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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

REGISTRO: Funcap presta homenagem a Silvio Romero

Imagem: ABL

REGISTRO DE PUBLICAÇÃO FEITA NO DIA: 17/09/2019

Publicado originalmente no site APERIPÊ, em 17 de setembro de 2019

Funcap presta homenagem a Silvio Romero

A programação tem início a partir das 14h no Museu da Gente Sergipana

A Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe realiza hoje, 17 de setembro, uma homenagem ao ilustre sergipano Silvio Romero com a presença de sua neta, Carmem Romero. Nascida no Rio de Janeiro, Carmem vem pela primeira vez a capital sergipana, onde pretende conhecer o legado cultural do seu avô. A programação tem inicio a partir das 14h no Museu da Gente Sergipana, de onde a homenageada segue para o Largo da Gente Sergipana, finalizando no monumento de seu avô, na Praça Camerino.

Programação:

14h30 - Visita ao Museu da Gente Sergipana e Largo da Gente Sergipana
15h15 - Breve fala sobre Silvio Romero – Profª Aglaé D’Avila Fontes e Carmem Romero- neta de Sílvio Romero – Auditório do Museu da Gente Sergipana
15h30 - Deposição de coroa de flores no monumento em homenagem a Silvio Romero,  na Praça Camerino.

Sobre Carmem Romero

Carmen Porto Romero, filha de Osvaldo Romero, o filho caçula do terceiro casamento de Silvio Romero com a sergipana Maria Petronila Pereira Barreto.  Nascida no Rio de Janeiro, Carmen tem 60 anos de idade, duas filhas e vem a Aracaju pela primeira vez, também para conhecer o legado cultural do seu avô.  Bióloga e nutricionista, hoje aposentada, sempre atuou na área Biomédica. O seu pai foi procurador Geral do Estado do Rio de Janeiro e sempre fez questão de passar para a filha a história do avô, inclusive lhe presenteando com o livro: “Contos Populares do Brasil”, obra que Carmen leu e releu várias vezes. O amor pela cultura brasileira, para ela, é o traço mais significativo que ela carrega do avô.  Carmen afirma que se sente honrada em estar em Sergipe e ver o quanto os sergipanos valorizam os seus nomes e sua cultura.

Sílvio Romero

Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero, crítico, ensaísta, folclorista, polemista, professor e historiador da literatura brasileira, nasceu em Lagarto, SE, em 21 de abril de 1851, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de julho de 1914. Convidado a comparecer à sessão de instalação da Academia Brasileira de Letras, em 28 de janeiro de 1897, fundou a cadeira nº 17, escolhendo como patrono Hipólito da Costa.

Matéria: Ascom

Texto e imagem reproduzidos do site: aperipe.com.br

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Inscrições abertas para o Prêmio Sílvio Romero de Monografias

As monografias deverão contribuir com o 
aprofundamento e renovação dos estudos 
de folclore e cultura popular 
Foto: Iphan

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 4 de junho de 2019         
                                                                                                          
Inscrições abertas para o Prêmio Sílvio Romero de Monografias

Direcionado a trabalhos inéditos, o Prêmio Sílvio Romero de Monografias sobre Folclore e Cultura Popular está com inscrições abertas até o dia 15 de julho. Organizado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (CNFCP/Iphan), a iniciativa criada ainda em 1959 tem o propósito de estimular a produção de conhecimento científico sobre o tema.

Lançado anualmente, os valores para o primeiro e segundo colocados do edital 2019 serão de R$25 mil e R$20 mil, respectivamente. A comissão julgadora, composta por especialistas, poderá ainda indicar até três menções honrosas, que serão agraciadas com o título de destaque. São considerados inéditos os textos inseridos em documentos de circulação restrita a universidades, congressos, encontros e centros de pesquisa.

Podem participar brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros residentes no Brasil, inscrevendo trabalhos individuais ou em equipe, que deverá ser inédito e escrito em português, e ter caráter monográfico. O documento poderá ser enviado por e-mail, em arquivo PDF para concurso.cnfcp@iphan.gov.br, ou por envelope lacrado, conforme orienta o edital.


