formam um grupo disciplinado, todos em fila dupla comandados pelo "chefe" (cacique), enquanto os lambe-sujos, debochados, saem correndo pelas ruas, sob o ritmo agitado da batucada e sujando pessoas que não ofertem algum dinheiro.

Para o pesquisador Maurício Albuquerque de Melo Júnior, o trabalho do fotógrafo tem o poder de evocar memórias. "Sergipe arcaico ressuscita na emoção de quem olha as fotografias que, mesmo estáticas, têm o poder de despertar esperanças e que trazem aprisionada toda a alma de uma gente".

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldodiase.com.br

O caranguejo está “de leite”.

Crédito/paraibaja.com.br.

Publicado originalmente no site Destaque Notícias, em 25/11/2015.

Nesta época o caranguejo está trocando a carapaça.

O caranguejo está “de leite”.

Os caranguejos estão “de leite”. A expressão popular significa que o crustáceo está passando pelo processo chamado “equidíase”, ou seja, trocando a carapaça para ficar maior. O “leite” é uma substância branca, produzida pelo organismo do caranguejo no período que antecede a troca de casco, que se inicia em setembro. Esse líquido é formado por uma substância química composta por hormônios, proteínas, lipídios, fósforo, sódio, potássio, cálcio, nitrogênio, magnésio, cobre, zinco, cromo e manganês, que formará a nova carapaça. Portanto, nesta época do ano desaconselha-se consumir o crustáceo, pois o “leite” pode causar diarréia.

Também é da cultura popular a afirmação que nos meses que possuem letra “r” no nome (setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril) os caranguejos estão magros. A carne também fica mais mole e o sabor é um pouco diferente. Segundo o feirante Robson José Cabral, nos meses com a letra “r” o animal “fica fraco e sem gordura. E como morrem mais facilmente, precisamos vender o mais rápido possível”, explica.

O mestre em Ecologia, Carlos José Esteves Gondim, explica que a afirmação popular de que os meses com a letra “r” são de caranguejos magros trata-se de uma coincidência. Nessa época, os crustáceos passam por um processo chamado “equidíase”, uma espécie de evolução. Nessa fase, muita energia é gasta e o crustáceo fica fraco e magro. “A equidíase costuma durar de 45 a 50 dias. Alguns demoram muito mais tempo. Como há o gasto de energia muito elevado, os caranguejos morrem mais facilmente, até pelo calor ou pelo transporte”, afirma.

Símbolo de Sergipe

Historicamente, Sergipe sempre teve o caranguejo como símbolo da sua culinária e da cultura. Margeada por mangue, habitat dessa espécie de crustáceo, a costa sergipana sempre produziu muitos caranguejos. Hoje, o quadro no Estado é de recuperação da espécie caranguejo-uçá, que foi bastante reduzida durante a mortandade ocorrida entre os anos de 2000 a 2003, causada pelo fungo Exophiala cancerae.

Segundo o Ibama, nos finais dos anos 80 e início de 90 eram registradas produções de 4,8 milhões de indivíduos capturados em todo o manguezal sergipano. Mas, com o advento da mortandade de caranguejo, os números foram sendo reduzidos para 500 mil crustáceos. Há alguns anos, a população da espécie vem se recuperando. Levantamento feito pela Universidade Federal de Sergipe mostrou que em 2012 a produção já era de 199.998,74 toneladas de caranguejos, o equivalente a 1,1 milhão de caranguejo.

O caranguejo é presença forte na culinária sergipana, sendo que Aracaju é a única cidade que têm uma rua dedicada a esse crustáceo: a Passarela do Caranguejo, na Orla da Atalaia. A importância não é só cultural e gastronômica, mas econômica e social. É um elemento de sustentação de várias famílias e gerador de renda. Historicamente havia 1,8 mil famílias que dependiam da coleta do caranguejo. Hoje essa quantidade aumentou muito por conta do seguro-desemprego concebido no período do defeso.

Com informações do jornal Cinform.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

Turistas se encantam com visita a Cidade Histórica de São Cristóvão




Turistas se encantam com visita a Cidade Histórica de São Cristóvão/SE.
Destaque para as queijadinhas, Grupo Caceteira de Rindu e artesanato.
Fotos: Yara Santos
Reproduzidas do blog: prefeiturasc.blogspot.com.br

Rampa do Morro do Urubu




Associação Sergipana de Voo Livre.

Rampa do Morro do Urubu

O Morro do Urubu localizado a 5 minutos do centro de Aracaju, é uma das 3 rampas do Brasil onde pode se praticar o Voo Livre urbano. O Rio de Janeiro ficou conhecido mundialmente pela prática de Asa Delta e Parapente dentro da cidade, o que atrai inúmeros visitantes e esportistas. A nossa querida Aracaju faz parte de seleto grupo e mostra uma beleza singular, onde a direita temos a ponte estaiada, marca do progresso e a esquerda temos o Rio Sergipe com seus mangues e vegetação ainda preservada.

Fotos e legenda reproduzidas do blog: sevoolivre.blogspot.com.br

Sergipe tem bons espaços para turismo ecológico


Embrapa pretende disponibilizar Reserva do Caju para visitações.
A Mata do Junco, em Capela, é boa opção para turismo ecológico.
Créditos: Gabriela Machado/Divulgação.

