sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Músico sergipano Mestrinho vence Grammy Latino

Publicação compartilhada do site do JORNAL DA CIDADE, de 15 de novembro de 2024

Músico sergipano Mestrinho vence Grammy Latino

A vitória foi anunciada na noite desta quinta-feira (14), durante a cerimônia realizada no Kaseya Center, em Miami, nos Estados Unidos.

O músico sergipano Mestrinho venceu, nesta quinta-feira (14), o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa ao lado de Mariana Aydar. O disco 'Mariana e Mestrinho' venceu a disputa com outros artistas brasileiros, como João Gomes e Marcelo Jenec. 

A vitória foi anunciada na noite desta quinta-feira (14), durante a cerimônia realizada no Kaseya Center, em Miami, nos Estados Unidos.

O álbum premiado, Mariana e Mestrinho, lançado em abril deste ano, reúne clássicos do forró pé de serra e canções inéditas, além de colaborações especiais de Gilberto Gil, Juliana Linhares e Isabela Moraes. Após a conquista, Mestrinho agradeceu emocionado: “A quem acreditou no disco, obrigado a todos, aos amigos. Muito feliz de ver tantos amigos reunidos. Obrigado a todos que concorreram com a gente também”.

O sergipano nasceu em Itabaiana e é filho do sanfoneiro Erivaldo de Carira. Ao longo de sua trajetória, consolidou-se como um dos grandes nomes da música brasileira, colaborando com artistas como Dominguinhos, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Gilberto Gil. A premiação reforça sua relevância no cenário musical, destacando a força do forró e da música de raízes brasileiras.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

domingo, 10 de novembro de 2024

Bloco da Prevenção leva alegria e 10 mil preservativos ao Pré-Caju 2024

 







Fotos: Flávia Pacheco/SES.

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 9 de novembro de 2024 

Bloco da Prevenção leva alegria e 10 mil preservativos ao Pré-Caju 2024

Trio teve prevenção ao HIV/Aids como tema e contou com retorno do ‘Camisildo’

Com entusiasmo e alegria, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou de mais uma edição do Pré-Caju 2024, a maior prévia carnavalesca de Sergipe. No Bloco da Prevenção, os foliões se uniram a uma ação educativa, dançando ao som do cantor Cid Natureza e destacando a importância do engajamento da população na prevenção ao HIV/Aids.

“Estamos mais uma vez no Pré-Caju em grande estilo. Este ano, temos um trio elétrico e a emocionante volta do nosso Camisildo restaurado. Durante a festa, disponibilizamos cerca de 10 mil preservativos. Além disso, com a troca dos abadás do nosso bloco, arrecadamos uma quantidade excelente de leite para beneficiar nossos assistidos na Casa de Apoio Bom Samaritano”, disse o responsável técnico do Programa IST/Aids, Almir Santana.

A turista Ana Paula, de Salvador/BA, adorou a iniciativa do Governo do Estado. “Estou aqui para aproveitar o carnaval em Aracaju e amei essa ação. Temos mesmo que nos lembrar de usar sempre camisinha, para cuidar da nossa saúde e aproveitar a festa com segurança”, ressaltou.

Para a servidora da SES, Renata Nascimento, é um momento de alegria em tempo de intensificar as formas de prevenção. “É ótimo, pois mostra como as pessoas estão se conscientizando sobre a saúde. Estamos resgatando a importância do nosso Camisildo com  Dr. Almir reforçando a mensagem sobre a prevenção”, pontuou.

Atuação do Samu 192 Sergipe

Para garantir celeridade e eficiência na assistência à saúde em eventuais ocorrências, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) está no evento atendendo incidentes que possam ocorrer, tanto no trajeto da festa, quanto no deslocamento dos foliões. Durante a folia, o Samu disponibiliza por dia 19 profissionais, sendo um médico, um enfermeiro, sete técnicos de enfermagem, seis acadêmicos do curso de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) do Samu, três condutores e um representante da gestão.

