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sábado, 24 de dezembro de 2016

Homenagem a Manoel Cabral Machado

TV Alese Reportagem Especial ( 25 de out de 2016).
Vídeo em Homenagem a Manoel Cabral Machado.

Estudantes conhecem o legado de Manoel Cabral Machado.

 Imagem Cabral Machado: Divulgação.


Publicado originalmente no site do Palácio Olímpio Campos,
em 12/04/2016.

Estudantes conhecem o Palácio-Museu e o legado de Manoel Cabral Machado.

Manoel Cabral Machado tinha uma memória e uma capacidade intelectual prodigiosas. Leitor voraz e com uma sede de conhecimento enorme, era dono de uma vasta biblioteca que guardava exemplares raros. Nascido em 1916, faleceu aos 92 anos, cego, porém lúcido. Nessa quarta-feira, 25, o professor, intelectual e político sergipano de Rosário do Catete foi homenageado pelo Palácio-Museu Olímpio Campos, abrindo a primeira de uma série de rodas de leitura que o PMOC pretende promover ao longo de 2012. Estudantes do ensino médio e familiares de Manoel Cabral Machado, que empresta o nome à Biblioteca e Centro de Pesquisa do PMOC, foram convidados para participar da primeira Roda de Leitura do PMOC que teve como mediadora nessa edição a professora Roseneide Santana, da coordenação do PROLER da Universidade Federal de Sergipe.

A tarde contou ainda com a apresentação musical do maestro Daniel Freire, membro da Orquestra Sinfônica do Estado de Sergipe que executou, dentre outras, ?Luar de Capela' de autoria de Manoel Cabral Machado. O intelectual da Academia Sergipana de Letras, Estácio Bahia proferiu palestra relembrando as principais contribuições do homenageado da tarde. Além dos estudantes, representantes da sociedade civil, Academia Sergipana de Letras e da Biblioteca Epifânio Dória marcaram presença no evento.

A grande capacidade intelectual levou Manoel Cabral Machado a ocupar assento na Academia Sergipana de Letras. Foi a mente brilhante e a capacidade para cuidar da coisa pública que o fez Deputado da Assembleia Legislativa em três legislaturas e vice-governador do Estado de Sergipe, no Governo de Lourival Batista (1966 a 1970). Como político foi responsável pela fundação de quatro faculdades no Estado - Ciências Econômicas, Direito, Filosofia e Serviço Social - na Universidade Federal de Sergipe.

Amante das letras, escreveu diversos ensaios, poesias e artigos sobre a sociedade sergipana, tendo sido um dos mais atuantes intelectuais sergipanos. Mesmo depois de ficar cego, Cabral Machado não parou de "ler" nem de "escrever". Contam os relatos bibliográficos que as secretárias liam, ele ouvia e, com sua memória prodigiosa, elaborava na cabeça os textos e os ditava para elas as palavras a serem ordenadas na tela do computador e depois impressas no papel.

Exemplo

Manoel Cabral Machado manteve durante toda a sua vida uma importante biblioteca que foi doada integralmente pela família para compor o acervo do Palácio-Museu Olímpio Campos, um anos após a sua morte. As obras escritas por ele, e o acervo de livros que guardava foram apresentados aos participantes da roda que saíram encantados do evento. "Foi maravilhoso conhecer esse sergipano. Já tinha vindo aqui no Palácio-Museu, passado por essa biblioteca, mas nunca me ative a esse sergipano ilustre. Que maravilha! Essa vontade de aprender e de conhecer sempre deve servir de exemplo para todos. Eu já tomei esse exemplo para mim", disse a estudante Ana Paula Freitas.

Cronista, ensaísta, poeta, cientista, ficcionista, palestrante e eloqüente orador , Manoel Cabral Machado era filho de um médico de Brejo Grande e de uma herdeira da família Cabral de Capela, cidade em que foi criado e que considerava sua verdadeira terra natal. Graduou-se em Direto pela então Escola de Direito da Bahia e retornou a Aracaju para ser secretário do prefeito José Garcez Vieira.

Foi diretor do Serviço Público a convite do secretário Francisco Leite Neto, no governo Maynard Gomes, secretário da Fazenda e secretário chefe da Casa Civil no primeiro governo José Rollemberg Leite, secretário da Educação no governo Celso de Carvalho e procurador geral no governo Antônio Carlos Valadares. Foi diretor, já na idade madura, do Departamento Jurídico do Tribunal de Justiça nas gestões de Luiz Rabelo Leite e Clara Leite de Rezende, de onde se retirou quando se agravou o problema da cegueira.

Manoel Cabral Machado faleceu em janeiro de 2009, a nove meses de completar 93 anos. Católico fervoroso casou-se com Dona Lourdinha, com quem teve seis filhos.