Publicado originalmente no JornaldaCidade.Net, em 23/11/2015.

TURISMO.

Sergipe tem bons espaços para turismo ecológico.

Sergipe reúne em seu pequeno território de 21.910 km² condições de viabilizar projetos de turismo ecológico em boas proporções.

Por: Eugênio Nascimento/ Equipe JC

Aparentemente frágil na oferta de espaços atrativos para o turismo, Sergipe reúne em seu pequeno território de 21.910 km² condições de viabilizar projetos de turismo ecológico em boas proporções, aproveitando a promoção de seus rios, a exemplo do São Francisco, Vaza Barris e Sergipe, suas serras, como Itabaiana, Miaba, Serra Negra, Palmares etc., e abrindo as portas e divulgando mais as suas Áreas de Proteção Ambiental (APA) federais e estaduais para visitações públicas.

A divulgação desses espaços praticamente não acontece e nem sequer é colocada nos roteiros oferecidos aos visitantes. Por isso, hoje, o Jornal da Cidade abre espaço para mostrar algumas das opções inexploradas turisticamente e que poderia fazer a diferença, principalmente para quem quer fugir do espaço urbano, de cimento e asfalto.

Na esfera federal, as principais áreas de preservação, conservação, pesquisas e lazer de Sergipe são:

1-Reserva Biológica de Santa Isabel - É administrada pelo Projeto Tamar, qjue trabalha com a preservação das tartarugas marinhas;

2-Parque Nacional da Serra de Itabaiana - Preserva os espaços da serra em Itabaiana, Areia Branca, Campo do Brito e Itaporanga D’Ajuda , além do Parque dos Falcões;

3- Floresta Nacional de Ibura - Fica em Nossa Senhora do Socorro e preserva a vegetação de Mata Atlântica;

4- Área de Proteção Ambiental do Litoral Sul - Limitada ao sul para margem esquerda do rio real e, ao norte, pela margem direita do rio Vaza barris;

5- Área de proteção ambiental do Morro do urubu - Protege e recupera remanescentes da Mata Atlântica na área urbana de Aracaju, no Parque da Cidade;

6- Area de proteção ambiental do litoral norte - atinge partes de Pirambu, Japoatã, Pacatuba, Ilha das Flores e Brejo Grande.

Horto de Ibura

Uma das áreas mais frequentadas pela população sergipana até os anos de 1980, era, inegavelmente, o então chamado de Horto Florestal de Ibura. O espaço oferecia banhos, boas caminhadas e outras práticas esportivas. Lá, muitas famílias costumam passar todo o sábado ou o domingo acampadas ou fazendo piqueniques. Hoje é um grande espaço de pesquisas, mas que pode ser visitado.

Essa área já abrigou o Posto de Fomento do extinto IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, que produzia mudas e sementes florestais. A área foi doada pelo estado de Sergipe à União e hoje est´pa sob o controle do Ibama, que realizou estudos para caracterização do meio físico em parceria com a UFS e Embrapa/Se.

Os levantamentos realizados apontaram as seguintes ocorrências: 123 espécies vegetais nativas de valor econômico, ecológico e cultural na área, entre elas o angelim, aroeira, sucupira, ingá, jacarandá, jatobá, jenipapo; fauna bastante diversificada com cinco espécies de anfíbios, 13 de répteis em especial o lagarto teiú, a cobra coral, cobra-verde, jararaca, 56 de aves e 14 de mamíferos, destacando-se , a cutia. Pássaros como canção, cardeal, jandaia-da-caatinga, galo-de-campina e sofrê. Entre as espécies da fauna aquática, duas estão em risco de extinção o cavalo-marinho e o mero.

O Horto fica na BR 101, km 85, no município de Nossa Senhora do Socorro, a cerca de 11 km de Aracaju. Agende a visita no Ibama/Sergipe.

Área da Embrapa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pretende colocar à disposição para a visitação pública a Reserva do Caju, no campo experimental de Itaporanga d’Ajuda, aquela área cheia de palmeiras poucos quilômetros depois da ponte Joel Silveira. Ela é a primeira RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural - de uma empresa pública federal, reconhecida em 2011 pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).

“Hoje recebemos visitas escolares e técnicas. Basta entrar em contato com nosso SAC. 4009-1344 ou 4009-1409”, informa o superintendente da Embrapa, Moacir Macedo. Trata-se de um extrato bem representativo da Mata Atlântica, com muitas espécies de aves, mamíferos e árvores. Por enquanto, a Embrapa está recebendo apenas visitas educacionais, mas está elaborando o plano de manejo que prevê uma quantidade controlada de visitas turísticas.

Espaços estaduais

Já no âmbito da administração pública estadual, quatro boas áreas podem ser divulgadas, a começar pela Área de Proteção Ambiental (APA) do Morro do Urubu, em Aracaju. Trata-se de um parque que oferece ao visitante momentos de relaxamento na Mata Atlântica e curtindo os animais do pequeno e aparentemente bem cuidado Zoológico. O espaço é conhecido por todos como ‘Parque da Cidade’.