Foram estruturados quatro postos em pontos estratégicos: duas motolâncias na concentração; uma unidade de Suporte Básico de Vida (USB) próxima aos Arcos da Orla; uma Unidade de Suporte Avançado (USA) e uma USB próxima ao Camarote Aju; e duas motolâncias e uma Unidade de Resgate (UR do Corpo de Bombeiros Militar) próximas ao Hotel Del Mar.

“Estamos preparados para atender aos foliões que vão curtir esses os dias de Pré-Caju. Mas é necessário que as pessoas tomem algumas medidas de prevenção: não dirigir caso consuma bebida alcoólica, tomar cuidado com o excesso de exposição ao Sol, e beber bastante água para manter uma boa hidratação do corpo”, alertou o superintendente do Samu 192 Sergipe, Ronei Barbosa.

Texto e imagens reproduzidos do site: www se gov br

sábado, 9 de novembro de 2024

Mais de 30 atrações agitam o Pré-Caju, na Orla de Atalaia, em Aracaju

Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 8 de novembro de 2024

Pré-Caju movimenta economia e ocupa quase 100% dos hotéis

Mais de 30 atrações agitam a festa que acontece na Orla de Atalaia

O Pré-Caju 2024 acontece desta sexta-feira, a domingo, 8 a 10, na Orla da Atalaia. O evento terá três dias de shows no Camarote Aju, além de dois dias de desfiles de blocos com mais de 30 atrações. 

Além de fortalecer o potencial turístico de Aracaju, o Pré-Caju movimenta a cidade com sergipanos e turistas que lotam as ruas em busca de alegria e diversão. Com isso, a expectativa é muito alta entre empresários e trabalhadores que fazem parte da cadeia do turismo.

Hoteleiros, donos de bares e restaurantes, vendedores ambulantes, taxistas e motoristas de aplicativo aguardam ansiosamente o evento, já prevendo aumento expressivo na movimentação de turistas, e melhora nas receitas dos empreendimentos. O secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, destacou que o Pré-Caju tem um impacto positivo na economia local como grande impulsionador do turismo no estado, além de movimentar o comércio e gerar empregos temporários.

“O Pré-Caju atrai visitantes de diferentes regiões do país, promovendo Sergipe como destino turístico. Sem dúvida, o evento contribui para o desenvolvimento do setor de serviços e também coloca Sergipe em evidência no cenário de grandes eventos do país”, frisou o gestor da pasta.

A realização do Pré-Caju incentiva a rede hoteleira, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe – ABIH-SE – a ocupação dos hóteis neste final de semana é de quase 100%. 

Para Antônio Carlos Franco, presidente da ABIH, a alta taxa de ocupação é um reflexo do sucesso do evento e da qualidade dos serviços oferecidos em Aracaju. “Estamos prontos para receber nossos visitantes com hospitalidade e conforto", afirma. 

Ainda segundo Antônio Franco, os investimentos do Governo de Sergipe na promoção do turismo têm sido fundamentais para alcançarmos este excelente momento. “Com o Pré-Caju e outras festividades, estamos vendo os frutos desse trabalho conjunto”, salienta o presidente.

O gerente do Hotel Pousada do Sol, Henrique Goes, comenta que a festa traz muita visibilidade para o turismo local, movimenta a economia e consiste em um dos períodos de maior ocupação - no caso do seu empreendimento, 98% dos quartos já estão reservados. Para atender à demanda, a equipe foi ampliada temporariamente com a contratação de camareira, cozinheira e segurança.

“Além de entrarmos no clima do evento com decoração interna alusiva à festa, também vamos reforçar o serviço de café da manhã com opções típicas da culinária sergipana, por exemplo. Estamos bastante animados. O Pré-Caju valoriza o calendário de eventos, divulga a nossa cidade e a cultura local. Pessoas de outros estados, que vêm prestigiar a festa, também têm a oportunidade de conhecer nossos atrativos turísticos, a exemplo das lindas praias, do Cânion do Xingó [em Canindé de São Francisco], entre outros”, considerou.

