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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Oferta de feijão-de-corda nos perímetros irrigados estaduais...







Fotos: Fernando Augusto/Ascom-Coderse

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 18 de novembro de 2023

Oferta de feijão-de-corda nos perímetros irrigados estaduais aumentou 41% nos nove primeiros meses de 2023

Irrigação pública traz competitividade ao produtor dos perímetros; feijoeiro dá grãos e é adubo de fixação de nitrogênio

De janeiro a setembro de 2023, a produção de feijão-de-corda nos perímetros irrigados do Governo do Estado alcançou as 805 toneladas, o que corresponde a um crescimento de 41% em relação ao mesmo período do ano anterior (570 toneladas). O aumento foi ainda mais significativo quando comparados os valores das produções; enquanto nos nove primeiros meses de 2022 foram aplicados R$ 1,6 milhões em investimentos, no mesmo período de 2023 esse número saltou para R$ 2,8 milhões, refletindo um crescimento de aproximadamente 71%. A alta foi impulsionada pelas produções dos perímetros Califórnia (714 toneladas), em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, e Piauí (36 toneladas), em Lagarto, no centro-sul do estado.

No mês de março, a produção na propriedade do agricultor Helenilson Santos já indicava que o ano seria promissor. Atendido pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), ele usa da irrigação do perímetro Piauí no verão, e no inverno chuvoso planta em área sem irrigação. O produtor ainda utiliza os pés de feijão que foram colhidos para adubar a terra nas lavouras seguintes.

“Ao ser misturado ao solo, os restos da cultura agem como adubo orgânico. Eu sempre planto [feijão-de-corda] com o intuito de fazer rotação de cultura, e também porque minha mãe vende na feira. A própria semente sou eu mesmo que produzo. Já deixo reservada e tenho colheita para o ano todo”, conta Helenilson. Em todo perímetro irrigado da Coderse, a área colhida até setembro foi de 12 hectares, e a renda gerada pela comercialização do produto foi de mais de R$ 203 mil.

De acordo com o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, o ciclo produtivo nos perímetros irrigados é contínuo e integrado devido ao fornecimento de irrigação. “É um círculo virtuoso. Os restos culturais servem de adubo, no caso das leguminosas, como o feijão-de-corda, e vão servir de fixação de nitrogênio ao solo para a próxima lavoura, que logo vai ser plantada. Os restos da batata-doce tanto servem de semente, como podem ser utilizados como ração animal. Do mesmo modo que os do milho”, explica.

Competitividade 

Com a água fornecida pela Coderse no semiárido, os produtores do perímetro Califórnia têm preço competitivo para enviarem suas safras para estados vizinhos. Nos nove primeiros meses deste ano, os irrigantes já geraram mais de R$ 2,4 milhões de renda a partir da comercialização do feijão-de-corda. O valor médio do quilo comercializado em Canindé no período foi R$ 3,41, safra que ocupou área total de 119 hectares. O irrigante Clovis Severino conta que, em sua plantação irrigada de 0,33 hectare, começou a colher após dois meses de plantio, e que deve passar cerca de 45 dias catando as vagens. 

“É feijão-de-corda de vagem vermelha. É o preferido do povo aqui de Canindé. Vendo aqui na região, e mando também para Salvador/BA e para Alagoas. Minha esposa vende na feira, minha filha vende na banca e eu mando lá para a feira de Salvador. Graças a Deus, tenho essa via de ajuda”, relatou Clovis Severino.

Segundo o diretor Júlio Leite, o auxílio não se dá somente por meio da irrigação, mas também com apoio da equipe técnica da Coderse, que acompanha o andamento das produções. “Nossos técnicos agrícolas acompanham as lavouras irrigadas dos perímetros. Mensalmente, fazem o levantamento do que está ocupando as áreas das unidades produtivas. Com base na data de plantio e tempo que cada espécie leva para ser colhida, eles contabilizam a produção mensal de cada produto, área colhida, área plantada a ser colhida e o valor da produção, e também com base nos relatos das vendas que esses irrigantes fazem”, complementou.