O Parque da Cidade é de fácil acesso. Fica a cinco minutos do Centro de Aracaju e nele há ainda as opções por passeios de teleférico e rampa que permite decolar dois parapentes. O morro tem 88 metros de altura e o pouso pode ser feito na própria rampa, mas exige técnica, ou embaixo dela. A área de pouso mais usada fica a 2 km de distancia, em um campo de futebol. Por isso é preciso ganhar altura. A Associação Sergipana de Vôo Livre disponibiliza informações no blog http://sevoolivre.blogspot.com.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) também responde pela preservação da APA Sul, onde ficam manguezais e dunas dos municípios de Itaporanga D’Ajuda e Estância, a Mata do Junco, em Capela, Grota de Angiços e Caatinga, em Poço Redondo. Todos esses espaços estão abertos diariamente e grupos de excursões devem fazer o agendamento prévio na Superintendência de Biodiversidade e Floresta da Semarh.

Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Bem pertinho de Aracaju existe uma Floresta Nacional

Criada em 2005, a Floresta Nacional tem mais
de de 144 mil hectares preservados.
Crédito: sergipetradetour.com.br

Postado originalmente no site Destaque Noticias, em 24.11.2015.

Bem pertinho de Aracaju existe uma Floresta Nacional

 O conhecido Horto Florestal do Ibura é, na verdade, uma Floresta Nacional criada através do Decreto de 19 de setembro de 2005, assinado pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com uma área de 144 mil e 17 hectares, a Flona sergipana se incorpora às demais unidades de conservação já existentes, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Situada às margens da rodovia BR 101, km 85, no município de Nossa Senhora do Socorro, a cerca de 11 km de Aracaju, a Floresta Nacional do Ibura tem como objetivos promover o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais, a manutenção do banco de sementes de espécies florestais nativas, inclusive do bioma mata atlântica em associação com manguezal, além da manutenção e proteção dos recursos florestais e da biodiversidade, recuperação de áreas e pesquisa científica.

Conhecido como Horto Florestal do Ibura, essa área já abrigou o Pofom – Posto de Fomento do extinto IBDF, que produzia mudas e sementes florestais. A área doada pelo estado de Sergipe à União será cedida ao Ibama pela SPU – Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, cabendo ao Ibama administrar a Floresta do Ibura e sua efetiva implantação.

Os estudos feitos para caracterização do meio físico pela Gerência Executiva do Ibama em Aracaju, Universidade Federal de Sergipe e a Embrapa/Se apontaram as seguintes ocorrências: 123 espécies vegetais nativas de valor econômico, ecológico e cultural na área, entre elas o angelim, aroeira, sucupira, ingá, jacarandá, jatobá, jenipapo; fauna bastante diversificada com cinco espécies de anfíbios, 13 de répteis em especial o lagarto teiú, a cobra coral, cobra-verde, jararaca, 56 de aves e 14 de mamíferos, destacando-se , a cutia. Pássaros como canção, cardeal, jandaia-da-caatinga, galo-de-campina e sofrê. Entre as espécies da fauna aquática, duas estão em risco de extinção o cavalo-marinho e o mero.

Dos recursos hídricos inclusos na sub-bacia do rio Cotinguiba, a Flona do Ibura conta com nascentes originárias do aqüífero Sapucari situado em seu sub-solo, que segundo dados colhidos pelo órgão estadual de saneamento, contribuem com cerca de 15% para o abastecimento de água da cidade de Aracaju. Pelos seus atributos ambientais aliados ao fato de dispor de a infra-estrutura viária, predial e de redes d’agua, energia elétrica, facilidades de acesso e comunicação, a área apresenta condições apropriadas para a implantação e realização de atividades inerentes a uma Flona.

Situação Ambiental

A área como seu entorno foram objeto de impactos ambientais diretos e indiretos decorrentes de empreendimentos passíveis de compensação ambiental. A BR 101 e o Gasoduto da Petrobrás que percorrem partes do seu interior como também quatro poços tubulares da Companhia de Saneamento do Estado. Nas adjacências da Flona, localizam-se estação de tratamento de esgoto da mesma empresa estadual, canaviais, fábricas de cimento, tecelagem e indústria de fertilizantes nitrogenados, estas últimas geridas pela Petrobrás em conjunto com a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen).

Como tais empreendimentos são fontes geradoras de impactos para a área e entorno, a criação da Floresta Nacional do Ibura tem possibilitado o aprofundamento de ações de controle ambiental mediante licenciamento, monitoramento e fiscalização.

Fonte: ambientalbrasil.com.br

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Praias da Atalaia Nova e da Costa – Barra dos Coqueiros

Foto: Silvio Oliveira.

Praias da Atalaia Nova e da Costa – Barra dos Coqueiros/SE.

Devido a falta de estrutura e manutenção dos equipamentos turísticos na Ilha de Santa Luzia,

município de Barra dos Coqueiros, a praia da Atalaia Nova ficou esquecida, mas a natureza não a esqueceu e tem o mais bonito pôr do sol de Sergipe. Ao fundo do traçado urbanístico da capital e do rio Sergipe o sol se põe, configurando-se numa paisagem de cinema. O entardecer na rústica orla é uma boa pedida para quem gosta de contato com a natureza e relax.

