terça-feira, 26 de novembro de 2024

"Confabulando...', por Lygia Prudente

Artigo compartilhado de Post no Perfil do Facebook/Lygia Prudente, de 24 de novembro de 2024

Confabulando...
Por Lygia Prudente

Quanto mais velha eu fico, mais trago anos nas costas, mais tenho ideias e vontade ferrenha de produzir. Isto é meu viver aos 72 anos, malgrado as dores da fibromialgia e artrose, verdadeiras ervas daninhas. Procuro, dentro do possível e beirando o impossível, não criar limites para mim mesmo e quero ir, ainda, tão longe quanto a minha mente permitir. Sempre fui inquieta e como professora, ousei, buscando uma prática agradável e contundente, que resultasse no verdadeiro aprendizado. Hoje, tenho amigos em muitos alunos, que me fazem festa ao nos encontrarmos e que ainda me chamam, carinhosamente, de tia. Nessa trajetória do magistério, quer como professora, coordenadora, supervisora, diretora, aprendi a aceitar desafios, a correr riscos e a ultrapassar aquela sensação de insegurança, de medo e que me mostraram que coisas maravilhosas podem acontecer como desabrochar talentos inimagináveis. Ainda jovem professora, constatei que nos realizamos, não pelo dinheiro que ganhamos, mas pela diferença que fazemos na vida de pessoas. Certa vez em uma entrevista, sobre o Dia do Voluntário, perguntaram-me por que a AMO (Associação dos Amigos da Oncologia) ?  A AMO era uma meta antiga que, em 2016, com a minha aposentadoria, pode ser atingida. Ali me realizo na partilha do trabalho, do carinho, da confiança, da atenção e da vazão que dou às minhas possibilidades. Uma professora, jornalista, crítica e defensora dos direitos da mulher, norte-americana, nascida em 1810, Margaret Fuller, disse: “Se você tem conhecimento, deixe os outros acenderem as suas velas nele”. Assim tem sido o convívio nos diversos grupos dos quais participo, no dia a dia da AMO, em 8 anos de voluntariado. Tanto contribuo com o talento que eu possa ter, quanto me benefício e agrego valores primordiais na vida presente. Até porque, para o meu coração, o viver autenticamente, é o alimento.

Texto reproduzido do Post Facebook/Lygia Prudente

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