As monografias concorrentes deverão demonstrar contribuição ao aprofundamento e renovação dos estudos de folclore e cultura popular; originalidade no tema e abordagem; domínio de bibliografia especializada; consistência na argumentação e clareza na apresentação dos resultados, entre outras características.

Sílvio Romero

Nascido em Sergipe em 1851, Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero foi um crítico literário, ensaísta, poeta, filósofo, professor e político brasileiro. Cursou a Faculdade de Direito do Recife e, na década de 1870 colaborou, como crítico literário, em vários periódicos pernambucanos e cariocas.

Como resultado de pesquisas sobre o folclore brasileiro, escreveu O elemento popular na literatura do Brasil e Cantos populares do Brasil. Em 1891 produziu artigos sobre ensino para o jornal carioca Diário de Notícias, dirigido por Rui Barbosa.

Fonte: Assessoria Iphan


Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

terça-feira, 4 de abril de 2017

Sílvio Romero é o notável pensador militante da cultura brasileira

Imagem reproduzida do site: junglekey.com
Postada por Isto é SERGIPE, para ilustrar artigo.

Publicado no site do Jornal Folha de S. Paulo Ilustrada, em 16/02/2002.

Sílvio Romero é o notável pensador militante da cultura brasileira
Por Gilberto Felisberto Vasconcellos*

Se haverá alguém entre nós que mereça ser considerado intelectual, na acepção verdadeira da palavra, é o sergipano Sílvio Romero (1851-1914), o crítico e sagaz observador de tudo o que nos diz respeito como povo e nação.

Notável pensador militante da cultura brasileira, de uma liberdade de pensamento e coragem a toda prova, mergulhou fundo no entendimento do que somos na história: um singular produto colonial vindo ao mundo no século 16, resultando daí um povo que ainda se desconhece.

São raros os letrados que se ocupam de assuntos brasileiros. Nossa predileção é por idéias e autores estrangeiros. Aí é que nos sentimos metidaços. Queremos ser indivíduos de nosso tempo, mas não de nosso país. A isso acrescente-se outro elemento complicador que Silvio Romero não poderia evidentemente sequer imaginar: hoje o Brasil converteu-se em território estrangeiro.

Crítico da cultura, informado pela convivência da tradição popular, pioneiro na ciência do folclore, além de escrever bem, Sílvio Romero contribuiu como ninguém para a anatomia da alienação colonial em seu combate à escravidão, ao Império e à Igreja. Levou por isso bordoadas e descomposturas de todos os lados, sobretudo por ter submetido a julgamento crítico o valor das criações artísticas e culturais.

A tal ponto chegou que escreveu um famoso livro descendo o malho em Machado de Assis, desde então unanimidade celebrada lá em cima no pináculo das letras, considerando-o dúbio, retórico, desprovido de convicção, de crença e de cultura científica, tendo perfil eclético, enfim, "o conselheiro da comodidade literária".

É comum referir-se a ele sob a pecha de nacionalista radical, de conteudista, de insensível, de preconceituoso. Sílvio Romero acreditava na grande missão histórica a ser realizada pelo Brasil, malgrado a terrível antinomia entre a exuberância da mamãe natureza e o povo vivendo na miséria.
Temperamento alto-astral, avesso ao pessimismo e à fingida alegria, cheio de entusiasmo, pai de 19 filhos, Sílvio Romero negou que a genialidade criadora fosse acompanhada pelo traço epiléptico, melancólico e cismador. "Gosto muito da vida; tenho a mania brasileira da luz e do bulício do mundo; a terra me encanta."

Não é crível que tivesse sido inimigo do lirismo. "O entusiasmo não se inventa, o sentimento não se fabrica por convenção." Não devemos vê-lo como um antilírico; afinal, era filho e neto de portugueses. Basta ler a narrativa de 1900 sobre Rio-Dacar-Lisboa-Porto, contando sua primeira e única ida à Europa. Obra-prima.

