sábado, 30 de janeiro de 2021

"E sem máscara!", por Odilon Machado

Foto: Ponte Propriá-Colégio no dia da sua inauguração em 1970 (Jornal de Alagoas).

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 28 de janeiro de 2021

E sem máscara!

Por Odilon Machado (do blog Infonet)

O ano era 1970.

Eu era concludente do Curso de Química Industrial da antiga Escola Superior de Química de Sergipe, aquele tempo pertencente a Universidade Federal de Sergipe.

Da Universidade, conheço muitas histórias, hoje convenientemente esquecidas, sobretudo os descaminhos de 1968, quando os de meu tempo se enojavam com o “famigerado acordo MEC-USAID”, e, sobretudo, com as Universidades, tipo “Fundação”, que haviam adotado o “abominável” Sistema de Créditos, inspirado na Universidade Americana, que chegava entre nós, “acrítica” e “bitolada”, garganta a força, pela Ditadura Militar.

Da Ditadura, sabe-se que em terras Serigy não vingou um cadáver para chamar de nosso.

Sobraram alguns cocorotes, é o que se fala em muitos choros hauridos em comissões e gratificações recebidas à custa da mãe pátria infeliz.

Infelicidades à parte, direi que àquele tempo, a Ditadura, por querer pensar um Brasil grande e viril, criara uma disciplina obrigatória, ó que terrível! de Estudo de Problemas Brasileiros.

Desnecessário dizer que a molecada em geral, detestava a matéria, muitos entendendo-a como uma “lavagem cerebral” imposta pelos “milicos”, espécie de Educação Moral e Cívica, de tempos outros, em que o civismo e a moralidade nunca foram necessários.

Em semelhantes desapreços, “Milico” era uma palavra aplicada aos militares do Exército, assim como “Samango” o era para os componentes da Polícia Militar de Sergipe àquele tempo.

Naquele tempo, bem mais, e hoje um pouco ainda, o modismo bem falante nosso, enquanto universitários, era “não ser alienado”, afinal por detrás do muro de Berlin, e nos canaviais da ilha de Fidel Castro vigia o verdadeiro paraíso popular e democrático que o Brasil precisava ser.

E ai de quem pensasse divergente!

Ainda hoje os que sobraram, repetem sua cantilena, enaltecendo aqueles caídos pecos sem madurar, nem fértil restar.

Ó, mas isso ninguém pode dizer! É preciso ter parcimônia com o erro, afinal todos erramos mais do que acertamos!

Fosse diferente, a Matemática seria a matéria dos formosos; e dos preguiçosos também!

Isso num tempo em que se dizia, em poucas academias fisiculturistas; “Só com Educação Física: não se aprende Física nem Educação!”

Mas, assim estou a dizer bobagem.

Cada um estuda o que quer, mesmo porque deve valer o teorema: “a cada um de acordo com a sua capacidade”, contanto que eu não tenha de entregar minha próstata, em nome da igualdade de oportunidades, ao bisturi do carniceiro.

Falo de igualdade de oportunidades, porque este era o discurso da minha juventude. Um sonho pueril, quando a micção era fácil, a próstata nada impedia e muitos só queriam vencer na vida sem esforço, nem capacitação, como acontece ainda, sem provas, e por disputa de melhor “peixada”.

Não sei o porquê deste nome “peixada”.

Podia ser uma buchada ou maxixada, mas aí sobraria dúvida, se com xis ou ch, em confronto de ocasião…

Mas, o que é que há? Estarei querendo esculhambar? Dizendo que todos eram assim? Não! Só a grande e infinita maioria!

Para ver a exceção, é só perquirir os Diários Oficiais e os demais anais, estaduais e municipais, e sobretudo o Federal, a partir da Constituição Cidadã, que numa penada só, tornou estáveis, alforriando-os todos os que nunca fizeram um certame público na vida. Aqueles que ingressaram no serviço público; “na peixada”; no compadrio, não interessa de quem.

Mas, por que falar nisso, se o povo gosta assim?

Só para consignar!

Dito isso, volto à Disciplina “Estudo dos Problemas Brasileiros”, que nos idos de 1970 foi ministrada por um mestre que me ficou na memória em doçura, excelente cultura e paciente compreensão: Professor Antônio Xavier de Assis, então Desembargador Estadual.

Suas aulas eram um exercício lúcido do debate; um desafio aos jovens, um refrigério inteligente e arguto, num tempo de muitas insatisfações político-ideológicas, que o mestre conseguia desviar, sem desmerecer nem partilhar, preferindo instigar a criatividade daqueles futuros Técnicos e Engenheiros, para discutir a política dos grandes desafios do Estado e da Nação, seus problemas e necessidades permanentes.

Sergipe, naqueles anos e em outros que viriam depois, discutia a questão dos sais evaporitos em jazigo perpétuo inexplorado, o porto se estuarino ou offshore, alguns brigando para ver os navios singrando o Rio Sergipe, acenando Aracaju, a BR101 carente de asfalto, e a Ponte Propriá-Colégio, hoje, cinquenta anos passados, sendo inaugurada a duplicação após uma longa espera, em tantos Presidentes indiferentes: FHC, Lula e Dilma, et caterva.

O assunto me vem a lembrança, porque eu fizera uma tosca monografia sobre a Ponte Propriá-Colégio, sua concepção e estrutura, quase uma novidade, enquanto magnífica obra de ferro e cimento em nossa terra, tratando também daquilo que a modernidade traria: a decadência de Propriá, enquanto cidade, virando uma passagem de visita rápida, quase uma cidade fantasma, a merecer preocupações nunca previstas.

Este estudo, repito tosco e despretensioso, agradou sobremodo ao Professor Assis, que me deu uma nota excelente.

Uma lembrança que jamais esqueci, junto com o seu sorriso, compreensivo e estimulador.

Voltando ao tempo, os que se lembram ainda, sabem que o transporte rodoviário de Sergipe para o restante do nordeste se fazia preferentemente via balsa em Neópolis-Penedo.

A ponte Propriá-Colégio esvaziaria este fluxo de balsa, Penedo passando a exibir uma imponência menos festejada por passantes.

Concebida para ser rodoferroviária, em duas pistas, a ponte permitiria também a navegabilidade pelo Baixo São Francisco.

O único problema existente, e que não o era então, era a necessidade de interrupção do tráfego rodoviário quando da passagem dos trens, já que sua largura não permitiria compatibilizar uma via férrea com a rodovia em via única.

Se o módulo elevatório da ponte foi erguido alguma vez, nestes cinquenta anos de vida, não o sei.

Já as locomotivas, todos sabemos que a Rede Ferroviária Federal Leste Brasileira, em cláusulas de país capenga, rareou-nos, deixando poucas lembranças.

Agora, cinquenta anos depois, vem o Presidente “genocida, homofóbico e catastrófico” inaugurar a duplicação da Ponte Propriá-Colégio, neste nosso “fim-de-mundo” que o sul-maravilha tanto despreza.

Em seu reforço, a crônica local sente-se incomodada, sobremodo.

O Mito não lhes é do agrado.

Que fazer?

Sempre foi assim, não é mesmo?

Para estes, bom seria que o Mito lhes carregasse a ponte nas costas, enquanto “catastrófico”, deixando-os à beira do Chico chupando mico.

Em tanta estupidez, vale até imprecar como Moisés no Deuteronômio 29,1-3, reclamando da ingratidão do seu povo: “Vós vistes tudo o que a vossos olhos o Senhor fez no Egito ao Faraó, a todos os seus servidores e a todo seu país: as grandiosas provas que os vossos olhos viram, os grandes sinais e prodígios. Até hoje, porém, o Senhor não vos deu um coração que entenda, olhos que vejam e ouvidos que ouçam. Por quarenta anos, vos conduzi através do deserto,… para reconhecerdes que eu, o Senhor, sou vosso Deus”.

