sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Festejos juninos inspiram artistas sergipanos



Foto: Alejandro Zambrana.


Publicado originalmente pelo site da PMA, em 14/06/11.

Festejos juninos inspiram artistas sergipanos.

Por Michel Oliveira.

Seja pelo vermelho-alaranjado dos busca-pés e fogueiras, ou pela fusão de cores dos vestidos e fitas, os festejos juninos servem de inspiração para pintores sergipanos. O branco das telas é preenchido pelas pinceladas coloridas desses artistas que, com sensibilidade e talento, eternizam as cenas do período de forma particular. Cenas que remetem a um tempo em que o São João era comemorado na porta das casas, com as ruas enfeitadas e as famílias reunidas em volta das fogueiras.

Este tempo resiste nas telas de Joel Dantas, que retrata seus personagens com o saudosismo de quem passou a infância no povoado Marcação - atual município de General Maynard. Culto, o artista procura compreender seus trabalhos e as manifestações populares através da mitologia. Vê no São João diversas referências à religiosidade greco-romana, desde Prometeu - responsável por entregar o fogo aos homens - aos cortejos a Baco - deus do vinho e das festas.

"Eu pinto tradição com tradição", avalia Joel. Em seus quadros, o retrato das guerras de busca-pé de Estância e o cortejo do mastro e a guerra de bacamartes em Capela - antigas tradições que resistem ao tempo, mesmo com algumas mudanças. Em frente à tela em branco, o artista se deixa levar. "Pinto devagar, não tenho pressa. Respeito meu processo criativo", define.

Para ele, a arte dá sentido à vida. Por isso, Joel se vale do estudo constante para tentar compreender a complexidade dos signos e significados ao seu redor. "A arte é a manifestação do desejo que a gente traz no interior. Gosto de tentar absorver o sentido das coisas", manifestou. Dos elementos característicos dos festejos juninos, encanta-se com a simbologia do fogo. "Gosto de retratar o folclore de forma convincente, de passar a carga de significado das coisas", disse.

Grandes detalhes.

Enquanto Joel Dantas desenvolve seus trabalhos baseados nas cenas e personagens retratados de forma realista, a artista plástica Ana Denise se vale da variedade de cores e da delicadeza do estilo naïf - pintura ingênua, plana e de composição bidimensional. Em seus quadros, os detalhes compõem as cenas, que vão das tradicionais quadrilhas às festas de massa, que reúnem centenas de pessoas.

"Eu gosto muito de fazer meus trabalhos relembrando a minha infância, o que eram os festejos juninos de verdade. O São João nosso é o pé de serra. Eu me lembro das pessoas curtindo a festa com a família, sentadas na porta. Hoje a gente não tem mais isso", analisa a artista. Retratar essas lembranças demanda tempo. Ana já passou oito meses pintando um quadro. Não podia ser diferente, pois cada tela apresenta uma infinidade de detalhes que não se revelam de uma única vez. Cada figura tem uma história para revelar. "Eu gosto de delinear as formas. Sou muito detalhista", avalia. Além da pintura, o tema junino serve de inspiração para as xilogravuras que a artista faz.

Trajetória.

Apesar das diferenças de estilo, ambos os artistas possuem em comum o início de carreira. Participaram da primeira exposição de jovens artistas da Galeria Álvaro Santos, alguns meses após a inauguração do espaço, no ano de 1966. Lá, tanto Ana Denise quanto Joel Dantas já fizeram exposições individuais. Devido ao grande destaque de seus trabalhos, e à recorrente abordagem dos festejos juninos, são nomes obrigatórios na Coletiva Junina...

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

FOTOS/LEGENDAS/CRÉDITOS:
F/1 - Tela de Ana Denise retratando as festas juninas
F/2 - Ana Denise gosta de retratar como o São João era festejado em sua infância
F/3 - Joel Dantas mostra a tela onde retrata a guerra de busca-pés.
F/4 - Nesta tela, Joel retrata os bacamarteiros

Nova geração leva artes plásticas para as ruas

 Tintiliano desenvolve um trabalho com referências impressionistas.
Fotos: Silvio Rocha.


  Ismael Pereira é uma das maiores referências do neo-regionalismo nordestino.
Foto: Alejandro Zambrana.

Galeria Álvaro Santos revela talentos com o 'Salão dos Novos.
Foto: Pedro Leite.

Publicado originalmente no site da PMA, em 02/09/2010.

Nova geração leva artes plásticas para as ruas

Por Gabriel Cardoso (estagiário)

Falar de artes plásticas em Sergipe e não lembrar de nomes como Horácio Hora, Jenner Augusto, J. Inácio, Álvaro Santos e Florival Santos é cometer um pecado. Os quadros desses artistas sempre serviram de inspiração para as novas gerações, incansáveis na busca por meios de perpetuar e agregar valores à tradição artística local. A riqueza das artes plásticas sergipana é evidente; e Aracaju, sem exageros, concentra quase toda essa movimentação artística.

É comum que os talentos das mais diversas modalidades saiam de sua cidade natal, em direção à capital. Assim aconteceu com Horácio Hora, nascido em Laranjeiras, e com J. Inácio, que veio de Arauá para Aracaju. Esse movimento não se esgotou, nem deve cessar. Em Aracaju, concentram-se os aspectos socioculturais de todo o estado, belas paisagens, oportunidades econômicas e a maioria dos espaços voltados ao mundo das artes, como as galerias e os ateliês.

Não são muitos os espaços direcionados ao universo das artes plásticas na capital sergipana. Entretanto, tem-se percebido uma mudança, ainda que sutil, de mentalidade, tanto do poder público, quanto da sociedade, no que diz respeito a essa modalidade artística. Para o diretor da Galeria de Artes Álvaro Santos (GAAS), Luís Adelmo Soares, a capital possui um inestimável potencial de renovação artística.

"Nos últimos anos, a Galeria Álvaro Santos tem aberto suas portas para levas de jovens artistas, através de projetos como o ‘Salão dos Novos'. O que mais me chama atenção é a criatividade e a seriedade de muitos desses artistas que, cada vez mais cedo, se preocupam em alavancar sua trajetória no campo das artes plásticas", afirma Luís Adelmo.

O diretor da GAAS também destaca a participação da Prefeitura de Aracaju nesse cenário de renovação. "A administração municipal tem dado um suporte sem precedentes à Galeria Álvaro Santos. Recentemente, fomos notícia na TV aberta em nível nacional, por conta de uma de nossas exposições. Como consequência disso, o público se mostra mais presente e entusiasmado", conta.

Emigrantes

Além da Galeria Álvaro Santos, espaços como as galerias do Sesc, no Centro, e J. Inácio, na Biblioteca Pública Epifânio Dória; o Cultart, na avenida Ivo do Prado; a Galeria Jenner Augusto, na Sociedade Semear, e o Espaço Cultural da Escola de Idiomas Yazigi são os principais redutos das artes plásticas em Aracaju. Nesses locais, os artistas dialogam e trocam experiências em exposições coletivas ou individuais. Alguns, no entanto, acabam seguindo um caminho diferente e vão desembocar além das fronteiras sergipanas.

