quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Sergipe Tem: Areia Branca é capital da jaca e da jaqueira

Artigo compartilhado do site da ALESE, de 28 de janeiro de 2025

Sergipe Tem: Areia Branca é capital da jaca e da jaqueira

Por Aldaci de Souza

O município sergipano de Areia Branca conquistou o Título de Capital Sergipana da Jaca e da Jaqueira. A lei 9.326/2023 aprovada na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), é de autoria do deputado Marcos Oliveira (PL). A fruta é comercializada em todo o estado e levada para outras regiões do país, tendo caído no gosto dos sergipanos e turistas que podem adquirir tanto nas feiras livres quanto ao longo das rodovias. Existem dois tipos de jaca: o duro (fruto maior) e o mole (mais doce).

Na propositura, Marcos Oliveira informou que a fruta é uma das maiores entre as comestíveis no mundo.  “No estado de Sergipe, o município de Areia Branca se destaca pelo plantio da jaca, tanto é que cerca de 30% da sua população sobrevive dessa fruta deliciosa, comercializada in natura, com destaque para as inúmeras bancas às margens da BR-235 no trecho do município”, destaca. 

Marcos Oliveira observou que a madeira da jaqueira é utilizada para fazer diversos móveis que assim como a fruta, também são bastante comercializados. “Em razão da importância do plantio e comercialização da jaca para o município de Areia Branca é que esta cidade deve ser reconhecida como a Capital Estadual da Jaca e da Jaqueira”, justifica o deputado no texto.

A fruta originária da Índia, foi trazida ao Brasil pelos portugueses e é uma das mais comestíveis do mundo, podendo atingir até 50 quilos e medir de 60 a 90 cm. A jaqueira pode chegar a 20 metros de altura. Além da polpa degustada in natura, desidratada ou usada para receitas doces e salgadas; as sementes podem ser consumidas cozidas, assadas ou usadas na produção de farinha. Como é rica em carboidratos, a jaca também é utilizada na fabricação de bebidas fermentadas.

Foto: Shutterstock/Divulgação Diário do Nordeste.

Texto e imagem reproduzidos do site: al se leg br

domingo, 19 de janeiro de 2025

Nasce a nova arcádia literária de Itaporanga D’ajuda

Artigo compartilhado do site INFONET, de 18 de janeiro de 2025 

Nasce a nova arcádia literária de Itaporanga D’ajuda.

Por Domingos Pascoal (Blog Infonet)

A diferença entre ideia/sonho e realidade, está na atitude/ação que a materializa.

Na tarde histórica de segunda-feira, 13 de janeiro de 2025, às 15h, a antiga sala de Sessões da Academia Sergipana de Letras, localizada na rua Pacatuba, 282, em Aracaju, foi palco do nascimento de mais uma Arcádia Literária em Sergipe. Desta vez, a privilegiada foi Itaporanga D’Ajuda, que, através de oito ilustres filhos da terra, deu um passo significativo em prol do desenvolvimento cultural e intelectual do município.

Comissão de fundação da Academia de Letras de Itaporanga D’Ajuda

João Kennedy de Sá Passos, Edésio Garcez Sobral Júnior, Erick Fernando Souza Barbosa, Alexandre Batista Paixão, Jhenifer Cristina Maciel dos Santos, Robson Santos Silva, Adelson Santos Nascimento Júnior, Domingos Pascoal de Melo.

A histórica sessão do dia 13/01/2025, foi enriquecida, com as ilustres presenças e participações do presidente da Academia Sergipana de Letras, Dr. José Anderson Nascimento, da Vice-presidente da ASI – Associação Sergipana de Imprensa, Acadêmica Luzia da Costa Nascimento e  da Coordenadora do Mac – Movimento de Apoio Cultural Antônio Garcia Filho, Macadêmica Educadora Cris Souza.

Com grande entusiasmo, os itaporanguenses reunidos demonstraram seu compromisso em promover a cultura, a literatura e o orgulho de suas raízes. Este marco simboliza não apenas a valorização da história local, mas também a criação de um espaço dedicado à preservação e expansão da identidade cultural de Itaporanga D’Ajuda.

