terça-feira, 30 de agosto de 2022

21ª Parada LGBT, na Orla da Atalaia, em Aracaju

Cordenadora de Políticas para Mulheres de Aracaju, 
Edlaine Sena 
Fotos: Ascom/Assistência



Grupo Viva a Diversidade aderiu à campanha

Publicação compartilhada do site da PMA, em 28 de agosto de 2022 

Na 21ª Parada LGBT, Prefeitura sensibiliza público para o combate à violência contra a mulher

Assistência Social e Cidadania

A Prefeitura de Aracaju, por meio das Secretarias Municipais da Assistência Social, da Saúde (SMS) e da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) do Município, promoveu na tarde deste domingo, 28, uma ação integrada de enfrentamento à violência contra a mulher na 21ª Parada LGBT, na Orla da Atalaia, ponto turístico da capital sergipana.

A iniciativa acontece em alusão ao “Agosto Lilás”, mês da campanha de combate à violência contra a mulher, na qual atividades são intensificadas em diversos locais da cidade, fruto de uma parceria entre a Coordenadoria de Políticas para Mulheres (CPM) da Diretoria de Direitos Humanos (DDH), da Assistência Social de Aracaju; o Núcleo de Prevenção de Violências e Acidentes (Nupeva), da SMS; a Patrulha Maria da Penha (PMP), da Guarda Municipal de Aracaju (GMA), vinculada à Semdec; e o CMDM de Aracaju.

De acordo com a coordenadora de Políticas para as Mulheres (CPM), da DDH, da Assistência Social de Aracaju, a campanha também visa abranger o público LGBTQIAP+.  “Aproveitamos a grande concentração de pessoas em um único espaço para reforçarmos as abordagens deste mês. Em 2021, tivemos um aumento do número de mortes da população LGBTQIAP+. Então, viemos fazer essa sensibilização sobre quais os mecanismos de denúncia, como acessar os seus direitos e para divulgarmos que a Lei Maria da Penha também ampara mulheres lésbicas, transexuais e travestis”, destacou. 

Para ampliar o combate à violação de direito, foram entregues, durante o evento, panfletos informativos sobre os serviços da rede de atendimento e enfrentamento à violência contra a mulher, canais de denúncia e dados, como o violentômetro, que mostra os tipos e níveis de violência contra o público feminino. 

Junto às equipes, a presidenta do CMDM, Joelma Dias, reforçou a importância da atuação conjunta pelo fim da violência de todas as mulheres. “Nosso papel é mostrar à população que devemos lutar pelo fim da violência doméstica e pela vida de todas nós. É nosso papel exercer a cidadania, se engajar na luta, porque, afinal, também existe a diversidade de mulheres dentro da população LGBTQIAP+ a qual devemos protegê-las”, salientou. 

Para a responsável técnica do Nupeva, da SMS de Aracaju, Lidiane Gonçalves, é necessário entender a diversidade de mulheres existentes. "Não podemos reforçar esses estereótipos discriminatórios. É preciso entender que a violência doméstica contra a mulher acontece com todas as mulheres, seja ela a mulher trans, a mulher lésbica ou a mulher bissexual. Muitas delas, não reconhecem seus direitos. A ideia é somar esforços junto com as demais secretarias, reforçar a necessidade de políticas públicas transversais e compreender que elas estão mais suscetíveis a sofrer violência porque além da discriminação, sofrem com o preconceito e com o machismo. Nossa ideia é levar informações pertinentes sobre seus direitos e romper todas as formas de violência”, explicou. 

A auxiliar de saúde bucal, Elaine Cristina Nunes, estava acompanhada de uma amiga para prestigiar o evento quando foi abordada pelas equipes. Para ela, a ação é necessária. Ela se considera pansexual, pessoa que possui atração sexual, romântica ou emocional em relação às pessoas, independentemente de seu sexo ou identidade de gênero. 

“Apoio a iniciativa porque nos traz segurança. A falta de respeito e a violência existem em qualquer ambiente, seja em casa, no trabalho, na rua ou pela forma de nos vestirmos. É importante saber que independente das minhas escolhas sexuais, isso não quer dizer que eu queira ser agredida com palavras ou com agressões físicas. Deve-se haver o respeito do ser humano em geral, seja do sexo feminino ou masculino”, reforçou. 

A servidora pública Jucicleia Melo integra o grupo independente “Viva a Diversidade” da capital. Ela se identifica como mulher hétero “desbloqueada” porque, segundo ela, não quer ser categorizada. “É super válida a manifestação, ação ou prevenção contra qualquer tipo de violência, fobia ou discriminação. É importante para conscientizar a sociedade que não são apenas as mulheres de gênero, biologicamente falando, que podem sofrer a violência doméstica e para difundir essa informação essencial porque muitas pessoas não sabem” disse.

texto e imagem reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

'Infâmia no litoral de Sergipe – 80 anos', por Lúcio Prado

Legenda da foto: O médico Zamir de Oliveira, 
um dos poucos sobreviventes do Baependy

Legenda da foto: Navio Aníbal Benévolo tinha como destino Aracaju.

Publicação compartilhada do site do Portal INFONET, de 15 deagosto de 2022 

Infâmia no litoral de Sergipe – 80 anos
Por Lúcio Prado (in blog Infonet)

Em agosto de 1942, o império nazista estava no auge e os Estados Unidos haviam entrado na guerra após o ataque a Pearl Harbor, uma base americana no Pacífico. O governo brasileiro avançava para uma posição favorável aos aliados na Segunda Guerra e Hitler despacha seus submarinos para o Atlântico Sul, para as costas do Brasil, fugindo da ameaça americana. A ordem é para que promovam ações de sabotagem e torpedeamento dos principais portos brasileiros, visando impedir a rota de suprimentos e o deslocamento de tropas. Quando os submarinos já estão na região, esta ordem é estrategicamente suspensa. Mas eles não perdem a viagem.

Um deles aproxima-se perigosamente da gente. O submarino U-boat 507, comandado pelo Capitão-de-Corveta Harro Schacht, navegando no trajeto de Recife para Salvador, ao passar pelo litoral sul de Sergipe, ataca o navio mercante Baependi, nas proximidades da foz do Rio Real, que seguia de Salvador para Recife. O relógio marca 19 horas e doze minutos do dia 15 de agosto. Dois certeiros torpedos partidos do submarino acertam em cheio o alvo e afundam o navio em pouco minutos, ceifando a vida de duzentos e setenta pessoas, muitas delas mulheres e crianças. Somente trinta e quatro conseguem sobreviver, chegando exauridos à praia do Saco no transcorrer do dia seguinte, alguns deles agarrados aos destroços e a maioria apinhada no único bote que sobrou do naufrágio.

Minutos depois, o U-boat avista o navio Araraquara, que tem igual destino. Não tarda, na mesma rota vem o Aníbal Benévolo, este sim entraria no porto de Aracaju, proveniente do Rio de Janeiro, trazendo muitos sergipanos. Também vai a pique atingido por torpedos do U-507, por volta das 4 horas da madrugada do dia 16. Em suma, três navios são afundados, um atrás do outro, deixando grande número de mortos e náufragos, num espaço de apenas nove horas. A tragédia do Baependi é a maior entre todas as que se abatem sobre os navios brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial. Em nenhum outro torpedeamento há tantas vítimas. Somado os três navios afundados, o U-507 causa a morte de aproximadamente seiscentos brasileiros.

