domingo, 31 de janeiro de 2016

Igrejinha da Fábrica Sergipe Industrial, Bairro Industrial, em Aracaju

Foto: Eduardo Cabral.
Reproduzida do Facebook/MTéSERGIPE.

Augusto Franco Cabral, "Augusto do 315"

Foto: Eduardo Cabral.
Reproduzida do Facebook/MTéSERGIPE.

Chegança na Festa dos Santos Reis, em Japaratuba

Foto: Eduardo Cabral.
Reproduzida do Facebook/GrupoMTéSERGIPE.

Festa dos Santos Reis, em Japaratuba (Xangô de Zé Mussu)

Foto: acervo Eduardo Cabral.
Reproduzida do Facebook/GrupoMTéSERGIPE.

“Anistia não deveria valer para torturadores” (Bosco Mendonça)


Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 29/01/2016.

“Anistia não deveria valer para torturadores”.

Bosco e sua esposa, Ana Côrtes, foram sequestrados e torturados por 60 dias. Bosco foi condenado e ficou preso por quase cinco anos.

Por: Valter Lima/Da equipe JC.

A Comissão Estadual de Verdade ouviu ontem Bosco Rollemberg no segundo dia de depoimentos de pessoas que sofreram tortura, em Sergipe, durante o período da ditadura militar. Bosco e sua esposa, Ana Côrtes, foram sequestrados e torturados por 60 dias. Bosco foi condenado e ficou preso por quase cinco anos. Ao JORNAL DA CIDADE, ele definiu o tempo em que foi alvo das agressões dos militares como “um inferno” e se disse contrário à anistia dos torturadores.

“Vivemos o inferno. Como o ser humano é capaz de coisas maravilhosas e atos de amor e solidariedade, o ser humano também é capaz de muitos crimes, de muita maldade. Fui amarrado, espancado. Eles me encapuzaram, algemaram meus braços, colocaram uns óculos de borracha que apertava muito a cabeça, me deram murros, pontapés, choques elétricos na orelha, na língua, no pênis e nas nádegas, além da tortura psicológica. Me ameaçavam de morte. Torturaram minha esposa que estava grávida”, relatou Bosco.

Ele pontuou que não perdoa os torturadores. “O perdão o Estado já me pediu, mas eu não perdoo os torturadores. Acho um erro da experiência do povo brasileiro a Lei de Anistia ter perdoado esses animais bárbaros selvagens. Acho que é um erro que ainda deve ser reparado. Vamos lutar para mudar isso”, disse.

Para Bosco Rollemberg, o depoimento prestado ontem tem como principal significado tirar lições para os dias atuais. “Não tem aqui o espírito de mágoa, revanchismo ou sofrimento. Mas de tirar lições, pois um País que tem um projeto autônomo de desenvolvimento só alcançará êxito se fizer o balanço das suas experiências. Qualquer cidadão com menos de 35 anos não tem a consciência crítica nem informação do que foi o período da ditadura e por isso não consegue ter a noção exata da importância da liberdade democrática, da liberdade política, do direito e segurança de opinar livremente, de organizar um partido, disputar eleições, respeitar os mandatos”, afirmou.

Comissão.

Os depoimentos para a Comissão Estadual da Verdade foram iniciados na última quarta-feira, 26, quando Milton Coelho apresentou o seu relato. Hoje será a vez de Wellington Mangueira. Pouco mais de 20 pessoas falarão à comissão estadual. “Todos aqueles que foram presos durante a Operação Cajueiro, processados ou não, e até quem participou e conviveu, será chamado para prestar depoimento”, explica o coordenador do grupo, Josué Modesto.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Caminhada contra a intolerância religiosa é realizada em Aracaju







 Publicado originalmente no site Sergipe Cultural, em 25/01/2016.

Caminhada contra a intolerância religiosa é realizada em Aracaju

Com o objetivo de combater a intolerância religiosa, assim como toda e qualquer forma de preconceito ou discriminação contra as religiões de matriz africana e fomentar a construção de políticas públicas para as comunidades que seguem a mesma, o Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana, comissões de diversas entidades e terreiros realizaram na última sexta-feira, 22, a Caminhada Estadual Para Oxalá. Com o tema “Nada Abala Minha Fé”, o cortejo contou com o apoio do Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e teve início na Praça Fausto Cardoso em direção ao Mirante da Treze de Julho.

A Caminhada é uma das muitas atividades que ocorreram durante a semana em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que aconteceu no dia 21 de janeiro. Neste dia, cerca de 50 representantes de Umbanda e Candomblé de diversos municípios se reuniram no povoado do Quissamã para a elaboração de um documento oficial de reivindicação que deve ser encaminhado para os prefeitos municipais e para o Governador do Estado de Sergipe. O documento é composto por um conjunto de demandas das comunidades no que diz respeito à intolerância religiosa, liberdade de culto e laicidade de estado.

“Mesmo após tantos séculos da chegada do negro ao Brasil, a religião de matriz africana ainda sofre um processo de discriminação muito forte, e por conta desta intolerância e do fundamentalismo religioso que hoje está presente na sociedade brasileira é que a gente realiza essa caminhada. Uma caminhada para Oxalá, para mostrar para sociedade que todas as religiões podem viver em harmonia, combatendo essa intolerância e propondo ações de políticas afirmativas”, relatou um dos representantes do Fórum, Irivan de Assis.