Assim, Sergipe segue fortalecendo suas bases literárias, reafirmando o papel das arcádias como alicerces de crescimento intelectual e celebração das riquezas culturais e resgate de memórias de cada município.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br/blogs

sábado, 18 de janeiro de 2025

Controverso para alguns, mas, um luminar: Dom Luciano Duarte

Imagem reproduzida do site da UFS e postada pelo blog, para ilustrar o presente artigo.

Artigo compartilhado do site CORREIO DE SERGIPE, de 17 de janeiro de 2025

Controverso para alguns, mas, um luminar: Dom Luciano Duarte

Por Pe. José Lima Santana*

Em sua primeira e mais famosa obra, “Tratado da Natureza Humana”, David Hume (1711-1776), que a concluiu aos 27 anos de idade, escreveu: “Há uma grande diferença entre as opiniões que formamos após uma reflexão serena e profunda e as que abraçamos por uma espécie de instinto ou impulso natural, em virtude de sua adequação e conformidade com a mente. Se essas opiniões se tornam contrárias, não é difícil prever qual terá a precedência” (Tradução de Débora Danowski. 2 ed. São Paulo: Editora UNESP, 2009, p. 247).

Que a precedência, em casos que tais, seja a da “reflexão serena e profunda”. De Aracaju, seu berço natal, para a Universidade de Sorbonne, em Paris, Dom Luciano José Cabral Duarte soube engrandecer a cultura sergipana com o seu talento invulgar.

Para alguns, o arcebispo sergipano foi controverso, especialmente por causa do conservadorismo que marcou a sua trajetória episcopal, em um tempo no qual se dizia que o episcopado brasileiro era dividido entre conservadores, moderados e progressistas.

Como jovem leigo, atuante na coordenação do TLC – Treinamento de Liderança Cristã na nossa Arquidiocese, de 1976 a 1982, entre os meus 21 e 27 anos, eu acompanhei esse tempo de tríade episcopal. O TLC era responsável pela ação pastoral da juventude, que Dom Luciano deixou a cargo do seu Bispo-auxiliar, Dom Edvaldo Gonçalves do Amaral, um moderado.

Se, pois, para alguns, Dom Luciano era controverso, aliado dos militares, como diziam, na verdade ele foi um luminar, refletindo-se de forma serena e profunda, no dizer de Hume. Uma inteligência notável, que cativava tantos quantos o ouviam, notadamente nas missas dominicais, na Capela do São Salvador, com transmissão pela Rádio Cultura, ou, na mesma emissora, ao proferir “A Hora Católica”, também aos domingos, cujo prefixo musical do programa foi tirado da sexta Sinfonia de Beethoven. As suas prédicas encantavam pela beleza das figuras, que transportavam os ouvintes para os cenários e os fatos discorridos. Didática na medida certa, exposição filosófico-teológica ímpar.

Um arcebispo de mão forte na condução da Arquidiocese, quando ninguém ousava caminhar arrastando-se. Não! Ele sabia dar o tom da caminhada, mas permitia que cada um caminhasse com seus próprios pés, sem desvios. Alguns padres afirmavam que ele era duro, inflexível; outros o tinham em condição mais abrandada.

Desde a Faculdade Católica de Filosofia, inaugurada em 1951, e na qual ele pontificou como diretor e festejadíssimo mestre, inúmeros admiradores o reverenciavam. Autoridades ouviam-no, cortejavam-no e atendiam-no. Era exatamente assim.

Alguns podiam não gostar dele, mas negar-lhe a inteligência e a cultura seria insensatez. Dom Luciano foi um dos maiores intelectuais do episcopado brasileiro, no século XX.

Em 1964, a Loja Maçônica Cotinguiba convidou o padre Luciano Duarte para proferir uma palestra. A autorização do Papa Paulo VI só viria em 1968, quando ele já era Bispo-auxiliar de Dom Távora. Foi o primeiro Bispo brasileiro a falar aos maçons. A partir dali a Maçonaria passou a colaborar com a Igreja na implementação da reforma agrária, por meio da PROCHASE, beneficiando centenas de famílias. O seu discurso na Maçonaria foi publicado em livreto pelo acadêmico Luiz Eduardo Costa.