No dia 17, o coronel Augusto Maynard Gomes, interventor federal que governa o estado   toma o seu café da manhã em palácio quando é alertado por oficiais da marinha que o “Aníbal Benévolo”, que deveria chegar em Aracaju no dia anterior, não dera sinal de vida. Preocupado, aciona Walter Baptista, coordenador de um grupo de aviadores amadores que havia recebido do governador Eronides Carvalho um avião para o aeroclube de Sergipe, em 1939. Walter fazia voos de treinamento ao lado de outros pilotos amadores, entre eles Durval Maynard, Lindolfo Calazans, os irmãos Walfrido e Walter Rezende, Arivaldo Carvalho e Ewandro Freire, e quando a guerra se desloca para o Atlântico Sul passa também a vigiar as nossas praias, com incursões de reconhecimento pelo litoral sergipano, logo ao raiar do dia. Na época, o Aeroclube já contava com cinco teco-tecos.

Maynard pede a Walter que sobrevoe nossas praias na tentativa de descobrir o motivo do atraso do navio. As notícias de torpedeamento de navios brasileiros em rotas internacionais já eram conhecidas, mas ninguém imaginava que a guerra estivesse tão próxima. Ele chama Lourival Bomfim, médico e companheiro de aventuras, também aviador e juntos decolam. O que eles veem é desolador e sem ainda saber, são expectadores do fim de uma noite de tragédias e do início de um dia de lágrimas.

Corpos misturados a restos das embarcações, nas areias da praia, encontram mais de cinquenta. Até então não sabiam ao certo o que teria provocado a tragédia. O que poderia ter sido um inesperado naufrágio revela-se, porém, em uma tragédia. Walter e Lourival chegam a ver, do alto, pessoas saindo da água, cambaleantes, em trapos, feridas e ensanguentadas. Aterrisam o pequeno avião na areia da praia, prestam  os primeiros socorros e então ficam sabendo, atônitos, o motivo real do ocorrido. Entre os sobreviventes, o médico Viterbo Storry. No momento do ataque ao Baependi, ele conversava no convés com outro médico, o Dr. Zamir de Oliveira, que também sobreviveu. Ambos haviam sido nomeados para o Serviço Nacional da Peste em Pernambuco. Muitos feridos são levados a Estância, onde recebem atendimento no Hospital Amparo de Maria, graças à ação dos médicos Jessé Fontes, Clovis Franco, Pedro Soares, entre outros. Os feridos não param de chegar. Na praia os corpos inertes, sem vida, são enfileirados e para lá se dirigem forças policiais acompanhadas do Dr. Carlos de Menezes, médico legista que, com a ajuda do Dr. Aloysio Coutinho Neves, autopsia os cadáveres, descrevendo as lesões encontradas.

Os aviões do Aeroclube também pousam nas praias de Atalaia e do Mosqueiro, onde dezenas de corpos, trazidos pelo mar, perfilam um quadro dantesco e aterrorizador.

Os sergipanos, em estado de choque, agora com a grande guerra à porta, temem que ela se alastre por toda a cidade. Fazem treinamentos e à noite, com a cidade às escuras, recolhem-se aos seus lares. Com a fuga dos submarinos, a sensação de alívio é geral, não sem os traumas que levam a população ensandecida a promover tentativas de linchamento de imigrantes alemães e italianos.

Outros torpedeamentos ainda ocorrem na mesma rota destruidora do U-Boat 507. Em 17 de agosto, no litoral norte da Bahia, o Arará e o Itagiba são afundados pelo comandante Harro, resultando em mais cinquenta e seis mortes.

A tragédia no litoral sergipano desencadeia de pronto a reação do Governo brasileiro. Em 22 de agosto, o presidente Vargas reúne seu Ministério, que aprova por unanimidade a situação de beligerância entre o Brasil e as nações agressoras. Em 31 de agosto, finalmente, o Brasil declara guerra à Alemanha e à Itália.

Harro Schacht, carrasco dos navios mercantes brasileiros, não fica impune e é morto quando o U-507 afunda com toda a sua tripulação em 13 de janeiro de 1943 no Atlântico Sul, atingido por bombas de um avião americano Catalina.

Passados 80 anos do torpedeamento dos navios mercantes brasileiros nas costas de Sergipe e da Bahia, muita coisa ainda há por ser conhecida, como a própria razão dos ataques, a rota seguida por muitos sobreviventes até chegar a povoados e aos hospitais, principalmente o de Estância, o a questão dos “malafogados” pela ação de saqueadores e finalmente o perfil dos aviadores amadores civis que participaram do esforço de guerra.

O descaso e a ingratidão dos homens fazem com que esse episódio ao mesmo tempo épico e dramático seja desconhecido da maioria dos sergipanos. Entretanto, notícias auspiciosas aos poucos vão chegando, com os trabalhos de historiadores e pesquisadores vinculados às nossas universidades, além do surgimento do Grupo Sergipano de Estudos da FEB – Grusef – que vem empreendendo ampla discussão sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, com a realização de seminários e ações que visam edificar um Memorial dos Torpedeamentos e reverenciar as ações de sergipanos envolvidos na guerra.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

A rica e puco conhecida história cultural sergipana

 Publicação compartilhada do Perfil do Facebook de Luiz Eduardo Oliva, de 25 de agosto de 2022

Amigas e amigos 

O meu artigo dessa quinzena,  excepcionalmente publicado na terça-feira no Jornal da Cidade (normalmente sai aos domingos) é sobre a rica história da cultura sergipana desde os anos quarenta do século passado com os textos de Mário Cabral.

No artigo traço uma espécie de roteiro a partir de leituras e vivência na nossa cultura como sugestão para quem se propõe a pesquisar, estudar e escrever sobre esse tema.

Grande abraço e boa leitura. 

Luiz Eduardo Oliva

Clique no facsimile para ampliar artigo

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Antônio Carlos Garcia ENTREVISTA Petrônio Andrade Gomes

Legenda da foto¹: Petrônio Gomes: “Nunca teria aceitado entrar na política sem o apoio e incentivo da classe médica" - (Crédito da foto:  Arquivo pessoal)


Legenda da foto²: Mendonça Prado, João Fontes e Petrônio Gomes. Ao fundo, a vasta biblioteca de Petrônio

Publicação compartilhada do site SÓ SERGIPE, de 14 de agosto de 2022 

Petrônio Gomes, neurocirurgião: "Sou de direita, conservador e até monarquista de modelo europeu. Sou, sim, aliado do presedente JB"

Por Antônio Carlos Garcia  

Com 35 anos de profissão, o neurocirurgião Petrônio Gomes, 59 anos, se lança agora na política partidária. Considera-se um neófito ao trilhar estes caminhos, mas leva como experiência o fato de já ter presidido a Sociedade Médica de Sergipe (Somese), atuando em outras entidades médicas e ter sido secretário adjunto municipal de Saúde, na gestão de João Alves Filho. Agora é candidato a deputado federal pelo PTB, partido que apoia o presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição.