Segundo o Babalorixá da Barra dos Coqueiros, Cigano, o principal problema do preconceito está justamente na falta de conhecimento das pessoas, que julgam a religião sem aprofundar-se na mesma. “Antigamente, nós que professamos a religião africana, não tínhamos a liberdade de culto que temos hoje, sofríamos muita repressão por parte da sociedade e das autoridades. Mas apesar do avanço nesse sentido, ainda temos que lutar diariamente contra o preconceito, tendo que mostrar que a religião afro-brasileira é como qualquer outra e deve ser respeitada”, enfatizou.

Vindo do povoado de Bom Jesus, de Laranjeiras, o Babalorixá José Raimundo acredita que enfrentar o preconceito é sempre um grande desafio, mas que se faz necessário. “Caminhadas como estas servem para mostrar a nossa força, para mostrar que a nossa religião irá continuar”. É o que também pensa Carlos Augusto (Pai Neguinho), do município de Riachuelo. “A Caminhada para Oxalá vem para combater o preconceito que ainda está presente na sociedade”.

Para a Mãe de Santo do município de Santo Amaro das Brotas, Alaídes dos Santos, manifestos como este são importantes na luta contra a intolerância religiosa. “Esta caminhada é para mostrar que nós temos o mesmo direito que as outras religiões de manifestar a sua fé”. Do mesmo município, Maria de Lourdes também acredita que vários avanços já foram conquistados, mas há ainda muito que se obter. “No passado a repressão era muito maior, mas ainda existe muita intolerância, e é por isso que estamos aqui protestando para termos efetivamente a liberdade de culto”, relatou.

Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br

Feira de verão movimenta turismo na Orla da Atalaia


Publicado originalmente no site ajn1, em 28/01/2016.

Feira de verão movimenta turismo na Orla da Atalaia

As cores e os cheiros são de chamar a atenção. Os sentidos ficam mais aguçados e se concentram em um espaço montado para atrair turistas e aracajuanos. Iniciada no último dia 15, a Feira de Verão, que acontece até próximo domingo, 31, na Praça de Eventos da Orla da Atalaia, movimenta o turismo local e expõe artesanatos, comidas, música e diversos produtos sergipanos em mais uma iniciativa apoiada pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Indústria Comércio e Turismo (Semict).

Ao todo, 240 expositores mostram o seu trabalho e apresentam algumas das milhares de vantagens de se conhecer Aracaju e o que ela tem para oferecer em diversos âmbitos. Além dos produtos mostrados em cada stand, o turista também confere o jeito aracajuano de receber bem aquele que chega e deseja voltar.

Segundo o consultor especial da Semict, Fábio Andrade, a feira conta com a parceria das Fundação Municipal do Trabalho (Fundat), Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e Secretaria Municipal da Comunicação (Secom). “Queremos divulgar Aracaju e, por isso, durante a feira é distribuído um material publicitário para que o turista saiba o que fazer na nossa cidade, quais as nossas comidas típicas. Fizemos um calendário amplo que conta ainda com música, ou seja, as riquezas da nossa cultura. Aproveitamos a alta estação justamente para potencializar a divulgação, já que a capital está cheia de turistas”, ressaltou Fábio Andrade.

Vinda de Salvador, dona Girlene Brito aproveitou a estadia em Aracaju para dar uma volta pela feira. Além de elogiar a educação dos aracajuanos, ela, quem veio pela terceira vez à capital, admirou o artesanato local. “Gosto muita da cidade e, sempre que venho, é correndo. Desta vez pude aproveitar um pouco mais e ver as coisas lindas que são produzidas aqui”, contou ela.

A simpatia do aracajuano encantou o casal Maria Helena Vanderlei e Carlos Alberto Vanderlei, por isso, mais uma vez eles saíram de Recife, no Estado de Pernambuco, para passar uma temporada na capital sergipana e puderam conferir os stands da Feira de Verão. “A feira nos mostra o que Aracaju tem de bom e eu achei tudo muito lindo, caprichado”, afirmou Maria Helena que teve a fala complementada pelo marido. “O Nordeste tem uma cultura muito rica e aqui na feira podemos ver as belezas que as pessoas daqui produzem”, reforçou ele.

Expositores empolgados

Andrea Valeriano trabalha durante todo o ano com artesanato. Sua arte é vista através das roupas que faz e que estão expostas na Feira de Verão. “Apesar da crise, nós esperamos vender bastante e mostrar o nosso trabalho. A feira é uma oportunidade boa para contribuir com a renda”, considerou.

Há mais de 10 anos e contando com a ajuda da família, o senhor Jair Carlos de Melo já está acostumado a lidar com turista e expor aquilo que faz com tanto gosto. “Trabalho com isso e me orgulho. O que faço mando para lugares como Rio de Janeiro e São Paulo e meu artesanato faz sucesso. Nosso turismo cresceu muito e, nessa época dos anos temos que aproveitar o fluxo pra divulgar nossa arte e a nossa cidade”, disse ele entusiasmado.

Fonte: PMA.

Texto e imagem reproduzidos do site: ajn1.com.br

José Victor Menezes Teles, na TV Globo


Publicado originalmente no site do Bareta.

Aluno duas vezes aprovado em Medicina é destaque em programa da TV Globo.

O estudante José Victor Menezes Teles, 15, do Colégio Estadual Murilo Braga, em Itabaiana (SE), foi destaque nesta quarta-feira, 27, do programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’, da Rede Globo.

Duas vezes vitorioso no quesito aprovação em Medicina da UFS, sendo a primeira com 14 anos de idade, o jovem tem ministrado palestras e participado de programas por conta da carreira exitosa nos estudos.

O programa mostrou o primeiro dia de aula na Universidade Federal de Sergipe e destacou o porquê de José Victor ter novamente participado do Enem, sendo novamente campeão.