Se nem os judeus errantes no deserto encontraram olhos para ver e ouvidos para escutar as realizações de seu Senhor, que dizer do Mito, que nem senhor o é?

E é um presidente apenas, a ser derrubado!

Voltando agora para mim, derribado por outro excesso de vontade, eu não irei ver o Mito na Ponte como gostaria.

Melhor ficar em casa contra a vontade.

Mas… bem que eu gostaria. E sem máscara!

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

Monumentos de Aracaju recebem projeções que unem arte e tecnologia

Os trabalhos artísticos que compõem a
programação do Festival são produtos contemplados
pela Lei Aldir Blanc (Foto: reprodução/Funcaju)

 Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 29 de janeiro de 2021

Monumentos de Aracaju recebem projeções que unem arte e tecnologia

Árvores, coretos, muros e até estátuas. Todos os elementos urbanos viram painéis de experimentação e imersão quando o modelo de arte é o ‘vídeo mapping’. Nessa área, o processo criativo reúne projetores, notebooks, música e os monumentos escolhidos para receber o produto artístico – configurando uma união entre tecnologia e arte. Foi assim que o vídeo mapping do artista visual Lucian Smash tomou conta do Espaço Zé Peixe e dos monumentos da praça Fausto Cardoso, no Centro, nesta quinta-feira, 28, em mais um evento do Festival Colora.

Os trabalhos artísticos que compõem a programação do Festival são produtos contemplados pela Lei Aldir Blanc, executada pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). No Espaço Zé Peixe, localizado na avenida Rio Branco, às margens do Rio Sergipe, a estátua dedicada ao icônico e simbólico prático aracajuano, José Martins Ribeiro Nunes, o Zé Peixe, foi o primeiro monumento a receber as projeções bi e até tridimensionais do projeto ‘Visões históricas e urbanas’.

“Eu pensei em fazer as projeções nesse monumento na expectativa de narrar a história do próprio personagem da cidade, através desse olhar da arte e tecnologia que o vídeo mapping permite. Além disso, esse é um local que desde pequeno frequento. Comecei a vir quando ainda era o hidroviário”, detalha Lucian Smash, idealizador do projeto e premiado no edital Janela para as Artes, da Lei Aldir Blanc.

Por conta da pandemia da covid-19 e para evitar aglomerações, as projeções nos espaços urbanos, nesta quinta-feira, foram transmitidas por meio do perfil no Instagram do coletivo Visões Urbanas (@urbanasvisoes) e continuarão disponíveis para quem não pôde acompanhar.

Para o designer Gian Brasil, que trabalhou na construção das projeções, mesmo de casa, as pessoas podem mergulhar na experiência dessa arte. “É muito irreverente esse tipo de arte com tecnologia, uma coisa que te leva do presente para o futuro. É um coletivo que juntou várias inteligências de arte, unindo construção musical, projeção e conteúdo digital”, destaca.

A amplitude do edital, em Aracaju, tem permitido o conhecimento e expansão de uma arte ainda pouca disseminada no Brasil. De acordo com Smash, o vídeo mapping ganhou mais evidência durante a abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, mas, na capital sergipana, poucos artistas exploram esse caminho da arte visual.

Para o presidente da Funcaju, Luciano Correia, a execução da Lei Aldir Blanc cumpre seu desafio ao ampliar os incentivos às cadeias produtivas do setor cultural. “Temos testemunhado uma programação cultural viva, muito forte e rica da produção cultural aracajuana. Nós fizemos da aplicação da Lei Aldir Blanc, um instrumento de política cultural do município, cumprindo o que era o nosso objetivo primordial, levar fomento às cadeias produtivas da cultura que foram afetadas pelas medidas de isolamento em consequência da pandemia”, pontua.

As produções do artista Lucian Smash, seguindo a programação do Festival Colora, também marcarão presença no bairro Ponto Novo, neste próximo sábado, 30. Além do vídeo mapping, ele vai apresentar outro modelo de projeção, ao qual se refere como grafite mapping. A oportunidade de poder exibir a sua arte e provocar sensações em diversos locais da cidade faz o artista reconhecer a importância da política cultural desenvolvida pelo Município de Aracaju.

“É uma lei muito importante para os artistas, sobretudo para os jovens, que tinham muito conteúdo para colocar na rua, mas estavam ociosos. Foi um empurrão para o meu projeto de ‘Visões e históricas e urbanas’ através do vídeo mapping, que acabou contemplado em um projeto visual de grande porte. E não falo só por mim, porque tenho visto uma nata de várias vertentes da arte sergipana contemplada. Daqui vão sair muitos artistas que, através desse incentivo, podem ganhar o mundo com sua arte e representar o estado no Brasil e no mundo”, avalia o artista.

Fonte: Ascom/Funcaju

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Prof. Marlúcia Alves Secundo White e sua busca incansável pelo conhecimento

Foto reproduzida do site ifs.edu.br e postada
(com arte) pelo blog para ilustrar o presente artigo

Texto reproduzido do site IMPRENSA 24 H, em 28 de janeiro de 2021

Professora Marlúcia Alves Secundo White e sua busca incansável pelo conhecimento

A busca pelo conhecimento sempre foi a principal característica da professora Marlúcia Alves Secundo White. Natural de Campo do Brito, nasceu em 11 de Novembro de 1952. Filha de Manoel Secundo Filho e Maria de Lourdes Alves Secundo, aprendeu com sua família desde a mais tenra infância o valor dos estudos para a vida tendo como principal exemplo a sua mãe que lecionava na Escola Rural do povoado Garangal, em Campo do Brito com quem foi alfabetizada da primeira a quarta série. Atualmente a escola passou a chamar-se escola José Secundo Filho em homenagem a seu avô paterno.

Após concluir a quarta série, Marlúcia mudou-se para Aracaju aonde acolhida por uma tia materna continuou seus estudos. Passou no exame e foi admitida para estudar a quinta série no instituto Rui Barbosa. Na sequência juntamente com outras duas irmãs, foi também, acolhida por outra tia materna na cidade de Campo do Brito. Porém se deslocava dessa cidade até a cidade de Itabaiana, e dessa forma concluiu a oitava série e logo após, o curso pedagógico no ano de 1970.

No ano de 1971 foi aprovada no concurso para professora Estadual e passou a residir na cidade de Itabaiana e lecionar na Escola Guilhermino Bezerra, nesse período contou com a companhia de mais três irmãos. Prosseguindo na sua busca por conhecimento, em 1973, essa admirável mulher foi aprovada no vestibular e ingressou na Universidade Federal de Sergipe, motivo que a levou a fixar moradia em Aracaju, precisamente na Cidade dos Funcionários, em um imóvel pertencente a sua mãe. E mais uma vez seus irmãos a acompanharam para continuarem, também seus estudos.

Mesmo estudando na UFS, essa incansável heroína conseguindo transferência do atual emprego, passou a lecionar nas escolas Arício Fortes, São Cristóvão e colégio Médici respectivamente.  Segundo a própria relata, para manter-se acordada depois de uma jornada árdua de trabalho, estudava com os pés imersos em água fria, tamanho era sua determinação em estudar.

Também diplomou-se em letras Vernáculas em 1977. E no ano de 1996, pelos seus serviços prestados à rede estadual, conquistou sua aposentadoria. Todavia, a incansável Mestra, mais uma vez conseguiu com sua competência passar em mais um concurso. Desta feita, era em uma das escolas mais conceituadas de Aracaju: A Escola Técnica Federal de Sergipe, Atual IFS. No mesmo ano concluiu a especialização em língua Portuguesa. E em 2012 o mestrado em Linguística, pela Universidade de Alagoas.