SEGMENTO GASTRONÔMICO – Bares e restaurantes localizados na Orla da Atalaia aproveitam o evento para atrair mais clientes. É o caso do empresário Renato Lima de Araújo Junior, que pela segunda vez montou uma estrutura de camarote com a venda de mesas. Além disso, ele irá oferecer programação especial com a apresentação de bandas para o cliente que vai assistir à passagem dos trios e prefere curtir o Pré-Caju num ambiente mais fechado. “Praticamente todas as mesas foram vendidas. O Pré-Caju traz um grande fluxo, e é uma oportunidade para os turistas conhecerem mais da nossa gastronomia e da cultura”, ressaltou.

Os microempreendedores também encontram no Pré-Caju uma oportunidade para ampliar as vendas. Há dois anos, Daniel de Jesus Santos vende água de coco, refrigerante e cerveja em frente aos Arcos da Orla. Ele revela que, assim como no ano passado, já preparou o estoque de bebidas para vender no sábado e no domingo do Pré-Caju e, assim, garantir uma renda extra. 

“Ano passado, graças a Deus, as vendas foram excelentes. Não tive prejuízo nenhum! Essa festa é muito importante para nós, que trabalhamos como ambulantes, porque conseguimos um bom lucro nesses dias. E é um dinheiro que ajuda bastante a ‘desafogar’ as contas, nos organizar, comprar algo que desejamos. Posso até considerar que é como se fosse o nosso 13º salário”, exaltou.

Além desses, o segmento de transportes, com táxis e carros de aplicativo, é fortemente demandado durante o Pré-Caju, garantindo mobilidade aos turistas e também movimentando a economia. Autran Rodrigues, que trabalha há 43 anos como taxista, reforça o aumento do movimento durante a prévia carnavalesca, com muitas corridas nas áreas próximas ao evento.

“É um período de grande demanda, e a expectativa é muito boa. Trabalho em horário estendido, das 23h às 4h, em que o valor das corridas é maior. Também acontece de o cliente negociar o valor da corrida, e assim fica bom para todo mundo. Tomara que o Pré-Caju atraia muita gente como no ano passado e eu consiga uma boa renda”, almeja.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

08/11 (sexta-feira)

Camarote Aju

19h: Klessinha

20h30: Michele Andrade

22h: Durval Lelys

00h: Dennis DJ

02h: Parangolé

09/11 (sábado)

Camarote Aju

18h: Luanzinho

20: Netinho

22h: É O Tchan

00h: Felipe Amorim

02h: Timbalada

Blocos/Pipoca

14h: Ninha da Bahia (Pipoca Omo Oxum)

14h30: Cid Natureza (Pipoca)

15h: Bell Marques (Bloco Vumbora)

15h30: Ivete Sangalo (Bloco Com Amor)

16h: Xanddy Harmonia (Bloco Daquele Jeito)

16h30: Durval Lelys (Trio Verão Sergipe)

17h: Psirico (Pipoca Cajuranas)

17h30 Natanzinho Lima (Trio Arraiá do Povo)

18h: Julinho Porradão Pipoca da FM Sergipe

10/11 (domingo)

Camarote Aju

17h: Os Faranis

19h: Rafa e Pipo

21h: Alexandre Peixe

23h: Pedro Sampaio

01h: Heitor Costa

Blocos/Pipoca

13h: Banda de Frevo (Bloco do Papelão)

14h: Banda Reação (Pipoca)

14h30: Bell Marques (Bloco Vumbora)

15h: Aline Rosa (Trio Verão Sergipe)

15h30: Léo Santana (Bloco Vem com o Gigante)

16h: Luiz Caldas (Pipoca do Caranguejo Elétrico)

16h30: Tomate (Bloco Eu Não Vou Embora)

17h: Ramon e Randinho (Trio Arraiá do Povo)

17h30: Chicabana (Pipoca)

18h:Calcinha Preta (Pipoca da FM Sergipe)

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br/colunas

Sergipe é sinônimo de praias, passeios e caranguejo


Legenda da foto:  Em Aracaju se cultiva o hábito de "quebrar" caranguejo regado a vinagrete e cerveja super gelada

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 9 de novembro de 2024

Sergipe é sinônimo de praias, passeios e caranguejo

Aracaju não tem as praias mais badaladas do Nordeste, mas em compensação, capricha quando o assunto é infraestrutura, hospitalidade, variedade de passeios – os de barco pelos rios levam a belos cenários como a Croa do Goré e à Ilha dos Namorados – e preços: até mesmo na alta temporada os programas saem em conta.