A iniciativa de candidatar-se a deputado federal veio por considerar-se um profundo conhecedor dos problemas de Sergipe, principalmente na área da saúde, e por estar tendo o apoio da sua própria classe.  “Um grande grupo de colegas me incentivou neste projeto e resolvi aceitá-lo, plenamente consciente do papel que posso desempenhar na Câmara”, disse Petrônio Gomes, que aceitou o convite de João Fontes, presidente estadual do PTB, para ingressa na sigla.

“Nunca teria aceitado entrar na política sem o apoio e incentivo da classe médica. Temos nomes excepcionais que poderiam estar no meu lugar, mas poucos são os que querem entrar na política. Fico lisonjeado e muito orgulhoso por ter esse apoio”, ressaltou.

“Sou de direita, conservador e até monarquista de modelo europeu. Sou, sim, aliado do presidente Jair Bolsonaro, junto com o meu partido, o PTB”, assim se define Petrônio Gomes, acrescentando que a conquista dos eleitores “dar-se-á pela minha caminhada como médico e neurocirurgião, na qual venho prestando serviços à saúde do nosso Estado”. Ele afirmou, também, que tem o apoio dos médicos, “na sua esmagadora maioria, apoiadores de Bolsonaro”, completa.

Quando João Fontes decidiu renunciar à candidatura a governador de Sergipe, aliando-se ao PL de Valmir de Francisquinho, Petrônio Gomes apoiou a decisão da diretoria do partido. Para ele, “a coligação com o PL era lógica, pois são partidos que têm no presidente Bolsonaro o seu líder máximo. As discussões foram feitas através da nossa diretoria, mas apoio integralmente”, destacou.

Além de ser um neurocirurgião bastante conhecido em Sergipe, Petrônio Gomes é um intelectual, dono de uma riquíssima biblioteca particular com mais de 30 mil livros, possivelmente uma das maiores do Estado. Na vasta biblioteca, que ocupa, literalmente, uma casa dentro da sua própria casa – a redundância é proposital – Petrônio reserva algum tempo para leituras, mas também para refletir sobre os principais problemas que afligem o país e, mais particularmente, Sergipe.

Esta semana, já em plena campanha para deputado federal, Petrônio Gomes conversou com o Só Sergipe. Confira.

SÓ SERGIPE – O senhor tem uma carreira profissional impecável como neurocirurgião, e, agora, é candidato a deputado federal. Anteriormente, o senhor anunciou que desejava uma cadeira na Assembleia Legislativa. O que foi determinante para essa mudança?

PETRÔNIO GOMES – A candidatura a deputado federal foi a pedido do PTB, para colocar um representante da classe médica na disputa.

SÓ SERGIPE – Conquistar uma vaga na Câmara Federal não é algo simples, e o candidato tem que gastar muita sola de sapato. Além disso, o senhor vai concorrer com políticos “profissionais” que querem se manter na Câmara. Está preparado para o embate?

PETRÔNIO GOMES – Considero-me um nome novo na política partidária, mas, pronto, preparado para disputar uma vaga na Câmara, como um representante da área médica, conhecedor a fundo dos problemas, que são imensos.

SÓ SERGIPE – E por que ingressar na política partidária? Como se deu a escolha do partido – o PTB?

PETRÔNIO GOMES – A classe médica precisa, há tempos, de um representante na Câmara Federal.  Um grande grupo de colegas me incentivou nesse projeto e resolvi aceitá-lo plenamente consciente do papel que posso desempenhar na Câmara. A escolha do PTB foi a convite do presidente da sigla em Sergipe, João Fontes, aliado incondicional do nosso grande presidente Jair Bolsonaro, o qual também sou, assim como a esmagadora maioria da classe médica.

SÓ SERGIPE – O senhor já foi dirigente de diversas entidades médicas e secretário adjunto da saúde de Aracaju, na gestão do então prefeito João Alves, em 2013. Essas duas experiências contribuíram para tomar decisão de entrar na política partidária?

PETRÔNIO GOMES – Presidente da Sociedade Médica de Sergipe, vice-presidente da Associação Médica Brasileira e secretário adjunto da Saúde de Aracaju foram experiências com um aprendizado tamanho, que em muito contribuíram para a minha entrada na política partidária.

SÓ SERGIPE – O senhor se define como alguém de direita, altamente conservador. O senhor é um aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, como seu partido, ou é independente?

PETRÔNIO GOMES – Sou de direita, conservador e até monarquista de modelo europeu. Sou, sim, aliado do presidente Jair Bolsonaro, junto com o meu partido, o PTB.

SÓ SERGIPE – O senhor é um neófito na política partidária. Qual sua estratégia para conquistar eleitores, principalmente os mais jovens, com uma pauta conservadora?

PETRÔNIO GOMES – A conquista dos eleitores dar-se-á pela minha caminhada de 35 anos como médico e neurocirurgião, na qual venho prestando serviços à saúde do nosso Estado.

SÓ SERGIPE – E entre seus colegas médicos, sua candidatura tem sido bem aceita?

PETRÔNIO GOMES – Nunca teria aceitado entrar na política sem o apoio e incentivo da classe médica. Temos nomes excepcionais que poderiam estar no meu lugar, mas poucos são os que querem entrar na política. Fico lisonjeado e muito orgulhoso por ter esse apoio.

SÓ SERGIPE – Como o senhor analisa a decisão de João Fontes em aliar-se ao candidato Valmir de Francisquinho, passando a ser o primeiro suplente ao Senado? O senhor participou das discussões?

PETRÔNIO GOMES – A coligação com o PL era lógica, pois são partidos que têm no presidente Bolsonaro o seu líder máximo. As discussões foram feitas através da nossa diretoria, mas apoio integralmente.

SÓ SERGIPE – Quando o senhor anunciou, nas redes sociais, que iria ser candidato a deputado federal, postou uma foto com João Fontes e Mendonça Prado na sua biblioteca. A educação será um dos seus focos?

PETRÔNIO GOMES – Além da educação, meu foco será saúde, cultura, turismo e lazer.

SÓ SERGIPE – E por falar em biblioteca, o senhor é dono de um enorme acervo, não só de livros, mas de revistas, jornais etc.  O seu acervo é o maior do Estado ou do Brasil?

PETRÔNIO GOMES – Nossa biblioteca é minha paixão. O acervo é amplo, talvez o maior do Estado, não do Brasil. Coloco à prova!

SÓ SERGIPE – Quando o senhor começou essa biblioteca?

PETRÔNIO GOMES – Nosso acervo não para de crescer desde 1976. Temos 32 mil livros, quatro mil revistas, seis mil discos de vinil, dois mil CDs, dois mil DVDs, milhares de fotos, cartões-postais, selos, moedas. Tudo é contado a partir de milhares de itens. Tenho minha esposa Selma como minha grande ajudante.

SÓ SERGIPE – O senhor já se rendeu também aos e-books? O que acha dessa modalidade de livros?