“É uma sensação nova e realização de um sonho. Sempre quis seguir desde pequeno Geriatria”, afirmou o universitário a Fátima Bernardes.

José Victor lembrou ter estudado em duas escolas públicas da cidade de Itabaiana e destacou que muito do seu sucesso se deve aos professores, aos pais e, em especial, à força de vontade em querer acertar com determinação. “A força-motriz depende de nós”, disse.

Trajetória de sucesso

Quando foi aprovado em 2014, o aluno cursava o 1º ano do ensino médio na Escola Estadual Murilo Braga e alcançou a média final de 751,16 pontos nas provas e 960 pontos na redação do Enem 2014. João Vitor Teles precisou de uma decisão judicial para ter direito à vaga conquistada.

Agora, com 15 anos de idade, o aluno se superou e alcançou 767,74 pontos na média final e 940 pontos na redação. Victor também aproveitou o tempo livre para escrever um livro contando a trajetória de sucesso, no qual também ele dá dicas para o Enem.

Texto e imagem reproduzidos do sitedobareta.com.br

Festa das Caretas vira patrimônio cultural de Sergipe


Publicado originalmente no site Destaque Notícia, em 28/01/2016.

Festa das Caretas vira patrimônio cultural de Sergipe.

O município sergipano de Ribeirópolis promove, amanhã e domingo, a tradicional Festa de Reis. A celebração, que acontece sempre uma semana antes do Carnaval, tem em sua programação um folguedo diferente: a Festa das Caretas.

Nesta brincadeira, homens, mulheres, idosos e crianças saem pelas ruas da cidade, logo ao raiar do dia, usando máscaras – as caretas. Uma banda de pífano costuma acompanhar o cortejo, fazendo a alegria dos foliões. Muitos levam tintas para pintar os participantes, deixando a festa ainda mais colorida.

Nesta edição, a Festa das Caretas terá um diferencial: desde o ano passado, o festejo se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Sergipe, após a sanção da Lei número 8.067/2015, de iniciativa do deputado estadual Georgeo Passos (PTC).

A ideia foi de reconhecer a importância da festa, criada no início do século passado pelo fazendeiro e comerciante José Robostiano de Menezes. “É um folguedo que há muito está enraizado nas tradições, não somente de Ribeirópolis, mas do Estado como um todo. Certamente, a Festa dos Caretas é um dos grandes patrimônios de Sergipe, pois são mais de 50 anos de tradição”, afirma o parlamentar.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

Artesanato no Mercado Municipal de Aracaju

Foto reproduzida do blog: audmara.blogspot.com.br
De: Audmara.

Caminhões levam diversas opções de gastronomia

 Roger é proprietário do Siga Aquele Harbúrguer,
 food truck de sucesso em Aracaju.

 Uma das especialidades do Siga Aquele Hambúrguer.

 El Carrito é especializado em comida argentina.

Empanadas servidas no El Carrito.
Créditos - Portal Infonet.

Infonet > Cultura > Noticias > 28/01/2016.

Food trucks caem no gosto dos moradores de Aracaju.

Caminhões levam diversas opções de gastronomia.

Tendência nascida nos Estados Unidos e que chegou ao Brasil por São Paulo, os foods trucks se espalharam rapidamente em Aracaju. Os caminhões, dotados de cozinha móvel e adaptados para transportar e vender comida, transitam em diferentes pontos da cidade, levando diversas opções de gastronomia.

Mais do que carrinhos de comida, os food trucks trazem uma nova conceito de comida de rua. Os proprietários dos foods trucks utilizam ingredientes selecionados, cuja maioria é produzida por eles mesmos. O trabalho é feito de forma itinerante e para atrair a clientela, a agenda com localização dos horários dos carrinhos é divulgada no facebook.

“A ideia é levar comida rápida, mas sem ser fast food. É vender comida boa, mas acessível em termos de preços. Eu vendo a experiência de experimentar a comida, sentar aqui nas mesas, ver gente em um ambiente descontraído e relaxado, além de provar uma comida boa sem ter que ir a um restaurante chique”, explica Juan Manuel Caruso, um dos proprietários do El Carrito, food truck especializado em comida argentina.

Desde novembro de 2015, o El Carrito circula pelas praças Alameda das Árvores, no Luzia, e Alda Teixeira, no Garcia, levando os itens mais famosos da culinária argentina. “As pessoas nos surpreenderam, pois o aracajuano é desconfiado, mas mesmo assim, está disposto a experimentar. Então, ele volta e vira cliente, o que para nós é uma satisfação, pois mostra que estamos fazendo a nossa parte, que é trazer um pedaço da argentina para o Brasil”, conta.

No El Carrito, as especialidades são as empanadas argentinas; o choripan - sanduíche feito com pão caseiro, linguiça e molho chimichurri; alfajor de chocolate; além de uma carta de vinhos selecionados da Argentina e do Rio Grande do Sul.

Público aprovou

Há três meses no ramo, o publicitário Roger Simões, que é proprietário do Siga Aquele Hambúrguer, explica que os foods trucks chegaram, principalmente, para levar comida rápida a lugares que não possuem este serviço. “É uma evolução da towner, porém com estrutura maior, comportando maiores porções de comida e pronta para atender a públicos maiores”, comenta.

Para Roger, o público sergipano abraçou os foods trucks. “O público nos recebe muito bem e pede a nossa volta, pelo produto, pois servimos uma comida de qualidade e do nível de qualquer hamburgueria, e pela segurança, já que o food truck traz um movimento maior às praças”, destaca.