Assim foi com o grande Jenner Augusto, que saiu de Aracaju para integrar o movimento de renovação das artes plásticas na Bahia, na década de 50, ao lado de figuras como Carybé, Mário Cravo Jr. e Genaro de Carvalho, entre outros. Algo semelhante aconteceu com o pintor e escultor Ismael Pereira. Grande referência para as novas gerações, o artista nasceu em Capela, em 1940, e viveu alguns anos na capital sergipana, antes de ir construir uma sólida carreira artística em Alagoas.

Ismael passou quase 40 anos no estado vizinho. Fixou-se em Arapiraca entre 1968 e 2005. A presença do folclore alagoano na obra de Ismael Pereira é marcante, mas é possível detectar também símbolos da sua terra natal, como o caju. Hoje, ele desenvolve seu trabalho na própria casa, onde vive com a mulher e os filhos, em Aracaju.

O artista, uma das maiores referências do neo-regionalismo nordestino na pintura, se mostra otimista com o futuro das artes plásticas na cidade onde vive. "Tem-se investido mais nas artes plásticas e acredito que essa tendência continue. As artes mantêm acesas as chamas da memória de um lugar e de seu povo. É preciso valorizá-las", argumenta.

Renovação

Os experientes artistas sergipanos tais como Adauto Machado, Beto Pezão, Luis Adelmo, Antonio da Cruz e o próprio Ismael Pereira vêem surgir nomes promissores no cenário aracajuano das artes plásticas. Fábio Sampaio e Cléber dos Santos Tintiliano são dois exemplos. Os jovens artistas têm se destacado nos últimos anos e possuem uma característica em comum: o entusiasmo em levar arte para as ruas.

Fábio Sampaio, 30 anos, é idealizador de alguns projetos artísticos, dentre os quais o Projeto Caju na Rua, que recebe apoio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte (Funcaju). Natural de Santos (SP), o artista reside em Aracaju desde os 21 anos e já participou de várias exposições na capital sergipana. "Aracaju me acolheu e fez com que desenvolvesse meu trabalho de maneira satisfatória. O apoio ao artista plástico local está aumentando e espero aproveitar bem esse momento", afirma.

Já Cleber dos Santos Tintiliano, 29, é mais um que sai do interior para a capital em busca de reconhecimento e novas inspirações. Nascido em Propriá, Tintiliano logo se muda para Aracaju, depois de arriscar as primeiras pinceladas na cidade natal, incentivado pela avó. "Eu comecei observando as pinturas em cerâmica que minha avó fazia para vender aos turistas, durante a festa de Bom Jesus dos Navegantes. Em seguida, passei a acompanhá-la. Tudo começou ali, ainda em Propriá", conta.

Em Aracaju, Tintiliano desenvolve um trabalho com referências impressionistas amparadas pelos cenários da capital sergipana. Suas aquarelas retratando importantes pontos da cidade já adquiriram certa fama. Outra especialidade do jovem artista é o óleo sobre tela de inspiração impressionista. "Minha identificação com o impressionismo é muito forte, pois gosto de sair do ateliê e retratar o que vejo. Os cenários aracajuanos são, no momento, minha maior fonte de inspiração", revela.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Aracaju - 159 anos - (2014)

Aracaju - 159 anos - (2014). 
Vídeo publicado no YouTube, em 11 de mar de 2014.

Museu Capunga - Um museu diferente no agreste de Sergipe

Museu Capunga - Um museu diferente no agreste de Sergipe.
Na cidade de Moita Bonita-SE, encontramos um museu diferente.

A história e os costumes do homem sertanejo revelados em peças de mais um século. Acompanhe agora na matéria da TV É-Cultura e conheça o Museu Capunga (Publicado no YouTube em 6 de fev de 2015).

Programa Superação, entrevista o escritor Almeida Junior

Programa Superação - Entrevista dividida em 2 partes.
Vídeos publicados no Youtube, em 10 de abr de 2016.
Luizinho entrevista o escritor Sergipano Almeida Jr.


Entrevista com o escritor Almeida Junior

Foto: Jorge Henrique/ Equipe JC.

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 01/10/2013.

Literatura para renovar e edificar.

Almeida Júnior conversou com o JORNAL DA CIDADE, e o resultado desta conversa, que tem como cerne o trabalho de evangelizar através da literatura é o que você vai ler.

Por: Andréa Moura/ Equipe JC

“Não sei se temos muito a comemorar neste mês de outubro, que é destinado às crianças, porque nossas crianças estão sofrendo!”. Esta afirmação é feita pelo professor Almeida Júnior, que há mais de 15 anos está em sala de aula e diz perceber que, a cada dia que passa, os infantes estão sofrendo mais por causa de uma sociedade de modos deturpado. Um dos principais motivos para tanta dor: a família, instituição basilar do ser humano, está ficando desarmonizada.

“Os pais estão se separando de forma drástica e trágica. As escolas, por sua vez, também não estão conseguindo cumprir a função de educar, aliás, mal a de instruir, pior educar também; e as políticas públicas são ineficazes. Os pais têm trabalhado muito para ganhar dinheiro, e em muitos casos, para depois gastar com clínicas para reabilitação. E nossas crianças? Estas ficam à mercê da internet, de conteúdos inadequados para a idade, e do perigo das drogas”, lamentou o educador.

Se a base familiar, em muitos casos, não está dando conta, na escola isso se repete e com muito mais intensidade no caso das que integram a rede pública de ensino. Salas superlotadas e professores ganhando mal são apenas alguns dos muitos “fios desencapados”, que têm provocado grandes danos na formação do aluno. “Muitas vezes não falamos nada, não fazemos nada, e quem sofre com isso? Os alunos, as nossas crianças. Temos que implementar na nossa vida a manifestação da “Não violência”, nos falta, enquanto pais, irmãos ou tios termos mais piedade pelas nossas crianças”, declarou Almeida Júnior.

E foram essas percepções, ou melhor, vivências em sala de aula, que Almeida Júnior transformou em livros, alguns deles lançados recentemente, outros já prontos, esperando ainda um “bom tempo” – leia-se dinheiro – para ganhar o mundo. Mas além da vivência, os temas abordados também foram intuídos pelos espíritos amigos, pois sim, Almeida Junior é militante do movimento espírita há muitos anos, e por causa desta cruzada, também já evangelizou crianças. “A minha religião é o amor, é buscar seguir a Jesus, mas encontrei lógica na Doutrina Espírita, e compreendo, não julgo as outras que buscam o mesmo Deus”.