PETRÔNIO GOMES – E-book é um avanço na tecnologia da leitura, tem seu espaço e importância. Mas nada se compara em focar um livro, folhear, sentir o cheiro, colocar embaixo do braço…

SÓ SERGIPE – Seu pai, o pernambucano de Arcoverde, Petrônio Gomes, foi funcionário do Banco do Brasil e ao ser transferido para Aracaju estreou no jornalismo na Gazeta de Sergipe com o artigo “Cidade Nua”. Ele foi sua inspiração para se tornar um leitor voraz?

PETRÔNIO GOMES – Meu saudoso pai foi o meu grande incentivador e estimulador dessa biblioteca. Sua biblioteca, à qual está integrada à minha, é excepcional em filosofia, história, biografias, romances clássicos, religião.

SÓ SERGIPE – E como se deu a escolha pela medicina? E mais especificamente à neurocirurgia?

PETÔNIO GOMES – A escolha da Medicina foi justamente através desses livros – Hipócrates, o filósofo Avicena, Egas Moniz, Pauster e muitos outros. A neurocirurgia foi através das reportagens das Revistas Manchete e O Cruzeiro, nas quais mostravam Dr. Paulo Niemeyer operando. A partir daí tive um só objetivo, que era ser residente do Dr. Paulo Niemeyer, e consegui. Fui o único sergipano que fez residência médica com Dr.  Paulo, o maior nome da neurocirurgia no Brasil. Muito me orgulho disso.

SÓ SERGIPE – O senhor fez residência médica no Rio de Janeiro e a “cidade maravilhosa” já era violenta. Tem alguns fatos pitorescos quando era residente que lhe marcaram?

PETRÔNIO GOMES – Como o serviço do Dr. Paulo era muito grande e o mais famoso à época, tive oportunidade de conhecer o Rio de Janeiro a fundo e conhecer pessoas ilustres, todos esses amigos e clientes dele como Roberto Marinho, Ivo Pitanguy, Chico Anísio, Martinho da Vila, Jorge Amado, Zelito Viana, Nelson Carneiro, várias atrizes e atores. Infelizmente, naquele tempo não havia celular com essa tecnologia atual, por isso não temos o registro.

Texto e imagens reproduzidos do site: sosergipe.com.br

'A Biblioteca de Petronio Andrade Gomes', por Lúcio Prado

Petronio Andrade Gomes 
Foto: Somese

Legenda da foto²: Petronio, Lucio e Henrique Batista na Biblioteca.

Texto compartilhada do site do Portal INFONET, de 18 de janeiro de 2008 

A Biblioteca de Petronio Andrade Gomes 
Por Lúcio Prado (in blog Infonet) 

A minha paixão pelos livros vem da infância. Desde cedo, gostava de ler, afinal não tínhamos muitas opções de lazer e entretenimento. Dos gibis em quadrinhos aos clássicos da literatura infanto-juvenil (“A Ilha do Tesouro”, “Moby Dick”, entre outros) aos contos policiais de Agathe Christie, os romances de Sidney Sheldon e as tramas bem urdidas de Frederick Forsyth, além dos livros de Jorge Amado, li quase todos.

As coleções de livros vendidas em bancas de revista eram uma atração à parte para mim, principalmente pelo seu baixo custo. A mesma coisa acontecia com a série de fascículos sobre os mais variados temas, que colecionava semanalmente e depois levava para encadernar. Fiz amizade duradoura com o Sr.Theódulo Cortez, que morava na esquina das ruas Propriá e Pedro Calazans e trabalhava com a encadernação de livros. Admirava demais o seu trabalho e só vivia por lá, trocando idéias sobre livros e literatura. Considerava-o um artista pela habilidade que possuía, para mim uma atividade nobilíssima. Nunca mais o vi.

Com muitos livros, comecei a ter problema de espaço para acomodá-los. Como arrumar convenientemente tantos livros sem comprometer outras necessidades do lar. Terminei por transferir todos os meus livros para a nossa clínica na Praça da Imprensa, somados com os de minha irmã, Magali, também uma apaixonada pelos livros. Pensamos em montar uma locadora, mas desistimos. Depois montei uma livraria, a Canal Livro, realizando o sonho louco de trabalhar com livraria no Brasil, um país de poucos leitores. Não deu certo. Com a venda da clínica, anos depois, resolvemos colocar esse acervo à disposição da FTC – Faculdades de Ciências e Tecnologia, que o colocou numa sala em sua sede na Rua Vila Cristina, criando a Biblioteca Jornalista Antonio Conde Dias. Todos os nossos livros estão agora lá, sendo devidamente cadastrados e organizados nas estantes.

Fiz esse preâmbulo para reforçar a opinião que tenho sobre a magnífica biblioteca do Dr. Petronio Andrade Gomes, um rico acervo com mais de 15 mil livros, além de documentos dos mais variados, sobre todos os assuntos. Lá temos nos reunido com alguma freqüência, trabalhando na preparação do nosso Dicionário Biográfico dos Médicos Sergipanos e a cada vez que a visito percebo que ela se supera em tamanho e organização.  Há anos, num trabalho exaustivo e minucioso, ele vem recebendo adquirindo volumes e recebendo doações de bibliotecas inteiras de médicos falecidos e de outras personalidades sergipanas.

Petrônio Gomes, neurocirurgião formado pela UFS e com especialização no serviço do Dr. Paulo Niemayer, no Rio de Janeiro, é um colecionador vocacionado. Membro atuante da Academia Sergipana de Medicina e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, ele tem dedicado todo o seu tempo de descanso e lazer aos livros, com especial interesse às obras que versam sobre a história de vultos da nossa Medicina. Sua família tem tradição. Seu pai, o jornalista Petronio Gomes, é contista dos bons, escreve com freqüência nos jornais. Seu tio, Carlos Cabral, grande pesquisador da genealogia das famílias sergipanas, conseguiu reunir 70 mil nomes das mais tradicionais famílias sergipanas, trabalho que foi continuado por Ricardo Gomes, irmão de Petronio, mas interrompido em função de sua morte prematura. Todo este acervo está na biblioteca, esperando somente a hora de ser finalizado e publicado.

Manoel Cabral Machado, o grande escritor sergipano, disse recentemente em artigo publicado no Jornal da Cidade, com a autoridade e a experiência que possui, que a biblioteca particular do Dr. Petronio Gomes,  esse “médico talentoso que cuida da arrumação das cabeças atrapalhadas”, é a maior que já viu. E realmente todos que a visitam ficam fascinados com o carinho que ele dedica aos livros e pelo compromisso que assumiu de preservar a história de uma forma tão decidida e arrojada. E à medida que o acervo cresce, os espaços se ampliam indefinidamente.

Se no passado recente os livros representavam, para regimes ditatoriais e de exceção, uma forte ameaça por propiciar a difusão de ideais libertadores, hoje eles sofrem, em função dos avanços tecnológicos, notadamente pela disseminação dos computadores pessoais, um claro processo de rejeição. E não são poucas as pessoas que querem se livrar desses “troços inúteis”. Não é assim que pensa o Dr. Petronio Gomes, nessa saga meritória que optou desenvolver.