Texto e imagens reproduzidos do site: www se gov br

sábado, 28 de outubro de 2023

Tomaticultura na irrigação estadual do sertão cresceu 84% de janeiro a setembro





Crédito das fotos: Fernando Augusto/Ascom/Coderse

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, DE 27 de outubro de 2023

Tomaticultura na irrigação estadual do sertão cresceu 84% de janeiro a setembro  

Coderse atende 373 lotes em Canindé. Produção irrigada beneficia diretamente quase duas mil pessoas

Cultivado no semiárido de Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, a produção de tomate no Perímetro Irrigado Califórnia totalizou 294,5 toneladas nos nove primeiros meses de 2023, o que representa um aumento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Os agricultores que cultivam no local têm irrigação e assistência técnica fornecidas pelo Governo do Estado e, a cada ano, investem mais na produção.

Em 2023, esses irrigantes estão adotando novas tecnologias de irrigação e variedades mais adaptadas ao clima para aumentar a produtividade e valor de mercado. No comparativo, o valor desta colheita é 53,7% maior (R$ 744.128,96), acompanhando a área colhida de 6,65 hectares, que dobrou. Contudo, pela soma das áreas plantadas com o fruto em outubro (15 hectares), a estimativa é que a produção total deste ano se distancie ainda mais do resultado anterior, que chegou a 344,4 toneladas em 2022.

Segundo o técnico agrícola do Califórnia, Flamarion Déda, a equipe do perímetro orienta o cultivo de tomates híbridos pela sua adaptabilidade ao solo, ao clima, tolerância e resistência a pragas e doenças. “São altamente produtivos, com frutos que têm uniformidade, variando entre 180 e 220 gramas, podendo chegar até a 400 gramas por unidade. Os produtores já chegaram a colher 47 toneladas por hectar desse tomate, com uma irrigação por gotejamento, que minimiza o uso da água e diminui a incidência de pragas”, explicou.

Emprego e renda

De Ribeirópolis, Fábio Menezes produz tomate no Califórnia com irrigação fornecida pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). “A gente decidiu vir aqui para Canindé devido aos custos de produção. Aqui tem água com abundância. Estamos na produção de tomate e também gerando emprego e renda”, contou o produtor.

Produção

Os técnicos agrícolas da Coderse que atendem o perímetro irrigado registraram, de janeiro a setembro de 2022, a colheita de 160,1 toneladas de tomate em uma área de 3,33 hectares e produção que teve o valor estimado em R$ 484.147,20. Já os mesmos resultados registrados neste ano foram 294,5 toneladas (+84%), 6,65 hectares (+100%) e R$ 744.128,96 (+53,7%), respectivamente.

“Investimos na regularidade do serviço de abastecimento de água no perímetro Califórnia, fazendo manutenção, recuperação de bombas, motores e tubulações com a meta de diminuir as interrupções no fornecimento, no menor tempo possível. Também distribuímos mangueiras de irrigação que fazem o produtor consumir menos água, uniformizando a distribuição em todo sistema”, explicou o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite.

Mais investimento

Ao investir em novas variedades de tomate, o produtor tem resultados na qualidade e no valor de mercado. Flamarion Déda conta que no lote irrigado do produtor irrigante Genilson Cunha, está sendo experimentada uma variedade que já demonstra suportar as altas temperaturas de Canindé, mantendo uma produtividade de 12 toneladas a cada mil pés plantados.

“Aqui está um híbrido que tem um tempo de prateleira muito bom, o que faz com que os produtores optem por esse tipo de tomate, para ser comercializado sem que haja dano e mantendo a qualidade do fruto com os padrões iniciais”, complementou Flamarion Déda.

Segundo o irrigante Genilson Cunha, a produção tem sido bem-sucedida, pois a irrigação e a assistência técnica da Coderse diminuem custos. “O custo aqui é menor. Tem muita água. Na mão de obra, é mais fácil de cuidar aqui. Não tem pragas”, avalia o produtor, que está colhendo um hectare de tomate.

