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domingo, 6 de abril de 2025

Biblioteca Pública Estadual celebrará 141 anos de Epiphanio Dória

Foto: Arquivo/Biblioteca Epiphânio Dória

Publicação compartilhado do site GOVERNO DE SERGIPE, de 1 de Abril de 2025 

Biblioteca Pública Estadual celebrará 141 anos de Epiphanio Dória e Dia Estadual do Livro em evento especial

Programação será no próximo dia 7 de abril, com atividades alusivas à data de nascimento do patrono da biblioteca

No próximo dia 7 de abril, a Biblioteca Pública Estadual irá realizar um evento especial em homenagem aos 141 anos de nascimento do seu patrono, Epiphanio da Fonseca Dória de Menezes, nascido em 7 de abril de 1884. Na oportunidade, também será comemorado o Dia Estadual do Livro e da Literatura, instituído pela Lei nº 6.580, de 6 de abril de 2009.  Toda a programação vai acontecer no auditório da Biblioteca, localizado na Rua Leonardo Leite – s/n°, bairro 13 de Julho, em Aracaju.

O evento terá início às 9h com a abertura realizada por Juciene Maria Santos de Jesus, diretora da Biblioteca Epiphanio Dória; seguida pela palestra “O legado documental de Epiphanio Dória: por uma abordagem funcional dos arquivos pessoais”, ministrada pela Dra. Lorena de Oliveira Souza. Às 10h, será comemorado o Dia Estadual do Livro em Sergipe, com a professora Paula Tauana; e às 10h40, ocorrerá a participação especial dos estudantes do Centro de Excelência Epiphânio Dória, do município de Poço Verde.

Em seguida, representantes da Biblioteca Pública Municipal Epifânio Dória, também de Poço Verde, farão uma participação especial no evento. E às 11h30, o Grupo Teatral Mamulengo de Cheiroso irá apresentar a peça “Quem Vê Cara, Não Vê Coração”, culminando com o encerramento às 12h.

Juciene Maria Santos de Jesus, diretora da Biblioteca Pública Estadual Epiphanio Dória, ressaltou a importância deste encontro: “Homenagear Epiphanio Dória é celebrar a essência da cultura sergipana. Sua trajetória e legado continuam a inspirar a promoção do conhecimento e o desenvolvimento da nossa sociedade,” frisou.

Legado de Epiphanio Dória

Epiphanio da Fonseca Dória de Menezes nasceu em 7 de abril de 1884, na Fazenda Barro Caído, atualmente parte do município de Tobias Barreto. Mesmo com apenas o ensino primário, sua paixão pela leitura e o espírito autodidata fizeram dele um notório bibliófilo, autor e diretor da biblioteca que hoje homenageia seu nome. Ao longo de sua vida, Dória foi um fervoroso defensor da alfabetização, fundando clubes de leitura e promovendo atividades culturais por diversas cidades sergipanas.

Sua atuação incluiu importantes funções, como a de deputado e a de amanuense, função que desempenhou antes de dedicar 35 anos à Biblioteca, onde atuou tanto como diretor quanto como bibliotecário. Seu rigor na preservação do acervo é um dos muitos aspectos que atestam sua dedicação ao conhecimento e à cultura.

O sonho de Epiphanio Dória de ver um espaço dedicado à difusão do saber foi concretizado em 1974, com a inauguração do moderno edifício da Biblioteca Pública Estadual Epiphanio Dória, marco realizado durante a gestão do governador Paulo Barreto de Menezes. Tal gesto simboliza o reconhecimento à sua incansável contribuição para a promoção do conhecimento e da cultura em Sergipe.

Texto e imagem reproduzidos do site: www se gov br

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Epifânio Dória


Infonet - Blog Luíz A. Barreto - 03/09/2004.

Epifânio Dória
Por Luíz Antônio Barreto.

Mais do que organizar instituições de cultura – Biblioteca Pública, Arquivo Público, Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Arquivo da Maçonaria - catalogando acervos, documentar a vida sergipana, defender o porte gratuito para a circulação nacional de livros, revistas e jornais, Epifânio Dória tinha a noção exata do papel das bibliotecas nas sociedades. como sabia fazer a crítica, com textos claros: “Com pesar, entretanto, venho notando que os homens de Governo, em geral, relegam as bibliotecas a um plano muito secundário, como se elas não desempenhassem o papel relevante que desempenham na obra da civilização.” A constatação, feita há quase 90 anos (em 1915) guarda a triste atualidade e pode ser novamente citada, para fixar, no tempo, o descaso e seus múltiplos e perniciosos efeitos.

As civilizações ágrafes têm na memória a base de suas culturas. Há uma partilha universalizada, como coubesse a cada um membro comunitário um quinhão de conhecimento e de sabedoria. As sociedades letradas, ao contrário, são seletivas, fazendo dos mais diferentes suportes – livros, revistas, jornais, outras publicações – o lastro comum, ao qual todos devem acorrer, na luta da aprendizagem. Considerando as altas taxas de analfabetismo, e os baixos índices de leituras, não surpreende que a ignorância campeie solta, renegando ao esquecimento parte da vida construída no cotidiano das pessoas e dos grupos sociais.

Mesmo tendo vivido longamente, 92 anos (nasceu em 1884, morreu em 1976), e ocupado posições destacadas como jornalista, pesquisador, e especialmente documentarista, Epifânio Dória não tem seus méritos exaltados e sequer é bem lembrado pelos sergipanos. Suas colunas de Efemérides Sergipanas, ajudando a construir biografias com informações preciosas, selecionadas por uma pesquisa cuidadosa, amarelaram nas páginas dos jornais, ou se perderam com eles, inapelavelmente. Seus Catálogos, organizados em cada uma das instituições a que serviu, foi abandonado, sem que houvesse melhoria na localização dos textos para a pesquisa. Seu zelo pelo levantamento de dados pessoais de vultos sergipanos, residentes no Estado ou fora dele, não fez escola, não deixou discípulos, ainda que fosse um dos mais eficazes meios de guardar memória.

Epifânio Dória não é exemplo único na galeria dos esquecidos. Clodomir Silva, que viveu apenas 40 anos, mas que foi professor, folclorista, jornalista e político, autor do monumental Álbum de Sergipe, que nem tem seu nome, e de Minha Gente, recentemente reeditado pela Funcaju, é outro injustiçado. Nem os professores e alunos do velho Atheneu, onde ele fez brilhar a sua inteligência, sabem dele. É comprida a lista dos intelectuais que mesmo deixando obras importantes, não são lembrados hoje. Nomes como os de Carvalho Neto, Manoel dos Passos de Oliveira Teles, Florentino Menezes, Prado Sampaio, Elias Montalvão, Carvalho Lima Júnior, Magalhães Carneiro, Ávila Lima, Costa filho, Freire Ribeiro, Artur Fortes, estão mergulhados, com tantos outros, nas brumas do esquecimento. O desmemoriamento das populações não tem medida, como se pode observar nos resultados de uma enquete, feita pelo Portal InfoNet, a respeito de Epifânio Dória.

A InfoNet perguntou qual era a profissão de Epifânio Dória e sugeriu a múltipla escolha: Advogado, Engenheiro, Médico, Documentarista. O resultado foi o seguinte: Advogado – 40,96%, Engenheiro – 28,92%, Médico – 13,25% e Documentarista – 16,87%. Ou seja, 83,13% desconhecem a formação profissional do velho bibliófilo, apenas 16,87% souberam responder qual era a verdadeira profissão de Epifânio Dória.

O resultado encerra um eloqüente exemplo de desconhecimento cultural. Afinal, Epifânio Dória morreu há menos de 30 anos, depois de exercer enorme presença na vida sergipana, e de ter seu nome fixado na fachada da Biblioteca Pública, com PH e tudo, que é uma casa bem freqüentada pelas gerações de estudantes. A despretenciosa enquete da InfoNet termina por preocupar ainda mais os que se esforçam, por todos os modos, para adornar Sergipe com a arte e a cultura dos seus filhos.

Em Sergipe algumas entidades culturais mantém vivos nomes consagrados da literatura, da história, da cultura em geral. São exemplos o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, fundado em 1912, a Academia Sergipana de Letras, fundada em 1929, que se mantém vivas, diblando todas as dificuldades. As escolas, das diversas redes, tratam muito pouco das coisas locais, ainda que existam duas disciplinas – Sociedade e Cultura, para o Ensino Fundamental, e Cultura Sergipana, para o Nível Médio – como veículos de circulação de conhecimento sergipano.