Roger fez uma pesquisa de um ano até inaugurar o Siga Aquele Hambúrguer. Com apenas três meses na rua, o food truck atrai a clientela com o hambúrguer de costela, bovina, o cheddar e o X- Burguer.

Onde encontrar?

Os foods trucks chegaram em Aracaju através de feiras gastronômicas. Atualmente, já é possível encontrá-los em diversas praças de Aracaju, como praça Alameda das Árvores (Luzia), Alda Teixeira (Jardins), Luciano Barreto Júnior (Jardins), Zilda Arns (Jardins) e na avenida Delmiro Gouveia, em frente ao Shopping Riomar.

Por Verlane Estácio.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Lançamento do Documentário sobre Clodomir Silva

Foto: Divulgação.

Infonet > Cultura > Noticias > 28/01/2016.

Lançamento do Documentário sobre Clodomir Silva.

Solenidade acontece dia 29 às 19h30 na Antiga Alfândega

Em comemoração aos 55 da Biblioteca Clodomir Silva, a diretora Fátima Góes lançará o curta-metragem em homenagem ao patrono da biblioteca no dia 29 de janeiro, às 19h30, no Centro Cultural de Aracaju (Antiga Alfândega).

Jornalista, escritor, advogado e político, ele integrou a elite intelectual sergipana entre 1920 e 1932. Duas obras marcaram sua trajetória. A primeira, no ano de 1920, foi “O Álbum de Sergipe”, uma obra comemorativa do 1º centenário da Emancipação Política de Sergipe. “O Álbum constitui referência para os estudos sergipanos, pois trata-se de uma síntese da história, da geografia, da economia e da administração de Sergipe; um balanço da trajetória dessa unidade político-administrativa nos seus primeiros cem anos”, avalia a historiadora Terezinha Alves de Oliva.

O segundo livro foi “Minha Gente”, publicado pela primeira vez no ano de 1926 e que está na terceira edição. O livro é uma coletânea de textos sobre os costumes de Sergipe, no qual o autor retrata com fidelidade as peculiaridades desse povo.

Por todo esse legado, Clodomir recebeu várias e merecidas homenagens. Entre elas ter uma biblioteca que leva o nome dele. A biblioteca foi criada através da lei municipal número 30, de 7 de novembro de 1959, pelo então prefeito de Aracaju, Conrado de Araújo. Já a emenda que deu nome à biblioteca foi do vereador Roque Simas, datada de outubro de 1959. A biblioteca foi inaugurada em 31 de janeiro de 1961.

Clodomir Silva é o documetário mais recente de Fátima Góes que além de diretora audiovisual é também diretora da biblioteca. Entre suas produções mais recentes destacam-se o premiado “Deu Bode” e “Judith Melo”. A iniciativa é uma parceria da Biblioteca Clodomir Silva com o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, ambos unidades da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (FUNCAJU).

Fonte: Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

sábado, 30 de janeiro de 2016

Joel Macieira Aguiar


Grupo "Minha Terra é SERGIPE".
Memórias de postagens publicadas no Facebook/GrupoMTéSERGIPE. 
Maruim, a cidade e seu cronista.
Para continuar lendo, acesse o link abaixo.

Para ler comentários feitos no link postado em meu perfil do Facebook
http://migre.me/sQwab

Festejos Juninos em Aracaju (Forró Caju)

 Clique na foto para aumentar.
Fotos: André Moreira.
Reproduzidas do blog: aconteceemsergipe.blogspot.com.br

Seu Zé Antonio e seus cordéis

  Zé Antonio em seu stand, na Orla de Atalaia.

Cordel: "A história da comunicação na evolução do homem".
Créditos: Danielle Menezes.

Publicado originalmente no blog Culturando-SE, em 23/05/2010.

Cordel: A literatura popular.
Por Danielle Menezes

Passando pelo Centro de Arte e Cultura J.Inácio que fica na orla de Atalaia vi uma barraca de cordel que me chamou atenção. Era Seu Zé Antonio e seus cordéis!

Há mais de dois anos ele vende os livrinhos dos mais variados temas:desde medicina popular até a história do presidente passando até por contos sobre comunicação. É, os trabalhos do Seu Zé Antonio já foram até tema de monografias nas áreas de comunicação e de letras.

Nascido num povoado de Moita Bonita, Seu Zé se tornou professor de história além de cordelista. Já publicou mais de 60 cordéis e os que se destacam são: A história comentada da literatura brasileira, A história do Velho Chico no reino da natureza, A súplica do Velho Chico e Lampião: o rei do sertão. Segundo ele " O cordel passou a ser a minha vida". E todo seu talento foi reconhecido em 2005, quando foi contemplado pelo programa BNB de cultura. Atualmente além de vender seus contos, Seu Zé ministra aulas de história além de palestras e oficinas de literatura em escolas da rede pública e particular de ensino.

Trecho do cordel " A história da comunicação na evolução do homem" :

"Já é século XXI
Era do Computador
Fibra ótica, celular
E debiloide doutor
De irradiação atômica
Da vida, exterminador.

Anda igual o pensamento
Hoje a comunicação
No mercado de trabalho
Do rádio e da televisão
Do jornal e da revista
Computadorização.

Na era do computador
O rádio e a televisão
Para informar o povo
Fora sua opinião
Porém, leva muita gente
A grande alienação.

O mercado de trabalho
Não é nada promissor
Poucos fazem o trabalho
Mexendo o computador
Também é muito explorado
Nosso comunicador."
(Zé Antonio).

Texto e imagens reproduzidos do blog: culturando-se.blogspot.com.br

Véio: Arte popular do sertão de Sergipe para o mundo


Fotos: Romário Andrade.

