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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Itabaiana faz carrocerias para o Norte e Nordeste

As fábricas de Itabaiana produzem cerca de 3 mil carrocerias por ano.

Publicado originalmente no site Destaque Notícias, em 02/02/ 2016.

Itabaiana faz carrocerias para o Norte e Nordeste

Considerada a capital nacional do caminhão, Itabaiana é também o município que mais fabrica carrocerias. Levantamento feito pela Secretaria municipal da Indústria e Comércio mostra que existem hoje na cidade 11 indústrias que produzem juntas mais de 13 mil carrocerias e abastecem Sergipe, todo Norte e Nordeste e parte de Minas Gerais. A cadeia produtiva de madeira de Itabaiana é composta ainda por 12 madeireiras e 75 marcenarias que, juntamente com as fábricas de carrocerias empregam diretamente mais de 500 pessoas.

No ramo há 25 anos, o empresário José Neilton Santos comanda a ‘Madeireira e Fábrica de Carrocerias União’, uma das três maiores do município. “Aqui a gente apronta quatro carrocerias por dia e trabalha de segunda a sexta-feira”, afirma. O modelo mais procurado é o ‘carga seca’, vendido por R$ 1,2 mil o metro quadrado. Outros tipos também podem ser encomendados, a exemplo das graneleira e sobregrade para animais. Uma prova do sucesso das indústrias itabaianeses fora do Estado é a ‘Fábrica de Carrocerias Novas Itabaiana’. Apesar do nome, ela está localizada na cidade baiana de Feira de Santana e reproduz os mesmos modelos fabricados pelas empresas sergipanas.

De acordo com Francisco Altamiro Brasil, secretário municipal da Indústria e Comércio, Itabaiana vende mensalmente cerca de 250 caminhões, o que significa dizer que somente para atender esses veículos são produzidas 3 mil carrocerias por ano. No município também existem empresas especializadas em alongamento de eixo. Portanto, são vários fatores que atraem os compradores de caminhões novos. Eles vão em busca de preço bom e porque sabem que lá mesmo em Itabaiana podem mandar alongar o eixo e fazer a carroceria. Ou seja, o caminhão já sai do município pronto para fazer o primeiro frete.

Não é sem motivos que grandes empresas como Mercedez Benz, Scania, Volvo, Volkswagem e Iveco fazem questão de estarem presentes na tradicional Festa do Caminhão, realizada todos os anos e que reúne caminhoneiros de várias parte do país. Para atender ao grande número de veículos, existem na cidade cerca de 900 mecânicos em motores diesel e gasolina e casas especializadas em balanceamento e alinhamento; instalação e manutenção de acessórios; manutenção e reparação mecânica e elétrica; recondicionamento e recuperação de motores.

Montadora

Também filha de Itabaiana, a deputada estadual Maria Mendonça (PP) solicitou recentemente ao governador Jackson Barreto (PMDB) o apoio à luta do município para conseguir atrair a indústria russa Kamaz, que fabrica caminhões e emprega mais de 56 mil pessoas em vários países. Segundo a parlamentar, a empresa pretende se instalar no Brasil, sendo Sergipe aparece no estudo de viabilidade para definir a localização da montadora. “Não tenho dúvida que se o Estado oferecer incentivos fiscais e as condições necessárias, Itabaiana será escolhida para a instalação da empresa, pois, tem uma gente trabalhadora e empreendedora, além de ser a capital brasileira do caminhão”, discursa a deputada.

Coube ao senador itabaianense Eduardo Amorim (PSC) apresentar o Projeto de Lei consagrando o município como ‘Capital Nacional do Caminhão”. O objetivo da proposta aprovada pelo Senado é valorizar simultaneamente, o caminhoneiro, o caminhão e a cidade. Na justificativa, o senador argumentou sobre a posição estratégica de Itabaiana no que diz respeito ao transporte de cargas para a Região do Nordeste. “São cinco mil emplacados, além de mais de quatro mil caminhões que foram registrados em outros estados, totalizando aproximadamente 10 mil numa cidade que conta com 100 mil habitantes”, afirma Amorim.

Por Adiberto de Souza.
Crédito: Arquivo/Google.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Itabaiana exporta semi joias

Itabaiana está entre as cidades brasileiras que mais produzem semi joias.

Publicado originalmente no site Destaque Noticias, em 10/01/2016.

Itabaiana exporta semi joias.
Por Adiberto de Souza.

Os empresários não falam em cifras, mas comenta-se que o setor movimenta no município algo em torno de R$ 10 milhões anuais. As indústrias de semi joias empregam cerca de 800 pessoas, todas com carteiras assinadas. “Como a demanda por mão de obra é grande, antes terceirizávamos muito. Hoje, ainda terceirizamos, mas desde que as empresas sejam regularizadas e respeitem o trabalhador, conforme acordo feito no Ministério Público do Trabalho”, explica Luiz Carlos Santana, o ‘Bebeléu’, dono da JSL Folheados.

