sábado, 13 de agosto de 2022

Meliponário contribui para conservação da biodiversidade em Aracaju






Paula da Silva

Legenda da foto: André Marques - (Créditos das fotos: Marcelle Cristinne e Sergio Silva)

Publicação compartilhada da Agência Aracaju de Notícias, de 12 de agosto de 2022

Meliponário contribui para conservação da biodiversidade em Aracaju

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as abelhas são responsáveis pela produção de cerca de 70% da polinização das plantas cultivadas, além de serem essenciais para a produção de alimentos e da vida humana. Na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), contribui diretamente para a preservação desses insetos a partir do meliponário instalado no Horto Municipal, localizado no Parque Augusto Franco (Sementeira). 

No local, a administração municipal abriga sete espécies de abelhas e desenvolve ações educativas, no sentido de sensibilizar e conscientizar a respeito da importância das abelhas, seres indispensáveis para a conservação da biodiversidade. 

O secretário municipal do Meio Ambiente, Alan Lemos, ressalta que as várias espécies de abelhas presentes no meliponário permitem que a cidade fique adequadamente arborizada, contribuem para uma melhor condição paisagística e minimiza eventuais efeitos das mudanças climáticas. 

“O meliponário cumpre duas funções importantes. A primeira função é que são abelhas nativas e que se prestam à polinização na área, cumprem seu papel no entorno do parque, tornando aquele ambiente melhor, no ponto de vista da biodiversidade e da capacidade de reprodução das diferentes espécies vegetais. Outra função ainda mais importante é o papel na educação ambiental. A gente tem uma estrutura da Prefeitura que permite, por meio de um circuito de educação ambiental, direcionar a importância das abelhas na cidade e na preservação das áreas nativas de vegetação”, pontua o secretário.

O meliponário conta com abelhas das espécias Uruçu, Jataí, Iraí, Moça Branca, Mandaçaia, Mandaguari e Mirim, como explica a coordenadora da equipe da Educação Ambiental, Paula da Silva. “Existem dois grupos específicos de abelhas: as nativas, que são as cultivadas no meliponário (essas possuem ferrão, mas são atrofiados), elas não fazem mal, podem provocar, no máximo, um incômodo que não vai machucar; e as indígenas, que não possuem ferrão”, detalha

Polinização

As abelhas transportam o pólen do local onde ele é produzido, ou seja, dos órgãos masculinos da flor, para a parte feminina da flor. Além de insetos como as abelhas, esse transporte também pode ser feito pelo vento e pela água. 

“Ao buscar alimento e pousar de flor em flor, as abelhas usam os muitos pelos que possuem em seu corpo para coletar o pólen, o qual elas transportam depois para outras flores. Isso torna esses insetos importantes polinizadores”, afirma o colaborador da equipe da Educação Ambiental da Sema, André Marques. 

Educação ambiental

A coordenadora Paula explica que a Educação Ambiental trabalha mais focada naqueles que estão dando os primeiros passos para uma consciência cidadã, no caso, o público infantil, no entanto, não somente o meliponário, mas todo o Horto está de portas abertas para a população geral, no sentido de expandir a conscientização. 

“Trabalhamos muito mais com as crianças, mas não quer dizer que é um atendimento limitado a elas. O acesso é para todos, até porque fica localizado dentro de um parque público”, friza Paula. 

Neste sentido, a equipe realiza visitas guiadas; trilha teatral, em que os educadores falam sobre a conservação ambiental, a flora, fauna, recursos hídricos; e oficinas, a partir das quais  são confeccionados pufes com materiais recicláveis, além falar sobre reutilização desse objeto para evitar o descarte; e também construção de brinquedos com materiais recicláveis. Todas essas atividades são realizadas no meliponário e nas escolas, de acordo com a solicitação dos órgãos.

Agende sua visita

“A visita guiada é importante até mesmo para que as pessoas compreendam o que estão vendo. Muitas vezes, as pessoas ficam com receio das abelhas, então, a explicação, o acompanhamento da educação ambiental, dá essa estrutura. A gente fornece esse equipamento educacional, instruindo, acompanhando todo o processo para que, realmente, a pessoa tenha conhecimento e saia do local civilizada a cuidar, preservar o meio ambiente e se tornar, também, um agente defensor desse meio que é nosso e que depende dos nossos cuidados”, salienta Paula.

Apesar do serviço ser porta aberta, Paula recomenda realizar o agendamento, pelos canais da própria secretaria, principalmente em caso de um grande número de pessoas. “Esse agendamento é importante porque, às vezes, nós estamos em ação externa, nas escolas, nas áreas verdes e em outras organizações. Assim, o agendamento garante uma organização maior da atividade”, alerta. 

No caso das escolas municipais não há necessidade de agendamento, pois já existem representantes na Secretaria Municipal da Educação (Semed) que já executam esse trabalho. Por outro lado, as escolas particulares precisam agendar de forma individual, bem como as organizações não governamentais e as associações. O atendimento vai das 8h às 16h, através da Ouvidoria da Sema, pelos telefones 3225-4173 / 98135-6961. 

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário