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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Construções símbolos do período jesuítico em Sergipe



 Fotos: Sílvio Oliveira.

Infonet > Blog Silvio Oliveira > 28/05/2015.

Tejupeba (SE): casa e colégio jesuíticos em Itaporanga.
Construções símbolos do período jesuítico em Sergipe.

Por Sílvio Oliveira/Infonet.

Historicamente Sergipe está apto a disponibilizar mais um roteiro turístico para o país: “Caminhos dos Jesuítas”. Turisticamente, necessita-se de um estudo de viabilidade. Mas é de conhecimento que as construções da Companhia de Jesus em solo do Sergipe del Rei são dignas de serem visitadas. Vale à pena percorrer o caminho dos jesuítas por Sergipe. Tejupeba é a primeira da série.

Os jesuítas aportaram em Sergipe em 1575 por meio da missão de São Tomé, de Santo Inácio e São Paulo, lideradas pelos padres Gaspar Lourenço e João Salônio. O principal foco era levar a civilização cristã a essa localidade, primeiramente, na região onde hoje é o município de Santa Luzia do Itanhy. A capela de Santa Luzia era um marco do início do período dos jesuítas no Estado, porém não mais existe.

Nas proximidades do rio Vaza-Barris, os jesuítas instalaram-se na região hoje de domínio de Itaporanga D’Ajuda, com a construção de um colégio, residência e igreja, complexo chamado à época de Tejupeba. Há indícios de que lá também funcionou um estaleiro da Companhia de Jesus no Brasil, com destaque além das terras de Sergipe del Rei.

Tejupeba também é um dos marcos das principais construções do gênero no Estado por apresentar uma arquitetura bastante harmônica entre as edificações, e por ter uma sofisticada arcada na parte externa da igreja. Ao fundo, tem-se uma vista privilegiada do rio Vaza-Barris, o que denota que a construção não estava ali por acaso, mas também por questões econômicas e estratégicas.

Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1943, o complexo arquitetônico abrange a edificação da casa-escola, a igreja, a casa maior e o local onde eram as senzalas. Fica em propriedade particular da família Mandarino,localizada hoje no povoado Nova Descoberta.

As partes artísticas e decorativas da igreja e do casarão já não existem mais e a construção está em constante deteriorização. As paredes do casarão são impregnadas de história, com andar térreo amplo, costumeiramente dos colégios jesuítas. No andar superior, a sacada mostra uma visão da propriedade e privilegiada da igreja. A divisão aparenta partes da residência, com bastantes janelas.

Ao adentrar a igreja, partes do altar deteriorado motiva certo descontentamento ao ver tamanho patrimônio ao chão. Na parte de trás, onde provavelmente funcionou uma sacristia, os túmulos dos proprietários pós-expulsão dos jesuítas também contam parte da história, mesmo que o piso esteja completamente aos pedaços. São lápides indicando restos mortais da tradicional família Dias Coelho e Mello. “Aqui jaz os restos mortais da Baronesa de Estância”, diz um deles. No outro, restos mortais de Antônio Dias Coelho de Melo, o Barão de Estância, filho de Domingos Dias Coelho e Melo (Barão de Itaporanga) e de Michaela Coelho Dantas e Melo.

Para se ter uma ideia da história mais recente da fazenda, em meados de 1920 o italiano Nicola Vibonatti Mandarino comprou a fazenda Colégio (Tejupeba) aos herdeiros de Antônio Dias Coelho e Mellore batizando-a com o nome de Iolanda, em homenagem a uma de suas filhas. A família Mandarino detém a propriedade até os dias atuais. Houve restauro de parte da fazenda em 1953, 1955, 2004 e último em 2006, mas a família luta por uma reforma mais ampla. Porém, a questão do tombamento e a falta de recursos os impedem de retocar o patrimônio histórico.

A questão está na Justiça e é um exemplo clássico que o tombamento não corresponde a garantia de conservação e proteção do bem histórico e cultural. Enquanto isso, parte da história do Brasil cai em ruínas e vira somente documentos e memória.
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Fonte: Viagem realizada com participantes do III Ciclo de Visita Técnica “Caminhos dos Jesuítas”, do Grupo de Pesquisas Culturas, Identidades e Religiosidades – GPCIR, do Departamento de Histório da Universidade Federal de Sergipe. Pesquisadores: Antônio Lindvaldo Sousa e Josineide Luciano.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira

domingo, 10 de maio de 2015

Fazenda Colégio Tejupeba, município de Itaporanga


Fotos reproduzidas do blog: edubastos.blogspot.com.br

Publicado originalmente no blog "O assunto é Sergipe", em 24/04/2011.