Cada vez mais crescendo no mercado, a semi joia é um meio termo entre joias e bijouterias. Trate-se de peças produzidas em metais não preciosos, que passaram por banho de ouro18 quilates, ródio ou prata. Portanto, é um produto mais personalizado e com uma vida útil maior que o da bijouteria. E ao mesmo tempo é também um acessório mais seguro que a joia propriamente dita, além de ter um preço muito mais acessível.

Criada há 20 anos, a JSL Folheados tornou-se referencia nacional e hoje é destaque dentro e fora de Sergipe. A marca possui representantes em grande parte dos Estados. “Só não vendemos, atualmente, ao Maranhão e ao Amapá, pois estamos sem representante lá, mas já estamos buscando parceiros”, afirma o presidente da empresa, Luiz Carlos Santana. “Na época em que começamos, a procura pelas semi joias era grande, mas não tínhamos como produzir. Na época, poucas pessoas tinham conhecimento, podemos dizer que a mão de obra era o que valia ouro”, brinca.

Só investe em Itabaiana

Ainda muito jovem, ‘Beleléu’ foi tentar a vida em São Paulo, aonde aprendeu o ofício. Mas a saudade da terra natal só o deixou três anos afastado de casa. “Lá era muito frio. Depois, eu amo demais Itabaiana, tanto que já recebi propostas de abrir empresas em outras cidades, com todos os incentivos, mas não aceitei. Só invisto em meu município e em Sergipe”, garante Luiz Carlos.

O empresário explica que um brinco, por mais simples que seja, chega a passar pelas mãos de um profissional por até 15 vezes, “pois só sái da fábrica com o padrão de qualidade tradicional das mercadorias itabaianenses”. A princípio, o processo se dá com a montagem da peça, que já possui designers especializados em Itabaiana. Depois de montada, passa por sete banhos de produtos químicos, sendo inicialmente uma lavagem, dois banhos de cobre, um de ácido por duas vezes e outro alcalino, um banho de níquel e mais três de prata ou ouro a depender da peça.

A química responsável pela linha de produção da empresa Zarrara, Márcia Passos, informa que verifica passo a passo todo o processo, para que a semi joias tenham durabilidade e que o produto seja reconhecido nacionalmente por seu padrão de qualidade. O processo de fabricação na indústria itabaianense leva em conta a responsabilidade ambiental. Durante todo o processo químico, um exaustor industrial recolhe o ar, transforma-o em água, que é levada até imensas caixas d’água para ser decantada e acrescida de produtos que fazem a separação dos elementos químicos utilizados. A sobra – uma espécie de lama -, é compactada e enviada para a Alemanha, aonde tudo é reutilizado.

A água usada nos banhos das semi joias também é recolhida e, depois de retirados os produtos químicos, volta a ser reaproveitada para o banho de outras peças. “Antes de trabalhar aqui, eu usava uma semi joia, mas jamais imaginava todo esse processo. Hoje, trabalhando na área, vejo que se trata de alta tecnologia industrial”, atesta a química Márcia Passos.

Usa o que faz

Todo esse processo resulta em ótimos negócios, mas o que, de fato, faz este setor ser tão grande é a vaidade feminina. É muito por causa disso que as semi joias contribuem para manter Itabaiana com a fama de ‘cidade do ouro’. Nas joalherias da cidade, além dos produtos genuinamente feitos com mais puro e nobre metal, as semi joias ganham um espaço cada vez melhor, tanta pela beleza, quanto pela qualidade dos produtos.

“Eu tenho minhas joias, mas no dia a dia a gente usa mesmo são as semi joias, pois elas são muito bonitas e práticas. E as feitas aqui em Itabaiana são muito especiais”, garante a secretária Gleide Selma de Jesus, que faz uso constante do produto. “Inclusive hoje estou com um anel que é semi joia”, afirma Gleide.

E é também na sociedade que os aspectos positivos dessa cadeia produtiva se faz presente. “Costumo dizer que quem trabalha vira gente, pois o emprego dá dignidade, investir em nossa cidade e em nossa gente é uma coisa que me orgulha bastante”, disse Luiz Carlos, citando um bom exemplo. “Dentre nosso funcionários, vejo pessoas que cresceram enquanto cidadãos com o trabalho. Isso é um motivo de muito orgulho para todo empresário. Saber que aqueles jovens que poderiam estar nas ruas, estão trabalhando”, frisou.

No Brasil, mais de 3 mil micro e pequenos empresários trabalham no mercado de bijuterias e semijoias. Em São Paulo, um ateliê se destaca na fabricação de peças com as cores e símbolos do Brasil. De acordo com o consultor Bill Provin, existem duas maneiras de começar um negócio de semijoias com baixo investimento. A primeira é comprar em feiras e revender para o consumidor final – o que exige investimento inicial aproximado de R$ 5 mil. Também é possível comprar a matéria-prima, montar as peças e vender para lojistas. Neste caso, o investimento inicial num ateliê é de cerca de R$ 30 mil.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

terça-feira, 8 de setembro de 2015