Postado originalmente do site Sou de Sergipe, em 19/06/2012.

Véio: Arte popular do sertão de Sergipe para o mundo.

Um museu a céu aberto no meio do sertão chama atenção de quem passa pela BR 206, na altura do KM 08, na estrada que liga os municípios de Feira Nova e Nossa Senhora da Glória. Trata-se do Sítio Soarte, de propriedade e criação do Cícero Alves dos Santos (Véio), artesão sergipano que utiliza madeira para representar seu olhar inusitado sobre as histórias de vida do homem sertanejo. Recentemente, as esculturas de Véio foram retratadas no livro ‘Teimosias da Imaginação’, obra que reúne parte da produção de artistas considerados os dez melhores da arte popular brasileira. O sucesso foi tamanho que Véio foi o escolhido, entre os brasileiros, para participar da exposição e lançamento da versão francesa do livro, na Galeria Cartier, em Paris.

Natural de Nossa Senhora de Glória, Véio ganhou este apelido ainda criança por gostar de escutar a conversa dos mais velhos. Foi nesta época que artista começou a refletir sua admiração pela cultura popular em cera de abelha, mas logo depois descobriu os troncos de madeira para produzir suas esculturas. O Soarte, Museu do Sertão, criado ao lado de sua residência, recria a vida na região e traz para os visitantes a Casa de Farinha, Casa de Profissões, Igreja e o Sítio Caduco.

Quem passa pelo local se depara com um cenário curioso, formado por esculturas em madeira bruta que representam manifestações socioculturais criadas no que o próprio artista costuma chamar de ‘Universo Simbólico de Véio’. As esculturas do artista, que estão entre as menores do mundo, são feitas a olho nu, utilizando canivetes e até palitos de fósforo. “A maioria das pessoas que passam por aqui ficam curiosas, não sabem ao certo o que estão vendo. Aqueles de origem mais simples pensam que é macumba ou coisa de gente que não tem o que fazer. Outros param, observam, tiram foto e até levam sem pedir”, conta aos risos.

No seu acervo, o visitante pode encontrar peças grandes, médias, pequenas e minúsculas. São noivas, grávidas, seres imaginários, chapéus de couro, utensílios domésticos, maquinas rústicas, roupas e acessórios que fazem parte da vida do sertanejo. Autodidata, Véio conta que trabalhada na base da inspiração dada por Deus. “Quando a inspiração chega, posso criar qualquer coisa que esteja na mente do povo, desde a Marquês de Sapucaí às lendas e realidades do homem sertanejo. Vou em busca do material e deixo a imaginação tomar conta, pois temos muita riqueza a nível de história e cultura”, comenta.

Peças expostas no Sítio Soarte.

Em suas obras, o artesão tenta fazer uma espécie de alusão ao ciclo da vida. “Digo que as peças novas trazem o valor da juventude e as velhas, já frágeis, que vão se destruindo pela ação da natureza, trazem a parte final da vida”, explica Véio.

Publicações.

Além de revistas de arte, a trajetória de Véio já foi retratada em cinco documentários. São eles: ‘Véio- Tradição e Comtemporaneidade’, ‘Nação Lascada de Véio’, ‘A Glória do Sertão’, ‘Véio – O filme’, ‘O Universo Simbólico de Véio’ e Cavalhada de Poço Redondo’.

Suas peças estão espalhadas em vários lugares do mundo e do Brasil. Em Sergipe, as peças podem ser encontradas no seu próprio sítio, Memorial de Sergipe e Museu da Gente Sergipana. Fora do estado, é possível encontrá-las no Museu do Folclore (RJ), Galeria Estação (SP), Museu do Homem (PE), Galeria Pé-de-boi (RJ), Garandagem (AL), entre outros.

Teimosias da Imaginação.

A exposição realizada pela Fundação Cartier em Paris marcou o lançamento do livro ‘Teimosias da Imaginação’ na versão francesa. O projeto apresentado no Brasil em três linguagens – documentário, exposição e livro- reúne coleções particulares de dez artistas brasileiros. Germana Monte-Mór ficou responsável pela curadoria do livro e Rodrigo Naves pela curadoria-adjunta e prefácio. Já os textos e entrevistas dos artistas foram editados pela historiadora Maria Lucia Montes.

O convite para ir à Paris veio a partir do lançamento do livro em São Paulo, na Galeria da Estação Pinheiros. Véio, que se destacou por sua desenvoltura, foi então o único brasileiro convidado para falar de arte e de suas obras em uma mesa redonda de debates na Fundação Cartier. Com a simplicidade de um autêntico nordestino, o artista conta que estranhou um pouco a forma como a arte era debatida naquele local.
“Eram só 10 pessoas me perguntando à respeito das minhas peças, costumes e das pessoas que aqui viviam. Enquanto isso, todos que estavam no auditório ficavam quietos, foi daí que pedi que as perguntas fossem abertas para a plateia também. Todos gostaram da iniciativa e ficaram satisfeitos em perguntar”, descreve o artista destacando que para ele aquele lugar era igual a qualquer outro do Brasil.

Fonte: Infonet

Texto e imagens reproduzidos do site: soudesergipe.com.br

Folclore Sergipano

Imagem: @lugar_perfeito_
Reproduzida do site: online-instagram.com

Vítima da Ditadura conta detalhes da tortura que sofreu

Milton Coelho.
Foto: Portal Infonet.

Infonet > Política > Noticias > 26/01/2016.

Vítima da Ditadura conta detalhes da tortura que sofreu.