Com ruas limpas e arborizadas, a cidade tem como principal cartão-postal a orla de Atalaia, repleta de atrativos. Ao longo de seis quilômetros reúnem-se quiosques, calçadão, ciclovia, quadras poliesportivas, fontes luminosas e um oceanário que encanta crianças e adultos. Por lá fica a Passarela do Caranguejo, um trecho tomado por bares e restaurantes que servem o melhor da cozinha regional – frutos do mar, carne-de-sol, pirão-de-leite e, claro, caranguejo.

Tradições mantidas

As tradições típicas são mantidas também nas cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras, a menos de 30 quilômetros de Aracaju e que guardam jóias arquitetônicas coloniais, além de festivais folclóricos. Também nos arredores da capital fica um dos cenários mais bonitos do Estado – o cânion de Xingó, desbravado a bordo de escunas e catamarãs que cortam as águas verdes do rio São Francisco.

Para conhecer a fundo a rica história do estado, siga para o Museu da Gente Sergipana, inaugurado em 2012. Ocupando um prédio restaurado de 1926, o espaço celebra a identidade do povo de forma interativa. Festas, praças, personagens ilustres, culinária, ecossistemas: tudo é mostrado com muita tecnologia e criatividade. Diante de um espelho, trajes típicos se moldam perfeitamente ao corpo observador. No espaço dedicado aos repentistas, basta esperar a deixa e cantar a resposta sobre o tema proposto – e a gravação pode ser publicada na internet!

Fonte: Portal Férias Brasil

Texto e imagem reproduzidos do site: www destaquenoticias com br

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

“Memórias de um político”: para que a história não fique órfã de bom depoimento

Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 1 de novembro de 2024

Coluna Aparte - “Memórias de um político”: João Augusto Gama lançará livro autobiográfico dia 19 de novembro

“Memórias de um político”: para que a história não fique órfã de bom depoimento

De primeiro presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Sergipe a prefeito de Aracaju. De jovem empresário a liderança entre os dirigentes lojistas de Sergipe. Da academia à gestão pública. Recordações pessoais de mais de meio século de militância política e vida pública.

Esse é o substrato do livro “Memórias de um político”, de João Augusto Gama da Silva. Inédita e autobiográfica, a obra é editada pela Criação Editora e será lançada no próximo dia 19 de novembro durante sessão de autógrafos do autor no Museu da Gente Sergipana, em Aracaju, a partir das 17h.

Amante das letras e das artes, João Augusto Gama conduz o leitor em uma viagem literária em que rememora o que viu e viveu no campo da política local e nacional. E viu muito, sem nunca ter batido continência para gestos de direita.

O autor esmiúça, numa narrativa fluida, recordações que vão desde a infância até os dias atuais. “É um relato em primeira pessoa contando diversas passagens da minha vida, mas restrito ao político”, explica.

“Nos últimos anos, tenho sido constantemente abordado para contar minhas memórias. Resolvi contá-las. Falo das minhas origens, estudo, formação, trabalho, mas, como o próprio título do livro diz, são memórias políticas”, completa o ex-prefeito de Aracaju.

Com prefácio do professor e escritor Jorge Carvalho do Nascimento e orelha escrita por Chico Varella, “Memórias de um político” chegará às livrarias em edição elegante e sofisticada, com projeto editorial assinado por Adilma Menezes. A revisão é de Ronaldson Souza e as ilustrações de capa são de Alberto Alcosa e Adriana Dantas.

Toda a renda obtida com a venda do livro será doada pelo autor para o SAME - Lar de Idosos Nossa Senhora da Conceição. “É uma forma de incentivar outras doações para organizações beneficentes e de ajudar uma entidade que faz parte da vida sergipana", afirma Gama.

SOBRE O AUTOR - Aracajuano, João Augusto Gama da Silva é militante político, advogado, empresário e gestor público.