Ele também atua como palestrante motivacional. Com 45 anos de idade, Almeida Júnior é casado e tem dois filhos. Aracajuano, graduou-se em Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Sergipe, e é pós-graduado na mesma área de atuação. Almeida Júnior conversou com o JORNAL DA CIDADE, e o resultado desta conversa, que tem como cerne o trabalho de evangelizar através da literatura é o que você vai ler a seguir:

JORNAL DA CIDADE – Em palestra recente, você falou que os livros foram inspirados/intuídos nos três últimos meses, ou seja, eles foram produzidos neste tempo. Como se deu esse processo? Os temas foram também ditados pela espiritualidade?
ALMEIDA JUNIOR - Tudo começou após acordar, em uma madrugada, com uma vontade imensa de escrever, como se uma voz me aconselhasse a escrever a partir daquele instante. Acordei e fui ao computador e, para minha surpresa, na minha mente já tinha o título e praticamente o esboço de todo o livro, e tudo fluiu. O tema me assustou um pouco: “O tempo acabou!” e o conteúdo diz que devemos aproveitar o tempo da melhor maneira possível, praticando o bem e evitando todos os hábitos errôneos adquiridos ao longo do tempo. Com menos de 15 dias o livro já estava concluído, e a maior dificuldade foi em relação aos custos de editá-lo: tive que financiar com os meus próprios e poucos recursos. A partir deste livro, veio na minha mente uma “avalanche” de livros para escrever, e eu acredito que tudo por inspiração do bem, de Deus. O mais assustador é que no intervalo de três meses seis livros estavam prontos. O primeiro foi direcionado ao leitor adulto e os outros cinco ao público infanto-juvenil. Na sequência, escrevi os romances: “A minha família não deixo acabar”, “Meus heróis”, “Fazer o bem faz bem”, “Bullying: o câncer silencioso nas escolas” e “O gigante acordou”! Todos os romances com conteúdo que provoca reflexão e mudança na vida das crianças, adolescentes e, consequentemente, na família. É bom deixar bem claro que os livros não foram psicografados, eles surgiram por inspiração e digo isso porque nunca escrevi um livro, e no intervalo de três meses, seis estavam prontos. Todos os dias percebo que outros livros surgem à minha mente para que eu escreva, mas por causa da limitação do tempo, por eu ter outros afazeres, fica inviável. Eu só tenho que agradecer a Deus por Ele estar me inspirando no sentido de fazer surgir livros que provoquem a reflexão e a mudança da nossa sociedade, tão perdida no tempo, com tanta violência, drogas, depressão, principalmente para o público infanto-juvenil.

JC - Por que dos seis livros, cinco são voltados para o público infanto-juvenil?
AJ - Na verdade, se eu tivesse posto em prática as ordens ou inspirações que chegam a toda hora, acredito que esse número seria bem maior. Pela minha experiência em sala de aula, percebo que boa parte das crianças e adolescentes é filho de pais ausentes, são pessoas quase órfãs de pais vivos, que moram na mesma casa, mas falta o amor. Muitas famílias estão desestruturadas, desequilibradas e o reflexo disso tem se manifestado nas salas de aula e nas ruas, com crianças e adolescente perdidos, carentes, indisciplinados e que muitas vezes buscam refúgio nas drogas e no sexo promíscuo.

JC - Na sua palestra que você fez no domingo à noite, no Pronto-Socorro Espiritual Bezerra de Meneses, você falou sobre "a tristeza das nossas crianças". Os livros referem-se a essa tristeza?
AJ - Sim, tenho notado muita tristeza no olhar dos meus alunos e quase sempre o problema está na família. Os meus livros têm destacado todos os problemas enfrentados por eles e busco, através dos personagens, conduzi-los, orientá-los no sentido de enfrentar todas as tempestades com otimismo, conduzi-los ao amadurecimento sadio através da leitura. Esses romances funcionam como autoajuda, fazem o que muitos pais não estão conseguindo: educá-los, orientá-los sobre como enfrentar todos os problemas na vida.

JC - Nem todos os livros foram publicados ainda, certo? Quais os que estão prontos, mas esperando verba para serem lançados?
AJ - Os que estão esperando por verbas ou patrocinadores para serem publicados são “Meus heróis”, “Fazer o bem faz bem” e “O gigante acordou!”

JC - Você procurou financiamento, ajuda ou apoio de algumas instituições?
AJ - Sim, busquei algumas instituições, mas todas fecharam as portas. Fico indignado com a tal verba de incentivo à Cultura, que nunca chega para o destino certo. Fiquei sabendo de uma banda que não tem músicas que encantam e provoquem a mudança da sociedade e conseguiu meio milhão de reais de incentivo, isso é absurdo!

JC - A renda será revertida para eventos beneficentes, certo? Quais ou de qual tipo?
AJ - É isso mesmo! Toda a renda dos livros que são e serão vendidos nas “igrejas” serão destinada às causas sociais: compra de cestas básicas, cópias de CDs de mensagens para serem entregues às comunidades carentes, também financiar outros livros que virão e na compra de um data show para nos auxiliar nas palestra realizadas nas comunidades carentes como Santa Maria e invasão das Malvinas.

JC - Onde seus livros podem ser comprados?
AJ - Esta semana estarei enviando meus livros para serem vendidos nas livrarias dos shoppings Rio Mar e Jardins. Temos também entrega em domicílio pelos telefones (79) 8822-3696 ou (79) 9953-3696.

JC - Existe algum novo projeto de livro?
AJ - Sim, são muitos livros que serão escritos por mim para tornar este planeta um pouco melhor. Dentre eles, posso citar a série “O que fazer?” Exemplo: “Perdeu seu ente querido? O que fazer?” E tantos outros. Mas, na verdade, a inspiração tem me impulsionado a escrever para as crianças e os adolescentes.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Escritores sergipanos se lançam no universo da literatura infantil

Foto: divulgação.

Publicado originalmente no site Imprensa 1, em 23/04/2013.

Escritores sergipanos se lançam no universo da literatura infantil

O universo da imaginação infantil dá asas para que os adultos se lancem na tarefa de colocar no papel, histórias que fazem os pequenos viajarem com os pés no chão. Foi assim desde Hans Cristian Andersen, autor de clássicos como ‘O Soldadinho de Chumbo’ e ‘O Patinho Feio’. Passando por Monteiro Lobato, que eternizou a Sítio do Pica-pau Amarelo, no imaginário das crianças brasileiras.

Essas duas personalidades são lembradas neste mês de maio com o Dia Internacional do Livro Infantil e Dia Nacional do Livro Infantil, dias 2 e 18, respectivamente, datas que marcam o aniversário dos dois. Em Sergipe, diversos escritores seguem a linha desses dois clássicos, e continuam dando vida e forma ao imaginário infantil através da literatura.

A escritora Telma Costa é um exemplo. Com 10 livros publicados, ela iniciou sua carreira como escritora de literatura infantil na década de 90, se lançando como uma das pioneiras dessa arte no Estado. Em 1997, lançou ‘O que você quer ser quando crescer?’ e mais recentemente, em novembro de 2012, o livro ‘Manias de uma princesa’.

Telma conta que após iniciar um trabalho como contadora de histórias sentiu a necessidade de criar suas próprias histórias e, daí, surgiu seu primeiro livro. Segundo ela, o trabalho que desenvolve como escritora e contadora de histórias é gratificante e através desse ofício, tenta chegar mais próximo do universo dos pequenos. “Eu escrevo muito sobre a vida, sentimentos, amizade e assuntos que envolvam as crianças, sempre com uma linguagem simples que atinja o coração delas”, explica a escritora.

A escritora Jeane Aguiar também acumula experiência na área e não esconde o fascínio que tem sobre o universo infantil. Com três livros publicados, Jeane afirma que o que mais a motiva a continuar escrevendo para esse público é o prazer de ver que as crianças gostaram daquilo que escreveu. Para ela, escrever para crianças não é tarefa fácil, é um verdadeiro desafio.

“O diferencial é que criança é muito mais exigente em termos de leitura do que o adulto. Para elas, ou o texto é bom ou não é. As crianças são muito sinceras. Por isso, para conseguir prender a atenção temos que usar uma linguagem muito peculiar”, destacou a escritora, que recentemente lançou ‘A Maravilhosa História de Tia Rute’.