Nosso xará de Apipucos, Gilberto Freyre, deve ao talento sociológico de Sílvio Romero o conceito basilar sobre o lusotropicalismo. Aliás, de 1900 em diante, tudo o que vale a pena no pensamento brasileiro, de Luís da Câmara Cascudo, de Monteiro Lobato, de Nélson Werneck Sodré a Darcy Ribeiro, é visível a emanação mental de Sílvio Romero com a sua abordagem antropológica acerca do mestiçamento.

Não foi certamente movido pelo sentimento paranóico que ele cantou a jogada: "Não estou disposto a deixar ser bifado o meu lugar na história intelectual brasileira". Como se sabe, é violenta a perfídia colonial entre os chamados homens de letras.

Embora refratário ao indianismo, ao caboclismo, à poranduba, Sílvio Romero não foi de todo anti-romântico, se por romantismo entender-se o incômodo ou o protesto diante da existência social do dinheiro: "As ditaduras do patriciado do dinheiro", como denunciou sem papas na língua.

* Gilberto Felisberto Vasconcellos é professor de ciências sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora e autor, entre outros, de "Glauber Pátria Rocha Livre" (Senac).

* Especial para a Folha.


Estudos de Literatura Contemporânea
Autor: Sílvio Romero
Organizador: Luiz Antônio Barreto
Editora: Imago 

Texto reproduzido do site: folha.uol.com.br/fsp/ilustrad

quinta-feira, 30 de março de 2017

Sílvio Romero (1851 - 1914)


Sílvio Romero (1851 - 1914).

O sergipano Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero foi um crítico literário, poeta e jurista que também atuou nos campos da filosofia, ensino e política. Sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa e membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ele integrou o grupo que instalou a Academia Brasileira de Letras, em janeiro de 1897, assumindo a cadeira 17, cujo patrono é Hipólito da Costa.

Filho de comerciante, ele nasceu em abril de 1851, em Lagarto (SE), a 70 quilômetros de Aracaju. Os primeiros anos de vida de Romero foram vividos no engenho dos avós. No retorno à vila onde nasceu, iniciou os estudos, que foram concluídos no Ateneu Fluminense, no Rio de Janeiro.

Entre 1868 e 1873, esteve na Faculdade de Direito do Recife, onde foi bastante influenciado pelo também estudante Tobias Barreto. Junto com outros alunos, eles integraram a Escola do Recife, também chamada “Geração de 71”, movimento de caráter sociológico e cultural que buscava uma renovação crítica brasileira e serviu, por muito tempo, de espaço para debates sobre sociologia, antropologia, crítica literária e estética. Romero foi uma das figuras centrais da segunda fase desse grupo.

Foi durante esse período também que ele iniciou a colaboração para periódicos pernambucanos, como o Diário de Pernambuco, a República, o Liberal e o Correio de Pernambuco. Essa participação começou com a publicação da monografia A poesia contemporânea e a sua intuição naturalista e continuou com versos e uma série de mais de 30 artigos com críticas ao romantismo e poesia da época.

Logo após a formação no Recife, Sílvio Romero exerceu o cargo de promotor na comarca de Estância, cidade a 70 quilômetros de Aracajú (SE). Lá, ele foi atraído pela política e elegeu-se deputado provincial do Estado, mas renunciou logo depois, regressando para o Recife, onde se casou com Clarinda Diamantina Correia de Araújo – ele ainda se casou mais duas vezes com Maria Liberato e Petronila Barreto. Em 1876, o casal foi morar em Parati (RJ), onde ele foi nomeado juiz.

Em 1879, já fixado no Rio de Janeiro, Romero contribuiu para o jornal O Repórter e a Revista Brasileira, escrevendo sobre política, folclore, poesia popular e literatura em geral, sempre com críticas ao movimento romancista brasileiro. Inclusive, vários livros dele abordaram a cultura popular. No ano seguinte foi publicado o polêmico livro A literatura brasileira e a crítica moderna, no qual ele classificou a mentalidade do país como “mesquinha e pobre, desconceituada e banal”, fruto de um “povo que não pensa e não produz por si”. Depois disso, ele começou a ser excluído do círculo literário do Rio de Janeiro.

