Mostrando postagens com marcador - MÁRIO JORGE. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador - MÁRIO JORGE. Mostrar todas as postagens

domingo, 25 de novembro de 2018

Exposição na Biblioteca Ivone de Menezes homenageia o poeta Mario Jorge




 Fotos: Sergio Silva

Foto: Edinah Mary

Publicado originalmente no site da Agência Aracaju de Notícias, em 24/11/18 

Exposição na Biblioteca Ivone de Menezes homenageia o poeta Mario Jorge 

Você já ouviu falar do escritor, concretista e poeta Mário Jorge? Se sua resposta for negativa, não tem problema. Você tem a oportunidade conhecer a história desse sergipano na Biblioteca Municipal Ivone Menezes, que preparou uma homenagem especial em sua galeria de escritores durante todo o mês.

A exposição realizada na biblioteca, vinculada à Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), homenageia um escritor sergipano todos os meses. Neste mês, será dividida em duas fases: um painel com as obras do escritor e um mural com versos e reversos apresentando também sua biografia. O evento é aberto aos estudantes das escolas estaduais e municipais e a todos os moradores da capital.

Para a coordenadora da biblioteca e responsável pela exposição, Nancy Teresa, Mário Jorge merece ser homenageado por ter “influenciado a literatura sergipana, a vanguarda e tropicália e por ter construído algumas obras como Silêncio Solto, De Repente a Urgência e ter escrito poemas, sendo um dos mais importantes escritores de Sergipe”, completou.

Nancy destaca ainda a importância dessa homenagem para a população de Aracaju. “Os alunos e a população em geral têm a oportunidade de conhecer suas obras, seu trabalho, sua atuação no meio poético e sua contribuição para a Literatura Brasileira”, destacou.

Sobre Mário Jorge

Mário Jorge de Menezes Vieira nasceu no dia 3 de novembro de 1946, em Aracaju. Foi um militante estudantil da década de 60, durante a ditadura Militar. Iniciou seus estudos em Direito e depois optou por cursar Ciências Sociais em São Paulo, mas não concluiu. Faleceu na capital, num acidente de trânsito, na manhã de 11 de janeiro de 1973, aos 27 anos de idade.

Mesmo morrendo jovem, Mário chegou a publicar um livro intitulado Revolição, no formato de envelope. Além disso, escreveu artigos para revistas e jornais sergipanos. Após sua morte, outras obras foram publicadas como “Noite que nos Abita”, “Poemas de Mario Jorge” e “Cuidado, Silêncios Soltos”.

A exposição em homenagem a Mário Jorge segue até o dia 31 de dezembro. Escolas públicas e particulares interessadas em levar seus alunos devem entrar em contato com a Biblioteca Ivone de Menezes e agendar a visita através do número: 3179-6411. A unidade fica localizada na rua Major Edeltrudes, no bairro Farolândia, e fica aberta das 8h às 17h.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Livro do poeta sergipano Mário Jorge Menezes Vieira.


Publicado originalmente no site F5 News, em 23/11/2016.

Livro resgata memória do poeta sergipano Mário Jorge Menezes Vieira.

Por Fernanda Araujo.

O poeta Mário Jorge Menezes Vieira estaria completando 70 anos nesta quarta-feira (23/11/2016), se não fosse sua morte repentina aos 26 anos. Tendo até o nome em uma avenida importante no bairro Coroa do Meio, em Aracaju (SE), com o pouco tempo em que viveu ele conseguiu se expressar através de sua obra poética, influenciando artistas brasileiros até os dias de hoje.Considerado como um homem além de seu tempo, uma grande referência cultural sergipana e até além-divisas, Mário Jorge foi o primeiro poeta concretista sergipano, com uma trajetória de poesia e luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Militante do Partido Comunista e do movimento estudantil, com seus poemas questionava a sociedade brasileira de seu tempo, em plena Ditadura Militar, o que o levou a ser preso por causa das suas atividades consideradas como subversivas perante o governo da época, e absolvido em 1972.Como forma de homenageá-lo, seu livro “De Repente Há Urgência” será relançado... no Cultart, em promoção da deputada Ana Lúcia Menezes Vieira, irmã de Mário Jorge. Além disso, também haverá uma exposição de algumas de suas obras, com influência das Poesias de Vanguarda, destacando-se mais a poesia concretista, práxis, social, marginal e pop, e também influências da Tropicália.

F5 News ouviu alguns admiradores de sua obra.