Com seu extenso currículo e sua excelente competência, ainda no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Sergipe, Campos Aracaju, atuou como coordenadora Técnica Pedagógica do ensino médio, Gerente Educacional do ensino médio, Coordenadora do PROEJA, Coordenadora de Ciências Humanas e Sociais, e, Também Coordenadora de curso Técnico integrado em Desenho de Construção Civil na modalidade EJA.

A mesma, faz questão de ressaltar a importância da sua família na sua formação, sendo o seu pai um político renomado na cidade com uma carreira que durou mais de 20 anos na cidade de Campo do Brito e sua mãe como professora que desempenhou sua função com muita dignidade, amor e responsabilidade. Muito querida pela população, além de ministrar as aulas, também, escrevia as cartas das pessoas que a procuravam para essa finalidade.

E foi seguindo o exemplo de sua genitora que Marlúcia optou por ser professora, função que desempenhou com abnegação, amor, competência, responsabilidade e altruísmo. Seus feitos memoráveis nessa trajetória ficarão imortalizados nessa Biografia para as futuras gerações, como um excelente exemplo a ser imitado. A frase que a mesma faz questão de citar é a do grande educador Paulo Freire: “Educar com amor é dar sentido a tudo que fazemos.”

Sou Vânia Sobrinho e estarei aqui semanalmente compartilhando com vocês textos biográficos de pessoas ilustres.

Escritora e Historiadora Josevânia Sobrinho Santos, josevaniass@hotmail.com .Natural Japaratuba-SE. Formada em Desenho de Construção Civil pelo Instituto Federal de Sergipe, Auxiliar e Técnica de Enfermagem pelo Centro de Estudos, São Lucas, licenciada em História, pela Universidade Tiradentes, Pós graduanda em Psicanalise pela FAVENE, Presbiteriana. Atualmente funcionaria em Hospital de Cirurgia onde o trabalho vendo vidas chegando vencendo adversidades e seguindo em frente e outras vidas chegam e se encerram ali mesmo, fato que a levou a reflexão na qual criou está coluna e seus escritos biográficos. Seja bem vindo a leitura do Biografia de cada dia.

Texto reproduzido do site: imprensa24h.com.br

Artur Reis: a história de um dos maiores políticos de Sergipe em livro

Artur de Oliveira Reis: um homem que marcou Lagarto

Publicado originalmente no site JLPOLÍTICA, em 27 de Jan de 2021

Artur Reis: a história de um dos maiores políticos de Sergipe em livro

O jornalista Iuri Rodrigues vai lançar a biografia de um dos maiores políticos de Sergipe, o lagartense Artur Reis – o Artur do Gavião. A história da vida do lagartense foi autorizada pela filha, a deputada estadual Goretti Reis.

Artur é pai do ex-deputado federal Jerônimo Reis e avô do atual deputado federal Fábio Reis e do ex Sérgio Reis - para ficar em gente da política.

O livro traz histórias e relatos inéditos de Artur Reis, que foi deputado estadual e prefeito de Lagarto, resultado de um extenso trabalho de pesquisa do autor.

Iuri já está realizando várias entrevistas e tem se debruçado em relatos e documentos para escrever a obra, que tem um viés literário.

Artur é o patriarca da família Reis e fundador de um dos mais tradicionais grupos políticos do Estado de Sergipe, o Saramandaia.

Artur de Oliveira Reis - Artur Gavião, como se fez conhecido - nasceu no dia 27 de agosto de 1926 no povoado Gavião, na cidade de Lagarto.

Entre seus feitos políticos estão construção de escolas e de várias igrejas nos povoados e na sede do município. Aos 94 anos, Artur tem vida quase vegetativa em casa, em Aracaju, vítima de problemas neurológicos.

Iuri é um jornalista de Lagarto conhecido por dar voz aos excluídos. Nesse trabalho, ele garante que é uma biografia que vai dialogar com muitas histórias de lagartenses, dos demais sergipanas e de brasileiros.

“Esse livro é, sobretudo, uma narrativa de coragem. A obra vai contar o percurso da vida de Artur, sua dinâmica na política e como se tornou um ícone entre os lagartenses. Ele tem serviço por todos os lados e sendo elogiado por amigos e até por oposicionistas, o que se tornou um diferencial em sua história de vida”, diz Iuri.

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica.com.br

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Com ‘Sua Sala é o Cinema’, PMA exibe na internet produções locais

Inicialmente, três curtas-metragens permanecem
em cartaz no canal da Funcaju no YouTube 
Foto: Marco Vieira

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 25 de janeiro de 2021

Com ‘Sua Sala é o Cinema’, PMA exibe na internet produções locais

Pela quarta semana consecutiva, a Prefeitura de Aracaju segue oferecendo aos aracajuanos mais uma programação do ‘Sua Sala é o Cinema’, projeto realizado pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) com filmes fomentados com recursos da Lei Aldir Blanc, via edital Janelas Para as Artes, resultado da aplicação de R$650 mil.

Inicialmente, três curtas-metragens permanecem em cartaz no canal da Funcaju no YouTube:

https://www.youtube.com/channel/UCBl_YUUljW9qLSGq1h7YQJg

durante 15 dias, conforme a data de estreia de cada filme.

“O Sua Sala é o Cinema é a primeira das grandes entregas do audiovisual pela Lei Aldir Blanc em Aracaju. Junto com as produções pequenas, médias e longas que fomentamos com recursos da LAB, que estão em fase de produção, são mais de R$650 mil investidos nessa importante cadeia produtiva. Depois de cumprir o objetivo social, vamos dar à população o melhor do cinema feito em Aracaju”, ressalta o presidente da Funcaju, Luciano Correia.

Ao todo, foram produzidos dez filmes em 2020, produções que abordam o contexto vivenciado durante a pandemia da covid-19, visando estimular o lado criativo dos produtores da área audiovisual da capital, diante do isolamento social.

Programação

Na sexta-feira (22), estreou o curta “Pedalando à Contramão”, dirigido por Ravi Aynore, que conta a história de dois amigos que se perdem em uma conversa, enquanto novos universos são criados.

No sábado, 23, entrou em cartaz o curta ‘Corpo Infamiliar’, dirigido por Jéssica Dias, cuja narrativa visa criar um paralelo entre o corpo que vivencia a pandemia do novo coronavírus e a descrição do inconsciente no texto de Freud, tendo como plano de fundo o contexto político e social brasileiro.

E desde domingo (24) está disponível no canal da Funcaju o filme Aracajoubert, da diretora Jade Moraes. Trata-se de um documentário sobre a vida e obra do multifacetado artista Joubert Moraes. O filme é recheado de depoimentos da categoria artística que produz música, dança, poesia e fotografia desde a década de 1970 em Sergipe. O documentário é um importante registro para a memória da pintura, escultura e música do Estado.

Somado aos filmes contemplados pelo primeiro edital Janela para as Artes, cerca de 29 obras foram licenciadas para este fim, no edital Janelas Para as Artes da Lei Aldir Blanc (LAB), o que mantém uma grade planejada até o final de março, mês de comemoração do aniversário da cidade.

Fonte: AAN

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

sábado, 23 de janeiro de 2021

O estoque zero e o crescimento da Barra dos Coqueiros, por Marcio Rocha

Foto reproduzida do site ‘Barra em Foco Notícias’ e 
postada pelo blog para ilustrar o presente artigo.

