terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A Naif Ana Denise Resgatando a História e Eternizando Lembranças



A Naif Ana Denise Resgatando a História e Eternizando Lembranças.

Por Luduvice José*

Sergipe, inegavelmente, dispõe de um bom naipe de artistas plásticos, cada um na sua especificidade e comprometidos com o fazer, construindo um caminho que naturalmente filtra tendências e revela talentos. Nesta minha caminhada como galerista privado, como jornalista e como diretor de Galeria oficial, além de ter costurado apresentações de mostras de artistas daqui e alhures e formatado textos críticos sobre muitos artistas, tive o privilégio de observar e comparar produções locais e nacionais e inferir no processo de debruçar-me no trabalho de alguns artistas em especial, a exemplo de José Fernandes, Melcíades, Inácio, Florival e Álvaro, Wellington Oliveira, Félix Mendes, Hortência, Adauto Machado e alguns mais novos. Nessa andança, chama-me atenção de forma especial o trabalho de ANA DENISE, num NAIF bem cuidado e sério, não apenas pela identidade tonal e de grafismo, mas pela proposta do resgate, assim como uma vereda lúdica das brincadeiras de criança ( um retorno ao próprio passado e à observância ao derredor). Mas um salto quântico de responsabilidade ao vestir o ontem e trazê-lo ao hoje para perpetuar a história e sobretudo, eternizar lembranças que se mesclam entre o que ainda possa ter pedaços a serem vistos e depoimentos, experiências e testemunhos de pessoas que vivenciaram ou foram atores de algo significativo que é imperativo perdurar.

Neste CORREDOR CULTURAL de dezembro, neste dia 13, ANA DENISE excede no resgate e no eternizar lembranças, numa temática natalina encrustada no Parque Teófilo Dantas, resgatando o eterno NATAL NA PRAÇA DA CATEDRAL e eternizando lembranças do CARROSSEL DE TOBIAS numa linguagem altiva e contemporânea, cristalizando em telas, lembranças com aura de liberdade revelada pelo tropel dos cavalos do carrossel ultrapassando o espaço circunscrito e leves e soltos, tomando conta do local sem amarras ou limites, desembestando na mente libertária do fazer artístico, consciente e sem improvisos comerciais.

*jornalista e crítico (Dezembro/2016).

Texto e imagens reproduzidos do Facebook/Luduvice José.

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