Como acadêmico do curso de Direito da Universidade Federal de Sergipe, no fim da década de 1970, foi o primeiro presidente do Diretório Central dos Estudantes - DCE.

Ainda no movimento estudantil, foi preso político durante o regime militar. Participou da fundação do Movimento Democrático Brasileiro e se engajou ativamente na luta pela redemocratização do país.

Gama iniciou sua atuação como gestor público em 1984, quando assumiu a Presidência da Empresa Municipal de Obras e Urbanização de Aracaju - Emurb.

Em 1993, foi nomeado superintendente municipal de Transportes e Trânsito da capital e, no ano seguinte, passou a comandar a Secretaria Municipal da Administração.

Eleito prefeito de Aracaju em 1996, governou a capital entre os anos de 1997 e 2000. Foi também secretário de Estado do Turismo; do Planejamento, Orçamento e Gestão; e da Cultura, entre os anos de 2007 e 2018, sob Marcelo Déda.

Na área empresarial, fundou a Representações Gama Ltda e a Distribuidora Gama Ltda, e presidiu a Câmara de Dirigentes Lojistas de Sergipe - CDL.

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br/coluna-aparte

Museu da Gente Sergipana realiza homenagem a Aglaé Fontes pelos seus 90 anos







Fotos: Ascom Funcap

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 5 de novembro de 2024 

Museu da Gente Sergipana realiza homenagem a Aglaé Fontes pelos seus 90 anos

Evento aconteceu nesta segunda-feira, 4, na presença de várias personalidades do estado

Em comemoração aos 90 anos da professora Aglaé Fontes, celebrados no dia 2 de novembro, o Instituto Banese, através do Museu da Gente Sergipana e junto ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, realizou uma homenagem surpresa para celebrar sua vida, reunindo inúmeros admiradores da professora. Aglaé foi surpreendida ao fim de um evento no Museu na última segunda-feira, 4, e recebeu homenagens em forma de música, documentário e apresentações teatrais.

No evento, houve a exibição de um documentário com roteiro da jornalista Patrícia Cerqueira; apresentação de um jogral composto por amigos presentes na trajetória de Aglaé no teatro, educação, cultura popular e outros âmbitos de sua vida; e apresentação da Chegança e Lambe-Sujo de Laranjeiras. Ao final, houve a inauguração de uma escultura da professora, que passa a fazer parte do acervo do Museu da Gente Sergipana.

O superintendente do Instituto Banese, Ézio Déda, revelou parte da relação de Aglaé com a instituição e sua importância para todos. “Ela foi uma das pessoas que participou do processo curatorial de construção do Museu, e depois também como curadora do Largo da Gente Sergipana. É uma pessoa que além da importância, do legado que e da história de dedicação à cultura de Sergipe, também contribuiu muito em nossos espaços. Ela é uma pessoa que uniu o academicismo, com a força da identidade da cultura popular. Saiu dos muros da universidade e chegou perto dessas pessoas que estão no interior do estado sustentando o estandarte da nossa cultura”, detalhou.

Já para o presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), Gustavo Paixão, a historiadora é merecedora de todas as homenagens. “A professora Aglaé, aos seus 90 anos, é uma baluarte da cultura sergipana. Uma pessoa que teve sua vida dedicada à cultura, que tem como sua grande paixão o nosso querido Centro de Criatividade. Toda homenagem à ela é mais do que justa e merecida”, disse ele...

Mais homenagens

A estudiosa se emocionou durante toda a noite. Ao final, foi recebida com um caloroso canto de parabéns, entoado pelo cantor sergipano Lucas Campelo. Quem arrancou muitas lágrimas da aniversariante foi sua filha, Del Alencar, ao cantar as músicas da mãe, acompanhada do público. “Acho importante a homenagem em vida. Não esperava tanto carinho e emoção. Ela foi pega de surpresa e está muito feliz. E nós também!”, exaltou.

A amiga de longa data de Aglaé, Maria das Graças Barreto Souza, conhecida como Gracinha, esteve presente na homenagem e falou sobre a importância da professora em sua vida. “Eu hoje estou com 75 anos de idade e conheci a Aglaé com 5. A gente nunca mais se separou. Fui uma das primeiras alunas da escolinha de música dela, e o trabalho que exerci foi todo através dela. É muito bonito ver uma pessoa com 90 anos, com a capacidade criativa que ela tem”, pontuou.