Texto Publicado originalmente do site F5 NEWS, em 23 de janeiro de 2021

O estoque zero e o crescimento da Barra dos Coqueiros
Por Marcio Rocha (Blogs e Colunas)

Depois da inauguração da ponte Construtor João Alves, em 2006, a Barra dos Coqueiros passou a viver dias de desenvolvimento e prosperidade. A cidade que tinha cerca de 15 mil moradores na época, dobrou sua ocupação habitacional nos últimos 15 anos, fazendo com que a cidade crescesse e se desenvolvesse de modo potencializado. São anos em que vimos o comércio da cidade se projetar, os serviços prestados às famílias elevarem sua participação na economia local e os empreendimentos de turismo de alimentação se multiplicarem por todos os lados. As praias da cidade nunca estiveram tão frequentadas e valorizadas. A Barra cresceu não somente no aspecto de turismo, mas no processo de crescimento imobiliário.

Sobre o futuro econômico da Barra dos Coqueiros, é provável que com os condomínios residenciais, a população se aproxime de 40 mil pessoas em até quatro anos. Assim como eu fiz há quatro anos, as pessoas estão buscando outras alternativas para moradia, procurando ambientes em que possam desfrutar de maior qualidade de vida. E a Barra mostra que isso é possível sem estar longe do centro urbano, comercial e financeiro do estado. Afinal, são só dois quilômetros que separam a península, não ilha, de Aracaju.

As oportunidades de expansão imobiliária da cidade multiplicam-se com condomínios de casas, apartamentos, loteamentos, que atendem a todos os perfis de público consumidor. Desde a família com menor faixa salarial até as mais abastadas têm possibilidades de encontrar na cidade o seu lugar para morar, dentro do que seu bolso pode pagar. As construtoras perceberam esse nicho para a ocupação imobiliária e lançam empreendimentos de modo constante, com rápida vendagem. Residenciais com variação entre 250 e 500 apartamentos, ou 100 e 1.000 lotes, com acesso ecossustentável para o rio ou o mar, têm sido lançados com frequência e acabam rapidamente. O estoque de imóveis da Barra dos Coqueiros é zero. O que indica a potencial grande projeção imobiliária da cidade nos próximos anos.

Isso, aliado ao trabalho da administração pública que agiu de modo eficiente nos últimos anos, mantendo uma cidade arrumada, sendo estruturada para receber esse crescimento mediante o cumprimento das determinações de seu Plano Diretor, mostra que pensar uma cidade não é fácil, mas promover seu desenvolvimento com eficiência e responsabilidade forma um futuro melhor para as pessoas. A bem da verdade, a prefeitura da cidade acertou nas obras de infraestrutura municipais, prevendo o crescimento de determinadas regiões. Tal como o Governo do Estado realizou obras de grande porte, que tornaram a Barra uma cidade com poucos problemas. O maior exemplo foi a rede de esgotamento sanitário da cidade, que foi a primeira do estado a ter 100% de cobertura.

Investir na Barra dos Coqueiros é investir em um mercado já crescente e com a certeza de dar um grande salto nos próximos anos. Pois o estoque zero de imóveis é a prova que a cidade está sendo escolhida pelas famílias como o seu lugar para morar. Com o crescimento da população, principalmente as famílias com renda superior à cinco salários-mínimos, um novo mercado está surgindo e os primeiros a entenderem esse contexto terão uma larga vantagem. Vem aí um shopping center com 120 lojas para atender o público morador de toda a cidade, localizado numa região cercada de famílias de renda elevada e que terminará estimulando também o comércio na região adjacente. Além disso, a Barra tem demandas para escolas infantis e de ensino fundamental e médio, instituições de ensino superior, operações da área de saúde como clínicas e um hospital de médio porte com atendimento de alta complexidade, “day hospital”, entre outros empreendimentos que até farão com que as pessoas não precisem se deslocar para Aracaju para cumprir uma agenda comezinha, como fazer compras. Até porque na cidade, falta um bom supermercado, o espaço que minimercados podem preencher com facilidade. Considerando que na cidade existem dois estabelecimentos desse tipo em postos de combustíveis, que são melhores que o maior supermercado da cidade. Já o segmento fitness e de cuidados com o corpo está bem representado, com academias sendo abertas em vários lugares e o público presente.

O estoque zero da cidade indica muita coisa para seu crescimento. É uma cidade em que os seus novos moradores acreditam para viver e reclamam que não têm muitas opções para consumo. E isso, com a elevação nas vendas de unidades residenciais tende a aumentar exponencialmente o público consumidor, já que a cidade poderá ter o dobro de sua população atual em até dez anos, o que demanda investimentos empresariais com visão de futuro. Se a cidade não tem estoque de imóveis à venda, porque que eles evaporam ao serem lançados, vai ser um lugar que não tenha retorno para a atividade comercial? Em outro momento, devo falar sobre o potencial industrial da cidade, mas uma coisa é certa: O momento de investir na Barra para crescer o negócio junto com a cidade, é agora.

Texto reproduzido do site: f5news.com.br

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Do limbo ao livro: a história de um aracajuano...

Publicado originalmente no site SÓ SERGIPE. em 20 de janeiro de 2021

Do limbo ao livro: a história de um aracajuano que foi ao fundo do poço e se recupera vendendo livros usados

Edmilson Batista voltou para casa depois de viver oito anos e três meses em Lima, Peru

Por Antônio Carlos Garcia

“O livro é uma viagem sem sair de casa”. A frase bem que poderia ser de um leitor voraz, mas não é. Quem tem essa definição é Edmilson Batista dos Santos, 49 anos, que há mais de 10 anos saiu de Aracaju sem rumo certo, devido a problemas familiares e viveu, oito anos e três meses em Lima, no Peru, depois de passar por Argentina, Paraguai, Chile. Durante todo esse tempo, passou por diversos problemas, o mais sério deles, o alcoolismo, que o levou ao fundo do poço. Enquanto isso, a família em Aracaju, sem saber do seu paradeiro, o procurava.  Mas eis que um dia, a mãe dele, Edirani Menezes Santos, recebe um telefonema e o filho fala com ela.

Mas o que tem a ver a frase de Edmilson com sua vida de maltrapilho pelo mundo? É que ao retornar para casa, em agosto do ano passado, mais maduro e sem a mania de grandeza que permeou esse período, Edmilson decidiu abrir um sebo, na rua Dona Abigail Ferreira Araújo Ramos, no bairro Luzia, onde mora com a mãe, e chamou o local de “@Cantinho Sempre Viva”. Na verdade, o passeio da casa passou por uma transformação, com a chegada das estantes e dos livros, que são vendidos a preços que variam de R$ 4 a R$ 40. Nas negociações com os clientes, ele aceita troca e, claro, doações de livros.

Para não dizer que Edmilson não é um leitor, ele cita um livro – e pede para que não seja citado o título – que o tirou do alcoolismo, que quase o matou em terras andinas. Em Lima, ele dormiu na rua, comeu quando lhe chegava o alimento, e ingerir bebidas alcóolicas era tão comum quanto respirar. “Nunca roubei ninguém”, garantiu o ex-dependente químico.

Quando vivia maltrapilho, além de ter, literalmente, esquecido da família, em virtude dos problemas que passou, Edmilson também tinha mania de grandeza. “Eu dizia que era rico, que tinha posses, que pessoas da minha família tinham carro bacana”, contou. Mas a realidade era bem outra. Edmilson saiu de casa porque não suportou ver o avô ser violento com a avó, e nesse tempo que passou fora, dormiu, inclusive, em cemitérios. “Fui neto de um alcoólatra”, lembra.