Doutorou-se em Filosofia pela Sorbonne, cuja tese foi defendida em 1957, obtendo a menção ‘Trés honorable’. O tema defendido: “A natureza da inteligência no tomismo e na filosofia de Hume”, perante uma banca composta pelos professores Ferdinand Alquié (orientador), Maurice De Gandillac e ninguém menos que Paul Ricoeur, que deu grande contribuição à fenomenologia e a hermenêutica, autor do consagrado “Tempo e Narrativa”, dentre tantas outras obras.

Eis o lema episcopal de Dom Luciano Duarte: “Scio Cui Credidi” (Sei em quem acreditei).

Educador nato, Dom Luciano integrou o Conselho Estadual de Educação e o Conselho Federal de Educação, este por 15 anos. Fez a cobertura das Sessões do Concílio Vaticano II e do Congresso Internacional Eucarístico de Bombaim. Foi Presidente Nacional do MEB – Movimento de Educação de Base (1971–1977). Presidente do Departamento de Ação Social do “CELAM” – Conselho Episcopal Latino-Americano (1972–1978) e seu Primeiro Vice-Presidente (1979–1983), sob a presidência do Cardeal colombiano Alfonso López Trujillo.

Nascido a 21 de janeiro de 1925 e falecido a 29 de maio de 2018, aos 93 anos, estamos diante do seu Centenário de nascimento. Uma efeméride a merecer muitas comemorações.

Na Arquidiocese de Aracaju, Dom Josafá Menezes da Silva está atento à preservação da memória do seu ilustre antecessor, o segundo Arcebispo Metropolitano de Aracaju. O mesmo se deve dizer com relação à Universidade Federal de Sergipe, de cuja fundação Dom Luciano foi um dos mais valorosos baluartes, tornando-se seu professor. A Academia Sergipana de Letras, na qual ele ocupou a cadeira nº 18, substituindo Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, tem comissão formada para festejar o Centenário desse preclaro sergipano, autor de vários livros, e que foi uma das vozes mais firmes do episcopado brasileiro, dentro de sua visão conservadora, mas, ao seu modo, muito lúcida. Isso é inegável.

* Colunista do jornal Correio de Sergipe.

Texto reproduzido do site: ajn1 com br/colunistas

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

É preciso celebrar o centenário de nascimento de Dom Luciano Cabral Duarte

Artigo compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 10 de Jan de 2025

Opinião - É preciso celebrar o centenário de nascimento de Dom Luciano Cabral Duarte 

Dom Luciano Cabral Duarte: 100 anos bem lembrados

Por Gilvan Rodrigues* (Coluna Aparte)

A Academia Sergipana de Letras, na pessoa de seu presidente José Anderson Nascimento, junto à Arquidiocese de Aracaju, com o arcebispo metropolitano Dom Josafá Menezes da Silva, prepara-se para dar início às comemorações celebrativas quanto ao centenário de nascimento de Dom Luciano José Cabral Duarte - 1925-2025.

E com Anderson Nascimento, há outras pessoas do sodalício que compõem a comissão criada exclusivamente para estabelecer o calendário celebrativo. Portanto, nada mais justo e meritório em relação a um ilustre filho de Sergipe, que tanto bem fez aos seus habitantes.

Dom Luciano Duarte nasceu em Aracaju, filho de Célia Cabral Duarte e do poeta José Goes Duarte. Trata-se, na verdade, de um momento importantíssimo da história sergipana, a fim de podermos resgatar a figura de um grande intelectual, que foi padre, arcebispo, professor, educador e também um dos maiores oradores sacros de Sergipe nos últimos decênios.

Seu púlpito era a Capela São Salvador, em Aracaju, de onde emitia sua pregação envolvente pelas ondas fonéticas da Rádio Cultura de Sergipe, que ele ajudou a fundar e da qual fora o seu primeiro presidente. Dom Luciano ingressou no Seminário Menor de Aracaju em 1936, depois do que se dirigiu aos Seminários Maiores de Filosofia e Teologia, em Olinda e São Leopoldo, respectivamente, em 1942 e 1945.

De espírito profundamente irrequieto e curioso, desde a tenra idade, perspicaz, arguto e intuitivo, sempre se demonstrou insaciável e sedento do saber. De estatura mediana, voz grave e inteligência em permanente estado de ebulição, de frenesi e de arrebatamento interior, devorava livros e jornais do Brasil e do mundo, tentando acompanhar os fatos e as notícias, com espírito crítico e ponderações equilibradas no âmbito de suas colocações, mormente para defender a Igreja e as causas da Igreja, com paixão e sabedoria vocabular.