Quem também não se intimida com essa difícil tarefa é a escritora Maria Zélia Silva Rocha, mais conhecida como Ailez. Ela conta que resolveu se lançar nessa aventura depois dos 70 anos e já acumula no seu repertório quatro livros infantis e dois romances. Através dos seus livros, ela procura sempre deixar uma mensagem para as crianças.

“Eu já acumulei muita história de vida como mãe e avó, e em meus livros eu sempre tento passar um pouco dessa vivência cotidiana. O mais importante que eu tento passar para as crianças é que elas devem aprender brincando”, ressalta Aliez. No próximo dia 17 de maio a escritora lança seu quarto livro infantil intitulado ‘Brincando de Céu’ e o seu segundo romance, o ‘Lírio Azul’. O lançamento acontece no Clube dos Engenheiros Agrônomos, a partir das 18h.

Literatura infantil em destaque

A Biblioteca Pública Infantil Aglaé Fontes de Alencar (Biafa) guarda em seu acervo uma significativa mostra da produção sergipana voltada para o público infantil. São dezenas de livros de diversos autores que estão à disposição do público para empréstimo, dentre eles os livros das autoras citadas neste texto.

Além disso, periodicamente, a Biafa promove encontros com autores sergipanos dentro do projeto ‘ 1,2,3… Era um vez’, principal projeto da unidade, que pertence à Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Ao longo dos últimos anos, já foram promovidos encontros com diversos autores sergipanos que se dedicam à literatura infantil, o projeto tem o objetivo de disseminar a produção literária de Sergipe e incentivar o hábito da leitura entre os pequenos.

“Trabalhamos com muito carinho aqui na Biafa, sempre recebendo as crianças e fazendo-as viajar no mundo da literatura infantil. A receptividade aos autores sergipanos é sempre muito boa e sempre que fazemos as contações as crianças comparecem e ficam encantadas com as histórias que são produzidas aqui em Sergipe”, argumenta Cláudia Stocker, diretora da Biblioteca Infantil.

Texto e imagem reproduzidos do site:
imprensa1.com/escritores-sergipanos

Colonização de Sergipe e Literatura




Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 23/08/2012.

Colonização de Sergipe e Literatura.
Artigo de Talita Emily Fontes da Silva, graduanda em História.

Na realidade brasileira, poucos são os historiadores que conseguem aproximar os seus trabalhos do grande público. Essa função de “massificar” os acontecimentos históricos acaba ficando a cargo do Cinema e da Literatura, que moldam a História, com a intenção de transforma-la em algo próximo da realidade das massas.

Quando se fala em Literatura, sabemos que a História serve de fonte de inspiração para o escritor, que tem a liberdade de reconstruir, ou até mesmo reinventar os mais diversos fatos utilizando sua imaginação. São várias as obras baseadas em acontecimentos históricos. Até mesmo indiretamente, grande parte dos livros de Literatura refletem o período no qual foram produzidos, por mais sutil que seja.

Em relação à História da Colonização de Sergipe, mesmo com a existência de obras literárias que relatam os acontecimentos deste período, a desinformação ainda continua a reinar nas terras Del'rey. Infelizmente grande parte da população não tem conhecimento de quantas almas indígenas fora massacradas, quantas culturas foram destruídas, graças a ganância dos colonizadores.

Dois exemplos de livros que tentam fazer o seu papel de “facilitar o acesso” entre a História e o público são “Ibiradiô”, da escritora Gizelda Morais, e “A Fúria da Raça”, da jornalista Ilma Fontes. O primeiro realiza a narrativa utilizando dois focos: um no período colonial, entre os anos de 1575 à 1590; e outro na contemporaneidade, mais precisamente, o inicio da década de 1990 (quando o livro foi escrito). Desta forma, Gizelda Morais apresenta, por um lado, o processo da chamada “Conquista de Sergipe”, ao mesmo tempo em que relata as dificuldades enfrentadas por cineastas para escrever um roteiro sobre este tema.

Já a obra “A Furia da Raça”, produzida em 1987, foi criada para ser um roteiro cinematográfico. Infelizmente, este projeto nunca saiu do papel, sendo publicado como livro dez anos depois. Não perdeu suas características originais. É dividido em cenas (253 no total), que possuem não só diálogos dos personagens, mas as posições das câmeras, descrições de cenário e figurino, etc. Também se passa entre os anos de 1575 à 1590 e relata desde a chegada dos jesuítas as terras de Del’rey , até a sangrenta guerra justa.

As duas obras possuem um grande valor, ao apresentarem aos seus leitores, de forma clara e competente, um pouco da História da Colonização de Sergipe, mas, infelizmente, são desconhecidas de grande parte da população. Aos responsáveis pela difusão da educação em nosso estado, a missão de apresentar aos demais a nossa História é fundamental, não deixando que esta permaneça em segundo plano.

Talita Emily Fontes da Silva é bolsista PET-História e graduanda em História pela UFS. O artigo integra as colaborações à coluna do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/CNPQ/UFS).

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

"Aracaju Minha Terra Natal"

"Aracaju Minha Terra Natal".
(Davi Doria/YouTube).

sábado, 24 de dezembro de 2016

Japaratuba da Origem ao Século XIX, de Eduardo Cabral


Publicado originalmente no blog Antônio Saracura sobre livros lidos,
em 1 de junho de 2016.

JAPARATUBA DA ORIGEM AO SÉCULO XIX, Eduardo Carvalho Cabral, 464 pág., tamanho: 20 cm, Triunfo,2007, sem IBSN.

É por isso que me esforço tanto a divulgar meus livros. Estou em todo lugar, com minha mochila, mostrando as capas, oferecendo marcadores de página. Vou à televisão, aos jornais, à rádios. Peço para ser entrevistado. Imploro até! E dou livros à pessoas que me parecem ser fazedoras de opinião: “ler, comentar, divulgar e recomendar (se achar que devem!)”.

E quanto aos lançamentos?
Faço vários!

Onde houver um espaço e gente passando, negocio a exposição dos livros, se possível organizo uma festinha desde que eu possa servir o tira-gosto, meus livros.

Muitas vezes, fico uma tarde inteira e ninguém se dispõe a parar, olhar o produto, negociar. Sim, porque também negocio. Já vendi livros pela metade do preço ou dei de graça, porque o comprador relutante me disse que não podia pagar e estava morrendo de vontade de ler. Ou apenas olhava de olhos vidrados, pidões. Há quem resista?

Mesmo agindo assim, divulgando ferozmente, assusto-me quando chego a um ajuntamento, e ninguém, ali, ouviu falar de “Os Tabaréus do Sítio Saracura”, de “Meninos que Não queriam ser Padres”, de “Minha Querida Aracaju Aflita, de “Tambores da Terra Vermelha”, de “Os Ferreiros”.

É por isso (pegando o fio da meada), pelo que senti ao ler “JAPARATUBA – da origem ao século XIX”, de autoria de Eduardo Carvalho Cabral, que me esforço ainda mais. Como pode um livro desse (publicado em 2007) não ter chegado antes a meus ouvidos, sempre atentos à tudo que se produz na terra?

Japaratuba caiu em minhas mãos por um acaso.

Corujava a biblioteca de Euclides Oliveira e vi o lombo. Uma mão empurrou minha mão e puxaram o livro. Euclides tinha ido lá dentro, acompanhar um leite que ferveria a qualquer momento. Abri o livro e li uns pedaços aqui e acolá. Sentei-me, esqueci o mundo. Ainda bem que o leite não estava na minha conta! Mais tarde, trouxe Japaratuba para casa.