Texto e foto do evento reproduzidos do site: palacioolimpiocampos.se.gov.br

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Sexta Cultural do TCE vai homenagear Cabral Machado

Foto: TCE.

Publicado originalmente no Portal Infonet, em 27/10/2016.

Sexta Cultural do TCE vai homenagear Cabral Machado.
O evento ocorre às 10h no Espaço Cultural do TCE.

Um homem de múltiplos fazeres e vasto conhecimento, cujo centenário é comemorado agora. É em torno de Manoel Cabral Machado, o intelectual de vasta obra, o mestre que ajudou a criar quatro faculdades, o político respeitado e que chegou a vice-governador, o pai e marido amoroso, o presidente fundador do Tribunal de Contas do Estado, que se realiza a próxima Sexta Cultural.

O evento especial, que acontece nesta sexta-feira, 28, às 10 horas, no Espaço Cultural do TCE, reúne uma programação à altura da importância do homenageado. Será exibido um documentário sobre a vida e a obra de Cabral Machado, dirigido pelo jornalista Pascoal Maynard. Depois, haverá o lançamento de um selo comemorativo dos Correios e uma palestra com o jornalista e acadêmico João Oliva, amigo de Cabral Machado.

Dois livros serão lançados: “Brava Gente Sergipana e Outros Bravos”, um clássico de autoria de Manoel Cabral Machado que foi reeditado pelo TCE (com o acréscimo de alguns textos de outro livro dele, “O Aprendiz de Oboé”); e “Cabral Machado – O homem, o Intelectual, o Político”, uma biografia inédita do juiz José Anselmo de Oliveira, também organizada pelo TCE.

Durante a sessão de autógrafo das obras, a manhã cultural segue com a exposição pictográfica sobre a vida de Cabral Machado e apresentação de músicas populares com integrantes da Orquestra Sinfônica de Sergipe.

TCE, Alese e ASL

A comemoração do centenário de Manoel Cabral Machado, assim como do também conselheiro José Amado Nascimento, ocorrida em agosto, são iniciativas do próprio presidente do TCE, Clóvis Barbosa de Melo, que também envolveu a Assembleia Legislativa e a Academia Sergipana de Letras. Na segunda-feira, 24, houve uma sessão especial na Alese e, no próximo dia 7 de novembro, a ASL realizará uma sessão solene em homenagem àquele que também presidiu a casa dos imortais sergipanos.

Manoel Cabral Machado nasceu em Rosário do Catete no dia 30 de outubro de 1916. Foi criado em Capela, que considerava o seu verdadeiro torrão natal. Depois de bacharelar-se em Direito na Bahia, ocupou diversos cargos na administração pública, primeiro como secretário do prefeito de Aracaju, José Garcez Vieira, passando pelo governo de Sergipe, onde foi diretor do Serviço Público no governo Maynard Gomes.

Foi secretário da Fazenda e secretário chefe da Casa Civil no primeiro governo José Rollemberg Leite; secretário da Educação no governo Celso de Carvalho e procurador geral no governo Antônio Carlos Valadares. Simpatizante do integralismo antes de tornar-se um dos líderes do Partido Social Democrático, o PSD, foi deputado estadual por três legislaturas, líder do governo Arnaldo Garcez e da oposição a Leandro Maciel e Luiz Garcia.

Chegou a vice-governador do Estado no governo Lourival Baptista. E foi conselheiro e primeiro presidente do Tribunal de Contas do Estado, em 1970, quando o órgão foi fundado. Cabral Machado presidiu o Tribunal de Contas mais duas vezes, em 1977 e em 1985.

Nas décadas de 40 e 50, ele foi professor fundador de quatro faculdades — Ciências Econômicas, Direito, Filosofia e Serviço Social —, escolas que formam o núcleo inicial da Universidade Federal de Sergipe. Já aposentado, Cabral Machado foi diretor do Departamento Jurídico do Tribunal de Justiça, de onde se retirou quando se agravou a cegueira.

Cronista, ensaísta, poeta, cientista, ficcionista e eloqüente orador, ele sempre colaborou na imprensa e no Jornal da Cidade publicou os últimos artigos, uma série sobre os primeiros conselheiros do Tribunal de Contas. Escritor de muitos livros, Cabral Machado também era membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Brasileira de Ciências Sociais.

O prolífico Manoel Cabral Machado, que com a esposa e prima capelense Lourdinha teve seis filhos, morreu no dia 13 de janeiro de 2009, aos 92 anos.

Fonte: TCE/SE.

Texto e imagem reproduzidos pelo site: infonet.com.br/noticias/cultura