O prestígio na cidade foi reconquistado em 1880, quando foi nomeado professor de filosofia do Imperial Colégio de Dom Pedro II, onde lecionou até 1910. Antes, em 1888, foi publicado um dos seus principais livros: A História da Literatura Brasileira. Ele também escreveu Cantos do fim do século, Contos populares do Brasil e O elemento popular na história do Brasil, entre outros estudos literários e obras poéticas e sobre a cultura popular.

Em 1891, produziu artigos sobre o ensino para o jornal carioca Diário de Notícias, dirigido por Rui Barbosa. No mesmo ano, foi nomeado para o Conselho de Instrução Superior por Benjamim Constant. Sílvio Romero também fez parte do corpo docente da Faculdade Livre de Direito e da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro.

Depois da fundação da Academia Brasileira de Letras, ele ainda foi eleito deputado federal, por Sergipe, no governo do presidente Campos Sales e, inclusive, trabalhou na comissão encarregada de rever o Código Civil na função de relator-geral.

Fontes:
Academia Brasileira de Letras
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular
Fundação Joaquim Nabuco.

Texto reproduzido do site: portal.iphan.gov.br
Imagem reproduzida do site: academia.org.br

terça-feira, 8 de março de 2016

Sílvio Romero (1851 - 1914)

Foto reproduzida do site: pt.wikipedia.org

Sílvio Romero (1851 - 1914).

Sílvio Romero (S. Vasconcelos da Silveira Ramos R.), crítico, ensaísta, folclorista, polemista, professor e historiador da literatura brasileira, nasceu em Lagarto, SE, em 21 de abril de 1851, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de julho de 1914. Convidado a comparecer à sessão de instalação da Academia Brasileira de Letras, em 28 de janeiro de 1827, fundou a Cadeira n. 17, escolhendo como patrono Hipólito da Costa.

Foram seus pais o comerciante português André Ramos Romero e sua mulher Maria Joaquina Vasconcelos da Silveira. Na cidade natal iniciou os estudos primários, cursando a escola mista do professor Badu. Em 1863, partiu para a corte, a fim de fazer os preparatórios no Ateneu Fluminense. Em 68, regressou ao Norte e matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife. Formou, ao lado de Tobias Barreto (que cursava o 4o ano quando Sílvio se matriculou no primeiro) e junto com outros moços de então, a Escola do Recife, em que se buscava uma renovação da mentalidade brasileira. Sílvio Romero foi, no início, positivista. Distinguiu-se, porém, dos que formavam o grupo do Rio, onde Miguel Lemos levava o comtismo para o terreno religioso. Espírito mais crítico, Sílvio Romero se afastaria das idéias de Comte para se aproximar da filosofia evolucionista de Herbert Spencer, na busca de métodos objetivos de análise crítica e apreciação do texto literário.

Estava no 2o ano de Direito quando começou a sua atuação jornalística na imprensa pernambucana, publicando a monografia A poesia contemporânea e a sua intuição naturalista. Desde então, manteve a colaboração, ora como ensaísta e crítico, ora como poeta, nas folhas recifenses, entre elas A Crença, que ele próprio dirigia juntamente com Celso de Magalhães, o Americano, o Correio de Pernambucano, o Diário de Pernambuco, o Movimento, o Jornal do Recife, a República e o Liberal.

Assim que se formou, exerceu a promotoria em Estância. Atraído pela política, elegeu-se deputado à Assembléia provincial de Sergipe, em 1874, mas renunciou, logo depois, à cadeira. Regressou a Recife para tentar fazer-se professor de Filosofia no Colégio das Artes. Realizou-se o concurso no ano seguinte e ele foi classificado em primeiro lugar, mas a Congregação resolveu anular o concurso. A seguir, defendeu tese para conquistar o grau de doutor. Nesse concurso Sílvio Romero se ergueu contra a Congregação da Faculdade de Direito do Recife, afirmando que “a metafísica estava morta” e discutindo, com grande vantagem, com professores como Tavares Belfort e Coelho Rodrigues. Abandonou a sala da Faculdade; foi então submetido a processo pela Congregação, atraindo para si a atenção dos intelectuais da época.

