Publicado originalmente no blog Sergipe Cultura, em
5/11/2011.
Livros de cordel e cordelistas sergipanos
A produção literária em livretos de cordel é rica em
Sergipe. Em várias feiras do interior e no Mercado Central A de Aracaju existem
poetas populares vendendo suas obras.
Originalmente esses livretos mediam 16x11 cm, tinha
dimensões de livros de bolso. A grande maioria das capas trazia um desenho, o
título e o nome do autor impressos em xilogravura. Todas as páginas são
numeradas e variam de 8, 16 e 32. As composições são também variadas:
sextilhas, sétimas, oitavas e décimas. O que realmente importa é a rima, mesmo
o poeta usando falsos ditongos como sílaba única. A composição rítmica de uma
história é a mesma do começo ao fim.
As temáticas da literatura de cordel são extremamente amplas
e variadas: o cangaço, a política, o amor, o crime, fatos sobrenaturais,
fantasias, valentia.
Na atualidade, os livretos são produzidos em gráficas,
ocorrendo transformações nos seus projetos gráficos (formato, tipo de papel,
cores, confecção da capa). Além disso, existe uma maior diversificação das
temáticas: educação, formação política, biografias de personalidades, avanços
científicos e tecnológicos, esportes, acontecimentos contemporâneos, entre
outros.
Alguns dos mais conhecidos cordelistas de Sergipe são: Pedro
Alves da Silva, Manoel de Almeida Filho, José Marins dos Santos, Severino
Milanez, José Pacheco, Manoel Serafim, João José Silva, João Ferreira da Silva,
Zezé de Boquim, Gilmar Santana, Severino José, Ronaldo Dórea Dantas, João
Firmino Cabral, Zé Antônio dos Santos, entre outros.
Texto e imagem reproduzidos do blog: sergipecultura.blogspot.com.br
O cordel ainda precisa ser mais divulgado em nosso estado e seus autores. Faço cordel a mais de 20 anos, tenho mais de 60 títulos publicados e espalhados por dezenas de unidades escolares e ate pela Universidade Federal de Sergipe. Não vivo de renda oriunda do cordel pois sou professor da rede pública de Itabaiana. no entanto luto incansavelmente pela valorização do nosso Cordel. Como me falou meu grande mestre e admirador Aderaldo Luciano. Quem escreve Cordel escreve o Nordeste e seu povo, sua cultura e a bravura desse povo que ama sua terra mesmo diante de tanto sofrimento e discriminação.
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