sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Perímetro irrigado de Lagarto dobra produção de tomate...







Publicado originalmente no site do GOVERNO DE SERGIPE, em 6 de janeiro de 2022


Perímetro irrigado de Lagarto dobra produção de tomate gerando renda aos agricultores 


Cohidro registrou produção de quase 40 ton. do fruto em 2020. Ano seguinte produziu mais do que o dobro e já plantou tomate para colher em 2022. 


No Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, a colheita de tomate dos irrigantes em 2021 foi de pouco mais de 88 toneladas (ton.) e ocupou 2,5 hectares (ha), gerando uma renda bruta estimada em R$ 225.333, dividida entre três agricultores. Crescimento otimista, já que no ano anterior, este levantamento de campo feito pelos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) que gerencia aquele perímetro do Governo do Estado, registrou a produção de tomate de 39 ton. no perímetro Piauí. Em 2020, o mercado desaquecido pela pandemia e a alta no preço dos insumos fez com que produtores irrigantes investissem em plantações menos exigentes em manejo e investimento inicial, com mandioca, batata-doce e quiabo. 


A produção de tomate em Sergipe é aliada do calor do verão. O tomateiro não se dá bem com as pragas e doenças que a chuva e o clima mais úmido trazem, mas ele precisa de água para desenvolver seus frutos. Assim, a irrigação é tão essencial para o cultivo quanto à estiagem. No perímetro de Lagarto, quem investiu no tomate não se arrependeu, por conta dos preços de venda atrativos. Aos poucos, a produção é retomada e com planos de evoluir em tecnologia.  


“As lonas do tipo ‘mulching’ tem como matéria prima o petróleo, que está caro. Sem elas, aumenta mais a mão de obra, mas quem plantou, colheu e vendeu bem, restando dois produtores que pretendem colher até o fim do período de verão, também sem usar a lona”, informou o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida. Segundo ele, a alternativa mais econômica foi o retorno ao método tradicional de estaqueamento. O mercado estava propício para os plantadores de tomate, motivando os produtores a investirem mais nas próximas safras. “O produtor Gilvan Fontes, por exemplo, estava abastecendo toda cidade nas últimas semanas, vendendo por até R$ 150 a caixa. Orientamos ele na quantidade do calcário para adubar este tomate, mas o resto foi pela experiência dele e a irrigação da Cohidro”, completou o gerente do perímetro.

 

“Eu plantei em 8 currais de terra (0,5ha), a variedade do tomate ‘cajazinho’. Eu ia usar o plástico, mas era muito caro, daí eu usei as varas. A irrigação é na mangueira no gotejo, porque se colocar a água por cima entra mais praga. O adubo é na fertirrigação, até acabar de colher. Eu boto duas vezes na semana no período que está colhendo. Antes de colher eu boto dia sim, dia não. A quantidade de adubo você coloca uma grama por pé, se você plantar 3 mil pés você coloca 3 kg. Na minha área tem 3.500 pés”, ensina o irrigante Gilvan Fontes. 


Seu Gilvan conta que o clima não ajudou, teve chuva acima da média no comecinho do verão, mas o bom preço de venda aliado à produção garantida pela irrigação pública, compensaram esta adversidade. “Eu tirei umas 500 caixas, já está no resto da safra, mas acredito que ainda colho umas 50 caixas. O tomate eu plantei no dia 13 de outubro, passei um mês colhendo, já está no fim da safra. No inverno, o tomate não é muito bom de plantar, tem as mariposas, que já estavam começando a aparecer em dezembro, porque o tempo esfriou. A mariposa acaba com a lavoura, desova e quando o tomate se forma, ela sai e o tomate já fica defeituoso, o que é ruim para o comércio. Mas, graças a Deus, deu tudo certo e eu colhi muito tomate”, avaliou. 


Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br 

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