Imagem da antiga sede de Canindé do São Franscico.
Caldeira de antiga fábrica de coturme que as margens do rio.
Turistas de todo o país se encantam com a paisagem que
serviu de cenário para Cordel Encantado.
Créditos F/1 e F/2 - Reprodução/TV Sergipe.
Crédito F/3 - Flávio Antunes/G1.
Publicado originalmente do site Do G1 SE, em 24/11/2015
Moradores recordam evolução de Canindé de São Francisco.
Município comemora 62 anos nesta quarta-feira (25).
Cidade tem população de mais de 28 mil habitantes.
Do G1 SE
O município de Canindé de São Francisco comemora 62 anos
nesta quarta-feira (25) e atualmente possui uma população de mais de 28 mil
habitantes, de acordo com o IBGE. A cidade acolhe muita gente de fora e os
moradores comemoram o crescimento da economia e turismo local.
No relevo de Canindé encontram-se colinas cobertas por uma
vegetação de capoeira e caatinga. A região está inserida na bacia hidrográfica
do Rio São Francisco e nela encontra-se a Usina hidroelétrica de Xingó. Além do
São Francisco, o riacho Lajedinho e o Rio Curituba drenam a região. A
agricultura, pecuária, avicultura e turismo aquecem a economia do município.
“Canindé me deu a oportunidade de recomeçar a minha carreira
profissional. Tenho orgulho de viver aqui nesta cidade acolhedora. Sou feliz em
morar aqui e ainda sou presenteado com o clima e belezas naturais”, vibra
Tânio.
No coração do sertão sergipano, riquezas que vão além do
contraste entre a seca, e seus resistentes mandacarus, e a exuberância do Velho
Chico. E é nas ruas que os moradores recordam a história da cidade.
“Para mim, Canindé de São Francisco significa oportunidade
de vida. Cheguei aqui em busca de estabilização profissional e financeira e
consegui, aqui é possível viver em paz com tranquilidade”, comemora Jô.
O dia em Canindé começa cedo e um hábito comum para muitas
famílias é reunir todos no café da manhã. A família da dona de casa Marina
Alice dos Santos é grande e aos poucos vão chegando filhos e netos. Assim como
o seu companheiro, Adair Martins, Mariana é alagoana, mas juntos criaram raízes
em Canindé.
O amor dos pais pela terra que os acolheu, enche de orgulho
os filhos. Maria José Messias dos Santos se emociona ao falar da preocupação
que tem sobre o bem maior da cidade, na visão dela é o Rio São Francisco.
“É muito triste acompanhar a situação do rio que está
passando por uma degradação muito grave. As pessoas precisam acordar para esta
realidade e fazer algo para não deixar o rio morrer”, disse.
Em1629 vieram os primeiros desbravadores. No século XX, mais
precisamente na década de 30, a cidade ainda não passava de um povoado às
margens do rio, com pouco mais de 100 casas, e tinha a nomeação de 2º distrito
de paz do município de Porto da Folha. D Canindé, a Curituba e então Canindé de
São Francisco. Ao longo do tempo decretos de lei, transformaram o nome do
povoado, até que ele se tornasse um município emancipado em 25 de novembro de
1953.
A aposentada Maria Auxiliadora Melo de Britto relembra como
era a vida na Canindé Velha, às margens do rio. “Naquela época a cidade tinha
poucas casas e todo mundo se conhecia, não havia violência. Os moradores saiam
e deixaram as casas abertas e ninguém entrava para levar objetos de valor.
Ninguém roubava nem fazia mal ao próximo. As serestas eram a nossa diversão e
não tinha brigas nas festas”.
A diretora da primeira escola da antiga Canindé, dona Dora
se lembra em detalhes da mudança dos moradores para a nova sede da cidade, na
década de 80, com a chegada da Hidroelétrica de Xingó. “A fase foi traumática
para os moradores porque o prefeito da época foi o primeiro a se mudar para a
Canindé de cima. No início eu dava aulas na escola nova e também na velha para
os alunos que ainda não haviam se mudado”.
A professora Vera Avelino comemora o aniversário da cidade
dando aula de história para os alunos. “É importante que a gente conheça a
nossa história e amo contar como tudo aconteceu para os alunos. Eles se interessam
muito e fazem perguntas. Sou apaixonada pela cultura e é um prazer estudar e
passar meus conhecimentos”.
Texto e imagens reproduzidos do site:
g1.globo.com/se/sergipe
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