Milton Coelho faz uma análise sobre a democracia atual.

O período correspondente a Ditadura Militar ainda permanece presente na memória de quem passou por tortura e teve os direitos violados. Na manhã desta terça-feira, 26, foi iniciada em Sergipe a audiência pública relativa à Comissão Estadual da Verdade. No primeiro depoimento, Milton Coelho, contou detalhes sobre a repressão do regime militar, que, ao ser torturado, perdeu a visão. A Comissão Estadual da Verdade tem como um dos seus objetivos, o levantamento de informações relativas ao período de 1947 a 1985.

No dia 28, ocorrerá a audiência de Bosco Rollemberg; e no dia 29, de Wellington Mangueira. Todas elas acontecerão no auditório do Museu da Gente Sergipana [Av. Ivo do Prado, n 398, Centro] e serão abertas ao público, sendo os questionamentos aos depoentes de permissão exclusiva dos sete membros que compõem a comissão. A Comissão Estadual da Verdade tem como um dos seus objetivos, o levantamento de informações relativas ao período de 1947 a 1985.

Por Kátia Susanna e Karla Aragão
  
Texto/foto/vídeo reproduzidos do site: infonet.com.br/politica

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Comissão da Verdade de Sergipe ouve ex-preso político


Publicado originalmente no site Destaque Notícias, em 26/01/2016.

Comissão da Verdade de Sergipe ouve ex-preso político

A Comissão Estadual da Verdade deu início nesta terça-feira (26) as audiências públicas para ouvir ex-presos políticos e outras vítimas do golpe militar em Sergipe. Realizada no auditório do Museu da Gente Sergipana, a audiência contou, em seu primeiro dia, com o depoimento de Milton Coelho, vítima de tortura durante a Ditadura Militar, e com a presença de expectadores da população.

Milton, que perdeu a visão durante a tortura infligida pelos militares participantes da Operação Cajueiro, contou relatos dos maus-tratos aos quais foi submetido. “Eu fui levado para as dependências laterais do 28º Batalhão de Caçadores aqui em Aracaju e fui estupidamente torturado. Tenho marcas no pulso, pois fui algemado, tomei choques elétricos, pontapés nas costelas, enfim, foi uma barbaridade inconfessável. Após 50 dias preso e depois de passar uma semana sendo torturado, perdi a visão imediatamente quando saí de lá”, pontuou.

História conhecida

Vítima das barbáries cometidas em 1976 durante a Operação, e carregando as marcas até hoje, Milton enfatizou a importância de dar luz a uma série de acontecimentos que nem sempre são tratados com o devido cuidado. “É necessário que a história seja conhecida. É preciso que sejam debatidos os fatos passados, que não puderam ser expostos e comentados, para que se criem condições democráticas e que, assim, não haja reversão no clima de democracia que estamos vivenciando hoje. É sabendo da história que se educa politicamente a população”, destacou.

Os seis integrantes da Comissão ouvirão ainda, durante esta primeira fase, cerca de 20 pessoas. As sessões públicas são, contudo, apenas uma das estratégias de coleta de material. Haverá ainda, se necessário, novas oitivas e o recolhimento de depoimentos daqueles que desejam depor de maneira privada ou por escrito, além do acesso aos arquivos públicos, para que assim seja construído um relatório final, como explica Antônio Bittencourt, coordenador dos Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), responsável por estabelecer a interlocução entre o Governo de Sergipe e os membros da Comissão.

“Essas ouvidas caminham simultaneamente a todo processo de levantamento de documentos, ou seja, toda a pesquisa documental. Ao tempo que as audiências estão acontecendo, nós já temos informações de arquivos, como por exemplo, o Arquivo Público do Estado de Sergipe, onde temos algo próximo a 750 fichas do antigo DOPS de pessoas de Sergipe ou de fora do estado que passaram por aqui e eram fichadas pelos Órgãos de Repressão da Ditadura Militar”, detalhou. Ainda de acordo com ele, o papel da Comissão é “sobretudo um papel educativo e didático, já que são eles [testemunhas] que farão com que a sociedade enxergue tais acontecimentos para que jamais sejam repetidos. São tempos que nós precisamos conhecer para que não mais aconteçam”, pontuou.

As audiências públicas terão continuidade durante o decorrer da semana, quando serão ouvidos Bosco Rollemberg, na quinta-feira, 28, e Wellington Mangueira, na sexta-feira, 29. Para o presidente da Comissão, Josué Modesto dos Passos Subrinho, a expectativa é que com o acervo de depoimentos que serão colhidos, se forme um panorama sobre a repressão política em Sergipe, especialmente nesse período da Operação Cajueiro. “A ideia é termos materiais para a reflexão histórica. Na realidade, há uma lacuna muito grande, já que a imprensa sergipana à época não noticiou a Operação, então é como se isso não tivesse existido, mas ovorreu e foi muito importante. E é isso que queremos preservar na memória para a reflexão das futuras gerações”, enfatizou.

Sobre a Comissão

Instituída pelo governador Jackson Barreto através do decreto nº 30.030, em 26 de junho de 2015, a Comissão Estadual da Verdade visa o levantamento de informações relativas ao período de 1947 a 1985, e tem caráter independente, com a cooperação das Secretarias de Estado da Mulher Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos e da Casa Civil.

Fonte e foto: ASN.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

Sergipano João Pedro realiza sonho de cantar com Pablo


Infonet > Cultura > Noticias > 25/01/2016.

Sergipano João Pedro realiza sonho de cantar com Pablo.

Destaque no The Voice Kids, garoto também cantou com Ivete.