Em fins de 1875, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Foi para Parati, como juiz municipal, e ali demorou-se dois anos e meio. Em 1878, publicou o livro de versos Cantos do fim do século, mal recebido pela crítica da corte. Depois de publicar Últimos harpejos, em 1883, abandonou as tentativas poéticas. Já fixado no Rio de Janeiro, começou a colaborar em O Repórter, de Lopes Trovão. Ali publicou a sua famosa série de perfis políticos. Em 1880 prestou concurso para a cadeira de Filosofia no Colégio Pedro II, conseguindo-a com a tese Interpretação filosófica dos fatos históricos. Jubilou-se como professor do Internato em 2 de junho de 1910. Fez parte também do corpo docente da Faculdade Livre de Direito e da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro.

No governo de Campos Sales, foi deputado provincial e depois federal pelo Estado de Sergipe. Nesse último mandato, foi escolhido relator da Comissão dos 21 do Código Civil e defendeu, então, muitas de suas idéias filosóficas.

Na imprensa do Rio de Janeiro Sílvio Romero tornou-se literariamente poderoso. Admirador incondicional de Tobias Barreto, nunca deixou de colocá-lo acima de Castro Alves; além disso, manteve, durante algum tempo, uma certa má vontade para com a obra de Machado de Assis. Sua crítica injusta motivou Lafayette Rodrigues Pereira a escrever a defesa de Machado de Assis, sob o título Vindiciae. O Sr. Sílvio Romero crítico e filósofo. Como polemista deve-se mencionar ainda a sua permanente luta com José Veríssimo, de quem o separavam fortes divergências de doutrina, método, temperamento, e com quem discutiu violentamente. Nesse âmbito, reuniu as suas polêmicas na obra Zeverissimações ineptas da crítica (1909).

Sílvio Romero foi um pesquisador bibliográfico sério e minucioso. Preocupou-se sobretudo com o levantamento sociológico em torno de autor e obra. Sua força estava nas idéias de âmbito geral e no profundo sentido de brasilidade que imprimia em tudo que escrevia. A sua contribuição à historiografia literária brasileira é uma das mais importantes de seu tempo.

Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e de diversas outras associações literárias.

Obras: Cantos do fim do século, poesia (1878); A filosofia no Brasil, ensaio (1878); Interpretação filosófica dos fatos históricos, tese (1880); Introdução à história da literatura brasileira (1882); O naturalismo em literatura (1882); Últimos harpejos, poesia (1883); Estudos de literatura contemporânea (1885); Contos populares do Brasil (1885); Estudos sobre a poesia popular do Brasil (1888); Etnografia brasileira (1888); História da literatura brasileira, 2 vols. (1888; 2a ed. 1902; 3a ed. 1943, organização e prefácio de Nélson Romero, 5 vols.); A filosofia e o ensino secundário (1889); A história do Brasil ensinada pela biografia de seus heróis, didática (1890); Parlamentarismo e presidencialismo na República Cartas ao conselheiro Rui Barbosa (1893); Ensaios de Filosofia do Direito (1895); Machado de Assis (1897); Novos estudos de literatura contemporânea (1898); Ensaios de sociologia e literatura (1901); Martins Pena (1901); Parnaso sergipano, 2 vols.: 1500-1900 e 1899-1904 (1904); Evolução do lirismo brasileiro (1905); Evolução da literatura brasileira (1905); Compêndio de história da literatura brasileira, em colaboração com João Ribeiro (1906); Discurso recebendo Euclides da Cunha na ABL (1907); Zeverissimações ineptas da crítica (1909); Da crítica e sua exata definição (1909); Provocações e debates (1910); Quadro sintético da evolução dos gêneros na literatura brasileira (1911); Minhas contradições, com prefácio de Almáquio Dinis (1914); Trechos escolhidos, seleção e prefácio de Nelson Romero (Nossos clássicos, 25; 1959); Sílvio Romero: teoria, crítica e história literária, com introdução de Antônio Cândido (1978).

Fonte: Academia Brasileira de Letras.