No feriado, a Atalaia Nova e a praia da Costa são boas opções para quem fugir das praias da capital. Há também pousadas e hotéis aptos a acolherem bem os turistas, principalmente na praia da Costa.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

Reserva Biológica Santa Izabel e dunas de Pirambu - Praia de Pirambu

Foto: Silvio Oliveira.

Reserva Biológica Santa Izabel e dunas de Pirambu - Praia de Pirambu

Quem pensa que Pirambu é apenas uma praia do Litoral Norte de Sergipe está completamente enganado. Na região do povoado Lagoa Redonda, distante pouco mais de 50 km de Aracaju, a paisagem revela uma Pirambu pouco explorada turisticamente, mas de encher os olhos, com sequências de dunas e muito banho de cachoeira, rios e lagoas. Pirambu também é sede da primeira reserva do Projeto Tamar do país e é lá que fica também a Cachoeira do Roncador.

No povoado Lagoa Redonda há um Camping e restaurantes com infraestrutura. Visita também a sede municipal e a loja do projeto Tamar.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

Passeio ao Crasto – Santa Luzia do Itanhy


Foto: Silvio Oliveira.


Passeio ao Crasto – Santa Luzia do Itanhy

O Crasto, região entre rio e mar, fica no município de Santa Luzia do Itanhy, distante pouco mais de 75km de Aracaju Tão logo chega, avista-se do lado esquerdo um trapiche datado do início do século XIX; do lado direito, uma plantação de coqueiros à beira-rio que faz sombra para diversas canoas enfileiradas à espera do pescador; mais ao centro do povoado, um tamarineiro grandioso desenha a praça principal no meio de um vilarejo de casas, onde século passado escoava produção de açúcar e todos os produtos fabricados nos tempos áureos dos engenhos do sul de Sergipe. Há também uma região que abriga uma áreas de preservação de Mata Atlântica possível de se visitada, porém, faz-se necessário solicitar autorização prévia por ficar na primeira reserva particular do estado.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

Passeio à Foz do São Francisco – Brejo Grande

Foto: Silvio Oliveira.

Passeio à Foz do São Francisco – Brejo Grande/SE.

Considerado um dos destinos mais marcantes de Sergipe, o visitante conhecerá o Farol do Cabeço – a deriva em meio às águas esverdeadas do São Francisco – e visitará uma feirinha em plena areia da praia, entre paisagens de encher os olhos. A culinária à base de frutos do mar e peixes de água doce também é um atrativo, além do skibunda. O passeio em embarcações confortáveis parte do atracadouro da cidade de Brejo Grande, no Baixo São Francisco, e vai até a foz do Velho Chico já divisa com Alagoas, na praia do Peba (AL).

As agências de viagem de Aracaju fazem passeios de um dia para a região.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

Parque Nacional da Serra de Itabaiana

Foto: Silvio Oliveira

Trilha dos Paredões – Parque Nacional da Serra de Itabaiana - Itabaiana

Trilha da Via Sacra, da Piçarra, dos Carros e do Caldeirão são alguns dos vários caminhos para

Cachoeira, poços, paredões e contato com a fauna e a flora da região percorrer um dos roteiros de turismo de aventura mais apreciado em Sergipe: o Parque Nacional da Serra de Itabaiana, situado a 40km de Aracaju, mas é a Trilha dos Paredões uma das mais concorridas.

Cachoeiras, poços e corredeiras fazem a festa dos aventureiros, ávidos pelo contato com a natureza.

O parque fica nas imediações da BR 235, na divisa dos municípios de Itabaiana com Areia Branca. Lá também fica o Parque dos Falcões, um local de preservação e adestramento de aves de rapina autorizado pelo Ibama. Agências especializadas em ecoturismo de Aracaju fazem trilhas no parque.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

Passeio de to-to-tó e prainha da Adutora – Propriá


Passeio de to-to-tó e prainha da Adutora – Propriá/SE.

O passeio começa sem muita pretensão da prainha da Adutora – um banco de areia entre as cidades de Telha e Propriá -, que atrai diversos visitantes no final de semana. Em embarcações típicas do Baixo São Francisco, o visitante desfruta de banhos de águas limpas e uma vista da região que divide Alagoas de Sergipe.

Nos finais de semana a praianha da Adutora atrai milhares de visitantes. Há alguns bares e restaurantes na beira do rio, porém, sem muita infraestrutura.

Vale a pena também visitar a Catedral Metropolitana de Propriá e a feira livre, aos sábados. Também comer o tradicional doce de batata e apreciar a culinária são-franciscana nos restaurantes localizados na cabeceira da ponte da BR 101.


Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

Prainha da Saúde - Santana do São Francisco

Foto: Silvio Oliveira.

Prainha da Saúde - Santana do São Francisco/SE.

A prainha da Saúde é ponto de atração de turistas que procuram a máxima 'sombra e água fresca", além de banho de rio, no povoado do mesmo nome, localizado a 2km de Santana do São Francisco e a 122km de Aracaju.

