Sílvio Romero (1851 - 1914).
Silvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero, pensador da
cultura brasileira, nasceu em Lagarto, em 21 de abril de 1851, e faleceu no Rio
de Janeiro, em 18 de julho de 1914 com 63 anos.
Em 1863, vai estudar preparatórios no Ateneu Fluminense.
Regressa ao Nordeste em 1868 e matricula-se na Faculdade de Direito do Recife.
Ele e seu inseparável companheiro Tobias Barreto criam o movimento denominado
“Escola do Recife”, direcionado à renovação da mentalidade brasileira, sendo
precursores da chamada poesia filosófica - cientifica.
Filia-se a um pequeno grupo de estudiosos do nosso folclore
e logo se põe à vanguarda deles, marcando, com segurança, as primeira
diretrizes aos estudos das nossas tradições populares com a classificação das
manifestações folclóricas.
Seu espírito critico o afasta das idéias de comte e o
transporta para filosofia evolucionista de Spencer, na busca de métodos
objetivos de análise critica e apreciação do texto literário.
Inicia na imprensa com a publicação monográfica: A poesia
contemporânea e a instituição naturalista. Mantém sua colaboração, ora como
ensaísta e critico, ora como poeta, nos principais jornais pernambucanos.
Exerce a promotoria e atraído pela política, elege-se
deputado para Assembléia Provincial de Sergipe, em 1874. Em fins de 1875,
transfere-se para o Rio de Janeiro, onde em Parati exerce a magistratura, e ali
se demora por méis de dois anos. Na imprensa do Rio de Janeiro, Silvio Romero
torna-se literariamente poderoso. Admirador incondicional de Tobias Barreto,
por vezes o coloca acima de outros grandes poetas.
Pesquisador bibliográfico sério e minucioso, Romero
preocupa-se, sobretudo, com o levantamento sociológico em torno de autor e
obra. Sua força está nas idéias de âmbito geral e no profundo sentido de
brasilidade que imprime em tudo que escreve. A sua contribuição à
historiografia literária brasileira é, sem duvida, a mais importante de seu
tempo.
Era membro do instituto Histórico e geográfico Brasileiro,
sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e de diversas outras
associações literárias.
Sílvio Romero foi também um dos grandes responsáveis pela
valorização das tradições populares, recolhidas nas obras sobre o folclore.
Quem examina a obra folclórica deixada por Silvio Romero sente logo a força
afetiva que o ligava às nossas tradições. E é bem possível que o estudo
penetrante dessas tradições do povo fosse para ele – homem rebelde, apaixonado
e agressivamente franco nas suas opiniões e conceitos – consolo suave para os
momentos agitados de sua vida. Ele mesmo o disse, referindo-se às pequenas
jóias da poesia popular: “Ainda agora sinto no ouvido a melodia simples e
monótona desses e d’outros versinhos do gênero: e invade-me a saudades, doce
companheira, a quem devo, no dias tristes de hoje, as raras horas de prazer de
minha vida.”
Este é o ilustre pensador Sílvio Romero – além de pioneiro
da literatura brasileira, também pioneiro do nosso folclore, a quem se
prestaram em todos os recantos do Brasil, as mais justas homenagens de
reverência e admiração.
Romero, era sergipano e havia estudado direito em
Pernambuco. Ele e seu inseparável colega Tobias Barreto, fizeram parte do
movimento que ficou conhecido como escola do Recife, responsável pela
divulgação no Brasil de muitas idéias cientificas e filosóficas, especialmente
o evolucionismo. Romero foi muito mais que um polemista. Sua contribuição ao
pensamento brasileiro é uma magnitude incomensurável. Pesquisador do folclore e
da literatura popular, foi dos primeiro a estudar a influência cultural
africana na formação do Brasil – e criticava o romantismo justamente por sua
ênfase exagerada no indianismo.
Sílvio Romero foi o primeiro - e talvez o Único – a
discordar do humorismo e pessimismo de machadiano, sendo por isso o pioneiro no
trato da questão das influências não só dos humoristas britânicos, mas também
dos filósofos pessimistas. Para o ousado evolucionista sergipano, o humour só
podia ser verdadeiro, ou genuíno, quando se confundia com a índole do escritor,
que por sua vez era produto da psicologia, da raça e do meio do seu povo.
Escritor, poeta, filósofo, sociólogo, político, critico
literário brasileiro e historiador da literatura no Rio de Janeiro, no Colégio
Atheneu Fluminense, formando-se em Recife, como Bacharel em Direito. Exerceu
atividades como representante do ministério Público em Sergipe. Chegou a ser
magistrado, emprestando seu saber nas comarcas por onde passou. Foi professor
de Filosofia no Colégio Pedro II e de filosofia do Direito na Faculdade Livre
de Direito do Rio de Janeiro.
Sílvio Romero, foi um dos fundadores da Academia Brasileira
de Letras, tendo também ocupado uma cadeira no Instituto Históricos e
Geográficos Brasileiros. No governo de campos Sales, foi Deputado Provincial e
Federal, por Sergipe. Representou o Brasil em conferências internacionais,
destacando-se a de 1904, quando foi agraciado com a comenda de São Tiago, pelo
rei D. Carlos, de Portugal...
Texto e foto reproduzidos do site:
silviooimortal.blogspot.com.br
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