O sergipano de apenas 11 anos, que foi destaque no The Voice Kids, também fez bonito no Fest Verão Sergipe. João Pedro Borges viveu grandes momentos na festa, quando subiu ao palco para cantar com Ivete Sangalo e Pablo. O garoto conversou com o Portal Infonet e falou sobre o sonho em cantar com grandes artistas.

Por Kátia Susanna e Karla Aragão.

Foto e vídeo: Portal Infonet.

Confira o vídeo da matéria!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Aves voam mais de 12 mil km do Pólo Norte até Sergipe.


Publicado originalmente no Jornal da Cidade.

Aves voam mais de 12 mil km do Pólo Norte até Sergipe.
Por Célia Silva/Jornal da Cidade.

Elas têm aparência frágil, são pequenas, mas possuem uma força nas asas que as permite voar milhares de quilômetros para fugir do frio do Hemisfério Norte em direção ao calor do Polo Sul, em busca de alimento e descanso, garantindo a preservação da espécie. São as aves migratórias que frequentam as praias e rios de Sergipe após viajar até 12 mil quilômetros numa velocidade de até 90 km/h.

O maçarico-de-papo-vermelho (Callidris canutus) está entre essas espécies que passam por Sergipe. Essa ave realiza uma das mais longas migrações de uma ave limícola segundo pesquisa realizada pelo Projeto de Conservação de Aves Migratórias Neárticas no Brasil. O ponto de partida é o Ártico e a chegada o Sul da América do Sul com passagem pela costa brasileira.

O biólogo Marcelo Cardoso participou deste projeto e pesquisou a presença das aves migratórias em solo sergipano. O maçarico-de-papo-vermelho foi encontrado na foz do São Francisco e no estuário do rio Sergipe. De acordo com ele, a paragem das aves tinha como objetivo, o descanso e a alimentação.

Pouso de sobrevivência

De acordo com o Projeto mais de 80 espécies desses pássaros dependem de habitats brasileiros para sobreviver. Em Sergipe, há pelo menos 20 que empreendem anualmente a jornada migratória e chegam à praia da Atalaia e aos estuários dos rios Sergipe, Poxim, Vaza Barris, Piauí, Fundo e Real, além da foz do São Francisco.

Na foz do rio São Francisco, numa área aproximada de 100 km², foram encontrados batuíras, maçaricos e outras espécies. Os maçaricos foram encontrados em maior quantidade ao longo das praias de Piaçabuçu, em Alagoas, acompanhando barcos de pesca. Foram localizadas, também, batuíras.

Ameaças.

A viagem desses pássaros por si só já é uma ameaça. Enfrentam tempestades, raios e ventanias na jornada que chega a mais de 10 mil quilômetros batendo asas para fugir da invernada. Mas, não são apenas as intempéries, de acordo com Marcelo Cardoso, que ameaçam a vida desses viajantes do céu.

Os riscos variam de local, mas convergem a um ponto comum: à perda do habitat e à poluição em decorrência do crescimento populacional das cidades localizadas no entorno dos rios e das praias.

O complexo do estuário dos rios Piauí, Fundo e Real, que abrange os municípios de Estância, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba, apesar de estar inserido em Área de Preservação Ambiental, também oferece ameaças. Efluentes industriais despejados no rio Piauí, destruição das restingas e das matas, oferecem sérios riscos, de acordo com a análise do pesquisador.

A recomendação para preservar esse sítio é a mesma que serve para os demais: conservação do complexo por meio da adoção de políticas públicas que contemplem a manutenção da vegetação e campanhas de planejamento familiar para tentar conter o crescimento populacional.

Já no estuário do rio Vaza Barris, que alcança as cidades de Aracaju, São Cristóvão e Itaporanga, a implantação de loteamentos e condomínios é uma das principais ameaças à garantia de preservação desse local de passagem das aves. Principalmente no Mosqueiro, onde as migradoras descansam e se alimentam em locais como a Croa do Goré, há a necessidade de um olhar mais preservacionista. Segundo a pesquisa, a carcinocultura, também oferece ameaças.

Presença o ano todo.

E como essas aves vencem as distâncias e conseguem chegar ao destino certo? O Projeto de Conservação que o biólogo Marcelo Cardoso participou não se prendeu a essa questão, apenas ao registro das espécies encontradas e as ameaças que as cercam, bem como apontar recomendações conservacionistas.

Mas, matéria publicada na Revista Superinteressante aponta para alguns possíveis aspectos levantados pelo ornitólogo alemão Frieder Sauer: as aves se orientariam pelas constelações (as de voo noturno), por vibrações sonoras ou ainda por uma espécie de memória das espécies que reconheceriam em pleno ar, a localização por onde já teriam passado e que as levaria ao lugar de clima quente e de comida farta.

Guiadas pelo instinto de sobrevivência, essas espécies viajam pelo céu brasileiro o ano inteiro, variando apenas o tempo de permanência de acordo com a espécie de pássaro. Por exemplo, as espécies migratórias encontradas pelo biólogo Marcelo Cardoso, no rio Vaza Barris frequentam aquele estuário em maior número entre setembro a março.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

Pesquisa resgata história do São Francisco.




Publicado originalmente no site do Jornal do Dia, em 14/07/2014.

Pesquisa resgata história do São Francisco.

Por Kátia Azevedo
katiaazevedo@jornaldodiase.com.br

Desde menina a ribeirinha Maria Conceição Vieira, moradora do município de Brejo Grande, aprendeu a viver da pesca artesanal no Rio São Francisco. "Com o rio sustento minha família, cresci ouvindo histórias, mas hoje o São Francisco perdeu boa parte da vazante. Não tem mais tanto peixe como antigamente. O povo ribeirinho sofre com o represamento das suas águas", relata.