A jornalista Patrícia Cerqueira, roteirista do documentário, contou um pouco sobre o que a historiadora representa para ela: “O compromisso de Aglaé com a educação e a arte me encantou. Sempre soube do peso do seu nome, do seu trabalho, mas o contato ainda mais próximo com parte das produções dela deixou ainda claro a importância dessa mulher para a história de Sergipe. Ela abriu caminhos para a arte aqui no estado”.

Já o artista visual Elias Santos, responsável pela escultura de Aglaé Fontes, explicou a essência do projeto. “Foi feito um ensaio fotográfico sem que ela soubesse que era para a escultura, e quatro meses de trabalhos para chegar no resultado. É uma escultura de resina e aço, com uma pátria em bronze, e a ideia era captar a intelectual de uma forma introspectiva e relaxada. Foi de uma responsabilidade imensa pela magnitude”, disse ele.

Aglaé Fontes

Aglaé d’Ávila Fontes é sergipana do município de Lagarto. Ela é professora, historiadora, folclorista, escritora, musicista, teatróloga, atriz e uma das maiores especialistas em cultura popular de Sergipe. Seu primeiro marco foi a sua ‘Escolinha de Música’, fundada em 1955.

A intelectual e mediadora cultural criou grupos de teatro, escreveu livros e peças teatrais. Foi produtora e apresentadora do primeiro programa infantil no rádio sergipano: ‘O gato de Botas’, na Rádio Cultura, e geriu importantes instituições e órgãos culturais, como o Centro de Criatividade, do qual também foi idealizadora em 1985; a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju); e a Secretaria de Estado da Cultura.

Dedicada à literatura e ao ensino, Aglaé foi docente da Universidade Federal de Sergipe (UFS), é imortal da Academia Sergipana de Letras e da Academia Lagartense de Letras. Em 2018, assumiu a presidência do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, e em 2020 foi reeleita presidente da conhecida ‘Casa de Sergipe’.

Personalidade feminina de múltiplos saberes e fascinada em manter viva a cultura sergipana, Aglaé também traz em seu legado a fundação do Grupo de Teatro de Bonecos Mamulengo de Cheiroso, em 1978.

Texto e imagens reproduzidos do site: www se gov br

Aglaé Fontes recebe homenagens durante solenidade no Museu da Gente Sergipana

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

'Aglaé d’Ávila Fontes: os 90 anos de uma laboriosa', por Wagner Lemos

Artigo compartilhado do site ROACONTECE, de 5 de novembro de 2024 

Aglaé d’Ávila Fontes: os 90 anos de uma laboriosa.
Por Wagner Lemos

Muitas das antigas culturas definiam o nome próprio como uma espécie de destino, de desígnio divino a ser cumprido por aquele que o recebesse. O significado do nome seria a indelével marca que seu possuidor levaria pela  vida.

Não alvitro essa crença em uma régua inquestionável, mas, prudentemente, não a coloco em xeque. Mantenho-me esteiado no terreno daqueles que sabem que o mundo sempre há de nos desvelar suas belezas sutis.

Em 02 de novembro de 1934, nasceu em Lagarto, Sergipe, Aglaé d’Ávila Fontes. Há noventa anos, a parcela de Arte de que o mundo é dotado se ampliava e ainda ganharia novos contornos. Sua presença nos deu expressões de sensibilidade e talento patentes em todo o engenho em que pôs suas mãos.  Música, ensino em distintos níveis, radiofonia, TV, teatro, folclore, literatura infantojuvenil, gestão administrativa e produção cultural são áreas que testificam sua imprescindibilidade na cultura brasileira.

Nisso, retomo a força das palavras e os insondáveis caminhos  do batismo. Aglaé é nome de fundamento na mitologia grega. Trata-se da “glória”, um dos atributos da deusa Afrodite.