E vigiava atentamente os desvios teológicos e doutrinários da ala progressista da Igreja, especialmente na América Latina, como acontecera com a Teologia da Libertação, cujas cinzas ainda acobertam o ardor de teimosias reincidentes no caldeirão das altercações filomarxistas.

Dialogando com Raymond Aron sobre a motivação pela qual o comunismo ainda continua a exercer forte fascínio entre os estudantes e os intelectuais do Brasil e da América Latina, apesar do Gulag, ele é enfático, e a palavra é sua: “O problema tem qualquer coisa de um enigma, se não de um mistério. Não pretendo elucidar a questão, mas apenas busco balizar, tateando, o problema. Primeiro, lembrarei que uma ideologia não é puramente da ordem da inteligência: é da zona candente da paixão. E a paixão é cega a argumentos cartesianos, e só o impacto dos testemunhos pode romper sua fronteira de fogo. [...]. Em segundo lugar, assinalo um dado sempre subestimado: todos nós estamos, permanentemente, debaixo do bombardeio incansável do Front Mundial da propaganda ideológica comunista”. (In Medina, 2025, p. 89). 

Visionário que era, suas percepções sobre a incidência dessas questões na Igreja e na dimensão social eram pontuais e alcançavam projeções ultratemporais. Tanto que suas considerações e diatribes em relação ao tema seguem valendo.

Mesmo porque ele não estava sozinho no universo coloquial desses contrapontos. A ele precederam outros personagens como Ratzinger, Raymond Aron, Dom Paul Seitz, missionário expulso do Vietnã, em 1975, entre outros fiéis discípulos do Senhor, que buscavam refrear o avanço ideológico perigoso de vertentes contraditórias dentro da própria Igreja Católica.

E ele se inquietava profundamente, aflitivamente, com tais ameaças. Claro que sua postura contundente e ferrenha na defesa de suas teses despertou sentimentos raivosos em seus adversários, em pessoas que militavam do outro lado. Mas eram posturas próprias de intelectuais que conheciam, e muito bem, os meandros apologéticos de suas investidas argumentativas. Eles extasiavam os leitores no deleite das controvérsias.

Para dizer a verdade, não obstante a pequenez e os estágios limítrofes de minhas apreensões cognitivas ou intelectuais, sinto saudade - sem saudosismo vazio - dos tempos em que, na Igreja, tínhamos homens de ciência, que pensavam e refletiam, com magistral competência e convencimento, as questões cruciais da Igreja.

Aliás, ouvi muito de eclesiásticos contemporâneos – bispos -, quase como numa censura a esses homens pensantes, que a Igreja não precisa de intelectuais, mas de pastores! Mas são os intelectuais, e não os pastores, que tiram a Igreja da borrasca das heresias de plantão, quando elas tentam esgarçar o santo tecido de sua doutrina, conduzindo-a ao caos dispersivo da fé dos filhos da Igreja.

Hodiernamente, vivemos “tempos de cães mudos”, para usar o título do livro do bispo francês Dom Paul Seitz, publicado na França, depois de sua expulsão do comunista Vietnã. Pior: pensar e refletir tem se tornado quase um crime no contexto social moderno da liquidez das ideias, do pensamento, como se a verdade fosse tão relativa quanto o gosto apreciativo dos botecos das esquinas. Dessarte, parece que nos tornamos vítimas e prisioneiros da trincheira dos covardes, a omissão, que, por sinal, para os cristãos, é um pecado grave. 

Dom Luciano Duarte foi um personagem polivalente, mítico, de várias facetas no contexto de sua existência, que fez valer, a ferro e a fogo, o que tentava nos transmitir quando afirmava que “só merece ser levado a sério quem é capaz de sofrer por suas convicções”. 

Um pouco por tudo isso e por tantas outras razões, ele merece o tributo e o reconhecimento da Igreja e da sociedade sergipana por ocasião do centenário de seu nascimento. Então, proximamente, teremos a celebração de duas missas presididas pelo arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Aracaju, Dom Josafá Menezes da Silva.  