Nela a natureza fez-se representada em sua magnitude e disponibiliza aos visitantes águas esverdeadas e bons pratos à base de camarão e peixe de água doce. Não esqueça de comprar as tradicionais cerâmicas de Santana do São Francisco e clicar os ateliês dos artesãos. No mercado municipal de artesanato as peças são disputadas por um bom preço.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

Mosqueiro - Croas do Viral e do Goré, em Aracaju

Foto: Silvio Oliveira.

Mosqueiro - Croas do Viral e do Goré

Ilhotas, bares flutuantes, construção de uma orla, novos roteiros e passeios de catamarã fazem do

Mosqueiro, região sul de Aracaju, um promissor destino turístico. A região foi descoberta como interesse turístico e começa a se revelar como atração. A Croa do Goré e as ilhotas do Viral e dos Namorados continuam atraído visitantes. As embarcações zarpam das marina e fazem um tour contemplativo entre manguezais, até a foz do rio Vaza-Barris. O pôr do sol é o ator principal do roteiro, mas a fauna e flora pluvial são coadjuvantes e se misturam com os ecossistemas marítimos, formando uma paisagem de grande beleza. Banho de rio e bons pratos estão entre as estrelas do local.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

Aluna Atheneu é premiada no Senado.


Fotos: Divulgação

Publicado originalmente no site JornaldaCidade.Net, em 17/11/2015.

EDUCAÇÃO.

Aluna Atheneu é premiada no Senado.

Maria Clara Prado Bezerra Nogueira recebeu a premiação do 8º Concurso de Redação do Senado Federal.

Por: Ascom/SEED

A aluna Maria Clara Prado Bezerra Nogueira, do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual Atheneu Sergipense recebeu na manhã desta terça-feira, 17, no Senado Federal, em Brasília (DF), a premiação do 8º Concurso de Redação do Senado Federal. Ela ficou em 3º lugar.

Acompanhada do seu professor orientador Denilson Rodrigues, ela representou Sergipe na premiação, cuja redação foi escolhida pela comissão julgadora do Jovem Senador 2015 entre as três melhores do país, num total de 84.769 redações apresentadas ao projeto nessa edição.

Emocionada, Maria Clara destacou que a premiação é um grande reconhecimento. "Esse momento é gratificante porque reconhece o esforço diário, não apenas meu, mas dos professores. Quero também que essa vitória se estenda a todos, família e escola. E que meus colegas participem, pesquisem e escrevam, porque vale a pena. É um momento inesquecível na minha vida", declarou.

O professor Denilson Rodrigues também não escondeu a sua emoção. "Estar no Senado por mais um ano, vendo meu Estado e minha escola em destaque através da aluna Maria Clara, tem sido um momento de extrema felicidade. Eu não caibo em mim nesse momento", disse.

A aluna também foi acompanhada do diretor do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), Fábio Leite, que falou sobre a importância do momento.

"É muito bom para o nosso pequeno Estado ter uma estudante da rede estadual de ensino em 3º lugar com sua redação do Programa Jovem Senador, colocando Sergipe em destaque. E para mim, estar aqui no Senado Federal representando nosso secretário Jorge Carvalho, me enche de muita alegria", afirmou.

1º secretária da Mesa

Após a premiação, ela participou, juntamente com outros alunos, como protagonista em uma sessão do Senado. A legislatura teve início com a posse dos jovens senadores e a eleição da Mesa, na qual Maria Clara foi eleita por 5 votos como a 1ª secretária. A sessão encerrará com a aprovação dos projetos e a consequente publicação no Diário do Senado Federal.

Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Dia da Consciência Negra em Aracaju.

Foto: Ascom/UGT

Publicado originalmente no site f5news, em 20/11/2015.

Cotidiano/Cultura.

Apresentações culturais celebram Dia da Consciência Negra em Aracaju.

Igualdade racial ainda é uma barreira a ser vencida no País

Por Ana Rolemberg e Fernanda Araujo.

Quem passava pelo calçadão da Rua João Pessoa, no Centro de Aracaju (SE), percebeu uma movimentação diferente. O espaço foi palco de comemoração e reflexão sobre o Dia da Consciência Negra. Grupos folclóricos, samba de pareia e capoeiristas se apresentaram na manhã desta sexta-feira (20).

A discriminação racial, infelizmente, ainda é um fato vivenciado pela população negra. Diversos homens e mulheres brasileiros são cotidianamente agredidos nas ruas, pelo simples fato de terem nascidos negros. Racismo é a doutrina que considera indivíduos superiores a outros por características de raça, como a cor da pele.

Diversas leis foram editadas para tentar gerar a igualdade racial e criminalizar a prática de racismo. A primeira, de autoria de Afonso Arinos de Melo Franco, foi criada em 1951. A lei proibia a discriminação racial no país, mas se mostrou ineficiente por não punir com rigor.

O coordenador da juventude da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Luan de Oliveira, avalia que o dia 20 de novembro é de extrema importância para a população. “Esta data vem justamente para uma reflexão geral da história negra e para que garanta a importância da raça na construção da sociedade, contra o preconceito, e trazer também o pensamento do comportamento do negro na realidade, de como se comporta, dos seus direitos na área educacional, econômica, entre outros", afirma.