Conceição é presidente da Colônia de Pescadores de Brejo Grande há três anos. A entidade tem 2.800 pescadores cadastrados. 50% dos integrantes são pescadoras. Ela é a primeira mulher a presidir a entidade.
"Com o tempo, as mulheres ribeirinhas passaram a assumir a pesca como atividade profissional, o que fortaleceu a luta organizada destas trabalhadoras nas colônias, espaços que por muitos anos foram liderados apenas pelos homens. Essa mudança começou a acontecer a partir de movimentos sociais em defesa do Rio São Francisco", conta Conceição.

Relatos e histórias como a da pescadora estão reunidas em uma pesquisa que vem sendo realizada desde 2006 pela escritora e poetisa Vera Cristina Santana Vilar, autora de um projeto que tem como proposta resgatar a memória e causos do Velho Chico, enfatizando sua importância para o desenvolvimento regional e a vivência das comunidades ribeirinhas com o rio.

Ela pretende publicar em breve o livro "Pescadores do São Francisco". Vera ressalta que além da proposta de mostrar o rio como integrador social e econômico, a pesquisa também tem como objetivo discutir temas como a transposição e revitalização do Velho Chico, o represamento de suas águas gerado pela crescente presença de usinas hidrelétricas nas regiões abastecidas pelo São Francisco.

"Já tinha iniciado este levantamento há oito anos. Com a participação de um projeto de pesca na região em 2010 comecei a pensar numa proposta de retratar em livro as vivências dos pescadores. Com este estudo, quero mostrar as belezas naturais do Rio São Francisco, a riqueza do seu povo, a sua importância histórica e regional, mas acima de tudo fazer um alerta para a importância da preservação desse patrimônio do povo brasileiro", destaca Vera Vilar.

A ideia de realizar a pesquisa, segundo ela, surgiu a partir de uma preocupação em retratar e dar visibilidade ao trabalho dos pescadores revelando a importância do rio nas práticas cotidianas das comunidades ribeirinhas, os impactos ambientais do represamento das águas e a necessidade de uma agenda do poder público para a revitalização do Velho Chico.

"A proposta é lançar um livro contando o trabalho das colônias, as lendas que estão no imaginário coletivo da população que vive às margens do São Francisco, a diversidade ecológica, a cultura local, mas acima de tudo fazer dessa pesquisa um instrumento de denúncia e de luta pela preservação do Velho Chico, chamando a atenção para a fundamental implantação de políticas públicas que envolvam a revitalização do rio", explica.

Vera nasceu na cidade de Propriá, um dos municípios afetados pela grande degradação ambiental envolvendo o Velho Chico. "O rio perdeu a vazante e a situação da pesca tem priorado muito. Poucas embarcações conseguem atravessar", relata.

O trabalho da pesquisa vem sendo feito nos municípios de Propriá, Brejo Grande, Pacatuba, Ilha das Flores, Santana do São Francisco, Neópolis e Cedro, e por enquanto conta apenas com o apoio das colônias de pescadores como a de Brejo Grande, Ilha das Flores e Neópolis, além de algumas prefeituras locais.

"Já visitei os pescadores dos povoados Betume,Tapera, Alto Santo Antônio, Pindoba e Mussuípe com o apoio da Colônia de Pescadores de Neópolis", relata.

A pesquisa também contempla as cidades de Gararu, Porto da Folha, Poço Redondo, Pacatuba, Telha e Canindé e os povoados destas cidades onde a pesca tem um destaque maior.
O projeto tem duração de 6 meses para sua conclusão. Vera espera por apoio para publicar "Pescadores do São Francisco", o seu quarto trabalho, que está sendo produzido com recursos próprios. Ela é autora de três livros de poesias- "Aparas do Tempo", "O Ritmo das Palavras" e "Em Pedaços".

A escritora também já foi homenageada com o prêmio Abdhias do Nascimento, na Assembleia Legislativa de Sergipe e no Memorial do Teatro Sergipano. "Espero que o poder público e a iniciativa privada se somem a esta causa, de preservação do Rio São Francisco", enfatiza. Os interessados podem entrar em contato com a escritora pelo (79) 9830-1563 ou através do e-mail poetisaveravilar@hotmail.com
Para a ribeirinha Conceição, Pescadores do São Francisco representam também uma oportunidade de dar visibilidade para os trabalhadores que vivem da pesca em Sergipe, especialmente os que sobrevivem do Velho Chico.

"Essa classe de trabalhadores ainda sofre com pouca assistência do poder público e com a morte lenta do Rio São Francisco, que faz parte da história do povo ribeirinho", lembra.

Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldodiase.com.br

Artesãos no município de Santana do São Francisco

Foto: Marcelo Min.
Reproduzida do site: marcelomin.photoshelter.com

Museu Afro-Brasileiro de Sergipe, na Cidade de São Cristóvão







Museu Afro-Brasileiro de Sergipe, na Cidade de São Cristóvão/SE.
Fotos: Antônio Queirós.
Reproduzidas do Blog: queirosfotografo1.blogspot.com.br

"O Museu Afro-Brasileiro de Sergipe foi criado em janeiro de 1976. O prédio onde está montado o Museu é do século XIX tem características arquitetônicas do neoclassicismo. Foi o primeiro montado especialmente para o estudo da presença do negro na formação do povo brasileiro".

(Fonte: Blog queirosfotografo1.blogspot.com.br).