Fotos: Pábulo Henry
Biblioteca Clodomir Silva realiza sarau em comemoração aos
seus 57 anos
Um importante instrumento disseminador do conhecimento e
preservador da cultura sergipana. Assim é conhecida a Biblioteca Municipal
Clodomir Silva, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), que,
nesta quarta-feira, 31, completou 57 anos servindo à população aracajuana. Para
comemorar a data, a instituição promoveu uma manhã especial com um sarau, onde
atendeu cerca de 50 alunos da rede pública e privada da capital. Com temáticas
que abordavam os mais diferentes sentimentos e contextos sociais, o evento
agradou os alunos do Colégio Unificado e Presidente Vargas, que lotaram o
auditório do prédio e deram às suas contribuições ao sarau, recitando e
declarando suas poesias prediletas.
A estudante do 9º ano e integrante da Academia de Letras
Estudantil de Sergipe, Erika Santos, escolheu um poema que ressaltava a
importância da leitura. O poema reforça que o ato de ler é uma das
possibilidades de encontrar outros mundos, conhecer novos pensamentos e
cultura. Para a estudante, a Clodomir Silva é um instrumento que colabora com a
potencialização do saber. “Aqui a gente não vai encontrar somente livros, você
acaba se encontrando. Quando você está lendo uma obra literária, você acaba
fazendo uma viagem, seja no passado ou futuro, conhecendo novas ideias, novos
mundos. A Clodomir ajuda principalmente no desenvolvimento dos cidadãos, da
comunidade. De forma geral, todos são beneficiados com essa disseminação do
conhecimento”, observa.
Segundo a coordenadora da instituição, Fabiana Bispo, esse
sarau foi uma forma de enaltecer a data de aniversário da biblioteca e começar
as atividades comemorativas em alusão ao seu patrono, que completaria ano no
mês de fevereiro. “O sarau poético é uma forma que entramos para comemorar duas
datas, o aniversário do prédio e também de Clodomir Silva. Essa é uma forma de
aproximar a comunidade da biblioteca e incentivar a leitura desse estilo
literário tão lindo que é o poema”, explica.
Mestres dos mais diversos gêneros literários estiveram no
sarau prestando homenagens à instituição e também ao seu patrono. Um exemplo é
o cordelista e pesquisador Chiquinho do Além Mar, que é um grande parceiro da
unidade da Funcaju, onde desenvolveu alguns projetos e promoveu a sua carreira
como cordelista. “Essa biblioteca é um referencial para todo o país. Nós temos
aqui a primeira cordelteca do Brasil. Saber que um espaço como esse preserva
tanto o cordel, que hoje é um patrimônio cultural nacional e vem mostrando a
sua importância, principalmente, no ensino e aprendizagem, nos mostra que ela
vem cumprindo muito bem com sua missão social, que é dar valor às mais diversas
formas de conhecimento e preservá-las. Participar desse sarau e contribuir com
as minhas obras é uma honra para mim, porque foi a partir dessa biblioteca que
eu comecei o meu trabalho como cordelista. À Clodomir, toda minha gratidão”,
agradece.
Um dos poemas recitados pelo cordelista foi o “Não ter
saudade de nada é não ter nada na vida”, de Glosas de Jessé da Costa, com
contribuição do poeta Luiz Homero. “Ao destino de ser só, saudade é força
contrária, numa artéria coronária. A saudade é feito um nó, quando lembro de
vovó. Saudade é dor que trucida, mas justo ela valida, que vovó era amada. Não
ter saudade de nada, é não ter nada na vida”.
Outro estudante que ficou encantado e tomou coragem declarou
o seu amor pela biblioteca para todos durante o sarau para agradecer pelos
trabalhos aplicados pela biblioteca foi Victor Matheus Duarte Ferreira, de 14
anos. “Não só para minha vida, mas para todo o estado, esse prédio é muito significativo.
Isso porque além de transmitir conhecimento, ainda preserva a nossa cultura.
Muitas vezes as pessoas não sabem da sua própria história, da história do seu
próprio povo. E a Clodomir faz questão de reforçar a importância das nossas
tradições, histórias”, destaca.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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