Amaral Cavalcante - poeta e jornalista"O poeta Mário Jorge foi uma espécie de antena, transmitindo sinais de rebeldia e coragem entre nós. Ele nos ensinou a explodir os limites provincianos da poesia e a inventar novos horizontes de afirmação cidadã. Mário Jorge foi o poeta visionário da nossa geração".

Aglacy Mary – poeta e educadora“Quando ele surgiu e começou a se mostrar poeta no nosso estado eu era uma menina ainda. Mário Jorge viveu na década de 70 e então eu só vim ter a dimensão de quem era Mário Jorge na faculdade. Felizmente, hoje se resgata a obra dele. Eu sempre tive o material dele comigo e a importância é enorme porque é um poeta que se destaca no cenário sergipano como alguém que trouxe uma forma de fazer poesia diferente. Escreveu sempre se mostrando com um olhar que poucos tinham, sempre dando um passo à frente. Uma forma de escrever que inaugurava um modo concretista de ser a poesia. A poesia de Mário Jorge se podia tocar, porque se falava muito ao social, escreveu muito em função de como percebia o mundo, as questões sociais eram muito abordadas, isso naquele tempo já era uma coisa importante. Hoje é como história, como elemento, como alimento para a poesia sergipana, eu acho fundamental. Tem um eterno compromisso, não só a lembrança do homem, essa coragem e como cidadão atuante, mas como poeta. Para as nossas letras Mário Jorge tinha presença. A poesia dele era muito ligada também à arte visual, então teve uma veia de artista plástico também. Mário Jorge é uma figura que precisa ser lembrada, uma poesia que pode-se ler e pode-se ver”.

Jeová Santana – professor de literatura e escritor“Ele morreu cedo, a gente não tinha uma boa ideia até onde sua obra chegaria. Ele teve uma presença muito forte no concretismo, tinha muito por onde caminhar, passar para outras vertentes, mas aí a morte dele veio e deixou isso em aberto. Ele tem uma importância cultural, porque estava nos anos 70, um momento bastante singular, numa cidade pequena como Aracaju, num estado pequeno que conseguiu com um pouco deixar obras que estão em sintonia com o nosso tempo até agora. Só acho que às vezes há certo exagero sobre o pouco material que ele deixou de acordo com a genialidade. É uma obra em formação, em crescimento, teria muito a dar ainda se não fosse a interrupção. Gosto muito de um poema dele que é bem pequeninho, ‘Aracaju arca azul senão se sul caminhos do Sul não são para mim’; Gosto muito desse poema porque é aquela história de ‘como dizer , como fazer a partir do lugar em que você está’. Ele tem uma importância, mas as vezes há uma supervalorização por pessoas até que conviveram muito com ele. Mas é preciso ter esse distanciamento, tem muita coisa bacana, mas tem outras que ficaram ainda e poderiam ser melhores resolvidas se ele tivesse tempo para isso”.

“Quem vê que veja”, por Jozailto Lima.

O bicho-homem arranha
a teia-terra, aranha
estradando surdos
dados
Amargos arte físseis
metralha fósseis
meta : mito
e morte.

Mário Jorge.

Texto e imagem reproduzidos do site: f5news.com.br

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Livro de Mário Jorge será relançado em sua homenagem

Foto: divulgação.

Trechos de reportagem do Portal Infonet/Cultura, de 18.11.2016.

Livro de Mário Jorge será relançado em sua homenagem

Na próxima quarta-feira, 23, às 19 horas, no Cultart, como forma de homenagear Mário Jorge Vieira, o primeiro poeta concretista sergipano, será relançado o seu livro "De Repente Há Urgência". Além disso, também haverá uma exposição de algumas de suas obras.

Se ainda estivesse vivo, Mário Jorge estaria completando 70 anos no próximo dia 23. Com uma trajetória de poesia e luta por uma sociedade mais justa e igualitária, o ex-militante do Partido Comunista arrebatou corações e mentes com seus poemas concretistas e questionadores. Sua obra influencia artistas brasileiros até os dias de hoje.

Para ilustrar a importância de Mário Jorge para a cultura sergipana, Ana Lúcia, irmã do poeta, faz um breve relato sobre a vida e a obra do homenageado. "Mário Jorge era uma pessoa que tinha uma inteligência privilegiada, um ser humano pessoa muito especial. Ele morreu aos 26 anos, mas viveu intensamente e muito além de seu tempo. Foi um artista comunista e um resistente à ordem estabelecida pelo capital excludente. No final de sua vida produzia a poesia marginal e a poesia pop”, destaca.

Fonte: Assessoria de Imprensa.

Trechos e foto reproduzidos do site: infonet.com.br