Do Blog: O assunto é Sergipe
Post: Fazenda Tejupeba.
Por: Nilton Bruno.

Referência à viagem à Fazenda Colégio Tejupeba, no dia 16 de Abril de 2011, como parte das atividades da disciplina Temas de História de Sergipe I, lecionada pelo professor Dr. Antônio Lindvaldo Souza.

O ônibus saiu por volta das 08:10 (oito horas e dez minutos) da Universidade Federal de Sergipe, e chegou por volta das 9:30 (nove horas e meia) na fazenda Tejupeba. A Fazenda Tejupeba recebeu tal nome por causa do riacho da região. A localidade está situada no município de Itaporanga D’Ajuda e resulta num dos povoamentos mais antigos de Sergipe, datando de 1575. Em meio as atividades universitárias desenvolvidas, notei que na fazenda temos a Casa Grande e a igreja logo em frente. Nota-se também antigas senzalas, habitadas hoje por moradores. Fazendo uma observação geral é evidente o abandono de um bem cultural tombado, Tejupeba está caindo aos pedaços.

Em Tejupeba, entrei no Colégio que em tempos do Brasil Colônia, servira de alojamento para os Jesuítas e no auxílio a catequisação dos nativos. Impossível não reparar no estado de degradação que também era evidente na igreja, só para se ter uma idéia em alguns lugares havia rachaduras na madeira e grande presença de morcegos. Valendo ressaltar que o local estava bastante mal-cuidado. Tive que tomar cuidado quando subi ao segundo piso, pois, o mesmo encontrava-se deteriorado. A divisão do colégio é muito bem feita em pequenos cômodos que na certa deveria ter várias utilidades. Do colégio tem-se uma vista estratégicamente privilegiada do Rio sergipano Vaza-Barris, e de uma extensa faixa de terra onde estão os coqueirais. Diria que é até uma visão um pouco romântica. Já na igreja, notei que além da nave havia dois corredores nas laterais da igreja,e é claro existia altar e sacristia. Os dois corredores nas laterais era para que os índios que não fossem catequisados partipassem da missa, uma espécie de divisão imposta pelos jesuítas. Fato interessante na arquitetura de igrejas antigas, é que havia uma espécie de pequeno púlpito, para o padre ministrar a missa caso a igreja tivesse demasiadamente lotada. No altar e na sacristia encontra-se enterrados algumas pessoas importantes da história de Sergipe, dentre elas o Barão de Estância. Diferentemenete da igreja de Tomar do Geru que apresentava apenas uma única torre, a de Tejupeba apresentava duas torres e bastantes óculos na sua lateral olhando-a do lado de fora. Após as observações houve a apresentação do Seminário na matéria de Patrimônio Cultural ministrada pelo Professor Mestre Claudefranklin. O Seminário que apresentei enfatizou a legislação patrimonial, fazendo referência aos avanços da UNESCO quanto as suas Convenções de 1954, 1970 e 1972. Quanto ao Brasil ressaltou-se o Decreto-Lei de 1937 no governo de Getúlio Vargas, que criou e organizou o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O engenho colégio Tejupeba, sediou a mais antiga residência jesuítica em Sergipe, sendo dirigida pelo padre José Teixeira e ficava nas terras da tribo do cacique Surubi. Segundo o padre jesuíta, escritor e historiador Serafim Leite, os jesuítas foram muito bem recebidos pelos nativos da região. Com o passar do tempo eram responsáveis pela administração e pela produção de alimentos da região. O domínio jesuíta durou até 1759, quando por decreto do Marquês de Pombal foram expulsos do Brasil. Pombal tinha idéias iluministas e queria modernizar Portugal, nisso os jesuítas tornaram-se um grande empecilho. Pombal expulsou os jesuítas e fechou todas os Colégios, dentre eles Tejupeba, em Sergipe. Em 1764 a fazenda é arrematada por Domingos Dias Coelho e, em 1920 comprada por Nicola Mandarino. Hoje, Tejupeba impressiona pelo lado de fora, e decepciona pelo lado de dentro.