E pensei, retomando a questão inicial dessa resenha maluca: Por melhor que seja o livro, de que servirá se nunca for lido por alguém? E como poderá ser lido, se os leitores não souberem dele? Bibliotecas como essa de Euclides são raras. Momentos como o que vivi, mais ainda.

Por isso saio por aí, como Antônio Conselheiro, pregando a doutrina da boa literatura. Aproveito e louvo os meus santos dos quais citei os nomes (em vão espero que não) acima. Narro milagres... Quem sabe consiga devotos. Leitores. Para ter valido a pena escrevê-los.

xxx

Sempre achei árvores genealógicas complicadas, mas as que Eduardo Carvalho Cabral mostra são amenas. O autor mescle história (casos acontecidos) e famílias (biografias), numa combinação agradável.

Mesmo os não iniciados em história (como eu) vão se deliciar viajando ao passado, seja filho de Japaratuba ou de qualquer lugar do mundo, como é o meu caso, filho de Itabaiana. (...)

(Escrito em algum dia de 2009)

Eu havia rabiscado alguns garatujas aí acima; resolvi deletá-los, em vista do que escreveu agorinha, 01 de junho de 2016, no face “Academia Itabaianense de Letras”, o historiador José de Almeida Bispo, imortal da tal Academia, cadeira 27, sobre o livro de Eduardo Cabral.

Diz muito mais do que consegui.

Peço sua permissão a José de Almeida Bispo para apendar sua resenha aqui:

“Encantado.

Ontem, finalmente consegui terminar de ler o livro “Japaratuba, da origem ao século XIX”, do amigo Eduardo Carvalho Sobral, (Gráfica Triunfo, Aracaju, 2007). Um grande passeio! Como encimei, encantado.

O autor discorre sobre sua cidade com grande maestria, exibindo uma pesquisa, substancialmente em fontes primárias, de excelente nível. Prefaciado pelo saudoso Luiz Antônio Barreto, que também colabora no corpo do livro, traz informações valiosíssimas sobre a História de Sergipe, além, pois, da velha Missão de São João da Japaratuba, montada pelos capuchinhos ainda no início do século XVII, como uma excelente observação de grande lucidez do Ariosvaldo Figueiredo (p.116), ao comentar sobre a República: “O 15 de novembro de 1889 apenas transferiu, sem data marcada, a solução da crise estrutural da sociedade brasileira, que o Império não soube e a República não quis resolver.” A narrativa é recheada desse nível de questionamentos, e mais se agiganta quando Eduardo Cabral toca num tema que, como bem entende dez em cada dez pensadores sérios do Brasil, é o calcanhar de Aquiles de todos os nossos problemas: a escravidão.

Notário em sua cidade, Japaratuba, Eduardo não somente é o escrivão tabelião; é um pesquisador arguto que, além de examinar o dia a dia vai fundo no passado mais longínquo possível que o seu Ofício lhe permite, arrancando das folhas amareladas dos velhos livros da segunda metade do século XIX um raio X fidelíssimo daquela desgraça humana nominada escravidão. Os processos de compra, venda e administração de gente como se bois ou cavalos fosse. Crianças arrancadas de suas mães; pais separados de seus filhos, a troca de gente pra lá e pra cá... terrivelmente fantástico! Repito: uma radiografia profunda da desgraça nacional, resumido ao distrito, a seguir município de Japaratuba, mas que é um fiel retrato de tudo aquilo que amalgamou o país, e contra o que tanto temos nos debatido nos últimos 80 anos.

Aí, ao também abordar as querelas políticas dos coronéis do açúcar, contexto em que Japaratuba esteve no ápice como um dos maiores produtores de açúcar da segunda metade do século XIX, uma demonstração da pequenez de alguns ante, por exemplo, a luta titânica de um Antônio da Silva Travassos, espécime raro por estas plagas de tantos sinecuras e agiotas porque um homem de visão, um empreendedor. Bebe magnificamente na fonte da professora Terezinha Oliva ao abordar os ecos da luta desesperada de Fausto Cardoso em tentar o impossível: dar forma civilizada a um grupo de coronéis interesseiros e egoístas... até mesmo supostos prosaicos assuntos, como o ventilado na sessão da Câmara Municipal de Japaratuba, de 3 de fevereiro de 1869, acerca da construção de uma cacimba, é um claro rastro a ser seguido quando se analisa a terrível seca que se abateu sobre todo o Nordeste naquele momento, desarrumando toda a sua economia, como foi o caso de Sergipe; um nefasto complemento à maré de má sorte daquelas duas décadas que começou com a terrível epidemia de cólera de 1855, repetida em 1863.

Os costumes do Império, herdados dos tempos coloniais de, por exemplo, não se empossar coletores de impostos que não tivessem bens disponíveis para cobrir eventuais prejuízos pelos cobrador, trazido pelo Eduardo na página 95 nos leva direto a um drama vivido por Itabaiana em 1672, com a nomeação de Luiz Pereira, segundo capitão de Infantaria da Ordenança nomeado para Itabaiana, que foi demitido do cargo por não ter bens.

Enfim, um grande livro. Meu muito obrigado ao amigo Eduardo Cabral pela cortesia e pelo privilégio a mim dado de ser presenteado com uma obra desse quilate.”

Texto e imagem reproduzidos do blog:
antoniosaracurasobrelivroslidos.blogspot.com.br

Homenagem a Manoel Cabral Machado

TV Alese Reportagem Especial ( 25 de out de 2016).
Vídeo em Homenagem a Manoel Cabral Machado.

Estudantes conhecem o legado de Manoel Cabral Machado.

 Imagem Cabral Machado: Divulgação.


Publicado originalmente no site do Palácio Olímpio Campos,
em 12/04/2016.

Estudantes conhecem o Palácio-Museu e o legado de Manoel Cabral Machado.

Manoel Cabral Machado tinha uma memória e uma capacidade intelectual prodigiosas. Leitor voraz e com uma sede de conhecimento enorme, era dono de uma vasta biblioteca que guardava exemplares raros. Nascido em 1916, faleceu aos 92 anos, cego, porém lúcido. Nessa quarta-feira, 25, o professor, intelectual e político sergipano de Rosário do Catete foi homenageado pelo Palácio-Museu Olímpio Campos, abrindo a primeira de uma série de rodas de leitura que o PMOC pretende promover ao longo de 2012. Estudantes do ensino médio e familiares de Manoel Cabral Machado, que empresta o nome à Biblioteca e Centro de Pesquisa do PMOC, foram convidados para participar da primeira Roda de Leitura do PMOC que teve como mediadora nessa edição a professora Roseneide Santana, da coordenação do PROLER da Universidade Federal de Sergipe.

A tarde contou ainda com a apresentação musical do maestro Daniel Freire, membro da Orquestra Sinfônica do Estado de Sergipe que executou, dentre outras, ?Luar de Capela' de autoria de Manoel Cabral Machado. O intelectual da Academia Sergipana de Letras, Estácio Bahia proferiu palestra relembrando as principais contribuições do homenageado da tarde. Além dos estudantes, representantes da sociedade civil, Academia Sergipana de Letras e da Biblioteca Epifânio Dória marcaram presença no evento.