Homens passam, livros ficam. Nesse histórico ano de 2008, que registra o 200º aniversário de fundação da primeira escola médica do país, a vetusta Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, na Bahia, talvez a maior herança trazida por D. João VI e sua família tenha sido  a Real Biblioteca. Hoje conhecida com Biblioteca Nacional, com sede no Rio de Janeiro, tem um acervo de mais de 10 milhões de itens, contando a história do Brasil e boa parte da história mundial, sendo uma das maiores bibliotecas do mundo.

Conhecer, contemplar e enaltecer a biblioteca do Dr. Petronio é dever imperativo de todos aqueles que  entendem o valor do livro como instrumento de transformação social e de preservação da história.

Texto e segunda foto reproduzida do site infonet.com.br

domingo, 21 de agosto de 2022

REGISTRO: Festival de Olímpia - SP (2019) > Grupos Folclóricos Sergipanos



Grupo Parafusos de Lagarto


Batalhão Bacamarteiros, de Carmópolis

Grupo Lavadeiras, de Lagarto

REGISTRO de reportagem publicada em 22/07/2019

Publicado originalmente no site DIÁRIO DE OLÍMPIA, em 22 de julho de 2019

Bacamarteiros, Parafusos e Lavadeiras trazem o rico folclore sergipano para Olímpia

A origem do Grupo Parafusos é datada de 7 de setembro de 1897. Foi fundado pelo Padre José Saraiva Salomão e tinha como objetivo o assombramento por meio de disfarce dos negros escravos

Três dos mais tradicionais grupos do Brasil se apresentarão, mais uma vez, no palco do Festival do Folclore da Estância Turística de Olímpia. Representando o Estado de Sergipe, estarão na Capital Nacional do Folclore o Batalhão de Bacamarteiros, da cidade de Carmópolis, e Parafusos e Lavadeiras, ambos de Lagarto.

Os três participam do Festival de Olímpia quase que desde sua criação e, a cada ano, encantam mais pela sua originalidade e autenticidade. O folclore sergipano é rico e diversificado, reunindo elementos da cultura indígena, africana e europeia.

Em 2019, o FEFOL será realizado de 03 a 11 de agosto, com entrada gratuita, na Praça de Atividades Folclóricas e Turísticas “Professor José Sant’anna”, o conhecido Recinto do Folclore.

BATALHÃO DE BACAMARTEIROS

Por volta de 1780, surgiu um grupo no qual os negros dos engenhos de cana-de-açúcar, do Vale do Cotinguiba, brincavam de roda e atiravam com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Atualmente, o Batalhão de Bacamarteiros possui 60 integrantes, entre homens, mulheres e crianças. Os instrumentos musicais são fabricados com a madeira do jenipapo, couro de animais e sementes.

Para fabricar a pólvora, é utilizado o carvão produzido a partir da umbaúba, cachaça e enxofre. Durante os festejos juninos, acontece o ritual do Pisa Pólvora para comemorar os Santos do mês. A musicalidade e o ritmo contagiante encantam todos que assistem às apresentações do grupo pelo país.

O Batalhão de Bacamarteiros exibe a riqueza da cultura africana disseminada por aquela região e é uma marca inconfundível da cultura de Carmópolis. O grupo se apresenta nas festas juninas, embelezando o município com a alegria das roupas, com o barulho dos tiros e a graciosidade da dança e dos repentes. Nas ruas, o colorido especial das bandeirinhas, balões e fogueiras enfeitam a cidade nas festividades.

PARAFUSOS

A origem do Grupo Parafusos é datada de 7 de setembro de 1897. Foi fundado pelo Padre José Saraiva Salomão e tinha como objetivo o assombramento por meio de disfarce, que representava a fuga dos negros escravos.

Segundo a história, os negros fugiam dos engenhos e se embrenhavam nas matas, fazendo mocambos. Na calada da noite, saíam para pequenos furtos. Era comum, naquela época, as sinhazinhas deixarem no quaradouro, durante a noite, as peças das suas indumentárias, anáguas ricamente bordadas e cheias de rendas francesas. Deixavam-nas ali porque o sereno ajudava a alvejar o linho belga. Tais anáguas, segundo a moda, tinham 9 côvados e formavam uma grande roda.

Os escravos, ladrões delas, vestiam as peças que tinham roubado em noite de lua cheia, fazendo com que todo o corpo ficasse coberto, após colocar uma sobre a outra, até cobrir o pescoço. E assim saíam pelas estradas, dando pulos e fazendo assombração, se embrenhavam pelos canaviais e fugiam para os quilombos.

A superstição da época fazia acreditar em alma sem cabeça e outras visagens. Os moradores se abstinham de sair para se proteger porque tinham medo. Esta prática levou vários anos, até quando foram libertos. Alforriados saíram às ruas vestindo as anáguas numa gozação dos seus antigos senhores.

Passando em frente à Igreja Matriz da cidade de Lagarto, o padre achou interessante o movimento feito por eles, que torciam e destorciam, e os batizou de parafusos. A primeira música do grupo é de autoria do próprio Padre José Saraiva Salomão. Os instrumentos que acompanham o grupo são triângulo, acordeom e bombo.

LAVADEIRAS

O grupo Lavadeiras conta a tradição das lavadeiras de roupas nas beiras dos rios e riachos próximos, com bacias, trouxas e gamela na cabeça. Enquanto lavavam as roupas, a cantoria seguia e as crianças brincavam e se banhavam nas águas.

As roupas eram estendidas nos capins para alvejar. Depois de enxaguar, eram colocadas nas cercas de arame para secar. Enquanto isso, a música continuava transmitindo alegria, apesar da vida difícil que elas levavam.

Texto e imagens reproduzidos do site: leonardoconcon.com.br

sábado, 20 de agosto de 2022

Abertura da exposição “Aracaju: a capital que viu a Guerra”


Legenda da foto: Professor universitário e pró-reitor de graduação Dr. Dilton Maynard, representando o reitor da UFS e a professora, historiadora e organizadora da exposição Dra. Andreza Maynard - (Créditos das fotos: reprodução da fanpage do Facebook/Centro Cultural de Aracaju).

Texto publicado originalmente no site da PMA, em 18 de agosto de 2022

Exposição "Aracaju: a capital que viu a guerra" é aberta no Centro Cultural

Com o intuito de resgatar e trazer à memória os 80 anos do torpedeamento a navios na costa sergipana, que marcaram a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), junto à Universidade Federal de Sergipe (UFS), inaugurou a exposição “Aracaju: a capital que viu a guerra”, no Centro Cultural.

A exposição aborda como a capital sergipana esteve envolvida na Segunda Guerra e, também, como essa participação mudou o cotidiano da população, o modo como os veículos de comunicação informaram sobre a guerra, a movimentação em torno dos sobreviventes e a preparação do povo para possíveis novos ataques.

A solenidade contou com a apresentação da Orquestra de Cordas, que faz parte da Orquestra Sinfônica da UFS, e do Coral da UFS; em seguida, a exibição do curta “Desaparecidos”, de direção de Pascoal Maynard, que apresentou as vítimas dos torpedeamentos. Um coffe break foi oferecido aos espectadores, enquanto estes emergiam na história contada na mostra.