A visita a Tejupeba durou até 12:20 (doze e meia), hora em que fomos almoçar na cidade de Estância e de lá seguimos por volta das 14:00 (catorze horas) para a cidade de Tomar do Geru. Embora a região de tejupeba tenha sido tombada em 1943, só começaram os trabalhos de restauração em 2006 e ainda, há muito o que ser feito. Espero que seja concedida mais atenção a esse grande documento da história do nosso Brasil.

Texto reproduzido do blog: assuntosergipe.blogspot.com.br

sexta-feira, 14 de março de 2014

História de Itaporanga da Ajuda

Historia de Itaporanga da Ajuda/SE

Itaporanga: marco de resistência

A terra do cacique Surubi e de Feslibelo Freire tem uma marcante e bela história

Sangue, muito sangue. Por muito tempo foi o que se viu nas terras que hoje são o município de Itaporanga d’Ajuda, a 29 quilômetros de Aracaju. Banhada às margens do Rio Vaza-Barris, aquela cidade gerou dois grandes líderes sergipanos. O primeiro é o cacique Surubi, que resistiu bravamente aos ataques portugueses e holandeses. O outro é Felisbello Freire, um dos maiores políticos e intelectuais que Sergipe e o Brasil já tiveram.

Antes que os padres jesuítas Gaspar Lourenço e João Solônio chegassem naquelas terras, já habitavam o lugar os índios tupinambás, sob o comando do cacique Surubi. Segundo Felisbello Freire, desde o século XVI a região de Itaporanga já era conhecida. Itaporanga é topônimo de origem tupi, e significa ‘Pedra Bonita’ - ita é ‘pedra’ e poranga é ‘bonita’. Por volta de 1575 os padres chegaram lá, mas a missão não foi bem-sucedida.

A partir de 1590 acontece a violenta conquista do território sergipano e a primeira carta da sesmaria de Itaporanga foi dada pelo governador da Bahia a Pedro de Lomba, em 11 de novembro de 1600. Curiosamente o ‘baiano’ não toma posse das terras e em julho de 1601 elas foram repassadas para Nuno do Amaral. Ele também não tomou posse. Um ano depois, Itaporanga é entregue outras duas vezes a Sebastião Silva, a Gaspar Amorim e a Francisco Borges. Eles também nem chegaram por lá. Outras duas cartas de sesmarias foram dadas, mas ninguém conseguiu ocupar.

Prefeitura de Itaporanga da Ajuda

RESISTÊNCIA DE SURUBI

A explicação confiável para a não ocupação das terras que hoje são Itaporanga é a resistência dos índios sob o comando de Surubi. Eles não aceitavam a escravidão e o roubo de suas férteis terras. Até quando Sergipe foi invadido pelos holandeses, os índios resistiram. Depois da expulsão, os portugueses voltaram à região e a identificaram como estratégica (militar e econômica) por conta do Rio Vaza-Barris.

Apesar da resistência dos índios, Francisco de Sá Souto Maior tomou posse efetivamente das terras de Itaporanga em dezembro de 1753. Os índios se retiraram e formaram uma grande povoação chamada Aldeia de Água Azeda. Francisco de Sá montou um grande engenho, o Itaporanga. Lá também existiam grandes plantações de mandioca. No Vaza-Barris, vários portos foram construídos para escoar a produção. No final da segunda metade do século XVIII existiam em Itaporanga dez engenhos.

Desde o início da exploração foi erguida a Igreja de Santo Inácio e, para alguns historiadores, a aldeia de São Paulo. Em 30 de janeiro de 1845, a povoação de São Paulo, ou Santo Inácio, é transformada em freguesia sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda, ficando desmembrada da de Nossa Senhora das Vitórias, hoje cidade de São Cristóvão. Nossa Senhora da Ajuda seria a padroeira numa cidade de Portugal e muito cultuada pelos militares.

VILA E BRIGA POLÍTICA

Nove anos depois, já 1º de maio de 1854, a freguesia passa a ser vila apenas com o nome de Itaporanga. O interessante é que essas duas mudanças provocaram um racha muito grande em São Cristóvão, que perdia força, e que acabou provocando a mudança da capital para Aracaju. Com o desmembramento da freguesia de Itaporanga, os Liberais, comandados pelo Barão de Maruim, conseguiram afastar os Conservadores das decisões políticas da província.