A viagem

A viagem, até então sem volta, de Edmilson foi de bicicleta. Ele conseguiu convencer algumas empresas que o patrocinaram nesse projeto de viajar de bike, mas não entrou em detalhes de como isso ocorreu. O fato é que ele tinha, sempre, na bagagem, um litro de bebida alcoólica, que segundo ele era o seu “conforto”, e cigarros. Muitos cigarros.

Em 20 de janeiro do ano passado – portanto completa um ano hoje – Edmilson retornou ao Brasil e ficou entre as cidades de Tabatinga e Letícia (cidade colombiana que faz fronteira com o Brasil). Detalhe: ele não tinha nenhum documento: sem carteira de identidade, CPF, ou seja, como cidadão ele sequer existia.

Livraria

Em agosto de 2020 chegou a Aracaju com a ideia de montar o sebo – incentivado pelo livro que leu – e hoje esse é o seu trabalho. Ele “abre” o sebo às cinco da manhã e só “fecha” à noite, numa rotina de domingo a domingo. Esse abre e fecha significa o movimento dele colocar as estantes na rua, pôr os livros nela e retirá-los à noite.

No Cantinho Sempre Viva uns compram, outros trocam, outros doam e leem livros

Um dia de cada vez. Esse tem sido o passo a passo da vida de Edmilson, ao se referir à bebida, pois está há cinco anos e dois meses “limpo”. Esse é o mesmo período em que não fuma. Quando não está no sebo, ajuda a mãe que vende plantas.

Trabalhando intensamente, recebendo doações de livros, Edmilson quer recuperar o tempo e ficar perto da mãe e das irmãs e, um dia não muito distante, reencontrar o casal de filhos que fez nessa jornada. “Primeiro quero encontrar a mim mesmo e depois, preparado, a família perdida”, disse. Como ensinou Sócrates, “conhece-te a ti mesmo”, em Delfos, na Grécia, diante do pórtico de entrada do templo do deus Apolo, que Edmilson descubra-se nessa nova etapa em Aracaju. E que a vida lhe seja plena.

Texto e imagem reproduzidos do site: sosergipe.com.br

sábado, 16 de janeiro de 2021

‘Na ponta da Galáxia’ é o livro de estreia da sergipana Luyne Rodrigues

Publicado originalmente do site JORNAL DA CIDADE, em 15 de janeiro de 2021

‘Na ponta da Galáxia’ é o livro de estreia da sergipana Luyne Rodrigues

Obra de ficção, publicada pela Editora Dialética, une duas grandes paixões da autora: o universo e a escrita

A relação do universo com os sentimentos de uma jovem em processo de redescoberta é o tema do livro de estreia da escritora sergipana Luyne Rodrigues, de 26 anos. ‘Na ponta da Galáxia: dá para ver’, o Universo é transformado em um conto, misturando criações galácticas e sentimentos. Tudo é recontado de forma simples e poética, com narração da Via Láctea. A publicação é pela Editora Dialética e está à venda nos principais sites ou diretamente com a escritora.

Segundo Luyne Rodrigues, que também é atelierista e estudante de psicologia, a inspiração veio de seu interesse pelo universo e o amor pela escrita. “Eu sempre gostei de estudar sobre o Universo e já escrevi bastante sobre. Mas o que uniu o Universo aos sentimentos foram as emoções que eu sentia quando comecei a fazer terapia. A inspiração veio do que eu sentia e descobria sobre mim e a minha relação com o Universo”, revela a autora. 

A obra foi escrita há sete anos, mas só ganhou páginas impressas recentemente com a publicação pela Editora Dialética. “Precisei de tempo para me organizar em vários aspectos. Hoje, quando eu releio o conto, consigo me lembrar vivamente como era a sensação em estar em contato comigo”, explica a autora que convida os leitores sergipanos a “sonhar e viajar junto comigo pelo Universo”.

O livro ‘Na ponta da Galáxia: dá para ver' custa apenas R$ 29.90 e pode ser comprado neste link, direto com a autora pelo Instagram: @luyne_rodrigues ou nos sites das principais lojas e livrarias.

Fonte e foto: Assessoria de Comunicação

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Governo sanciona lei que valoriza atividades de cantador e cordelista

Objetivo é garantir o reconhecimento desses
 artistas e fazedores de cultura como profissionais 
que trabalham com a poesia popular, canto, repente e o cordel.
Foto: Heitor Xavier

Publicado originalmente no site do Portal INTONET, em 15 de janeiro de 2021

Governo sanciona lei que valoriza atividades de cantador e cordelista

A lei que dispõe sobre ações de reconhecimento e valorização das atividades de Cantador e Cordelista, e estabelece diretrizes para as políticas públicas em Cultura, Turismo e Educação, no âmbito do Estado de Sergipe, voltadas para o incentivo da Literatura de Cordel e da Cantoria, foi publicada no Diário Oficial nº 28.586, de 15 janeiro de 2021.

A autoria é do deputado estadual Iran Barbosa (PT) e, segundo a propositura, o objetivo é garantir o reconhecimento desses artistas e fazedores de cultura como profissionais que trabalham com a poesia popular, com o canto, com o repente, e com o cordel, e valorizar esses profissionais como parte da cultura sergipana.

O texto também considera poetas cantadores, os intérpretes de gêneros musicais populares, incluindo o coco, violeiros improvisadores, emboladores e aboiadores. Xilogravurista é o artesão que produz gravura em madeira, entalhando um desenho, reproduzido posteriormente em papel.

Além disso, o projeto prevê recursos incluídos na Lei Orçamentária Anual (LOA) para publicação de três folhetos de cordel e um CD para Cordelista, de um CD ou DVD para cantador em atividade, de dez trabalhos de xilogravura para cada xilogravador e incentivo financeiro para espaços de exposição de literatura em cordel, cantoria e xilogravura existentes em Sergipe.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Avelar Mattos se prepara para lançar mais um livro

Publicado originalmente no site do Portal RADAR SERGIPE, em 11/01/2021

Jornalista se prepara para lançar mais um livro, em Aracaju

O jornalista e escritor Avelar Mattos está se preparando para lançar a sua terceira obra literária que tem como título “Uma Luz no Planeta Terra”. Segundo o autor, a data de lançamento não foi definida, por causa da pandemia do coronavírus.

Avelar Mattos se prepara para lançar mais um livro

“Uma Luz no Planeta Terra”

O jornalista e escritor Avelar Mattos está se preparando para lançar a terceira obra literária: “Uma Luz no Planeta Terra”. Segundo o autor, a data de lançamento não foi definida, por causa da pandemia do coronavírus. O livro trata especificamente sobre a possível existência de extraterrestres e a criação de uma “Nova Raça”. “Gostaria que fosse presencial, com os amigos e familiares, pois o clima fica mais gostoso. É uma forma de reconhecimento, contar com as presenças de pessoas queridas”, ressaltar Mattos.

Uma Luz no Planeta Terra é uma obra fictícia, mas, contém, fatos e acontecimentos, que podem ser retratados na vida real. Os ETS alertam que a Terra corre perigo, mas que ainda há tempo de salvar a humanidade. “Quero deixar claro, que não sou ufólogo; apenas um curioso e estudioso, que acredita na existência de vida em outros planetas. No meio de bilhões de outros planetas, galáxias, estrelas, dentro de fora do sistema solar, por que só haveria vida em nosso planeta? Para os humanos seria um castigo ou um privilégio? questiona Avelar Mattos.

O professor de Língua Portuguesa e mestre em Letras, pela UFS, Adilson Oliveira Almeida, escreveu o prefácio do livro. “Com uma linguagem clara, concisa e bem acessível, um tanto incisiva em determinados momentos, o narrador deixa evidente que a humanidade deve enobrecer seus pensamentos, hábitos e práticas”, disse. Para o professor, Avelar Mattos utiliza-se das ideias e práticas da humanidade observadas no mundo biossocial.