Texto e imagens reproduzidos do site: www se gov br

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Irrigação pública estadual produz 132.601 toneladas de alimentos em 2022




Fotos: Paulo Ricardo

Publicação compartilhada do site do GOVERNO DE SERGIPE, de 19 de dezembro de 2022

Irrigação pública estadual produz 132.601 toneladas de alimentos em 2022

Quiabo sergipano atende Salvador. A acerola abastece indústria de sucos, sorvetes e farmacêutica. Já o sorgo é substituto proteico ao milho na ração animal

Os seis perímetros públicos de irrigação administrados pelo Governo do Estado de Sergipe produziram, juntos, 132.601 toneladas de alimentos em 2022, incluindo os 1.826.478 litros de leite gerados no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto. O registro é o resultado do trabalho e investimento dos irrigantes atendidos com o fornecimento de água para irrigação e assistência técnica fornecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A produção utilizou uma área irrigada de 5.902 hectares (ha) e propiciou uma renda bruta de R$ 173,7 milhões a estes empreendedores rurais. Os produtos mais colhidos e que ao mesmo tempo estão presentes em todos os cinco perímetros irrigados de aptidão agrícola da Cohidro, foram a batata-doce (10.799 t) e o quiabo (7.839 t).

O irrigante José Humberto – do Perímetro Irrigado Jacarecica II; que fica situado entre Areia Branca, Malhador e Riachuelo – planta exclusivamente batata-doce com a água de irrigação, que vai por meio de adutoras da barragem até seu lote por gravidade. Sem custos para o Estado com bombeamento. “Água aqui é uma coisa que nós temos muito. A Cohidro dá o apoio e a gente tem. A irrigação aqui é boa, não paga energia e não falta. A batata-doce sai para São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Belo Horizonte, Curitiba, mas o lugar que eu mais vendo é Salvador, que são essas batatas roxas e brancas, da massa amarela. Já as roxas da massa branca, eu vendo para Maceió”.

Destacaram-se, isoladamente, as produções de cana de açúcar (50 mil t) dos lotes empresariais do Jacarecica II e o sorgo (7.200 t), para alimentação animal, colhido no perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco. Outro destaque, com ocorrência nos perímetros Califórnia, Jacarecica II e Piauí (Lagarto), é a acerola (5.193 t). O milho verde (4.688,5 t) e a macaxeira (3.463,5 t), produtos tradicionais da mesa nordestina e destaque nas festas juninas, também estão presentes em quase todos os perímetros da Cohidro, companhia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Aos quais ainda se incluem os perímetros Jacarecica I e o Poção da Ribeira, em Itabaiana.

O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, faz uma avaliação do resultado da produção anual, levando em consideração os diversos ramos que ela atende. “Desta amostra das culturas agrícolas mais produzidas, podemos estabelecer que os perímetros atendem à demanda da indústria (cana e acerola), abastecem outros estados (batata-doce e quiabo), têm foco nas nossas feiras livres e consumidor local (milho verde e macaxeira) e está fornecendo alimento para a produção pecuária (sorgo). Nos últimos quatro anos, investimos na revitalização das estações de bombeamento e desassoreamento de barragens; em métodos de aproveitar melhor a água e superar as estiagens; chamamos o agricultor para contribuir com a tarifa d’água. Tudo para que esses perímetros tivessem continuidade. Tamanha é a sua relevância socioeconômica para Sergipe”.

Cesta básica

Durante todo ano de 2022, Aracaju despontou como a capital, dentre as 17 pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da cesta básica com custo mais baixo de todo país. Sete, dos 12 itens pesquisados no Norte e Nordeste do Brasil, tem sua produção direta ou indiretamente influenciada pelos perímetros irrigados: banana, tomate, farinha de mandioca, açúcar, leite, manteiga e carne bovina.

No perímetro Jabiberi, o cálculo da produção sempre foi medido pelos litros de leite retirados das vacas alimentadas nos pastos ou pelo material forrageiro, produzidos a partir da irrigação com água fornecida pela Cohidro. “Todos os perímetros irrigados têm um enorme potencial para a produção de alimentação animal, para produção de leite e carne. Vai do aproveitamento de folhas, talos e ramas, da sobra das colheitas; até o plantio de sorgo e milho para produção de silagem, no nosso perímetro que fica no Alto Sertão. A região que mais produz leite no estado. É a integração irrigado-sequeiro que já ocorre e tem potencial para crescer mais”, destacou o diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca.