O Samba de Pareia é um marco na cultura afrodescendente. A comunidade do povoado de Mussuca, em Laranjeiras, mantém suas tradições, desde suas manifestações culturais de origem africana. Dona Nadi, de 68 anos, líder do grupo, explica que o orgulho vai além de diversos questionamentos. “Comecei no grupo de pareia com 10 anos de idade, junto do meu pai que fazia música no povoado. Eu tenho muito orgulho de participar, faço por amor pela cultura e é por causa disso que até hoje existe, passando de gerações por gerações”, diz.

Diversas manifestações culturais, assim como os capoeiristas da Associação de Capoeira Filhos da África, estiveram presentes no evento.

Texto e imagem reproduzidos do site: f5news.com.br

domingo, 22 de novembro de 2015

Festa de Santos Reis e Festival Arthur Bispo do Rosário, em Japaratuba-SE (2015).










Festa de Santos Reis e Festival Arthur Bispo do Rosário,
no município de Japaratuba-SE (2015).
Fotos: Eder Vasconcelos Borges.
Reproduzidas do blog: sergipebelezas.blogspot.com.br

Parque da Cidade, em Aracaju







Parque Governador José Rollemberg Leite,
mais conhecido como Parque da Cidade,
está situado no Morro do Urubu,
Bairro Industrial, em Aracaju - Sergipe.
Fotos: Eder Vasconcelos Borges.
Reproduzidas do blog: sergipebelezas.blogspot.com.br

Kartódromo Emerson Fittipaldi, em Aracaju


Kartódromo Emerson Fittipaldi.

O Kartódromo Emerson Fittipaldi foi inaugurado no dia 13 de dezembro de 2005. Projeto arrojado, construído dentro dos parâmetros de segurança da CNK, proporciona aos pilotos e equipes conforto na sua ampla estrutura. Localizado na Praia de Atalaia, Aracaju, Sergipe, possui uma ampla área de box (34 fechados e 40 abertos), estacionamento interno e externo, restaurantes, lojas, camarotes, sala de imprensa, torre de cronometragem e iluminação para eventos noturnos.

Sua pista tem 1.360 metros de extensão e oito de largura, é administrado pela ASK - Associação Sergipana de Kart - fundada em 20 de janeiro de 1970 - numa área de 40.000 m2.

Atualmente coloca-se como alternativa diferente para uma competição em nível nacional, uma vez que está localizado numa área de complexo hoteleiro de 2800 leitos.

Texto e imagem reproduzidos do site: kartmotor.com.br

sábado, 21 de novembro de 2015

Joana Côrtes: "Eu queria saber dessa história e compartilhar"


Publicado originalmente no site JornaldaCidade.Net, em 17/11/2015.

JOANA CÔRTES.

‘Eu queria saber dessa história e compartilhar’

Por: JornaldaCidade.Net

A inquietude se juntou à curiosidade , cujo resultado foi a multiplicação de memórias – por vezes a ausência delas - e que agora se divide, se espalha para findar numa nova soma, esta imensurável. Joana Côrtes é autora dessa operação que foi compartilhada em Aracaju no último dia 12, com muita ‘alegria fértil’ e com o incômodo de uma pedrinha no olho. A ideia é de compartilhamento, de mobilização, ainda que para isso seja preciso futucar a ferida, se distanciar para se rever e tomar a consciência de que é tão protagonista do que escreveu quanto cada um dos seus entrevistados. Leia a entrevista que segue e saiba um pouco mais sobre um período que deixou marcas da porta para fora e da para dentro da casa de Joana. Boa leitura. (Gilmara Costa – Da equipe JC).

1) Jornal da Cidade - O que te levou a escrever esse livro, a jogar luz sobre esse período que atingiu o país e você, pessoalmente, uma vez que seus pais foram presos políticos?

Joana Côrtes - O que me levou a escrever o Dossiê Itamaracá, levou a fazer a exposição Anistiados, em 2009, o que me levou a mexer nesse tema quando era repórter do Jornal da Cidade, a futucar isso no final do meu curso sobre a Gazeta de Sergipe, foi o incômodo de não saber. Tanto para fora de casa, por exemplo, na sala de aula a gente via a ditadura muito rapidinho, nos dez minutos do segundo tempo, lá no final do segundo semestre, bem sapecado. E dentro de casa porque meus pais foram presos políticos na década de 70 e isso eu sempre soube. Eu e meus outros dois irmãos. A gente sabia e até com certo orgulho pela militância, pela luta, pelo peso que isso teve, por lutar por seus ideais, por liberdade e resistência. Minha mãe sempre falava : ‘Ah, no tempo em que seu pai morava na ilha…’, que foi o período que ele passou na Ilha de Itamaracá, na penitenciário Barreto Campelo. O que a gente não sabia , o que eles esqueceram por trauma e por direito de compartilhar era como foi esse cotidiano, por que eles entraram nessa clandestinidade, por que descambaram para São Paulo através da Ação Popular, que era um entidade política clandestina de esquerda, por que que foram trabalhar em chão de fábrica, por que foram trabalhar na zona canavieira em Pernambuco, como tinha sido a prisão deles, se foram torturados, de que maneira, porque eu já sabia que eles tinham sido torturados, mas de que maneira foram torturados? Como era o cotidiano da prisão, o que comiam, enfim, saber como qualquer outro filho quer saber do pai e da mãe e como qualquer outro pai e mãe não contam tudo da sua vida, como a gente não conta. Então, o Dossiê Itamaracá nasceu desses incômodos, tanto público, entender porque uma escola até hoje tem o nome de um ditador, entender porque lugares públicos têm nome de ditadores, por que isso acontece, e de entender esse processo dentro de casa, então foi incômodo desse silêncio, de ser curiosa e de querer saber.