O presidente da Funcaju, Luciano Correia, mostrou-se satisfeito com exposição e com o modo como ela encerra o ciclo de programação que homenageia os 80 anos dos bombardeios dos navios na costa sergipana.

“Foi o evento que fez o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial. Restituímos a importância deste evento, pouco lembrado em Sergipe, porque tem importância para o estado, para o Brasil e, quiçá, o mundo. A partir de tudo que foi feito com essa exposição, a gente tenha um embrião, aqui, do futuro memorial dos Náufragos. Vamos trabalhar para que, no próximo ano, ao invés da gente homenagear essas várias ações alusivas ao bombardeio, a gente já tenha o memorial dos Náufragos, em Sergipe”, informa Luciano.

A professora do Colégio de Aplicação da UFS e do Mestrado Profissional em Ensino de História (Profhistória), Andreza Maynard, idealizadora do projeto, agradeceu à Funcaju pela oportunidade de poder apresentar à sociedade a história dos torpedeamentos. Para a historiadora, a mostra evidencia momentos que sucederam aos bombardeios, por meio do submarino alemão 507.

“A exposição aborda as mudanças na sociedade, após os torpedeamentos de três navios na costa sergipana, em 1942; de como era o cotidiano de Aracaju e como é que a guerra vai mudar esse cotidiano, a partir do medo, dos preparativos pra possível defesa de outro ataque e também como ficará a cidade após a guerra chegar a Sergipe e a Aracaju”, explica Andreza.

Com entrada gratuita, a exposição segue instalada no Centro Cultural de Aracaju, localizado na praça General Valadão, no Centro, até o dia 17 de outubro.

Entre os presentes estavam o presidente da Funcaju, Luciano Correia; o professor universitário e pró-reitor de graduação Dr. Dilton Maynard, representando o reitor da UFS; o diretor do Colégio de Aplicação (Codap-UFS), Prof. Msc. Carlos Alberto Barreto; e a professora, historiadora e organizadora da exposição Dra. Andreza Maynard.

Texto reproduzido do site: aracaju.se.gov.br 

Ismael Pereira e Israel Melo em "Raízes da Arte”

Publicação compartilhado do site do JORAL DA CIDADE, de 9 de agosto de 2022 

Ismael Pereira e Israel Melo em "Raízes da Arte”

A maior parte das obras encontra-se no salão de multieventos, com dez obras importantes distribuídas em diversos salões do palácio-museu, sendo duas obras de chamamento à visitação

O Palácio-Museu Olímpio Campos (Pmoc), em parceria com a Escola da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, está com a exposição coletiva “Raízes da Arte”, com obras produzidas pelos artistas Ismael Pereira e Israel Melo. A mostra apresenta mais de 70 peças espalhadas pelos salões do Pmoc e duas no Palácio Fausto Cardoso, que expressam as temáticas do sincretismo religioso, do folclore e da natureza. A exposição acontece até o próximo dia 22.

De acordo com o curador da exposição e coordenador de Projetos Especiais da Assembleia Legislativa de Sergipe, Arivaldo Chagas Filho, o objetivo é o estímulo à cultura, educação, artes e aos próprios artistas. “O intuito é trazer as obras e convidar as pessoas para que nos visitem e, com isso, também apresentar o palácio. A exposição se encontra dividida por três núcleos principais, o núcleo do sincretismo religioso, onde nós temos a representação da mandala, um dos símbolos mais importantes de Ismael Pereira, bastante utilizado no hinduísmo, budismo e catolicismo. No segundo núcleo, o folclore, onde nós escolhemos o reinado por ser representativo do Nordeste e do Brasil. Além do terceiro núcleo, que representa a natureza, no qual temos árvores, caju e pássaros”, explicou.

Arivaldo Chagas Filho destacou ainda a importância do incentivo aos artistas locais. “Nós recomendamos e orientamos as instituições e organizações do interior do Estado interessadas que entrem em contato com o Palácio Museu Olímpio Campos, para que tragam esses artesãos à visitação e se sintam cada vez mais estimulados a divulgar suas obras de arte”, pontuou o curador.

A maior parte das obras encontra-se no salão de multieventos, com dez obras importantes distribuídas em diversos salões do palácio-museu, sendo duas obras de chamamento à visitação, instaladas na Escola da Assembleia Legislativa. O Palácio-Museu Olímpio Campos está localizado na Praça Fausto Cardoso e a entrada para visitação é gratuita, com horário de visitas das 10h às 17h, de terça-feira à sexta-feira; e das 9h às 13h, aos sábados.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Curta "Desaparecidos" é disponibilizado na plataforma Ajuplay

Crédito Imagem: Arte da Ascom/Funcaju

Publicação compartilhada do site da PMA, de 19 de agosto de 2022 

Curta "Desaparecidos" é disponibilizado na plataforma Ajuplay

Em comemoração à semana dos 80 anos dos torpedeamentos que atingiram três embarcações no litoral sergipano, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju, disponibiliza na plataforma [https://ajuplay.com.br/movie/10940/]

O filme, dirigido por Pascoal Maynard, aborda a história do bombardeio a três embarcações na costa sergipana, pelo submarino alemão U-507, que vitimou mais de 600 pessoas, entre soldados e civis. O bombardeio é o marco para a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o presidente da Funcaju, Luciano Correia, “este vídeo é uma homenagem que a Prefeitura de Aracaju presta aos náufragos dos bombardeios na costa sergipana, em sua memória e para que seu sacrifício não tenha sido em vão, para a construção de um mundo de paz e solidariedade". "É uma produção da Funcaju, gravada nas proximidades do local da tragédia, com uma linguagem artística moderna e carregada de emoção”, completa.

O diretor e editor do curta Pascoal Maynard, procurou honrar a memória das vítimas na criação do filme.

“Foi uma forma de homenagearmos os 617 desaparecidos durante o torpedeamento de navios na nossa costa sergipana, onde nós colocamos como simbologia as 617 cruzes, fincadas na areia da praia, representando os desaparecidos, dividindo a tela com os seus nomes. A equipe da Funcaju foi fundamental na colocação dessas cruzes. O vídeo causou muita emoção em todos que assistiram, fiquei muito feliz com o resultado”, explica.

Além do curta disponível na Ajuplay, é possível conhecer mais sobre os torpedeamentos às embarcações através da exposição “Aracaju: a Capital Que Viu a Guerra”, acessível de forma gratuita, no Centro Cultural de Aracaju, até o dia 17 de outubro.

Ficha Técnica – Curta “Desaparecidos”

Direção/edição: Pascoal Maynard

Produção (Equipe Funcaju):

Anderson Clayton Passos

Danielle Siqueira Guimarães

Fernando Montalvão Filho

Itamar Oliveira Silva Santos

José Nailson dos Santos

Josiane Oliveira Santos

Manoel Messias de Melo Medeiros

Maria Graziela Moreira Ribeiro

Maryane Roselis Freire de Melo

Imagens: Jonathan (WG)

Música: Karajan – Mozart Requiem in D Minor

Realização

Funcaju: Luciano Correia (presidente)

Prefeitura de Aracaju: Edvaldo Nogueira (prefeito)

Texto e imagem reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Homenagens às vítimas de torpedeamento resgata memória...