“O autor recria, de uma forma especial, a realidade que nos acerca, permitindo-nos um olhar mais sensível, arguto, crítico e minucioso acerca da vida, da cultura e do que ocorre na mente humana”, enfatizou. A escritora Lílian Rocha, também participou da obra literária. De acordo com ela, “num misto de surpresa e curiosidade, comecei a ler e a me encantar com aqueles personagens maravilhosos, criados pela imaginação fértil de Avelar. Junto com ele, conheci um planeta diferente e perfeito, cujos habitantes sonham em tornar a Terra um lugar mais habitável e menos destrutivo”, disse.

Thiago Avelino, palestrante e pesquisador de fenômenos anômalos, a exemplo de Adilson Oliveira e Lílian Rocha, também participa da obra literária. “Avelar Mattos, de forma grandiosa, materializou uma obra narrativa, repleta de mistério e conhecimento, arriscando-se ao debate democrático de opiniões do público leitor”. “Uma Luz no Planeta Terra” traz ilustrações de Edidelson Silva e diagramação eletrônica de Adilma Menezes.

Texto e imagem reproduzidos do site: radarsergipe.com.br

Estreia nos cinemas longa-metragem sobre cotidiano dos alunos do Milton Dortas

Os alunos são os protagonistas do documentário,
 que teve o trailer divulgado no início de setembro de 2020, 
selecionado para duas sessões no Festival “É Tudo Verdade”

Publicado originalmente no site do jornal CINFORM, em janeiro de 2021

Estreia nos cinemas longa-metragem sobre cotidiano dos alunos do Milton Dortas

Da Redação    

O longa-metragem “Atravessa a vida”, produzido pelo cineasta João Jardim, começará a ser exibido nos cinemas em diversos estados do Brasil a partir da próxima quinta-feira (14). O filme faz um retrato afetivo dos alunos do Centro de Excelência Milton Dortas, em Simão Dias, na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os alunos são os protagonistas do documentário, que teve o trailer divulgado no início de setembro de 2020, selecionado para duas sessões no Festival “É Tudo Verdade”.

Produzido em 2018, o longa-metragem acompanha a rotina e os desafios dos estudantes no último ano do ensino médio no Centro de Excelência Milton Dortas, região Centro-Sul sergipana. Durante três meses, a equipe do cineasta acompanhou os alunos de 11 turmas do 3º ano do Ensino Médio durante a preparação para o Enem, principal porta de acesso à universidade. Foram cerca de 60 horas de filmagens somente no Centro de Excelência Milton Dortas. “Não é um filme jornalístico, mas afetivo”, disse o diretor para o jornal Folha de São Paulo.

A produção retrata o universo escolar e adolescente dos jovens de Simão Dias. Enquanto buscam o sonho de garantir um ensino superior gratuito, os alunos refletem sobre temas como futuro, depressão, aborto, pena de morte e ditadura militar. O documentário mostra ainda as angústias e os prazeres da juventude por meio de seus gestos, inquietações e conquistas. Para assistir ao trailer é só clicar no link: https://youtu.be/tnajWG7Cs4I.

Segundo a professora Daniela Silva, atual diretora da Regional de Educação 2 (DRE 2), e que era a gestora da unidade de ensino na época, o filme representa um sentimento muito especial para a comunidade escolar, por mostrar a qualidade de ensino desenvolvida pela escola e professores, além do protagonismo dos estudantes. “Estamos muito emocionados com o lançamento, e para mim, que fui gestora da unidade, esse resultado é muito significativo pelo fato de evidenciar as boas ações e a excelência do trabalho que foi e continua sendo feito pelo Milton Dortas, instituição reconhecida nacionalmente”, declarou.

Ela explica que, para além da preparação para o Enem, o documentário também retrata a transição do Ensino Médio para a Universidade, a vida fora da escola, as angústias e problemáticas fora da escola, como alunos com depressão, problemas com a família, entre outras. “O longa-metragem mostra um jovem sensível, com opinião própria, uma escola com liberdade de expressão, o professor que aproveita o pensamento do aluno para a construção do conhecimento, e todas as incertezas dos alunos”.

O documentário ainda conta com um desfecho, já que o cineasta João Martins retornou a Sergipe alguns meses depois para acompanhar o que aconteceu com esses alunos já na vida universitária e também fora da universidade.

Retrato da época

Alguns jovens que participaram do documentário destacam que o longa é um bom retrato das suas vidas naquela época. Foi o caso de Milena Andrade dos Santos Lima, 19 anos, que na época estudava no Milton Dortas. “O documentário foi muito importante porque no 3º ano do ensino médio há muita pressão para passar no Enem. E muitos estudantes tinham vidas totalmente diferentes. Nem todos tinham estrutura em casa para continuar os estudos. Penso que o longa-metragem retrata bem as diferenças entre os jovens”, disse ela, que na época passou para o curso de Nutrição na UFS, e hoje cursa Odontologia em uma faculdade na cidade de Paripiranga (AL), que é mais próxima de Simão Dias.

Quem também gostou de ter participado foi Flávia de Jesus Ribeiro, que na época passou para o curso de Fisioterapia, mas no semestre seguinte mudou para Farmácia. “A proposta do documentário foi bem interessante para a gente porque, naquele momento de turbulências, incertezas, dúvidas e medo do que estava por vir, nós tivemos o doce saber de que as nossas experiências ali vividas seriam marcadas no tempo; que nós teríamos a comprovação do que vivemos. Foi muito interessante participar”, declarou.

Por ASN

Texto e imagem reproduzidos do site: cinform.com.br

Casamento do Matuto é declarado Patrimônio Imaterial de Sergipe

Celebração foi reconhecida como Patrimônio Imaterial e Cultural do Estado de Sergipe por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Estado. (Foto: Prefeitura de Lagarto)

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 12 de janeiro de 2021

Casamento do Matuto é declarado Patrimônio Imaterial de Sergipe

A festa Casamento do Matuto, realizada anualmente no mês de junho no Povoado Colônia Treze, no município de Lagarto, foi declarada como Patrimônio Imaterial e Cultural de Sergipe.

A declaração foi realizada por meio de decreto publicado pelo Governador Belivaldo Chagas no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira, 12. Com isso, a celebração foi inserida no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Sergipe.

O Projeto de Lei  n° 318/2020, que declara a festa como patrimônio imaterial foi apresentado pela deputada Goretti Reis (PSD) no mês de dezembro. O Casamento do Matuto foi criada no ano de 1995 e está em sua 24° edição.

Por Milton Filho e Aisla Vasconcelos

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br 

sábado, 9 de janeiro de 2021

O acervo de Arthur Leite apresenta todos os ângulos dos lugares que ele visita



Publicação originária do site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 8 de janeiro de 2021

Exposição “Paisagens Sergipanas”, em cartaz no RioMar

O acervo de Arthur Leite apresenta todos os ângulos dos lugares que ele visita

Tendo como fonte de inspiração os cenários bucólicos dos rios, o contraste das cores, o clima e a cultura que formam as paisagens do estado, o fotógrafo Arthur Leite apresenta a mostra ‘Paisagens Sergipanas’, em cartaz no RioMar Aracaju. A exposição revela imagens exuberantes do litoral e do mundo natural, documentadas em trilhas e passeios por diversos pontos turísticos sergipanos.

A exposição está aberta à visitação no segundo piso do shopping

O acervo de Arthur Leite prima por apresentar todos os ângulos dos lugares por ele visitados, contemplando a fauna, a flora e personagens anônimos que compõem as imagens. O trabalho do fotógrafo chama a atenção do público pela delicadeza e singularidade com que retrata os cenários. A exposição ‘Paisagens Sergipanas’ é parte integrante do projeto Descobrindo a Natureza, evento promovido pelo RioMar que descreve sobre as curiosidades dos insetos que habitam matas e florestas.