2) JC - E ai veio Anistiados inicialmente?

JC – Isso. Fiz a exposição Anistiados com as telas que painho (sic) produziu dentro da prisão, que sempre existiram aqui em casa e propus que dez pessoas escreviam criassem micro contos em cima disso. E quando fui fazer a exposição em 2009, eu entrei em contato com a documentação que existia aqui, sabia que existiam cartas que meu pai e minha mãe trocavam, assim como outros presos políticos também tinham esse movimento de se comunicar com o lado de fora das grades, existia um álbum de fotografia e eu não entendia como era que isso se dava, como funcionava. Como é que tem fotos na prisão?Sempre era os presos políticos todos juntos, nas visitas com familiares , no futebol, no momento de banho de sol, na construção do galpão de artesanato, na leitura do jornal, cozinhando, lavando os pratos no cagador do banheiro. E eu nunca entendia. E quando desarrumei para a exposição , eu vi que tinha um material aqui. E parte desses trechos de cartas, a gente fez instalações, eu e o Rafael Borges, que é um artista parceiro meu, e eu vi que tocou muito as pessoas. Elas queriam saber mais. O meu irmão mais velho, que conviveu os primeiros quatro anos com meu pai na prisão, visitando ele - minha mãe descobriu que estava grávida numa sessão de tortura-, não tinha lido aquelas cartas. Então meu pai falou que no dia da exposição, ele se sentiu nu porque são cartas que eles não mexiam mais. Meu irmão nunca tinha visto. Tem esse processo de poder revelar um pouquinho dessa história para o irmão, que viveu isso e que, de uma certa maneira,silenciou.

3) JC - A exposição já era um prenúncio desse livro?

JC – É. Tanto que a foto da exposição é essa foto da capa de Dossiê, que é a foto em que eles estão todos juntos em 1975, num campo de futebol, como um coletivo, como um time. Acho que a exposição Anistiados foi o início do processo mesmo, porque é um processo. Eu só me dei conta de que fui atingida pela ditadura depois que terminei o livro, já tinha ganho o prêmio do Memórias Reveladas, que saiu em 2012, mas em 2014, quando a ditadura fez 50 anos que foi instalada aqui no Brasil, o Diário de Pernambuco fez uma mega séria online chamada ‘Filhos da Ditadura’, as jornalistas entrevistaram 10 atingidos pela ditadura, então tinha filho do Paulo Freire, filha do Davi Capistrano, filhos de referências, e elas me consultaram, pois sabiam que tinha escrito um livro, que foi premiado, e queriam me entrevistar. E eu disse que não tinha sido atingida, quem foi atingido foi o meu irmão, ele que viveu isso, mas elas perguntaram ‘Você nasceu em que ano?’, eu respondi: ‘Em 1980’. Então era ditadura ainda. Elas me provocaram isso. Então o Dossiê , a exposição, as reportagens que eu fiz, somente agora percebi isso, foi a maneira que encontrei para me refazer dentro desse processo, para entender, foi o caminho que encontrei para elaborar toda essa história que é familiar, que é afetiva, que é de Aracaju, de Sergipe, do Recife, do Nordeste, que é pública também, está da porta para fora, não é uma coisa só nossa. Não somente porque queria saber dos meus pais. Eu queria saber dessa história e compartilhar e o Dossiê veio para isso. E está maravilhoso, veio para trazer contato com os outros, com as mulheres, com os álbuns de fotografia, os acervos que eles também tinham, o modo como cada um guardou isso. Teve gente que não guardou isso. Tem gente que está com foto jogada numa caixa de sapato, enquanto outro tem tudo digitalizado. Então, a maneira como cada um lida com essa memória, e como que isso refelete isso hoje. Por exemplo, a ditadura tem seus reflexos na minha família até hoje, é nítido, é claro, mas só com a minha maturidade , depois de 30, com todo esse processo de elaboração, foi ficado mais claro.

4) Como foi o processo de busca de material para construir o Dossiê?

JC - Eu tive que ir a ao Recife para entrevistar cinco ex presos políticos dos seis que moram lá e o meu pai. Entrei em contato com as cartas e os documentos que o DOPS produziam. Eu fui no Arquivo Público de Recife e descobri o que tinha sobre o coletivo da Penitenciária Barreto Campelo e aí encontrei 97 relatórios que o DOPS produzia todos os sábados de visita. Todas as pessoas que iam visitar os presos políticos na ilha de Itamaracá, na penitenciária Barreto Campelo, todo sábado, de 1977 a 1978, eles produziram relatórios dizendo quem eram essas pessoas, assim como tudo que levavam como material de artesanato, revistas, remédios, tudo. Então deu para ler, por exemplo, que doenças eles tinham na prisão. Tinha muito remédio para verme, muito cigarro para poder colocar a energia para for a, o relatório não registra, mas muito material clandestino, de denúncia daquela situação lá, que são situações que existem ainda hoje, pois o sistema prisional brasileiro é precário ainda hoje.