Um dos três produtos da cesta básica que hoje ainda tem o preço mais barato do que há 12 meses, segundo a pesquisa mensal do Dieese, é o tomate. Renilson Araújo é um irrigante assistido pelo perímetro Piauí que aposta no fruto. Em área de 0,4 ha em Lagarto, ele pretende colher tomate entre dezembro e janeiro do próximo ano. Época de demanda por tomate maior, mas em que só é possível plantar na irrigação. “Digamos que é 80% chance para ele dar bom. Em questão de praga, de dar menos bichado. E em questão do preço, como é final de ano, ele é mais procurado. Eu só gosto de plantar [tomate] no fim de ano”.

Engenheiro Agrônomo da Cohidro, Arício Resende informa que, por conta do clima, houve uma redução de 10% na produção anual de oleícolas em 2022. “Passamos pela suspensão da irrigação no Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, durante três meses deste ano. Por conta do baixo nível da água na barragem de irrigação que abastece aqueles agricultores. A barragem voltou a encher com as chuvas de inverno e, agora, as reservas de água de todos os perímetros, foram novamente reforçadas pelas chuvas de trovoadas em dezembro”, destacou.

Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Agricultores participam de dia de campo sobre o cacau em Arauá



Fotos: Ascom/Emdagro

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 29 de novembro de 2022

Agricultores participam de dia de campo sobre o cacau em Arauá

Cultivo tem ganhado novos adeptos na região citrícola

Técnicos e agricultores familiares participaram, no último dia 23, em Arauá, de um Dia de Campo sobre a cultura do Cacau. O evento aconteceu na propriedade do produtor rural Manoel da Conceição Nogueira Santos, localizada na Comunidade Sucupira, naquele município do centro sul sergipano. Os participantes acompanharam toda a evolução do cultivo na propriedade, que é uma unidade de demonstração da cultura na região e possui mais de dois mil pés de cacau, implantados com o apoio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Além de técnicos dos escritórios da Emdagro na região, esteve presente no evento o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Antônio Reis.

Pioneiro no cultivo da cultura na região, Manoel da Conceição começou a atividade em 2012. Preocupado com os baixos rendimentos com a citricultura, buscou na lavoura de cacau a diversificação de renda da propriedade. Desde então tem recebido visitas e intercâmbios, visando demonstrar a viabilidade do cacau como alternativa ao citros. “Recebo com muito prazer a visita de outros agricultores, porque o conhecimento não pode ficar só para a gente e esse trabalho aqui na minha propriedade começou há 10 anos, quando a Emdagro me procurou oferecendo algumas mudas para fazer uns testes e fiquei apaixonado pelo cacau”, disse o anfitrião.

Para Antônio Reis, os dias de campo promovidos pela empresa tem o objetivo de compartilhar experiências e tecnologias entre agricultores. “O cacau em Sergipe é uma cultura nova. Por isso, estamos trazendo agricultores de outras regiões para conhecerem várias fases dessa cultura: as que já estão produzindo, outras mais novas, outras com idades médias e, assim, garantir a troca de experiência e a integração dos agricultores. Isso termina gerando novas demandas para a Emdagro levar importantes orientações ao homem do campo”, disse.

Implantando pela primeira vez uma unidade de demonstração do cultivo do cacau em sua propriedade, o agricultor Etio Souza Rodrigues, do Assentamento Vitória da União, município de Santa Luzia do Itanhy, participa do dia de campo na expectativa de obter orientações que o auxilie na condução da cultura. “Estamos iniciando um plantio com o cultivo de 200 pés de cacau doados pela Emdagro, numa área experimental conduzida por ela, e esse dia de campo representa um incentivo para que a gente possa se firmar e acreditar que o cacau vai dar certo”, apostou.