É singular a presença de Itaporanga, berço do partido Conservador, na vida política de Sergipe. É preciso registrar a atuação do brigadeiro Domingos Dias Coelho e Melo, que seria mais tarde o Barão de Itaporanga, e do chefe da polícia da cidade, Antônio Dias Coelho e Melo, o futuro Barão de Estância. Os Conservadores ou Rapinas dominaram a política de Sergipe por 16 anos.

Em 10 de maio de 1938, através de Lei 387, a vila passa a ser cidade apenas com o nome de Itaporanga. Mas em 1944, estudiosos descobriram que o nome da cidade estava contrariando a legislação federal que proibia a duplicidade dos nomes das cidades. Naquele ano, Itaporanga passou a se chamar Irapiranga. Todavia, Irapiranga durou pouco. Em 1º de janeiro de 1949, uma lei estadual transformou o nome do município para Itaporanga d’Ajuda. Em julho de 1950, a cidade tinha cerca de 12 mil habitantes. Com a decadência da cana-de-açúcar e do gado, Itaporanga d’Ajuda se dedicou à cultura do coco.

A luta pelo encapelado

A disputa pelo patrimônio religioso de Itaporanga teve início com a morte do último administrador ‘legítimo’ da capela de Nossa Senhora da Ajuda, Temóteo de Sá Souto Maior. Como seus herdeiros não podiam assumir o cargo de administrador (mulher e pessoa menor de idade, de acordo com a instituição jurídica estavam isentos de tais tarefas) assume então Domingos Dias Coelho e Melo, um cidadão que havia alugado o engenho Itaporanga.

O patrimônio religioso de Nossa Senhora da Ajuda (o encapelado) era um apêndice (parte) do engenho, e só poderia administrá-lo o filho varão mais velho da família. O encapelado era constituído por terras, alfaias (objetos de culto religioso, geralmente de ouro) a capela da santa junto com a imagem e dinheiro.

Depois que o herdeiro de Temóteo, Barnabé de Sá Souto Maior, assume a maior idade, impetra ação judicial solicitando, como herdeiro natural, o direito de posse do patrimônio. Essa disputa judicial entre as famílias Souto Maior e Dias Coelho e Melo se arrastou por mais de 30 anos.

Na verdade, o que estava por trás dessa disputa era o interesse pelas terras da imagem para ampliar o cultivo da cana-de-açúcar na região do Vale do Vaza-Barris.

História de Minha Infância

Gilberto Amado, um dos maiores intelectuais sergipanos, escreveu ‘História da Minha Infância’ que conta um pouco de sua vida em Estância e Itaporanga d’Ajuda. A seguir, alguns trechos do seu livro sobre Itaporanga, publicado pela editora da UFS, com o apoio da Fundação Oviêdo Teixeira:

“A mudança para Itaporanga, o carro de boi de esteiras, ...Chegamos à meia-noite. O cheiro de carne-seca e de bacalhau do armazém, que era na frente da casa, invadia-nos o nariz... Estância cheirava a açúcar. Em Itaporanga, o negro, o moleque, marcavam a fronte da paisagem, formavam o cílio escuro da fisionomia do lugar...”

“Na sala atijolada, três bancos encostados às paredes. Bancos altos. Os meninos, em sua maioria, ficavam com as pernas no ar. Depois da minha entrada, puseram mais dois bancos. Na parede do fundo, encostava-se dona Olímpia, Sá Limpa para toda Itaporanga. Era hidrópica, barriga imensa, um baú, impando diante dela como o bombo da Filarmônica Itaporanguense...”

“Em matéria de atividade musical, Itaporanga limitava-se a canto de pássaros, rumorejar de folhas, gemer de carro de boi, mugido, ranger de moendas, orquestra de sapos... A filarmônica de Itaporanga só se criou depois da primeira viagem de meu pai ao Rio, de onde trouxe instrumentos de metal e de sopro. Para regente, mandou buscar na Estância nosso primo, o entalhador e maestro Joãozinho Almeida... Mas a obra maior de meu pai no terreno ‘artístico’ foi a criação do teatro. Baltazar Góis, professor e poeta, e Manuel dos Passos de Oliveira Teles, juiz e poeta que tinha sido discípulo de Tobias Barreto, vinham a Itaporanga para as representações...”