Há, no entanto, uma outra face pouco conhecida. Temos a existência de uma espécie de abelha cujo nome científico é “aglae”. A abelha “aglae caerulea” é, meu entendimento, uma metáfora bem ajustada à personalidade e vida da professora Aglaé d’Ávila Fontes. Quem com ela convive ou quem acompanha sua trajetória, sabe bem o quão laboriosa é essa multifacetada intelectual. Ainda hoje, na presidência do nosso Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, evidencia cotidianamente o incansável empenho que emprega em cada uma de suas atividades e o quanto elabora, reelabora e executa projetos montados em impecável caligrafia e acompanhados em dedos de prosa e um bom café.

Penso que, como escreveu o luso poeta, engenho e arte estiveram no desígnio em estreitar as duas laboriosas em um só nome.

Atuar ao seu lado no IHGSE deu-me régua, compasso e o privilégio de aprender a todo instante em que estou na sua presença. Em uníssono me somo àqueles que reconhecem a distinção de ser seu contemporâneo. Vida longa à nossa laboriosa Aglaé d’Ávila Fontes.

Texto e imagem reproduzidos do site: roacontece com br

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

FASC 2024 divulga primeiras atrações do festival

Publicação compartilhada do site JORNAL DA CIDADE, de 25 de outubro de 2024 

FASC 2024 divulga primeiras atrações do festival

Festival acontecerá de 29 de novembro a 1º de dezembro de 2024.

 A Prefeitura de São Cristóvão anunciou nesta sexta-feira (25), parte da programação da 39ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc), em que o tema deste ano é ‘Cidade Viva’. O festival que acontece de 29 de novembro a 1º de dezembro de 2024, contará com artistas locais, como o sancristovense Joba Alves - sanfoneiro, cantor e compositor -  que irá interpretar clássicos de Gonzaguinha e a Banda Trakinagem.

A grade de atrações anunciadas até o momento inclui a banda Samba Deles, Danilo Duarte e os Benditos, além da tradicional Quadrilha Junina Meu Xodó, que celebra 34 anos de trajetória. A programação do Fasc também contará com a presença de outros artistas sergipanos, como a banda aracajuana Samba do Arnesto, com mais de 10 anos de carreira; o cantor e violonista Denisson Cleber, o Oráculo; e o coletivo Serigy All-Stars. 

Realizado pela administração municipal e Ministério da Cultura, em parceria com a Villela Produções e apoio da Lei de Incentivo à Cultura. O evento promete três dias de festa, com expectativa de receber mais de 55 mil pessoas, espalhadas pelos diversos palcos montados no Centro Histórico da cidade, incluindo o Parque Natural Aloízio Fontes dos Santos, conhecido como Bica dos Pintos.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade net

terça-feira, 29 de outubro de 2024

'Não foi tão bom?', por Marcos Cardoso

Artigo compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 28 de setembro de 2015

Não foi tão bom?
Por Marcos Carrdoso*

Quando eu era menino, uma das questões que mais me inquietavam era como seria o ano 2000. Enquanto andava pelas ruas à noite, pensando sobre com quantas e quais mulheres eu um dia deitaria, agitavam-me outros anseios. Será que a ditadura vai mesmo acabar? Será que o brasileiro deixará de ser racista? O sexo feminino deixará de ser uma categoria de segunda classe? Ainda haverá lugar para a poesia? E se uma tototó afundar na travessia para a Atalaia Nova?

Já se passaram 15 anos da virada do milênio e hoje eu olho para trás e penso nos livros que deveria ter lido e ainda não li. Lembro que os bons da sociologia estão esperando na estante, mas me vanglorio de Shakespeare e de Machado, dos clássicos gregos, dos russos e dos franceses, dos Guimarães, dos García Márquez, dos Vinicius, dos Drummond, dos Kaváfis e dos Baudelaire. Ótima escola para um mau aluno. Ulisses de Joyce parei no meio. Em busca do tempo perdido de Proust, não consegui vencer os seis volumes. Mas disso não me arrependo.

