Foto: Jorge Henrique/ Equipe JC.
Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em
01/10/2013.
Literatura para renovar e edificar.
Almeida Júnior conversou com o JORNAL DA CIDADE, e o
resultado desta conversa, que tem como cerne o trabalho de evangelizar através
da literatura é o que você vai ler.
Por: Andréa Moura/ Equipe JC
“Não sei se temos muito a comemorar neste mês de outubro,
que é destinado às crianças, porque nossas crianças estão sofrendo!”. Esta
afirmação é feita pelo professor Almeida Júnior, que há mais de 15 anos está em
sala de aula e diz perceber que, a cada dia que passa, os infantes estão
sofrendo mais por causa de uma sociedade de modos deturpado. Um dos principais
motivos para tanta dor: a família, instituição basilar do ser humano, está
ficando desarmonizada.
“Os pais estão se separando de forma drástica e trágica. As
escolas, por sua vez, também não estão conseguindo cumprir a função de educar,
aliás, mal a de instruir, pior educar também; e as políticas públicas são
ineficazes. Os pais têm trabalhado muito para ganhar dinheiro, e em muitos
casos, para depois gastar com clínicas para reabilitação. E nossas crianças?
Estas ficam à mercê da internet, de conteúdos inadequados para a idade, e do
perigo das drogas”, lamentou o educador.
Se a base familiar, em muitos casos, não está dando conta,
na escola isso se repete e com muito mais intensidade no caso das que integram
a rede pública de ensino. Salas superlotadas e professores ganhando mal são
apenas alguns dos muitos “fios desencapados”, que têm provocado grandes danos
na formação do aluno. “Muitas vezes não falamos nada, não fazemos nada, e quem
sofre com isso? Os alunos, as nossas crianças. Temos que implementar na nossa
vida a manifestação da “Não violência”, nos falta, enquanto pais, irmãos ou
tios termos mais piedade pelas nossas crianças”, declarou Almeida Júnior.
E foram essas percepções, ou melhor, vivências em sala de
aula, que Almeida Júnior transformou em livros, alguns deles lançados
recentemente, outros já prontos, esperando ainda um “bom tempo” – leia-se
dinheiro – para ganhar o mundo. Mas além da vivência, os temas abordados também
foram intuídos pelos espíritos amigos, pois sim, Almeida Junior é militante do
movimento espírita há muitos anos, e por causa desta cruzada, também já
evangelizou crianças. “A minha religião é o amor, é buscar seguir a Jesus, mas
encontrei lógica na Doutrina Espírita, e compreendo, não julgo as outras que
buscam o mesmo Deus”.
Ele também atua como palestrante motivacional. Com 45 anos
de idade, Almeida Júnior é casado e tem dois filhos. Aracajuano, graduou-se em
Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Sergipe, e é pós-graduado na
mesma área de atuação. Almeida Júnior conversou com o JORNAL DA CIDADE, e o
resultado desta conversa, que tem como cerne o trabalho de evangelizar através
da literatura é o que você vai ler a seguir:
JORNAL DA CIDADE – Em palestra recente, você falou que os
livros foram inspirados/intuídos nos três últimos meses, ou seja, eles foram
produzidos neste tempo. Como se deu esse processo? Os temas foram também
ditados pela espiritualidade?
ALMEIDA JUNIOR - Tudo começou após acordar, em uma madrugada,
com uma vontade imensa de escrever, como se uma voz me aconselhasse a escrever
a partir daquele instante. Acordei e fui ao computador e, para minha surpresa,
na minha mente já tinha o título e praticamente o esboço de todo o livro, e
tudo fluiu. O tema me assustou um pouco: “O tempo acabou!” e o conteúdo diz que
devemos aproveitar o tempo da melhor maneira possível, praticando o bem e
evitando todos os hábitos errôneos adquiridos ao longo do tempo. Com menos de
15 dias o livro já estava concluído, e a maior dificuldade foi em relação aos
custos de editá-lo: tive que financiar com os meus próprios e poucos recursos.