A grande capacidade intelectual levou Manoel Cabral Machado a ocupar assento na Academia Sergipana de Letras. Foi a mente brilhante e a capacidade para cuidar da coisa pública que o fez Deputado da Assembleia Legislativa em três legislaturas e vice-governador do Estado de Sergipe, no Governo de Lourival Batista (1966 a 1970). Como político foi responsável pela fundação de quatro faculdades no Estado - Ciências Econômicas, Direito, Filosofia e Serviço Social - na Universidade Federal de Sergipe.

Amante das letras, escreveu diversos ensaios, poesias e artigos sobre a sociedade sergipana, tendo sido um dos mais atuantes intelectuais sergipanos. Mesmo depois de ficar cego, Cabral Machado não parou de "ler" nem de "escrever". Contam os relatos bibliográficos que as secretárias liam, ele ouvia e, com sua memória prodigiosa, elaborava na cabeça os textos e os ditava para elas as palavras a serem ordenadas na tela do computador e depois impressas no papel.

Exemplo

Manoel Cabral Machado manteve durante toda a sua vida uma importante biblioteca que foi doada integralmente pela família para compor o acervo do Palácio-Museu Olímpio Campos, um anos após a sua morte. As obras escritas por ele, e o acervo de livros que guardava foram apresentados aos participantes da roda que saíram encantados do evento. "Foi maravilhoso conhecer esse sergipano. Já tinha vindo aqui no Palácio-Museu, passado por essa biblioteca, mas nunca me ative a esse sergipano ilustre. Que maravilha! Essa vontade de aprender e de conhecer sempre deve servir de exemplo para todos. Eu já tomei esse exemplo para mim", disse a estudante Ana Paula Freitas.

Cronista, ensaísta, poeta, cientista, ficcionista, palestrante e eloqüente orador , Manoel Cabral Machado era filho de um médico de Brejo Grande e de uma herdeira da família Cabral de Capela, cidade em que foi criado e que considerava sua verdadeira terra natal. Graduou-se em Direto pela então Escola de Direito da Bahia e retornou a Aracaju para ser secretário do prefeito José Garcez Vieira.

Foi diretor do Serviço Público a convite do secretário Francisco Leite Neto, no governo Maynard Gomes, secretário da Fazenda e secretário chefe da Casa Civil no primeiro governo José Rollemberg Leite, secretário da Educação no governo Celso de Carvalho e procurador geral no governo Antônio Carlos Valadares. Foi diretor, já na idade madura, do Departamento Jurídico do Tribunal de Justiça nas gestões de Luiz Rabelo Leite e Clara Leite de Rezende, de onde se retirou quando se agravou o problema da cegueira.

Manoel Cabral Machado faleceu em janeiro de 2009, a nove meses de completar 93 anos. Católico fervoroso casou-se com Dona Lourdinha, com quem teve seis filhos.

Texto e foto do evento reproduzidos do site: palacioolimpiocampos.se.gov.br

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Livros de cordel e cordelistas sergipanos


Publicado originalmente no blog Sergipe Cultura, em 5/11/2011.

Livros de cordel e cordelistas sergipanos

A produção literária em livretos de cordel é rica em Sergipe. Em várias feiras do interior e no Mercado Central A de Aracaju existem poetas populares vendendo suas obras.

Originalmente esses livretos mediam 16x11 cm, tinha dimensões de livros de bolso. A grande maioria das capas trazia um desenho, o título e o nome do autor impressos em xilogravura. Todas as páginas são numeradas e variam de 8, 16 e 32. As composições são também variadas: sextilhas, sétimas, oitavas e décimas. O que realmente importa é a rima, mesmo o poeta usando falsos ditongos como sílaba única. A composição rítmica de uma história é a mesma do começo ao fim.

As temáticas da literatura de cordel são extremamente amplas e variadas: o cangaço, a política, o amor, o crime, fatos sobrenaturais, fantasias, valentia.

Na atualidade, os livretos são produzidos em gráficas, ocorrendo transformações nos seus projetos gráficos (formato, tipo de papel, cores, confecção da capa). Além disso, existe uma maior diversificação das temáticas: educação, formação política, biografias de personalidades, avanços científicos e tecnológicos, esportes, acontecimentos contemporâneos, entre outros.

Alguns dos mais conhecidos cordelistas de Sergipe são: Pedro Alves da Silva, Manoel de Almeida Filho, José Marins dos Santos, Severino Milanez, José Pacheco, Manoel Serafim, João José Silva, João Ferreira da Silva, Zezé de Boquim, Gilmar Santana, Severino José, Ronaldo Dórea Dantas, João Firmino Cabral, Zé Antônio dos Santos, entre outros.

Texto e imagem reproduzidos do blog: sergipecultura.blogspot.com.br

Manoel Bomfim: o "professor de professores" sergipano



Publicado originalmente no blog Sergipe Cultural, em 14/08/2012.

Manoel Bomfim: o "professor de professores" sergipano*
Por Antônio Wanderley de Melo Corrêa**

Manoel Bomfim foi um dos maiores intelectuais sergipanos de todos os tempos e um dos maiores do Brasil nas três primeiras décadas do século 20. Segundo um de seus biógrafos, o alagoano Ronaldo Conde Aguiar, o “esquecimento” de sua obra, profunda e volumosa, e de sua personalidade marcante, se deveram a algumas condições: a sua não aceitação em fazer parte dos 40 primeiros imortais da Academia Brasileira de Letras, convidado pelo fundador Machado de Assis; à sua crítica furiosa, radical (de raiz) e consistente às elites da República Velha; a não adesão do intelectual sergipano à Revolução de 1930, que para ele “não traz substituição de gentes, nem de programas, nem de processos”; não ter absolvido o Socialismo como teoria para sua obra nem para a sua militância, não obstante ter sido um simpatizante da Revolução Bolchevique de 1917. Sobre o Socialismo, Bomfim pontificou: “seria um sistema perfeito, se os homens fossem perfeitos”.

Este escrito é uma pequena contribuição para o (re) conhecimento sobre a vida e a obra do médico, psicólogo, escritor, pedagogo, professor, homem público, sociólogo e historiador sergipano, desconhecido da imensa maioria dos seus conterrâneos do presente.

Manoel José do Bomfim nasceu em Aracaju em oito de agosto de 1868, filho de um próspero comerciante da Rua da Aurora (atual Avenida Rio Branco) e proprietário do engenho Quiçamã (São Cristóvão): Paulino José do Bomfim e de Maria Joaquina do Bomfim. “Nezinho” foi o quarto dos 13 filhos do casal. Por volta dos 12 anos foi morar no engenho Quiçamã, ajudando o pai a administrar a propriedade. Aos 16 anos, comunicou aos genitores a sua intenção de sair de Sergipe para se tornar médico.

Em 1886, o jovem Manoel José, com apenas 18 anos, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia. Dois anos depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu o poeta Olavo Bilac, tornando-se seu amigo até a morte deste em 1918. A dupla Bomfim e Bilac iria, nos 30 anos seguintes, realizar vários projetos literários e educativos. Em 1890, com 22 anos, concluiu o curso de Medicina com a tese “Das Nephrites”.