Luciano Correia

Luiz Eduardo

Valter Santana

Berilo Rodrigues
Créditos das fotos: Sergio Silva

Publicação compartilhada do site da Agência Aracaju de Notícias, de 17 de agosto de 2022 

Homenagens às vítimas de torpedeamento resgata memória e deixa legado para futuras gerações

Em virtude dos 80 anos dos torpedeamentos de embarcações na costa da capital sergipana, por submarinos alemães, evento que culminou na entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a Prefeitura de Aracaju estabeleceu uma comissão com representação de diversas instituições, responsável por desenvolver uma programação robusta de homenagens às vítimas, em resgate à memória que deixa legado para as próximas gerações. 

Fizeram parte da comissão, representantes da Funcaju, da Capitania dos Portos de Sergipe, do Ministério da Marinha, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do 28º Batalhão de Caçadores, da Academia Sergipana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, do Governo do Estado e do Instituto Banese, com o objetivo comum de relembrar o contexto de participação do país na guerra, de maneira que possa aprender com o passado para não repeti-lo. 

“É muito importante, para nós e para as futuras gerações, compreender o que aconteceu há 80 anos atrás. A Segunda Guerra mudou a humanidade. Com a ajuda dos expedicionários, conseguimos a derrota do nazifascismo. É preciso relembrar, entender a importância histórica do que aconteceu para que os erros não se repitam, e uma outra guerra não aconteça. A paz é sempre fundamental”, aponta o prefeito Edvaldo Nogueira. 

Ligada à formação sociocultural de um povo, o avivamento da memória contribui para a formação da identidade da população, permitindo que os mais jovens tenham referências e raízes das quais possam nutrir-se de informações e, desta forma, possam agir com sensatez.

“As homenagens por conta dos 80 anos dos torpedeamentos dos navios têm um efeito didático, pedagógico, na medida em que não só cultua a paz e os náufragos, mas abre uma perspetiva completa de transformação para as futuras gerações, no sentido de cultivar a paz a partir de um exemplo de guerra”, acredita o presidente da Funcaju, Luciano Correia. 

Com o ataque, 607 pessoas perderam a vida em um espaço de três dias, mais do que nos oito meses de campanha na Itália, onde as tropas brasileiras desempenharam papel importante na Batalha de Monte Castelo, o que dá ideia do tamanho da tragédia e da necessidade de relembrá-la propriamente. 

“A entrada do Brasil na Segunda Guerra foi, praticamente, definida aqui e esses fatos, infelizmente, não eram lembrados como se deve. Então, estamos recuperando a nossa história e devemos manter essas homenagens todos os anos, a partir de agora”, afirma o jornalista Luiz Eduardo Costa.

Como ressalta o reitor da UFS, Valter Santana, compreender os acontecimentos do passado é o que permite alicerçar os planos do presente e futuro. 

“O resgate histórico de situações importantes vividas, aqui em Sergipe, é o pilar para a construção do nosso futuro. Temos que entender o passado, relembrar o que aconteceu para nortear as nossas ações. É fundamental que as próximas gerações conheçam a importância dos nossos antepassados”, acrescenta Valter. 

Veterano de guerra, o tenente reformado Berilo Rodrigues Figueiredo, hoje, com 100 anos. 

“Eu era muito novo, ainda na escola, quando ocorreram os bombardeios. Logo em seguida, já me vi num navio. Comecei e tive a sorte de chegar vivo ao fim dela. Entrei na Marinha e já entrei na guerra, mas saí bem. Depois de todos esses anos, ter essa homenagem é uma surpresa e me sinto muito grato”, frisa Berilo. 

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Largo da Gente Sergipana representa Sergipe em jogo virtual

Legenda da foto: O Jogo BraBlox foi criado pelo Banco do Brasil e pré-lançado no Febraban Tech Experience 2022, maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro da América Latina - (Crédito da foto: divulgação)

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 16 de agosto de 2022

Largo da Gente Sergipana representa Sergipe em jogo virtual

À primeira vista, um imponente monumento que merece ser contemplado. Observado mais de perto, o Largo da Gente Sergipana revela-se, principalmente, como um ambiente de experiência cultural, que há quatro anos é referência e inspiração para muitas iniciativas locais e nacionais. Idealizado pelo Banco do Estado de Sergipe (BANESE), através do Instituto Banese, e pelo Governo do Estado, o Largo é um convite à céu aberto para uma imersão na cultura popular, através da tradicional visita ou de formas ressignificadas de vivenciá-lo.

Um dos meios inovadores de conhecer o Largo é o jogo de visita virtual a monumentos históricos brasileiros chamado de BraBlox, desenvolvido pelo Banco do Brasil (BB) e pré-lançado no Febraban Tech Experience 2022, maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro da América Latina, realizado nos dias 09, 10 e 11 de agosto, na Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera.

O BraBlox, iniciativa inserida na trilha temática ‘Metaverso, NFTs e as portas do mundo digital’, foi uma das atrações de tecnologias imersivas, dentre outras inovações apresentadas pelo BB para o público viver o futuro no presente.

Durante o evento, a versão beta do jogo foi disponibilizada dentro de um fliperama, relembrando a infância e propondo ao usuário se aventurar e construir lembranças de experiências em importantes monumentos arquitetônicos do Brasil. Entre eles, o Largo da Gente Sergipana, escolhido para representar Sergipe e suas manifestações populares. A instalação, considerada também uma das maiores homenagens à cultura sergipana, faz parte de uma seleção de marcantes obras brasileiras localizadas nas mais diversas regiões do país, a exemplo do Teatro Amazonas, do Jardim Botânico de Curitiba e da Catedral Metropolitana de Brasília.

A instituição explica que o processo criativo para selecionar as atrações turísticas e paisagens naturais que entrariam no mapa BraBlox passou por uma etapa de curadoria e análise das principais obras que se destacam no Brasil. Os critérios utilizados foram: força e representatividade dos símbolos de manifestação cultural e artística do povo brasileiro, cenários urbanos, marcos históricos, cartão postal que inspirasse brasilidade ou paisagens naturais que gerassem desejo de viajar pelo Brasil.

Atendendo a esses critérios, o Largo da Gente Sergipana foi um dos escolhidos. “O monumento se destacou na análise por ter sido considerado um cartão postal inspirador, plural e de vasto simbolismo cultural”, destaca o Banco do Brasil.

Para o diretor-superintendente do Instituto Banese, Ezio Déda, os resultados oriundos da criação do largo reforçam que valorizar a cultura popular, suas manifestações, seus brincantes e mestres também é inovação. “Cada iniciativa que surge inspirada no Largo da Gente Sergipana comprova que, ao construí-lo, o Banese investiu na cultura sergipana, incentivando que ela seja valorizada, reconhecida e fortalecida nacionalmente. O Largo representa Sergipe quando o assunto é cultura, educação, turismo e muitos outros setores. É gratificante ver como esse monumento também é capaz de gerar conteúdos. Dessa vez através da tecnologia e da inovação, ferramentas utilizadas para a criação do BraBlox”, destaca Ezio.