Texto reproduzido do site: clicsergipe.com.br/sergipevultos

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero (1851 - 1914)

Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero (Lagarto, 21 de abril de 1851 — Rio de Janeiro, 18 de junho de 1914) foi um advogado, jornalista, crítico literário, ensaísta, poeta, historiador, filósofo, cientista político, sociólogo, escritor, professor e político brasileiro.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fotos reproduzidas do blog: silvio-romero-o-ilustre.blogspot.com.br

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Sílvio Romero (1851 - 1914)


Sílvio Romero (1851 - 1914).

Silvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero, pensador da cultura brasileira, nasceu em Lagarto, em 21 de abril de 1851, e faleceu no Rio de Janeiro, em 18 de julho de 1914 com 63 anos.

Em 1863, vai estudar preparatórios no Ateneu Fluminense. Regressa ao Nordeste em 1868 e matricula-se na Faculdade de Direito do Recife. Ele e seu inseparável companheiro Tobias Barreto criam o movimento denominado “Escola do Recife”, direcionado à renovação da mentalidade brasileira, sendo precursores da chamada poesia filosófica - cientifica.

Filia-se a um pequeno grupo de estudiosos do nosso folclore e logo se põe à vanguarda deles, marcando, com segurança, as primeira diretrizes aos estudos das nossas tradições populares com a classificação das manifestações folclóricas.

Seu espírito critico o afasta das idéias de comte e o transporta para filosofia evolucionista de Spencer, na busca de métodos objetivos de análise critica e apreciação do texto literário.

Inicia na imprensa com a publicação monográfica: A poesia contemporânea e a instituição naturalista. Mantém sua colaboração, ora como ensaísta e critico, ora como poeta, nos principais jornais pernambucanos.

Exerce a promotoria e atraído pela política, elege-se deputado para Assembléia Provincial de Sergipe, em 1874. Em fins de 1875, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde em Parati exerce a magistratura, e ali se demora por méis de dois anos. Na imprensa do Rio de Janeiro, Silvio Romero torna-se literariamente poderoso. Admirador incondicional de Tobias Barreto, por vezes o coloca acima de outros grandes poetas.

Pesquisador bibliográfico sério e minucioso, Romero preocupa-se, sobretudo, com o levantamento sociológico em torno de autor e obra. Sua força está nas idéias de âmbito geral e no profundo sentido de brasilidade que imprime em tudo que escreve. A sua contribuição à historiografia literária brasileira é, sem duvida, a mais importante de seu tempo.

Era membro do instituto Histórico e geográfico Brasileiro, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e de diversas outras associações literárias.

Sílvio Romero foi também um dos grandes responsáveis pela valorização das tradições populares, recolhidas nas obras sobre o folclore. Quem examina a obra folclórica deixada por Silvio Romero sente logo a força afetiva que o ligava às nossas tradições. E é bem possível que o estudo penetrante dessas tradições do povo fosse para ele – homem rebelde, apaixonado e agressivamente franco nas suas opiniões e conceitos – consolo suave para os momentos agitados de sua vida. Ele mesmo o disse, referindo-se às pequenas jóias da poesia popular: “Ainda agora sinto no ouvido a melodia simples e monótona desses e d’outros versinhos do gênero: e invade-me a saudades, doce companheira, a quem devo, no dias tristes de hoje, as raras horas de prazer de minha vida.”

Este é o ilustre pensador Sílvio Romero – além de pioneiro da literatura brasileira, também pioneiro do nosso folclore, a quem se prestaram em todos os recantos do Brasil, as mais justas homenagens de reverência e admiração.

Romero, era sergipano e havia estudado direito em Pernambuco. Ele e seu inseparável colega Tobias Barreto, fizeram parte do movimento que ficou conhecido como escola do Recife, responsável pela divulgação no Brasil de muitas idéias cientificas e filosóficas, especialmente o evolucionismo. Romero foi muito mais que um polemista. Sua contribuição ao pensamento brasileiro é uma magnitude incomensurável. Pesquisador do folclore e da literatura popular, foi dos primeiro a estudar a influência cultural africana na formação do Brasil – e criticava o romantismo justamente por sua ênfase exagerada no indianismo.