O ano de 1891 foi significativo para Bomfim. Foi nomeado médico da Secretaria de Polícia do Rio de Janeiro e casou-se com Natividade Aurora de Oliveira. No ano seguinte, foi promovido a tenente-cirurgião da Brigada Militar (atual Polícia Militar) da capital federal de então. Naquele período escreveu seus primeiros artigos para a imprensa, atividade a qual realizou por quase toda a vida.
Em 1894, com 26 anos, Bomfim perdeu seu pai Paulino José e, meses depois, sua filha Maria de três anos, durante uma epidemia de tifo. Desiludido com a Medicina abandonou a profissão.

No ano de 1897 foi nomeado diretor-geral do Pedagogium, uma instituição federal criada por Benjamim Constant para a profissionalização e o aperfeiçoamento de professores públicos e particulares. Ao mesmo tempo lecionava a disciplina Instrução Moral e Cívica na Escola Normal, de formação de professores do Curso Primário, do Rio de Janeiro. Ainda lecionou nesta instituição as disciplinas Pedagogia e Psicologia Aplicada à Educação. No ano seguinte, foi nomeado o diretor da Instrução Pública (cargo equivalente ao de secretário de educação na atualidade) do Distrito Federal. No Pedagogium, Bomfim instalou o primeiro Laboratório de Psicologia Experimental do Brasil.

Por ter se tornado um homem público no campo da educação, ter escrito vários livros para o trabalho educativo, ser formador de professores e um defensor incansável da instrução sistemática para todos os brasileiros, se autodenominava um “professor de professores”. E o foi até os seus últimos dias. No seu derradeiro livro tratou da educação brasileira, como informaremos adiante.

Nos anos seguintes publicou, em parceria com Olavo Bilac, Livro de Composição para o Curso Complementar das Escolas Primárias (1899) e Livro de Leitura para o Curso Complementar das Escolas Primárias (1901).

No biênio 1902/1903 estudou Psicologia em Paris, com bolsa do Governo Federal.
Após ser solicitado por jornalistas parisienses para que escrevesse um artigo sobre a América Latina e o Brasil (em 1903), Bomfim escreveu um livro: América Latina Males de Origem, o seu primeiro título histórico-sociológico, publicado em 1905, tendo o autor a idade de 37 anos.

América Latina foi um livro original, contrário à visão preconceituosa que os europeus tinham dos latino-americanos, associando a mestiçagem a uma suposta inferioridade física, intelectual e moral. Visão esta, aceita e reproduzida por muitos intelectuais brasileiros de então. Apesar da boa aceitação, o livro foi criticado e desqualificado violentamente por Silvio Romero, conterrâneo de Bomfim. 

Romero era um dos maiores representantes das teorias racistas de superioridade da “raça” ariana ou germânica diante das “raças” mestiças locais. Para ele, os mestiços eram “uma sub-raça brasileira cruzada”. Darcy Ribeiro (ver fontes) adjetivou América Latina como “um livro extraordinário”.

Naquele mesmo ano (1905), junto com Luis Bartolomeu e Renato de Castro, fundou a revista infantil O Tico-Tico. A primeira revista em quadrinhos semanal e colorida do Brasil. Foi um sucesso desde a sua primeira edição. Foi publicada por quase 57 anos, até fevereiro de 1962, totalizando 2097 edições, divertindo e educando várias gerações de brasileiros.

Em 1906, Bomfim propôs ao prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, a idéia da composição de um hino à Bandeira Nacional. O projeto foi concretizado, o Hino à Bandeira, Letra de Olavo Bilac e música de Francisco Braga, espalhou-se pelo Brasil e foi oficializado pela República em 19 de novembro daquele ano.

Na legislatura 1907/1908, Bomfim foi eleito deputado federal, formando com Felisbelo Freire, Gilberto Amado e Silvio Romero uma “prestigiosa bancada sergipana”. Naquele período, além de parlamentar, exerceu outra vez o cargo de chefe da Instrução Pública do Distrito Federal (Rio de Janeiro).

Em março de 1908, o deputado federal Manoel Bomfim chegou a Aracaju com a família, Natividade e seu filho Aníbal. Veio visitar sua mãe e irmãos, reunir-se com políticos correligionários da capital e do interior, agradecer os votos que o elegeram e reorganizar os negócios da família, entre eles a venda do engenho Quiçamã, em função da crise da produção açucareira que atingia o estado. Em 14 de fevereiro de 1909, após a derrota pleiteando a reeleição, Bomfim e família embarcaram no navio Satélite de volta ao Rio de Janeiro. Não mais voltaria a Sergipe.

Em 1910, aos 42 anos, publicou, em parceria com Bilac, o livro de leitura escolar Através do Brasil, que foi lido por diversas gerações de brasileiros nos bancos escolares ao longo do século 20, tendo 66 edições até 1965. Um marco na literatura escolar brasileira. Da geração dos nossos avós para trás, todas as crianças brasileiras que foram à escola, aperfeiçoaram a leitura se deliciando com as aventuras dos garotos Carlos, Alfredo e Juvêncio de Através do Brasil.

Em 1911, o “professor de professores” reassumiu a direção do Pedagogium, ficando até 1919, quando foi extinto. Por 19 anos dirigiu aquela instituição.

Em 1915, em plena Primeira Guerra Mundial, Bomfim escreveu dois artigos no Jornal do Comércio (do Rio de Janeiro) intitulados A Obra do Germanismo, nos quais criticou os interesses geopolíticos da Alemanha e a responsabilidade daquele país em deflagrar o conflito. Transformou os artigos em um livreto e destinou o rendimento da venda da publicação à Cruz Vermelha da Bélgica, país invadido brutalmente pelo exército alemão. Ao final da guerra, em 22 de novembro de 1918, foi condecorado pelo rei Alberto I da Bélgica com a Ordem Leopoldo.

Outras publicações de Bomfim: Lições de Pedagogia: Teoria e Prática de Educação (1915); Noções de Psicologia Escolar (1916); Primeiras Saudades (1919); A Cartilha, Lições e Leituras, Crianças e Homens, Livro dos Mestres: com Aplicações à Linguagem do Ensino Primário (1922); Estudo do Símbolo no Pensamento e na linguagem (1923); O Método dos Testes (1928) em parceria com Ofélia e Narbal Fontes.

Foi redator de várias revistas e colaborou com alguns dos maiores jornais da época: Notícia, Tribuna, Jornal do Comércio e Paiz.

Entre os muitos amigos ilustres do “professor de professores” sergipano, destacaram-se: Olavo Bilac, Alcindo Guanabara, Aluísio Azevedo, Arthur Azevedo, Paula Nei, Luis Murat, Pardal Mallet, Guimarães Passos, Raul Pompéia, Humberto de Campos, Gilberto Amado, Coelho Neto, Pinheiro Machado, Graça Aranha, Juracy Camargo e Medeiros de Albuquerque.

Não obstante possuir uma mente brilhante e enorme capacidade de trabalho, Bomfim era uma personalidade de temperamento forte, teimoso, intransigente, rigoroso no julgamento, inclusive consigo mesmo. Como a contradição é uma marca do espírito humano, ele teve fama de sedutor e de ter relacionamentos paralelos ao casamento com a companheira de toda a vida: Natividade Aurora.