A exposição está aberta à visitação no segundo piso do shopping, próximo à loja Camicado, até 14 de fevereiro, de segunda a sábado, das 10h às 22h. Aos domingos e feriados, das 12h às 22h. O acesso ao evento é gratuito.

Natural de Aracaju, Arthur Leite é fotojornalista e editor de fotografia, com 15 anos de bagagem profissional. Suas obras são reconhecidas dentro e fora do país, com publicações em revistas culturais, guias de turismo, jornais, além de trabalhos junto a Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) e International School Sport Federation (ISF), onde realizou coberturas fotojornalísticas esportivas dos mundiais de Triathlon e Volleyball Escolar.

Fonte e foto: Ascom/RioMar

Texto e imagens reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Encontro Cultural de Laranjeiras acontece até o próximo dia 10

 

Texto publicado originalmente no site do JORNAL DA CIDADE, em 5 de janeiro de 2021

Encontro Cultural de Laranjeiras acontece até o próximo dia 10

A abertura do evento, que este ano tem como tema “Cultura Popular: Fortalecimento e Sustentabilidade”

A 46ª edição do Encontro Cultural de Laranjeiras se adaptou ao momento de pandemia e acontece até o próximo domingo, 10, com debates e apresentações de grupos folclóricos, atendendo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS) e sendo transmitidos ao vivo pela internet. A abertura do evento, que este ano tem como tema “Cultura Popular: Fortalecimento e Sustentabilidade”, aconteceu no último dia 3 e teve a cobertura completa através da Aperipê TV.

A programação do tradicional encontro de cultura popular em Laranjeiras teve início com uma missa solene em louvação aos Santos Reis, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Em seguida, foi realizada a coroação da Rainha das Taeiras, na Igreja São Benedito. Neste primeiro dia, as pessoas têm o privilégio de presenciar a ligação entre os folguedos e a religiosidade popular. E durante toda a semana acontece o simpósio, momento em que estudiosos e pesquisadores debatem temas importantes a respeito da preservação e fortalecimento da cultura popular. A programação do simpósio acontece até sexta, 8, e o encerramento no domingo, 10.

Para o prefeito de Laranjeiras, José de Araújo, mais conhecido como “Juca”, destacou a importância de manter viva a cultura popular dos laranjeirenses e sergipanos mesmo neste período de pandemia. “Mesmo na pandemia e atendendo todas as regras sanitárias, estamos mantendo viva a identidade dos laranjeirenses. Enquanto gestor, nós só temos que incentivar Na abertura realizada a coroação da Rainha das Taeiras, na Igreja São Benedito Missa/Divulgação e fortalecer todas as formas de manifestação cultural em Laranjeiras, cidade que é o berço da cultura em Sergipe. É uma honra ver todas essas apresentações que engrandecem o nome de Laranjeiras e levam o nosso município a ser reconhecido não só no Brasil, mas também em outros países”, destacou Juca.

O secretário municipal de Cultura, Plácido Lyra, enfatizou a importância do Encontro Cultural. “Não vamos deixar morrer as tradições do Encontro Cultural, mesmo com a pandemia. Se depender dos fazedores e dos brincantes de Laranjeiras, as futuras gerações terão a oportunidade de vivenciar a nossa identidade, através dos incentivos governamentais e da tecnologia em permitir que tudo isso esteja acontecendo em 2021”, ressaltou Plácido Lyra.

Texto reproduzido do site: jornaldacidade.net

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

JOEL Magno Ribeiro da SILVEIRA

Publicado originalmente no site do CENTRO DE MEMÓRIA SERGIPANA – Grupo Tiradentes

Biografia de Joel Silveira

“Seu Silveira, me faça um favor de ordem pessoal. Vá para a guerra, mas não morra. Repórter não é para morrer, é para mandar notícias”.1 Estas foram as palavras que Joel Silveira ouviu logo após ter sido indicado por Assis Chateaubriand, proprietário do “Diários Associados”, jornal carioca, para acompanhar a Força Expedicionária Brasileira (FEB) à Itália, na função de correspondente de guerra, durante os momentos finais da Segunda Guerra Mundial.

Joel Magno Ribeiro da Silveira nasceu em Sergipe no dia 23 de setembro de 1918, filho do comerciante Ismael Silveira e de Jovita Ribeiro Silveira.

Estudou no Ateneu Pedro II, em sua cidade, e aí iniciou sua carreira jornalística aos 14 anos, fundando o jornal estudantil A Voz do Ateneu. Ainda em Sergipe, aos 16 anos, tornou-se secretário da Voz Operária. Em janeiro de 1937 transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e começou a trabalhar nas revistas Carioca e Vamos Ler, escrevendo artigos sobre a Revolução Francesa de 1789. Em maio de 1938 passou a trabalhar no semanário Dom Casmurro, dirigido por Álvaro Moreira e Brício de Abreu, no qual colaboravam jovens intelectuais como Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Josué Montello. Fechado o Dom Casmurro, em 1942 tornou-se secretário e repórter da revista Diretrizes, dirigida por Samuel Wainer. Trabalhou em Diretrizes até abril de 1944, quando a repercussão de uma entrevista que fez com o escritor Monteiro Lobato resultou no fechamento da revista pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) — órgão encarregado da censura durante o Estado Novo (1937-1945) — e nas prisões de Samuel Wainer e do entrevistado. Criada em 1938, Diretrizes cumpriu importante papel no combate ao nazi-fascismo, contribuindo para o esvaziamento do Estado Novo.

Ainda em 1944, a convite de Virgílio de Melo Franco, tornou-se redator dos Diários Associados, no Rio de Janeiro. Pouco depois, foi designado por Assis Chateaubriand, proprietário da cadeia dos Diários Associados, para cobrir as ações da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Foi repórter de guerra por dez meses, trabalhando ao lado de jornalistas como Rubem Braga, então repórter do Diário Carioca. Durante 15 anos, de 1946 até o fechamento do jornal, foi repórter e colunista do Diário de Notícias. Também colaborou no vespertino Última Hora, fundado por Samuel Wainer em 1951. De 1954 a 1964 dirigiu o serviço de documentação do Ministério do Trabalho.

Juntamente com Adonias Filho e Antônio Houaiss, tornou-se membro do conselho de redação da Revista Nacional, publicada sob a forma de encarte e incluída na edição de domingo de diversos jornais do país. Foi ainda redator-chefe da revista O Mundo Ilustrado. Paralelamente à atividade jornalística, desenvolveu a carreira de escritor. Muitos de seus contos e crônicas foram incluídos em antologias organizadas por Graciliano Ramos, Raimundo Magalhães Júnior, Paulo Mendes Campos, Herberto Sales e outros. Algumas de suas poesias foram publicadas na Antologia dos poetas bissextos brasileiros contemporâneos, de Manuel Bandeira.

Faleceu no Rio de Janeiro em 15 de agosto de 2007.

Casado com Iracema Costa Silveira, teve dois filhos.