A Universidade Federal de Sergipe tem, atualmente, muita gente pesquisando e escrevendo monografias, dissertações, teses, livros com temática ambientada no cenário sergipano. As outras ainda não galgaram a mesma posição da UFS, tendo o local como um acessório. Falta, ainda, um Guia de Fontes, para orientar os estudos e incorporar a bibliografia produzida ao longo do tempo.

É claro que o quadro já foi pior. Houve tempo que poucos ousavam falar em literatura, em arte e em cultura sergipana. Os olhos, os ouvidos e os aplausos estavam fixos na cultura importada, fosse de onde fosse, enfeitada como gênero de primeira necessidade e de inquestionável qualidade. O tempo tem ensinado que as coisas não funcionam bem assim. Sergipe já tem quadros intelectuais, aqui residentes, que romperam as fronteiras e levaram seus nomes para convívios nacionais e internacionais. A máxima (ou praga) de que Santo de casa não faz milagres não pode prosperar entre os mais jovens, para não afetar a auto estima, essa propriedade de valorização do que é próprio, que deve ser estimulada.

Quem vence a ignorância é a cultura, a começar pela informação, pela ampliação do conhecimento, pela reflexão do saber. Saber da profissão de um intelectual, como Epifânio Dória, é importante, porque ele escolheu para exercer, uma atividade sensível, de preservar bens de cultura que devem ser utilizados pela sociedade.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/luisantoniobarreto

Fonte: "Pesquise - Pesquisa de Sergipe/InfoNet".

institutotobiasbarreto@infonet.com.br.

Conhecendo a Hemeroteca da Biblioteca Epifânio Dória.

Diário de Sergipe; este foi o documento mais antigo que
encontramos datado do dia 1° de Abril de 1877.

 Correio de Aracaju 1906.


Conhecendo a Hemeroteca da Biblioteca Epifânio Dória.

Relatório da Pesquisa na Hemeroteca de Sergipe.

Por Evelyn Santana

A hemeroteca da Epifânio Dória traz um grande acervo de jornais datados do final do século XIX até o século XXI, esse acervo busca deixar viva a história sergipana e da um ótimo auxilio para pesquisadores.

Ligada à Secretaria do Estado da Cultura, a Biblioteca Epifânio Dória é possuidora da mais vasta hemeroteca de Sergipe. O uso contínuo em pesquisa resulta em grande desgaste do suporte documental.

Conscientes do problema, as equipes da Biblioteca e da Secretaria constataram que a sua recuperação torna-se inadiável. Assim o objetivo geral do projeto é empreender a digitalização do acervo de jornais, para garantir a sua preservação e viabilizar o acesso ao público. (Informativo da Biblioteca Epifânio Dória).

Processo utilizado na preservação:

Para efetuar a preservação dos jornais será utilizado o processo de digitalização, de forma a criar um novo suporte, convertendo-o em arquivo digital gravado em CD e/ou DVD. Além desse procedimento, há também a indexação dos títulos e dos seus respectivos temas.

Além de salvar o acervo da destruição, as ações do projeto visam facilitar a sua divulgação, na medida em que transformado em mídias digitais, torna-se possível ser disponibilizado mais facilmente aos cidadãos e às entidades publicas e privadas.

Texto e imagens reproduzidos do blog: evelynlimasant.blogspot.com.br

Biblioteca Epifânio Dória completa 163 anos (Junho/2011).





Aracaju, 16 de Junho de 2011.

Biblioteca Epifânio Dória completa 163 anos (Junho/2011).

A maior e mais antiga casa de leitura do Estado, Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPED), comemora nesta quinta-feira, 16 de junho/2011, 163 anos de existência. Fundada em 1848 – num grande momento de efervescência cultural do Brasil Império –, a então Biblioteca Provincial de Sergipe foi inaugurada somente no ano de 1851, numa sala do Convento São Francisco, em São Cristóvão. Anos mais tarde, com a mudança da capital, a biblioteca foi transferida para Aracaju, sendo chamada de Biblioteca Pública do Estado.