Felisbello Freire: orgulho de Sergipe

Um dos maiores, senão o maior político e intelectual de Sergipe, Felisbello Firmo de Oliveira Freire, é um orgulho de Itaporanga d’Ajuda. Ele nasceu em 30 de janeiro de 1858 e morreu no Rio de Janeiro (Capital Federal) em 7 de maio de 1916. Foi um brilhante estudante da primeira turma do Colégio Atheneu Sergipense. Formou-se em Medicina na Bahia e depois voltou a Sergipe, indo trabalhar como clínico geral em Laranjeiras.

Era um defensor intransigente do abolicionismo e defendia a Democracia. Fantástico jornalista, organizou o Partido Republicano e foi um dos responsáveis pela instituição da República no Brasil. Em 21 de novembro de 1898 foi nomeado como primeiro governador de Sergipe no novo regime. Ficou no cargo até 17 de agosto de 1890. Criou o serviço público. Depois foi eleito deputado à Assembléia Constituinte e fez a reorganização dos Estados. Foi reeleito deputado por cinco vezes.

Sua capacidade era tanta que foi nomeado como ministro da Fazenda e como secretário de Negócios Exteriores. Era músico esforçado. Chegava a fazer concertos e saraus. Foi um excelente historiador. Trabalhou como redator de “O Porvir”, “O Horizonte”, “O Republicano”, “Jornal do Brasil”, “Gazeta da Tarde”, “Folha da Noite” e de vários outros. Entre as principais obras estão: “História Constitucional da República dos Estados Unidos do Brasil”, “História da Cidade do Rio de Janeiro de 1500 a 1900”, “História Territorial Brasileira”, “História de Sergipe”, etc.

Outros grandes nomes nascidos em Itaporanga d’Ajuda são os professores e grandes intelectuais Baltazar de Araújo Góis e Genolino Amado, além de Antônio Dias Coelho e Melo, o Barão de Estância.

Mais História

Segundo opinião generalizada o Município se ergue em terras outrora dominadas pelo chefe indígena Surubi. O núcleo demográfico, à margem direita do rio Vasa Barris, teve sua origem na segunda metade do século XVI. Gaspar Lourenço, padre da Companhia de Jesus, aí fundou aldeia de catequese e edificou a igreja de Santo Inácio, seguida da de São Paulo, mais próxima do mar. A desconfiança indígena, gerada pela ganância dos colonizadores interrompeu, até 1590, a conquista da terra, que se vinha processando pacificamente.

Longo foi o período de lutas entre portuguêses e indígenas, perdurando, inclusive, durante a ocupação holandesa. Em conseqüência, somente em 1845, a povoação atingiu categoria de freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Ajuda de Itaporanga.

O Município surgiu em 1854, passando a sua sede à vila e muito mais tarde à cidade sempre com o topônimo de Itaporanga, vocábulo de origem tupi que significa pedra bonita (ita-pedra, poranga-bonita).

Em 1944, atingido pela legislação federal que proibia duplicidade de nomes, passou a se chamar Irapiranga por determinação do Decreto-lei estadual n.° 533. A partir de 1.° de janeiro de 1949 adotou a denominação de Itaporanga d'Ajuda por força da Lei estadual n.° 123.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Itaporanga, pela lei provincial nº 135, de 30-01-1845.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Itaporanga, pela lei provincial nº 383, de 1005-1854, desmembrado de São Cristovão. Sede na vila de Itaporanga. Constituído do distrito sede.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual n.º 377, de 31-12-1943, revogado pelo decreto-lei estadual nº 533, de 07-12-144, o município de Itaporanga passou a denominar-se Irapiranga.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948 o município de Irapiranga ex-Itaporanga é constituído do distrito sede.

 Pela lei nº 123, de 01-01-1949, o município de Irapiranga passou a denominar-se Itaporanga d' Ajuda.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município de Itaporanga d' Ajuda é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alterações toponímicas distritais

Itaporanga para Irapiranga alterado, pelo decreto estadual nº 377, de 31-12-1943, revogado pelo
 decreto nº 533, de 07-12-1944.

Irapiranga para Itaporanga d'Ajuda alterado pela lei estadual nº 123, de 09-01-1949.

Referencia:
Fonte: IBGE - pagina visitadas 02/04/2010.

Foto e texto reproduzidos do site:
achetudoeregiao.com.br/se/Itaporanga_d_ajuda/historia.htm

sábado, 9 de novembro de 2013

Um Pouco da História de Itaporanga D' Ajuda

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Fotos reproduzidas do blog itaporangasergipe.blogspot.com.br
De Edesio Garcez Sobral Junior.