Sílvio Romero foi o primeiro - e talvez o Único – a discordar do humorismo e pessimismo de machadiano, sendo por isso o pioneiro no trato da questão das influências não só dos humoristas britânicos, mas também dos filósofos pessimistas. Para o ousado evolucionista sergipano, o humour só podia ser verdadeiro, ou genuíno, quando se confundia com a índole do escritor, que por sua vez era produto da psicologia, da raça e do meio do seu povo.

Escritor, poeta, filósofo, sociólogo, político, critico literário brasileiro e historiador da literatura no Rio de Janeiro, no Colégio Atheneu Fluminense, formando-se em Recife, como Bacharel em Direito. Exerceu atividades como representante do ministério Público em Sergipe. Chegou a ser magistrado, emprestando seu saber nas comarcas por onde passou. Foi professor de Filosofia no Colégio Pedro II e de filosofia do Direito na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro.

Sílvio Romero, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, tendo também ocupado uma cadeira no Instituto Históricos e Geográficos Brasileiros. No governo de campos Sales, foi Deputado Provincial e Federal, por Sergipe. Representou o Brasil em conferências internacionais, destacando-se a de 1904, quando foi agraciado com a comenda de São Tiago, pelo rei D. Carlos, de Portugal...

Texto e foto reproduzidos do site: silviooimortal.blogspot.com.br

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

EXPOSIÇÃO - Centenário da morte de Sílvio Romero


Fotos: Daniel Soares/G1.

Publicado originalmente do site G1 SE., em 31/08/2014.

Exposição sobre Silvio Romero é realizada em biblioteca de Aracaju
Público pode conhecer livros da biblioteca particular do advogado sergipano.

Por Daniel Soares
Do G1 SE.

Exposição celebra centenário da morte de Silvio Romero.

O público aracajuano tem a oportunidade de conhecer melhor uma das personalidades que compõem a sua história. É que desde o último dia 19 de agosto que está sendo realizada na Biblioteca Pública Epifânio Dória uma exposição com conta a obra e a vida do advogado, escritor e político Silvio Romero.

Instalada no hall da biblioteca, a exposição marca o centenário da morte de Silvio Romero, ocorrida em 18 de junho de 1914. Banners com textos escritos por estudiosos como o historiador Luiz Antônio Barreto, contam passagens e curiosidades da vida do advogado sergipano.

Mirian Elorza, diretora da Epifânio Dória, explica que essa não é a primeira vez que a exposição acontece. “Esse material estava guardado já há alguns anos. Mas devido ao centenário de morte de Silvio Romero, recebemos um pedido do conselho de Cultura do Estado de Sergipe para realiza-la novamente”, afirma.

A Epifânio Dória possui a biblioteca particuplar de Silvio Romero e algumas dessas obras estão sendo mostradas na exposição. “A maioria dos livros contam também com dedicatórias importantes dos autores que presentearam o sergipano. Em seus escritos, eles fazem uma reverência ao ‘grande Silvio Romero’”, afirma Mirian.

Alguns livros possuem, inclusive, marcações feitas pelo próprio Silvio Romero, estão em exposição. “Eles estão com marcas e anotações romerianas. Elas tinham algum significado. Então, são marcas e asteriscos, traços simples e duplos – todas elas correspondentes a algum significado”, destaca a diretora.

Serviço
A exposição está disponível à visitação até o dia 17 de setembro. A biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 18h, e aos sábados de 8h às 12. A entrada é gratuita.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Silvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero

Silvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero
(Lagarto-SE, 21/04/1851 - Rio de Janeiro, 18/07/1914)

Sílvio Romero era crítico, ensaísta, folclorista, polemista, professor e historiador da literatura. Era filho de André Ramos Romero e Maria Joaquina Vasconcelos da Silveira. Na cidade natal iniciou os estudos primários, cursando a escola mista do professor Badu. Em 1863, partiu para a corte, a fim de fazer os preparatórios no Ateneu Fluminense. Em 68, regressou ao Norte e matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife. Formou, ao lado de Tobias Barreto (que cursava o 4º. ano quando Sílvio se matriculou no primeiro) e junto com outros moços de então, a Escola do Recife, em que se buscava uma renovação da mentalidade brasileira. Sílvio Romero foi, no início, positivista. Distinguiu-se, porém, dos que formavam o grupo do Rio, onde Miguel Lemos levava o comtismo para o terreno religioso. Espírito mais crítico, Sílvio Romero se afastaria das idéias de Comte para se aproximar da filosofia evolucionista de Herbert Spencer, na busca de métodos objetivos de análise crítica e apreciação do texto literário.