Dia 21 de janeiro - dia do nascimento de Dom Luciano - na capelania São Salvador, às 10h - uma terça-feira; e no dia 24, uma sexta-feira, às 16h, na Catedral Metropolitana. Mais adiante, numa data que será oportunamente anunciada, teremos o lançamento de uma antologia – substanciosa coletânea de textos de Dom Luciano Duarte – confiada e organizada pela acadêmica Ana Maria Fonseca Medina, a pedido do presidente da Academia, José Anderson Nascimento. A seu tempo, outros eventos também serão divulgados. 

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* Gilvan Rodrigues, é padre, professor, advogado e escritor. Membro do Movimento Cultural da Academia Sergipana de Letras, da Associação Sergipana de Imprensa e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. 

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Sergipana celebra 120 anos e torna-se a mulher mais velha do mundo

Legenda da foto: Sergipana celebra 120 anos e torna-se a mulher mais velha do mundo - (Crédito da foto: Acervo pessoal/Reprodução)

Publicação compartilhada do site A8 SE, de 8 de janeiro de 2025 

Sergipana celebra 120 anos e torna-se a mulher mais velha do mundo; confira

Dona Maria José dos Santos, nascida em Propriá e residente em Japoatã, faz aniversário nesta sexta-feira (10)

Por Redação do Portal A8SE

Nesta sexta-feira (10), a sergipana Dona Maria José dos Santos, nascida em Propriá e residente em Japoatã, completará 120 anos, consagrando-se como a mulher mais velha do mundo.

Para celebrar esse fato histórico, será realizado um evento a partir das 14h30, com apresentações culturais, homenagens literárias e momentos de reflexão sobre a importância de Maria José para a cultura sergipana e brasileira.

Além disso, a iniciativa irá destacar a identidade de Japoatã como a "terra dos Tesouros Perdidos e Tesouros Encontrados", destacando a idosa como um dos maiores tesouros do município.

Vale salientar que eventos como este ajudam a fortalecer o reconhecimento de Dona Maria, para que ela possa receber a certificação internacional do Guinness World Records, a qual já foi requerida.

A comemoração é promovida pela Gestão Municipal de Japoatã, em parceria com as Academias Literárias locais: a AJLA – Academia Japoatãnense de Letras e Artes e a ALEJ – Academia de Letras Estudantil de Japoatã.

História

Dona Maria José não é apenas um marco de longevidade, mas também uma figura de extrema relevância para a história local. Ao longo de sua vida, ela testemunhou mudanças sociais, políticas e culturais que moldaram não apenas Japoatã, mas o Brasil como um todo. Sua memória guarda episódios, hábitos e costumes que, muitas vezes, não encontram registro em livros, mas vivem nas palavras de quem os vivenciou.

Ela é um exemplo vivo de como a força de vontade, a fé e o cuidado com a saúde podem conduzir a uma vida longa e significativa.

Texto e imagem reproduzidos do site: a8se com/noticias

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Barra dos Coqueiros ganhará shopping center às margens da rodovia SE-100

 

Imagens: Divulgação/Shopping Barra Park

Publicação compartilhada do site FAN F1, de 2 de janeiro de 2025

Barra dos Coqueiros ganhará shopping center às margens da rodovia SE-100

Por Leonardo Dias

O grande e rápido crescimento populacional apresentado nos últimos anos na Barra dos Coqueiros tem despertado cada vez mais o interesse de empresários a investir na economia do município do Litoral Norte do estado. A Prefeitura da cidade emitiu, em 30 de dezembro de 2024, a licença ambiental e de instalação para o empreendimento que promete transformar a região. O Shopping Barra Park será implantado na rodovia SE-100, no povoado Olhos D’Água, em uma área estratégica, em frente aos principais condomínios do município.

Com aproximadamente 100 lojas distribuídas em dois andares, sendo quatro âncoras, o shopping oferecerá amplas áreas de estacionamento, tanto externas quanto internas. Em entrevista exclusiva ao Portal Fan F1, o empresário Sabetai Calderoni, idealizador do projeto, afirma que o empreendimento chega para atender a uma demanda reprimida da população local.