Somente em 30 de dezembro de 1970, com o Decreto 2020, a instituição passou a se chamar Biblioteca Epifânio Dória. No mesmo ano, o prédio da atual sede em que se encontra a biblioteca foi projetado e construído pelo engenheiro Geraldo Magela. Mas quem foi o homem que dá nome à biblioteca mais antiga de Sergipe?

Saiba quem foi Epifânio Dória

Seu nome é Epifânio da Fonseca Dória e Menezes, que nasceu em 7 de abril de 1884, na fazenda Bairro Caído, na cidade de Poço Verde. Documentarista, jornalista e pesquisador, Epifânio dirigiu a Biblioteca do Estado de Sergipe de 1914 a 1943. Tornou-se ainda presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, membro da Associação Sergipana de Imprensa, da Academia Sergipana de Letras e de várias instituições literárias do Brasil e do exterior.

Em 1935, o documentarista torna-se deputado estadual e em 1937, no governo Eronildes de Carvalho, ele é nomeado secretário de Estado da Justiça, Agricultura e Fazenda. Em 8 de junho de 1976 ele morre – vítima de câncer no aparelho digestivo. Atualmente, ele é considerado um dos mais competentes e importantes conservadores das fontes históricas de Sergipe.

Segundo o historiador Luis Antônio Barreto, Epifânio foi escritor das colunas de Efemérides Sergipanas, ajudando a construir biografias com informações preciosas, selecionadas por uma pesquisa criteriosa – atividade que ele mais tinha prazer em fazer e tinha maior conhecimento.

Memórias de uma das herdeiras

Para a neta de Epifânio, a jornalista Naná Garcez Dória, a mais bela memória guardada ao lembrar-se de seu avô está ligada ao carinho que ele tinha com os netos e aos momentos de contação de história. “Quando eu nasci, ele tinha 80 anos. Meu avô era uma pessoa muito carinhosa e ao mesmo tempo metódica, por isso mantinha todos os papéis organizados. Se um estudante ou pesquisador fosse até a nossa casa, ele tinha, prontamente, a informação para dar àquela pessoa”, contou Naná.

“Dois objetivos marcavam a vida dele, além da organização de documentos. O primeiro era o combate ao analfabetismo e o segundo era tornar a informação disponível para todas as pessoas. Tanto que ele foi por muito tempo diretor da biblioteca. Valorizar a democratização do conhecimento: esta era sua meta de vida”, acrescentou a neta do ilustre Epifânio Dória.

Gestão

Gerir um espaço de tamanha relevância cultural é um grande desafio, como revela a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino. “A Biblioteca Pública Epifânio Dória é um verdadeiro templo da literatura em Sergipe. Desde 2007 o estabelecimento cultural vem recebendo melhorias, como o setor de livros em braile e a aquisição de novos livros para renovação do acervo, após 22 anos sem receber nenhum exemplar do poder público. Sabemos que ainda há muito que fazer na BPED, mas é importante reforçar que os primeiros passos já estão sendo dados”, diz a titular da pasta.

Entre 2010 e 2011, a Biblioteca recebeu mais de 1200 exemplares, dos mais variados gêneros literários. Além disso, recebeu novos equipamentos de informática para catalogação dos exemplares. A Secult já deu início ao processo de modernização da BPED, a partir de um convênio com o Ministério da Cultura (MinC). O estabelecimento cultural também vem recebendo número considerável de rodas de leitura e exposições.

Para a diretora da BPED, Sônia Carvalho, estar à frente da instituição acarreta muita responsabilidade e compromisso com a sociedade. “Esta é uma instituição secular muito importante para a sociedade sergipana. Manter o compromisso de servir o público é muito gratificante para mim. Convido as pessoas para que compareçam à biblioteca, conheçam nosso acervo e saiam daqui com nosso maior tesouro que é a informação”, disse Sônia.

A Biblioteca Pública Epifânio Dória possui mais de 100 mil livros e está aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h, e aos sábados até o meio-dia. A unidade está localizada na rua Vila Cristina, número 1051, bairro São José, em Aracaju.

Imagens e texto reproduzidos do site: agencia.se.gov.br

Fotos: Marcelle Cristinne/Arquivo Secult/Divulgação.

Biblioteca Pública Epifânio Dória