No ano de 1926, começou a ter problemas com a saúde. Em 1928, descobriu que estava com câncer na próstata. Percebendo que lhe restava pouco tempo de vida, dedicou-se corajosamente a escrever. Iniciava-se ali a fase mais brilhante de sua carreira de escritor. Entre 1928 e 1932, os últimos lustros de sua vida, o pedagogo sergipano escreveu a trilogia histórico-sociológica que o consagrou, além de mais um título sobre educação. Não queria morrer sem deixar prontas as obras sobre o Brasil que tanto amava.

Sofreu terrivelmente com a doença evoluindo para a metástase. Foi internado várias vezes e sofreu, nada mais nada menos que, 14 cirurgias. Vivia a maior parte do tempo deitado, sentindo dores atrozes por não aceitar sedativos, debilitado ao extremo. Mesmo assim, não abandonava a máquina de escrever.

Num esforço heróico, escreveu e publicou O Brasil na América (1929) com mais de 400 páginas; O Brasil na História (1930) com quase 600 páginas; e O Brasil Nação (1931), este último em dois volumes.

Com as forças físicas praticamente anuladas, produziu seu último trabalho Cultura e Educação do Povo Brasileiro prostrado no seu catre de dor e de idéias, ditando ao teatrólogo Juracy Camargo (autor da peça Deus lhe Pague). O livro foi publicado postumamente em 1933 e premiado pela Academia Brasileira de Letras.

Finalmente, na noite de 21 de abril (Dia de Tiradentes, o mártir da Independência) de 1932, Manoel José do Bomfim deu seu último suspiro. Tinha 64 anos. No dia seguinte, 22 de abril (Dia oficial do achamento do Brasil), o cortejo fúnebre saiu do bairro de Santa Teresa em direção ao Cemitério São João Batista. O sepultamento aconteceu no final daquela tarde nublada, bem simbolizando a tristeza dos familiares e amigos do “professor de professores” sergipano. Até o presidente da República, Getúlio Vargas, enviou representante.

Os biógrafos e estudiosos da obra de Bomfim são praticamente unânimes em afirmarem que o seu esquecimento não foi por mera obra do acaso ou por simples displicência da memória coletiva. Por ter sido um homem à frente de seu tempo, foi rejeitado e amaldiçoado pelas elites conservadoras e atrasadas da República Velha oligárquica e repressora.

Pela profundidade, originalidade, amplitude e atualidade de sua obra, em função das idéias antiimperialistas, anti-racistas, democráticas, de educação pública generalizada, por criticar os pífios investimentos governamentais em educação, por propor uma escola sem castigos físicos e humilhantes e com uma educação humanizante e prazerosa, além do “desmesurado amor pelo Brasil”, nas últimas décadas vêm ocorrendo o redescobrimento de Manoel Bomfim. Diversos intelectuais vêm se debruçando sobre os escritos do sociólogo sergipano. Um número significativo de teses e artigos são produzidos por historiadores, sociólogos, geógrafos, psicólogos e pedagogos nas universidades e institutos de pesquisa. Editoras do porte da Topbooks e da Companhia das Letras reeditaram vários de seus trabalhos, inclusive uma caudalosa biografia do “professor de professores” com 560 páginas (AGUIAR, 2000).

Vários intelectuais sergipanos vêm citando, analisando e tendo como referência teórica a obra grandiosa do conterrâneo aqui biografado. Eis alguns deles: Ivo do Prado, Ariosvaldo Figueiredo, Maria Thétis Nunes, Terezinha Oliva, Marta Cruz, José Vieira da Cruz e Antônio Bittencourt.
Em 2010, a deputada estadual Ana Lúcia fez uma propositura solicitando a transformação do prédio onde nasceu e viveu por 12 anos o “professor de professores” em um “Memorial Educador Manoel Bomfim”. O imóvel é situado na Avenida Rio Branco (A “Rua da Frente”, antiga “Rua da Aurora”) próximo à Praça Fausto Cardoso em Aracaju, onde abrigou o antigo jornal Diário de Aracaju e a Rádio Jornal AM. O objetivo do Memorial é preservar e tornar reviva a história da educação em Sergipe.

Para concluir, pequenos fragmentos do pensamento de Bomfim sobre dois temas atualíssimos: o meio ambiente e a democracia, numa época na qual quase ninguém se importava com a devastação da natureza, enquanto a democracia no Brasil oligárquico era uma palavra sem muito sentido.

“A natureza é inesgotável, com a condição, porém, de que a estudemos, e que alcancemos aproveitá-la e explorá-la, sem que a inutilizemos. (...) pensem, então, nas ferozes devastações dos nossos bosques e matas, tão úteis à vida; pensem no que se tem perdido, da uberdade do nosso solo, nos incêndios bárbaros que a ignorância da nossa lavoura acende todos os dias, desde quatro séculos, por sobre milhares de léguas quadradas de terras, que, férteis e virgens ontem, (...), estão hoje convertidas em campos ásperos, agrestes, nus, que só muito trabalho e muita ciência poderão restituir à cultura”. (in América Latina: Males de Origem, 1905).

“A democracia, voz da maioria, converteu-se em regime de exploração da maioria trabalhadora, (...). Senhora dele [o capital], uma minoria pode subordinar o aparelho democrático aos interesses capitalistas e, arrimada nos direitos patrimoniais, pessoais, exige a garantias dos privilégios de fato em que está montada, privilégios que significam justamente o sacrifício do grande número”. (in O Brasil Nação, 1931).

* Artigo publicado no Jornal do Dia, Aracaju: 08 e 09 ago 2012. P. 04.

** Licenciado em História pela UFS, professor das redes públicas estadual (SEED) e municipal de Aracaju (SEMED) e co-autor do livro didático Sergipe Nosso Estado.

FONTES:
AGUIAR, Ronaldo Conde. O Rebelde Esquecido: Tempo, Vida e Obra de Manoel Bomfim. Rio de Janeiro: Topbooks, 2000.
BILAC, Olavo. BOMFIM, Manoel. Através do Brasil: Prática da Língua Portuguesa. Coleção Retratos do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
BOMFIM, Manoel. América Latina: Males de Origem (Prefácios de Darcy Ribeiro, Franklin de Oliveira e Azevedo Amaral). 4ª edição. Rio de Janeiro: Topbooks, 1993.
BOMFIM, Manoel. O Brasil Nação: Realidade da Soberania Brasileira (Prefácios de Wilson Martins e Ronaldo Conde Aguiar). 2ª edição. Rio de Janeiro: Topbooks, 1996.
BOMFIM, Manoel. O Brasil na América: Caracterização da Formação Brasileira (Prefácio de Maria Thétis Nunes). 2ª edição. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.
CRUZ, Jose Vieira da; BITTENCOURT JUNIOR, Antonio (Organizadores). Manoel Bomfim e a América Latina. Aracaju: Editora Diário Oficial, 2010.
SANGALLI, Adriana. Prédio do Antigo Diário de Aracaju Pode se Tornar Memorial Manoel Bomfim. Agência de Notícias da Assembléia Legislativa de Sergipe (Internet). 10 fev. 2011.
SANTANA, Sonia Cristina Pimentel de. Manoel Bomfim: Resgate de um Educador Comprometido com a Causa da Instrução Pública Brasileira. Boletim Informativo. Ano IV. Nº VIII. São Cristóvão: UFS/Departamento de Ciências Sociais/NPSE, agosto a dezembro de 1999.

Texto e imagens reproduzidos do blog: sergipecultura.blogspot.com.br