A partir deste livro, veio na minha mente uma “avalanche” de livros para
escrever, e eu acredito que tudo por inspiração do bem, de Deus. O mais
assustador é que no intervalo de três meses seis livros estavam prontos. O
primeiro foi direcionado ao leitor adulto e os outros cinco ao público
infanto-juvenil. Na sequência, escrevi os romances: “A minha família não deixo
acabar”, “Meus heróis”, “Fazer o bem faz bem”, “Bullying: o câncer silencioso
nas escolas” e “O gigante acordou”! Todos os romances com conteúdo que provoca
reflexão e mudança na vida das crianças, adolescentes e, consequentemente, na
família. É bom deixar bem claro que os livros não foram psicografados, eles
surgiram por inspiração e digo isso porque nunca escrevi um livro, e no
intervalo de três meses, seis estavam prontos. Todos os dias percebo que outros
livros surgem à minha mente para que eu escreva, mas por causa da limitação do
tempo, por eu ter outros afazeres, fica inviável. Eu só tenho que agradecer a
Deus por Ele estar me inspirando no sentido de fazer surgir livros que
provoquem a reflexão e a mudança da nossa sociedade, tão perdida no tempo, com
tanta violência, drogas, depressão, principalmente para o público
infanto-juvenil.
JC - Por que dos seis livros, cinco são voltados para o
público infanto-juvenil?
AJ - Na verdade, se eu tivesse posto em prática as ordens ou
inspirações que chegam a toda hora, acredito que esse número seria bem maior.
Pela minha experiência em sala de aula, percebo que boa parte das crianças e
adolescentes é filho de pais ausentes, são pessoas quase órfãs de pais vivos,
que moram na mesma casa, mas falta o amor. Muitas famílias estão desestruturadas,
desequilibradas e o reflexo disso tem se manifestado nas salas de aula e nas
ruas, com crianças e adolescente perdidos, carentes, indisciplinados e que
muitas vezes buscam refúgio nas drogas e no sexo promíscuo.
JC - Na sua palestra que você fez no domingo à noite, no
Pronto-Socorro Espiritual Bezerra de Meneses, você falou sobre "a tristeza
das nossas crianças". Os livros referem-se a essa tristeza?
AJ - Sim, tenho notado muita tristeza no olhar dos meus
alunos e quase sempre o problema está na família. Os meus livros têm destacado
todos os problemas enfrentados por eles e busco, através dos personagens,
conduzi-los, orientá-los no sentido de enfrentar todas as tempestades com
otimismo, conduzi-los ao amadurecimento sadio através da leitura. Esses romances
funcionam como autoajuda, fazem o que muitos pais não estão conseguindo:
educá-los, orientá-los sobre como enfrentar todos os problemas na vida.
JC - Nem todos os livros foram publicados ainda, certo?
Quais os que estão prontos, mas esperando verba para serem lançados?
AJ - Os que estão esperando por verbas ou patrocinadores
para serem publicados são “Meus heróis”, “Fazer o bem faz bem” e “O gigante
acordou!”
JC - Você procurou financiamento, ajuda ou apoio de algumas
instituições?
AJ - Sim, busquei algumas instituições, mas todas fecharam
as portas. Fico indignado com a tal verba de incentivo à Cultura, que nunca
chega para o destino certo. Fiquei sabendo de uma banda que não tem músicas que
encantam e provoquem a mudança da sociedade e conseguiu meio milhão de reais de
incentivo, isso é absurdo!
JC - A renda será revertida para eventos beneficentes,
certo? Quais ou de qual tipo?
AJ - É isso mesmo! Toda a renda dos livros que são e serão
vendidos nas “igrejas” serão destinada às causas sociais: compra de cestas
básicas, cópias de CDs de mensagens para serem entregues às comunidades
carentes, também financiar outros livros que virão e na compra de um data show
para nos auxiliar nas palestra realizadas nas comunidades carentes como Santa
Maria e invasão das Malvinas.
JC - Onde seus livros podem ser comprados?
AJ - Esta semana estarei enviando meus livros para serem
vendidos nas livrarias dos shoppings Rio Mar e Jardins. Temos também entrega em
domicílio pelos telefones (79) 8822-3696 ou (79) 9953-3696.
JC - Existe algum novo projeto de livro?
AJ - Sim, são muitos livros que serão escritos por mim para
tornar este planeta um pouco melhor. Dentre eles, posso citar a série “O que
fazer?” Exemplo: “Perdeu seu ente querido? O que fazer?” E tantos outros. Mas,
na verdade, a inspiração tem me impulsionado a escrever para as crianças e os
adolescentes.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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