5) JC - A cada encontro com esse passado documento foi doloroso?

JC – Foi bastante. As cartas são íntimas. Então, desde o registro do amor dos meus pais , dessa ligação muito forte até o baque do dia a dia , tem percevejo no colchão, tem greve de fome, tem os sinais de tortura, tem o medo de não sair vivo das sessões de tortura e tem o peso da ausência. Mainha falava que ela ficou viúva de marido vivo durante cinco anos. É a experiencia dela, mas também de outras mulheres também e de outras mulheres até hoje. Então, ler as cartas para mim, essencialmente, foi muito difícil. Foi muito porque era carta, que são um diário, foram mais de 40 cartas que contam todo o nascimento do meu irmão, como era o processo de visita da família, como era a articulação para ele se reorganizar para se sentir útil lá dentro, tudo, sobre a questão do tempo, como era lá dentro, de que maneira se criava as válvulas de escape e resistência , como seu corpo definhava na prisão. É um processo dolorido, tanto dele, como de ouvir os outros. Eu não queria saber das torturas, eu queria considerar os entrevistados a partir do momento que eles entraram na prisão, mas esse corpo e essa pessoa tem uma história antes e ele está ali por isso. Eles perguntavam ‘Você não vai falar?’, e eu dizia que se eles quisessem, pois falar da tortura era falar dos meus pais. Eu ainda não sentei com minha mãe para perguntar como foi o processo de prisão dela. A entrevista com meu pai foi muito difícil porque ele se fechou também, se armou…

6) JC - E como foi a aceitação deles em ver a filha cavando essa história?

JC – Com diz meu pai: ‘Joana é boa de meter o dedo na ferida e depois fica aí’. Acho que têm muito orgulho, mas é dolorido porque são processos internos. Ás vezes eu acho que não tenho tanto direito de mexer , mas se veio com essa força, se guardaram as cartas, se tem registros de fotos para isso, se querem falar, eu acho que esse é o momento. A conversa com o meu pai não fluiu muito, ele travou, então estabelecemos a comunicação por cartas, por email, no caso. Quando eu vi que não ia funcionar como com os demais entrevistados, a gente trocou email, mas teve uma hora que meu falou ‘assunto encerrado’, porque dói. E nesse meio tempo, existe um projeto chamado Marcas da Memória, do Ministério da Justiça , que fez um documentário só com as mulheres ex-presas politicas de Recife (PE) e depois teve a mesa vermelha, que foi somente com os ex presos políticos e eu estava terminando o dossiê , a dissertação, e meu pai tinha confirmado presença, ia reencontrar todos eles e no último momento ele disse que não ia. Foi então que escrevi uma carta para ele dizendo para ele ir sim, apesar de que ele tinha todo o direito de não querer, pois a dor era dele, a história era dele, mas eu acho que os filhos e os netos têm o direito de saber. As pessoas têm o direito de saber, ele tinha o direito de não falar se não quiser. Imagine que você dividiu a vida com outras pessoas durante quatro, cinco anos, teve homens que ficaram presos dez anos, em idades cruciais da maturidade, dos 26 aos 36 anos, por exemplo, e você reencontrar essas pessoas, se rever, se abrir, dizer como foi esse processo de violação, de violência, como aconteceu para que as próximas gerações entendam que isso não se repita. E ele acabou indo e a carta que eu escrevi para ele abre o filme, ele lendo. É um processo dolorido.

7) JC - Quando você vê pessoas indo para ruas pedindo a volta diatadura, o que sente?

JC – Eu acho que existe todo um processo. Memória é campo de conflito. Existem as pessoas que conhecem e as que desconhecem. Tem gente que pensa fechado, outras aberto. Enfim, mas acho que o processo que o Brasil passa hoje de não ter feito a sua justiça de transição, que é fazer seu processo de memória, de justiça, de verdade, nos últimos 30 anos , influencia muito nisso. O não saber acho que isso influencia muito. Quando a pessoa pede a volta da ditadura, eu digo senta aqui que vou te contar uma história, eu duvido que ela passe incólume, impassível a tudo que contar a ela. Jogo político, memoria é jogo de conflito. O que não dá é relativizar direitos humanos. O que não dá é achar que ‘bandido bom, é bandido morto’, o que não dá é naturalizar essa fala; ir na padaria e ouvir alguém dizendo que fizeram o serviço mal feito e a presidente deveria ter sido morta na ditadura mesmo. O que não dá é para relativizar e achar normal. Não dá, deixar que o Estado, que se diz laico, tome conta do corpo da mulher. Tudo isso está ligado e acho que a solução, eu não sei o que fazer, eu sei o que não fazer, e que é não relativizar os direitos humanos. Enfim, tem que ir para conversa, para o debate. Acho que tem que ter bom senso, as pessoas são livres para pedir o que quiser, mas existe um terreno atrás que precisa ser cavado, desvendado.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net