Me arrependo dos corredores, saltitantes, rastejantes e voadores que matei. Hoje, nem pescar eu gosto. Detesto ver seres vivos engaiolados, qualquer um, prefiro o bicho solto. Quero perder meu tempo, rosto ao vento, apreciando a engenharia das nuvens, o brilho de infinita variação dos verdes, cantares alegres nas manhãs de cada dia que nasce.

Venho de origem nobre, do bancário Augusto Correia e da professora Normélia Melo de Araújo, da Capela e de Aquidabã; do vaqueiro Joaquim Cardoso e da caçadora Ester Santana, de Itabaianinha. Um dia, já sem Quincas, ela teve que empunhar a espingarda de dois canos e foi buscar comida para os meninos. Meus pais, Cardoso e Luiza, me ensinaram a desfrutar de todo o bem acumulado pela família: o dom de viver em paz e ser feliz.

Projetei casas e quis ser arquiteto de prédios e praças, acabei no jornalismo. Por influência das letras, e daquela que me botou no mundo e que chorou quando eu saí de casa aos 20 anos. “O que eu fiz para você?” Ela nunca compreendeu.

Fui ungido pela simplicidade dos mestres Nelson Correia de Araújo, Áurea “Zamor” Melo, Américo Batista Cardoso, Luiz Antonio Barreto, João Costa, Wellington Mangueira, Ivan Renato Rodrigues, Eduardo Almeida, Luiz Melo, Ivan Valença, Cleomar Brandi e Amaral Cavalcante. Com eles eu aprendi que o mais importante de tudo é o homem, em qualquer circunstância e dimensão.

Fiz jornal e revista alternativa, frequentei as melhores redações, da Folha da Praia à A Tarde, da Bahia. Vivenciei o dia a dia de todos os jornais e televisões locais, e cada um acrescentou tijolinhos à minha formação profissional, mas não dá para esquecer do tempo luminoso da TV Sergipe, do romantismo do Jornal da Cidade, onde fui diretor por dez anos, da experiência de gestor público na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Aracaju, da coordenação do laboratório Ciência Press na Facom da UFBA, e do Ceav da Universidade Federal de Sergipe, onde, ao lado do inquieto Jorge Aragão, ousamos publicar livros e jornais.

Enquanto fui ali no quintal chupar um caju do pé, lembrei que trago no coração todos os dias, e quase sempre à distância, os irmãos Fernando, Ana, Haroldo, Heloísa e Luciana.

E os não menos queridos e não menos afastados amigos José Augusto Araújo, Toinho Góes, João Ramalho, Augusto Aranha e Isaias Cardoso da Silva. Com alguns deles criei desavenças, com outros fiz safadezas e alimentei vícios, mas as verdades das consciências mantêm a integridade das nossas amizades.

Desenhei, pintei, escrevi de tudo, publiquei livros, e o mais importante deles é um romance que dorme há séculos na gaveta. Conheci um pouco do mundo. Mergulhei nas águas mágicas de Fernando de Noronha, escarpei a Chapada Diamantina e o Pico da Bandeira. Enveredei pela caatinga do Nordeste e dirigi em alta velocidade pela selva amazônica. Brinquei com a neve de Bariloche, vi o Rio do alto, saltando a Pedra Bonita numa asa delta. Visitei bibliotecas, exposições e museus. Corri atrás de cangurus na Austrália, conheci a Soweto de Mandela e me encantei pela visão de Paris de cima da Torre Eiffel.

Namorei e fui namorado, sofri as dores das paixões e dos desamores, andei em casas que famílias não recomendam, bolinei a sarará Lindete em cima de uma mangueira — ela era banguela, mas tão linda! Mas caio de dengo mesmo por uma baiana que tenta me colocar no prumo todos os dias, e esse perseverar no amor me amolenga o coração. Não é, Nadia? Fiz filhas belas e de sentimentos simples e genuínos, minhas Carol e Paulinha, amantes de cachorros, gatos e papagaios.

Enfim, estou vivo para contar! Como diria minha mãe: Não foi tão bom?

* Marcos Cardoso é jornalista, editor do Caderno Mercado do Jornal da Cidade, e autor de “Sempre aos Domingos: Antologia de textos jornalísticos.

Texto reproduzido do site: destaquenoticias com br