O agricultor acompanhou atentamente todas as estações do dia de campo e se surpreendeu com a forma que o produtor Manoel vem desenvolvendo seu cultivo. “Esse dia de hoje representa um incentivo para a gente que está iniciando o trabalho com o cacau. A gente viu aqui cacau novo, com um ano, produzindo, a forma de poda, o secador, as amêndoas torradas e a degustação com o mel do cacau. O dia de hoje foi excelente!”, reforçou Etio.

Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Cresce demanda por pimenta habanero e anima agricultores irrigantes de Lagarto









Fotos: Fernando Augusto/Cohidro

Publicado originalmente no site GOVERNO DE SERGIPE, em 13 de janeiro de 2022 


Cresce demanda por pimenta habanero e anima agricultores irrigantes de Lagarto 


Pipericultores são assistidos pela Cohidro e têm contratos de venda com indústria local 


A pimenta habanero é originária do México e tem, em média, o dobro da ardência da brasileiríssima malagueta comum. Seus frutos são maiores, ovalados mas assimétricos, pelas rugosidades no seu formato. Estão prontos para colher por volta de 110 dias após o plantio das mudas, quando ficam nas cores vermelha, laranja ou marrom. Estas duas espécies, além da Jalapeno e da pimenta biquinho, são produzidas no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado em Lagarto. Um aumento na procura pela habanero, da parte da indústria de molhos de pimenta, tem animado os agricultores assistidos com água de irrigação e assistência técnica em seus lotes no perímetro. A produção da habanero em 2021 foi considerada boa, quase 82 toneladas (ton.) e neste ano tende a aumentar com o incentivo dado a estes produtores pelo mercado. 


No perímetro Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a malagueta continuou sendo a mais produzida (120 ton.) no último ano, seguida da jalapeno (95 ton.) e da biquinho (75 ton.), a de menor produção e ardência, que é beneficiada e tem seus frutos vendidos inteiros em conserva. Os preços por quilo ofertados pela indústria, não são proporcionais ao grau de ardência, no caso da habanero (R$ 3) e da malagueta (R$ 4), e da sua outra variedade menor e de ardência mais acentuada, a malaguetinha (R$ 8). Quanto menor a pimenta, maior é o grau de dificuldade de colheita e custo de mão de obra. Por conta do manejo mais facilitado, qualquer melhora na demanda e no preço da habanero ou jalapeno, que o fruto ainda é maior, ou da biquinho, é motivo para passar a investir mais nestas espécies. 


Segundo os dados levantados pelos técnicos da Cohidro em Lagarto, a habanero ocupou uma área colhida de 14,5 hectares e rendeu, aos produtores, o valor total da produção de R$ 356.720 em 2021. Para o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida, a oportunidade é boa para quem quer investir na espécie de pimenta. “É desde o início que a gente, da Cohidro, começa a auxiliar através do perímetro e está dando certo. Eles têm um contrato com a indústria local, para quem eles já fornecem o produto. O preço está dando para manter o lucro e eles estão produzindo cada vez mais e aumentando a área plantada de pimenta habanero”, avaliou. No mesmo levantamento da Cohidro do valor da produção, no ano passado, já era anunciada a vantagem da habanero que, mesmo tendo produzindo menos, deu mais retorno aos agricultores do que a também mexicana jalapeno (R$ 269.450). 


No lote irrigado de Luan de Oliveira já são um hectare ocupado com 9 mil pés de pimenta habanero, com a intenção de aumentar, caso o mercado para a pimenta continue atrativo. “Já plantamos diretamente para a empresa do município. A gente está na fase de colheita agora, quando oferecemos trabalho para o pessoal que faz a colheita, catando as pimentas. Acaba sendo algo muito benéfico ao nosso município, esta indústria que faz o contrato com a gente. Gerando renda para nós, que trabalhamos na roça e também para o pessoal que trabalha colhendo”, avaliou o agricultor irrigante de Lagarto. 


Luan e demais produtores de pimenta investem em técnicas modernas de irrigação para alcançar maior produção, racionalizando o uso das reservas de água do perímetro de irrigação pública e também trazendo maior eficiência nos tratos culturais. É o caso da fertirrigação, em que o adubo chega até a planta diluído na água e através dos equipamentos de irrigação. "Molhamos aqui através da irrigação de gotejamento, que já molha diretamente no solo e acaba economizando água. A irrigação vem da Cohidro, pelo Perímetro Irrigado Piauí, que é a que a gente tem aqui", confirmou o irrigante. 