Estava no 2º. ano de Direito quando começou a sua atuação jornalística na imprensa pernambucana, publicando a monografia "A poesia contemporânea e a sua intuição naturalista". Desde então, manteve a colaboração, ora como ensaísta e crítico, ora como poeta, nas folhas recifenses, entre elas A Crença, que ele próprio dirigia juntamente com Celso de Magalhães, o Americano, o Correio de Pernambucano, o Diário de Pernambuco, o Movimento, o Jornal do Recife, a República e o Liberal.

Assim que se formou, exerceu a promotoria em Estância. Atraído pela política, elegeu-se deputado à Assembléia provincial de Sergipe, em 1874, mas renunciou, logo depois, à cadeira. Regressou a Recife para tentar fazer-se professor de Filosofia no Colégio das Artes. Realizou-se o concurso no ano seguinte e ele foi classificado em primeiro lugar, mas a Congregação resolveu anular o concurso. A seguir, defendeu tese para conquistar o grau de doutor. Nesse concurso Sílvio Romero se ergueu contra a Congregação da Faculdade de Direito do Recife, afirmando que “a metafísica estava morta” e discutindo, com grande vantagem, com professores como Tavares Belfort e Coelho Rodrigues. Abandonou a sala da Faculdade; foi então submetido a processo pela Congregação, atraindo para si a atenção dos intelectuais da época.

Em fins de 1875, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Foi para Parati, como juiz municipal, e ali demorou-se dois anos e meio. Em 1878, publicou o livro de versos Cantos do fim do século, mal recebido pela crítica da corte. Depois de publicar Últimos harpejos, em 1883, abandonou as tentativas poéticas. Já fixado no Rio de Janeiro, começou a colaborar em O Repórter, de Lopes Trovão. Ali publicou a sua famosa série de perfis políticos. Em 1880 prestou concurso para a cadeira de Filosofia no Colégio Pedro II, conseguindo-a com a tese "Interpretação filosófica dos fatos históricos". Jubilou-se como professor do Internato em 2 de junho de 1910. Fez parte também do corpo docente da Faculdade Livre de Direito e da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro.

No governo de Campos Sales, foi deputado provincial e depois federal pelo Estado de Sergipe. Nesse último mandato, foi escolhido relator da Comissão dos 21 do Código Civil e defendeu, então, muitas de suas idéias filosóficas.

Na imprensa do Rio de Janeiro Sílvio Romero tornou-se literariamente poderoso. Admirador incondicional de Tobias Barreto, nunca deixou de colocá-lo acima de Castro Alves; além disso, manteve, durante algum tempo, uma certa má vontade para com a obra de Machado de Assis. Sua crítica injusta motivou Lafayette Rodrigues Pereira a escrever a defesa de Machado de Assis, sob o título Vindiciae. Como polemista deve-se mencionar ainda a sua permanente luta com José Veríssimo, de quem o separavam fortes divergências de doutrina, método, temperamento, e com quem discutiu violentamente. Nesse âmbito, reuniu as suas polêmicas na obra Zeverissimações ineptas da crítica (1909).

Sílvio Romero foi um pesquisador bibliográfico sério e minucioso. Preocupou-se, sobretudo, com o levantamento sociológico em torno de autor e obra. Sua força estava nas idéias de âmbito geral e no profundo sentido de brasilidade que imprimia em tudo que escrevia. A sua contribuição à historiografia literária brasileira é uma das mais importantes de seu tempo.

Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e de diversas outras associações literárias.

Foto e texto reproduzidos do site: ihgs.com.br