“A população não aguenta mais ter que se deslocar tanto para comprar itens básicos, frequentar um restaurante ou resolver questões cotidianas. Esse empreendimento vai mudar essa realidade, trazendo comodidade e qualidade de vida aos moradores de Barra dos Coqueiros. A escolha da Rodovia SE-100 é estratégica, pois conecta todo o município. Estar próximo aos condomínios facilita o acesso e torna o empreendimento mais atrativo”, afirmou Calderoni.

O Shopping Barra Park terá uma área exclusiva para lazer e atrações culturais: a praça da cultura e lazer, que ocupará mais de 1.000 metros quadrados. Entre as atrações previstas estão playground, palco para shows, telão gigante para exibições como o “Futebol na Praça” e “Cinema na Praça”, além de espaços confortáveis para alimentação.

A área de entretenimento será gerida pela Brasil Produções, uma renomada empresa internacional de espetáculos. Sob a direção do maestro Ricardo Calderoni, o shopping receberá artistas regionais, nacionais e internacionais, além de shows de mágica, apresentações circenses, e diversas atividades para todas as idades.

Empregos diretos

O centro de compras será construído utilizando tecnologia de peças pré-fabricadas de concreto, acelerando o processo de execução e minimizando impactos no local. “Como o sistema construtivo é por peças pré-fabricada, os empregos são os das empresas locais. As peças serão produzidas e montadas em apenas 120 dias, com obras preliminares, como terraplenagem e estaqueamento, previstas para durar cerca de um mês e meio. A ideia é prestigiar os profissionais e empresas de Sergipe, estimulando o parque produtivo local para que possa manter-se e crescer. Todos os profissionais e empresas serão de Sergipe, preferencialmente de Barra dos Coqueiros”, explicou.

Lojas

O shopping não será apenas um centro comercial, mas também um motor de desenvolvimento para Barra dos Coqueiros. Com serviços como consultórios médicos e odontológicos, escritórios de advocacia, imobiliárias, salões de beleza e bancos, além de lojas de vestuário, eletrodomésticos e brinquedos, o empreendimento promete atender a todas as necessidades dos moradores.

“Investimos em Barra dos Coqueiros devido à grande demanda reprimida e à carência de opções de lazer e serviços. O Shopping Barra Park será um marco para a cidade e para a região”, concluiu Calderoni.

Com inauguração prevista para outubro de 2025, o Shopping Barra Park chega para consolidar Barra dos Coqueiros como uma das áreas mais promissoras de Sergipe.

O economista Fernando Carvalho

Para o economista Fernando Carvalho, a implantação do primeiro shopping center em Barra dos Coqueiros representa uma transformação significativa para a economia local.

“Além de gerar empregos diretos e indiretos, o empreendimento impulsionará novos negócios e consolidará o município como um polo de desenvolvimento econômico e turístico”, afirmou.

Ele destacou ainda que Barra dos Coqueiros tem se destacado como um dos municípios que mais cresce em Sergipe, com um boom imobiliário e a contribuição estratégica de suas usinas eólica e termelétrica para a matriz energética do estado.

Texto e imagens reproduzidos do site: fanf1 com br

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

"Não foi tão bom?", por Marcos Cardoso


Artigo compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 31 de dezembro de 2024

Não foi tão bom?
Marcos Cardoso*

Quando era menino, uma das questões que mais me inquietavam era como seria o ano 2000. Enquanto andava pelas ruas à noite, pensando sobre com quantas e quais mulheres eu um dia deitaria, agitavam-me outros anseios. Será que a ditadura vai mesmo acabar? Será que o brasileiro deixará de ser racista? O sexo feminino deixará de ser uma categoria de segunda classe? Ainda haverá lugar para a poesia? E se uma tototó afundar na travessia para a Atalaia Nova?

Já se passaram 25 anos da virada do milênio e hoje olho para trás e penso nos livros que deveria ter lido e ainda não li. Lembro que os bons da sociologia estão esperando na estante, mas me vanglorio de Shakespeare e de Machado, dos clássicos gregos, dos russos e dos franceses, dos Guimarães, dos García Márquez, dos Vinicius, dos Drummond, dos Kaváfis e dos Baudelaire. Ótima escola para um mau aluno. Ulisses de Joyce parei no meio. Em busca do tempo perdido de Proust, não consegui vencer os seis volumes. Mas disso não me arrependo.