Texto e imagem reproduzidos do site: se.gov.br 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Perímetro irrigado de Lagarto dobra produção de tomate...







Publicado originalmente no site do GOVERNO DE SERGIPE, em 6 de janeiro de 2022


Perímetro irrigado de Lagarto dobra produção de tomate gerando renda aos agricultores 


Cohidro registrou produção de quase 40 ton. do fruto em 2020. Ano seguinte produziu mais do que o dobro e já plantou tomate para colher em 2022. 


No Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, a colheita de tomate dos irrigantes em 2021 foi de pouco mais de 88 toneladas (ton.) e ocupou 2,5 hectares (ha), gerando uma renda bruta estimada em R$ 225.333, dividida entre três agricultores. Crescimento otimista, já que no ano anterior, este levantamento de campo feito pelos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) que gerencia aquele perímetro do Governo do Estado, registrou a produção de tomate de 39 ton. no perímetro Piauí. Em 2020, o mercado desaquecido pela pandemia e a alta no preço dos insumos fez com que produtores irrigantes investissem em plantações menos exigentes em manejo e investimento inicial, com mandioca, batata-doce e quiabo. 


A produção de tomate em Sergipe é aliada do calor do verão. O tomateiro não se dá bem com as pragas e doenças que a chuva e o clima mais úmido trazem, mas ele precisa de água para desenvolver seus frutos. Assim, a irrigação é tão essencial para o cultivo quanto à estiagem. No perímetro de Lagarto, quem investiu no tomate não se arrependeu, por conta dos preços de venda atrativos. Aos poucos, a produção é retomada e com planos de evoluir em tecnologia.  


“As lonas do tipo ‘mulching’ tem como matéria prima o petróleo, que está caro. Sem elas, aumenta mais a mão de obra, mas quem plantou, colheu e vendeu bem, restando dois produtores que pretendem colher até o fim do período de verão, também sem usar a lona”, informou o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida. Segundo ele, a alternativa mais econômica foi o retorno ao método tradicional de estaqueamento. O mercado estava propício para os plantadores de tomate, motivando os produtores a investirem mais nas próximas safras. “O produtor Gilvan Fontes, por exemplo, estava abastecendo toda cidade nas últimas semanas, vendendo por até R$ 150 a caixa. Orientamos ele na quantidade do calcário para adubar este tomate, mas o resto foi pela experiência dele e a irrigação da Cohidro”, completou o gerente do perímetro.

 

“Eu plantei em 8 currais de terra (0,5ha), a variedade do tomate ‘cajazinho’. Eu ia usar o plástico, mas era muito caro, daí eu usei as varas. A irrigação é na mangueira no gotejo, porque se colocar a água por cima entra mais praga. O adubo é na fertirrigação, até acabar de colher. Eu boto duas vezes na semana no período que está colhendo. Antes de colher eu boto dia sim, dia não. A quantidade de adubo você coloca uma grama por pé, se você plantar 3 mil pés você coloca 3 kg. Na minha área tem 3.500 pés”, ensina o irrigante Gilvan Fontes. 


Seu Gilvan conta que o clima não ajudou, teve chuva acima da média no comecinho do verão, mas o bom preço de venda aliado à produção garantida pela irrigação pública, compensaram esta adversidade. “Eu tirei umas 500 caixas, já está no resto da safra, mas acredito que ainda colho umas 50 caixas. O tomate eu plantei no dia 13 de outubro, passei um mês colhendo, já está no fim da safra. No inverno, o tomate não é muito bom de plantar, tem as mariposas, que já estavam começando a aparecer em dezembro, porque o tempo esfriou. A mariposa acaba com a lavoura, desova e quando o tomate se forma, ela sai e o tomate já fica defeituoso, o que é ruim para o comércio. Mas, graças a Deus, deu tudo certo e eu colhi muito tomate”, avaliou. 


Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br