Foto: Divulgação/MPF/SE.
Publicado originalmente pelo site G1/SE., em 24/11/2016.
FPI descobre novo sítio arqueológico em Gararu.
Visita constatou algo inédito para a região.
Drone sobrevoou a área e registrou imagens.
Do G1 SE.
O Ministério Público Federal em Sergipe divulgou, nesta
quinta-feira (24), que em visita ao sítio fossilífero Fazenda Elefante,
localizado no município sergipano de Gararu, onde foram registradas ocorrências
de ossos fossilizados de fauna extinta há 10 mil anos, a equipe de Patrimônio
Cultural e Comunidades Tradicionais da Fiscalização Preventiva Integrada do São
Francisco da Tríplice Divisa (FPI) do São Francisco revelou que estudos prévios
já relataram a presença de duas espécies de preguiças terrestres, uma delas
gigante (com mais de 3 metros de altura), tatus gigantes, tigres dente de
sabre, uma espécie extinta de elefante chamada de estegomastodonte, camelídeos
e equídeos, entre outros mamíferos extintos de grande porte.
Ainda durante os trabalhos da FPI, foi identificado um nível
sedimentar com ocorrência ‘in situ’ de fósseis, o que permitirá entender sob
qual ambiente foram depositados e quais processos pós-morte atuaram nestes
elementos.
Nessa visita, constatou-se algo inédito para a região, um
sítio arqueológico dentro da mesma área na qual principalmente sítio
paleontológico. Entre os artefatos arqueológicos foram observadas
principalmente peças líticos, que são artefatos de pedra trabalhadas pelos
homens da antiguidade. O reconhecimento de sítios com materiais tão distintos
só foi possível com o trabalho conjunto de paleontólogos e arqueólogos da
equipe de Fiscalização Preventiva Integrada de Sergipe.
Para se compreender melhor toda a complexidade deste sítio,
a equipe do FPI contou ainda com a utilização de um drone, que sobrevoou a área
e registrou imagens aéreas possibilitando a determinação e reconhecimento de
toda a área do sítio.
O registro e cadastro do novo sítio arqueológico no banco
nacional de sítios arqueológicos foi realizado, para que, então, se possa
proceder com os projetos de resgate, pesquisa e preservação deste patrimônio
natural e cultural.
A equipe de Patrimônio Cultural e Comunidades Tradicionais é
composto pelos órgãos: Iphan/SE; Secult/PDHAC; Incra; PRF; UFS/MAX; Corpo de Bombeiros;
FCP.
Mais de 400 profissionais - Estão participando da
Fiscalização Preventiva Integrada do São Francisco da Tríplice Divisa (FPI)
mais de 400 profissionais que envolve os estados de Sergipe, Bahia e Alagoas.
Em Sergipe, a FPI tem a participação de 32 entidades, entre elas órgãos
federais e estaduais, e instituições da sociedade civil, sob a Coordenação
Geral do Ministério Público Estadual e Federal, promotora de Justiça Allana
Rachel Monteiro e procuradora da República Lívia Tinôco, com o apoio do CBHSF.
Esta é a segunda etapa da FPI do São Francisco em Sergipe,
porém, é a primeira de grande porte, já que dessa vez conta com 12 equipes em
campo: saneamento (resíduos sólidos/esgotamento sanitário/ abastecimento de
água) mineração e cerâmica; fauna; flora; espeleologia; aquática; abate
clandestino; patrimônio cultural; comunidades tradicionais; gestão ambiental;
agrotóxicos; e apoio e inteligência.
*Com informações do MPF/SE.
Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe
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