Publicou Desespero (novela, 1940), Os homens não falam demais (reportagens em colaboração com Francisco de Assis Barbosa, 1942), A lua (contos, 1945), História de pracinha (crônicas, 3ª ed. 1945), Grã-finos de São Paulo e outras histórias do Brasil (reportagem, 1946), O marinheiro e a noiva (poemas, 1952), O desaparecimento da aurora (novela, 1958), Petróleo do Brasil — traição e vitória (em colaboração com Lourival Coutinho, 1958), História de uma conspiração (em colaboração com Lourival Coutinho, 1960), O marinheiro na varanda (crônicas, 1960), Alguns fantasmas (novelas, 1962), As duas guerras da FEB(reportagem, 1965), Um guarda-chuva para o coronel (ficção política, 1968), Meninos eu vi (reportagem, 1968), Vinte horas de abril (1969), Vamos ler Joel Silveira (v. 1 da coleção Vamos Ler, contos selecionados por Moacir C. Lopes, 1976), Tempo de contar (memórias jornalísticas, 1980), A luta dos pracinhas (reportagem de guerra, 1981), O dia em que o leão morreu (contos, 1982), Dias de luto (1983), Você nunca será um deles(crônicas, 1988), O presidente no jardim (crônicas, 1989), Nitroglicerina pura (reportagem política em parceria com Geneton Morais, 1992), Guerrilha noturna (crônicas, 1993), Hitler-Stalin — o pacto maldito(reportagem política em parceria com Geneton Morais), Viagem com o presidente eleito (memórias políticas, 1996).

FONTES: CORRESP. BIOGR.; COUTINHO, A. Brasil; ENTREV. BIOG.; Globo (16/8/07); Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (18 e 26/9/78); Pasquim (12/78); SODRÉ, N. História da imprensa.

CPDOC | FGV • Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

No Ateneu Sergipense Joel (Magno Ribeiro da) Silveira mobilizou os estudantes, fundou e redigiu jornais, criou o Grêmio Clodomir Silva, para homenagear o professor e historiador, falecido em 1932. Em 1936, a frente de uma caravana estudantil, Joel Silveira foi para Estância visitar e conversar com Jorge Amado, romancista baiano, de pais sergipanos, que estava iniciando o primeiro dos seus asilos naquela cidade.

Deve-se a Joel Silveira um relato sobre a visita a Jorge Amado, incluindo com destaque a presença em Estância da primeira mulher do escritor, Matilde Garcia Rosa, sergipana com quem o autor de Suor tem uma filha e a quem dedicou um livro de poemas, dividindo a autoria de um pequeno livro infanto-juvenil. Mas a viagem dos estudantes do Ateneu, liderados por Joel Silveira, tinha conotações políticas, que marcariam a vida dos dois principais personagens.

Em fins de 1936, Joel Silveira vai para o Rio de Janeiro, e no ano seguinte matricula-se na Faculdade de Direito e passa a trabalhar e a colaborar com o Dom Casmurro, então dirigido pelo poeta Álvaro Moreira, publicando seu primeiro livro, de contos, Onda raivosa, permanecendo ali até 1943, quando passa a colaborar com a revista Diretrizes, de Samuel Wainer.

Entra nos Diários Associados e, sob o comando de Assis Chateaubriand, é mandado para a Itália, para cobrir a Força Expedicionária Brasileira – FEB, entre setembro de 1944 e maio de 1945, fixando suas atividades de repórter, que consagraria, em definitivo, sua biografia de jornalista e de intelectual.

A obra de Joel Silveira mereceu, pelo seu conjunto, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. O jornalista e escritor sergipano recebeu outros prêmios, de entidades que reconheceram os seus textos como documentos a vida e da história do Brasil. Joel Silveira morreu aos 88 anos, próximo dos 89, no dia 15 de agosto de 2007 e seu corpo foi cremado, no Rio de Janeiro.

Texto e imagem reproduzidos do site: grupotiradentes.com

Nova publicação da Edise trata dos indígenas Kiriri

Ane Mecenas é autora do livro (Foto: Edise)

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 5 janeiro de 2021

Nova publicação da Edise trata dos indígenas Kiriri

 ‘O Trato da Perpétua Tormenta: a conversão Kiriri nos sertões de dentro da América Portuguesa’, da sergipana Ane Mecenas é a nova obra da Editora Diário Oficial de Sergipe – Edise.

O livro trata da conversão dos indígenas Kiriri a partir de missões jesuíticas no “sertão”, localizadas numa configuração geográfica atualmente entre os estados da Bahia e de Sergipe, às margens do rio São Francisco, e do processo de tradução cultural evidenciado pelos esforços do padre jesuíta italiano Luigi Vicenzo Mamiani dela Rovere, que, em duas de suas obras publicadas ‘Arte de Gramática da Lingua Basílica da Naçam Kiriri’ (1698) e ‘Catecismo da Doutrina Christãa em Lingua Basilica da Naçam Kiriri’ (1699), buscou normatizar a língua desse grupo indígena.

Na apresentação da publicação, Mauro Dillmann, da Universidade Federal de Pelotas (RS), chama a atenção para o conjunto documental mobilizado pela autora do livro, que é vasto e proveniente de diversos arquivos no Brasil e em Portugal, indo muito além das obras do padre Mamiani dela Rovere. “Está presente no livro fontes manuscritas, como instruções, projetos, cartas, alvarás, regimentos, e fontes impressas, como inúmeras publicações jesuítas, legislação portuguesa, constituições sinodais e dicionários da época”, destaca.

Ane Mecenas compartilha a investigação que realizou para a obtenção de seu doutoramento em História, na qual buscou identificar e analisar as semelhanças e as diferenças existentes entre as estratégias adotadas primeiramente no litoral (século XVI) e, posteriormente, no sertão (século XVII). Nela, ela visou, ainda, apontar para a conformação, neste espaço, de um modelo de normatização linguística distinto daquele adotado na costa brasileira, a partir da análise de dois instrumentos de catequese escritos pelo padre jesuíta Luigi Mamiani.

Para o presidente da Empresa de Serviços de Sergipe – Segrase, Francisco de Assis Dantas, a obra é de grande importância histórica. “Toda a sociedade sergipana ganha com esta publicação, ela apresenta informações que contribuem com a nossa história, uma colaboração de valor inestimável”.

A tese, agora divulgada sob a forma de livro, conta com três capítulos. O primeiro Ane Mecenas fez uma análise criteriosa de um conjunto variado de fontes, além de ter feito um qualificado diálogo que estabelece com uma bibliografia clássica e recente sobre as temáticas abordadas na tese. No segundo capítulo encontramos a discussão das obras escritas por Mamiani, enfocando o mundo do papel, o mundo do autor e o mundo da recepção.

No último capítulo a autora se propõe a analisar as duas obras do padre Mamiani, considerado as representações de medo, doença, morte, pecado, vício e virtude nelas presentes, cortejando-as com o catecismo capuchinho do padre Bernardino de Nantes, escrito para atender aos objetivos de conversão dos índios Kiriri, bem como as Cartas dos Provinciais da Companhia de Jesus.

Essa é a segunda obra publicada por Ane Mecenas na Edise, no primeiro ela analisou a catequese jesuítica na aldeia do Geru, foi sua dissertação de mestrado. “Na construção do trabalho percebi as conexões entre as aldeias Kiriri administradas pelos padres da Companhia de Jesus e assim pude compreender melhor o processo de conversão”, explica. Sobre trabalhar com a Edise novamente, ela relata que sempre admirou a Editora. “A Edise tem um importante papel na divulgação das obras produzidas em nosso estado e por isso fico muito honrada em poder ter duas obras publicadas pela editora”.

Quando questionada se esperar no futuro lançar nova obra sobre os Kiriris, Ane Mecenas responde que “a tese encerra uma trajetória da minha vida como pesquisadora, claro que a experiência adquirida no processo influenciará os novos rumos, mas creio que ‘O Trato da Perpétua Tormenta’ marca a conclusão de uma pesquisa que fez parte da minha vida por 16 anos”. Devido a pandemia o livro não será lançado individualmente, mas a autora irá divulgá-lo em eventos que ocorram em 2021.

Fonte: Edise

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br