O lançamento da versão completa do jogo está previsto para outubro, mas já é possível se divertir. Para isso, basta acessar as lojas de aplicativos de smartphones, consoles ou PCs, baixar o Roblox, selecionar BraBlox e viver essa experiência, passando pelo Largo da Gente Sergipana e por outros monumentos marcantes do Brasil e presentes no mundo virtual.

Baixe, jogue e vivencie: https://www.roblox.com/games/9420382537/BraBlox

Largo da Gente Sergipana

 Uma das maiores homenagens à cultura popular de Sergipe, o Largo da Gente Sergipana é uma instalação artística urbana integrada à paisagem natural do rio Sergipe e ao Centro Histórico de Aracaju. O monumento, inaugurado em 2018, é referência de valorização e preservação da arte e da cultura do povo sergipano e um dos principais pontos turísticos da cidade.

A obra faz referência à cultura sergipana através de nove esculturas com 7 metros de altura que representam as manifestações populares Lambe-Sujo e Caboclinhos, Bacamarteiros, Cacumbi, Parafusos, Reisado, Chegança, Taieira, São Gonçalo e o Barco de Fogo de Estância, criadas pelos artistas plásticos Tatti Moreno e Félix Sampaio. É um equipamento urbano com acessibilidade, disponibilizando informações em português, inglês e braille, além de QR Code. O largo conta ainda com a infraestrutura do Museu da Gente Sergipana, que oferece estacionamento, espaço gastronômico e loja com artesanato local.

Fonte: Museu da Gente Sergipana

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

Homenagem pelos 80 anos dos torpedeamentos de embarcações na costa da capital






Crédito das fotos: Ana Lícia Menezes/PMA

Publicação compartilhada do site da Agência Aracaju de Notícias, de 16 de agosto de 2022

Prefeitura realiza homenagem pelos 80 anos dos torpedeamentos de embarcações na costa da capital

Para marcar os 80 anos dos torpedeamentos de embarcações na costa da capital sergipana, que desencadearam a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a Prefeitura de Aracaju realizou, nesta terça-feira, 16, um ato em memória à data. Celebrada no Farol da Coroa do Meio e organizada por uma comissão cultural, instituída pelo prefeito Edvaldo Nogueira, a homenagem lembrou os acontecimentos ocorridos no dia 15 de agosto de 1942, quando um submarino alemão bombardeou os navios Baependi, Araraquara e Anibal Benévolo, vitimando 607 pessoas no litoral aracajuano, entre tripulação e passageiros. Ao participar da celebração, Edvaldo destacou que o evento "representa um momento histórico e muito importante para as gerações passadas e futuras".

"Foi um fatídico acontecimento que ocorreu há 80 anos e que forçou o Brasil a entrar na Segunda Guerra Mundial. Foi a partir dos torpedeamentos dos navios na nossa costa, que o governo brasileiro, comandado pelo presidente Getúlio Vargas, montou a sua força expedicionária e que desempenhou papel muito importante na Segunda Guerra combatendo, principalmente na Itália, na tomada de Monte Castelo. A Segunda Guerra marcou a humanidade, de maneira muito triste, mas que, de fato, colocou o mundo em um outro patamar. E é sempre importante lembrar para que nunca mais possamos enfrentar um episódio como este", afirmou o gestor.

Edvaldo ressaltou também que a instituição do decreto criando a comissão cultural teve como finalidade preservar "este episódio da história de Aracaju, além de resguardar as memórias das vítimas". "É algo que marca indelevelmente a nossa capital, mas que, infelizmente, nem todos têm conhecimento. Então é preciso que a gente possa celebrar a data, contribuindo para o resgate destes elementos. Além desta celebração, futuramente, também teremos o Museu dos Náufragos para que possamos mostrar essas memórias", expressou.

Fazem parte da comissão instituída pelo gestor representantes da Funcaju, da Capitania dos Portos de Sergipe, do Ministério da Marinha, da Universidade Federal de Sergipe, do 28º Batalhão de Caçadores, da Academia Sergipana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, do Governo do Estado e do Instituto Banese.

Homenagens

Durante a homenagem realizada nesta terça, foram afixadas duas placas no local em memória à data. Futuramente, ambas serão transferidas para a praça dos Náufragos, que está sendo erguida em uma área ao lado do Farol. A celebração contou ainda com a aposição de flores pelo prefeito Edvaldo Nogueira e pelo capitão de Fragatas da Capitania dos Portos de Sergipe, capitão Luciano Maciel Rodrigues, com a exibição de um vídeo em homenagem aos náufragos no qual todos os tripulantes foram citados, além de honrarias militares, como a salva de tiros, e a apresentação do Quinteto Sinfônico da Orquestra Sinfônica de Sergipe. Além disso, mais cedo, também foram depositadas flores no mar em homenagem às vítimas, a partir de um navio da Marinha. O momento também foi exibido durante a cerimônia.

"Esse evento restitui uma dívida  que o poder público e parte da sociedade tinham com os náufragos de 1942. Agora, nos seus 80 anos, a Prefeitura lidera um movimento com várias entidades civis, militares e não governamentais para que, a partir de agora, esse evento importantíssimo passe a ser celebrado com a dignidade que esses heróis, de um episódio tão trágico da história brasileira, devem ser lembrados, com o culto que eles merecem e trazendo, também, para Sergipe, a apropriação deste episódio que é importante, mas pouco utilizados por historiadores, para pesquisa acadêmica, para todas as finalidades, inclusive para o caráter turístico", enfatizou o presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Luciano Correia.

Capitão de Fragatas da Capitania dos Portos de Sergipe, Luciano Maciel Rodrigues frisou que a cerimônia "é uma reverência aos náufragos dos três navios que foram torpedeados". "De forma inédita, várias instituições e organizações se somaram, nesta comissão mista, a partir da iniciativa da Prefeitura, para prestar essa homenagem em memória aos 80 anos dos torpedeamentos dos navios. Foi um fato marcante, não só para Sergipe, mas para o Brasil e para a Marinha,  então, com essa cerimônia, a gente presta uma homenagem, em um local simbólico para nosso estado e para a Marinha, aos que morreram por ocasião dos torpedeamentos dos navios", declarou.

Programação

A programação em celebração aos 80 anos dos torpedeamentos dos navios na costa de Aracaju teve início no último sábado, dia 13, com o seminário "Sergipe na Segunda Guerra", ministrado pelo grupo sergipano de estudos da Força Expedicionária Brasileira. No domingo, dia 14, houve uma solenidade alusiva à data, com as inaugurações do novo portal de entrada do Aeroclube, de um memorial e de um painel, na praça Tenente Aviador Aurélio Sampaio. Além disso, também será lançada, nesta quarta-feira, dia 17, uma exposição, no Centro Cultural, sobre os acontecimentos após a data histórica. A mostra possui entrada gratuita e se estenderá até o dia 17 de outubro.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br