Me arrependo dos corredores, saltitantes, rastejantes e voadores que assassinei. Hoje, nem pescar eu gosto. Detesto ver seres vivos engaiolados, qualquer um, prefiro o bicho solto. Quero perder meu tempo, rosto ao vento, apreciando a engenharia das nuvens, o brilho de infinita variação dos verdes, cantares alegres nas manhãs de cada dia que nasce.

Venho de origem nobre, do bancário Augusto Correia e da professora Normélia Melo de Araújo, da Capela e de Aquidabã; do vaqueiro Joaquim Cardoso e da caçadora Ester Santana, de Itabaianinha. Um dia, sem Quincas, ela teve que empunhar a espingarda de dois canos e foi buscar comida para os meninos. Meus pais, Cardoso e Luiza, me ensinaram a desfrutar de todo o bem acumulado pela família: o dom de viver em paz e ser feliz.

Projetei casas e quis ser arquiteto de prédios e praças, acabei no jornalismo. Por influência das letras, e daquela que me botou no mundo e que chorou quando saí de casa aos 20 anos. “O que eu fiz pra você?” Ela nunca compreendeu.

Fui ungido pela indulgência dos mestres Nelson Correia de Araújo, Áurea Melo, Américo Cardoso, Luiz Antonio Barreto, João Costa, Wellington Mangueira, Ivan Rodrigues, Eduardo Almeida, César Gama, Luiz Eduardo Costa, Luiz Melo, Ivan Valença, Cleomar Brandi e Amaral Cavalcante, dentre outros que se perderam no caminho. Com eles, aprendi que o mais importante de tudo é o homem, em qualquer circunstância e dimensão.

Fiz jornal e revista alternativa, frequentei as melhores redações, da Folha da Praia à A Tarde, da Bahia. Vivenciei o dia a dia de todos os jornais e televisões locais, e cada um acrescentou tijolinhos à minha formação profissional, mas não dá para esquecer do início na TV Aperipê, do tempo luminoso da TV Sergipe, do romantismo do Jornal da Cidade, da experiência de gestor na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Aracaju e na Diretoria de Comunicação do Tribunal de Contas, do laboratório Ciência Press na Facom da UFBA, dos mais de 30 anos de Universidade Federal de Sergipe, claro, do Ceav, da Rádio e TV UFS.

Enquanto fui ali no quintal chupar um caju do pé, lembrei que trago no coração todos os dias, às vezes à distância, os irmãos Fernando, Ana, Haroldo, Heloísa e Luciana. E os não menos inolvidáveis Zé Augusto, Toinho Góes, João Ramalho, Augusto Aranha, Isaias e Chico, Jorge Aragão, Cristina Alves, Adiberto e Eugênio. Com alguns deles criei desavenças, com outros fiz safadezas e alimentei vícios, mas as verdades das consciências manteve a integridade das nossas amizades.

Desenhei, pintei o sete, escrevi de tudo um pouco, publiquei livros, e os mais importantes deles são uma biografia e um romance que dormem há séculos na gaveta. Conheci um pouco desse vasto mundo. Mergulhei nas águas mágicas de Fernando de Noronha, escarpei a Chapada Diamantina e o Pico da Bandeira. Enveredei pela caatinga do Nordeste e dirigi em alta velocidade pela selva amazônica.

Brinquei com a neve de Bariloche, vi o Rio de Janeiro de cima, saltando a Pedra Bonita numa asa delta. Visitei bibliotecas, exposições e museus. Corri atrás de cangurus na Austrália, conheci a Soweto de Mandela, me encantei pela visão de Paris do alto da Torre Eiffel e pela luz da Casapueblo em Punta del Este, me deliciei com o bacalhau do mercado de Lisboa e com a costelinha do Camilo.

Namorei e fui namorado, sofri as dores das paixões e dos desamores, andei em casas que famílias não recomendam, bolinei a sarará Lindete em cima de uma mangueira — ela era banguela, mas tão linda!

Mas caio de dengo mesmo por uma baiana que tenta me colocar no prumo todos os dias, há uma vida, e esse perseverar no amor me amolenga o coração. Né, Nadia? Fiz filhas belas e de sentimentos simples e genuínos, minhas Carol e Paulinha, amantes de cachorros, gatos e papagaios, mães dos apaixonantes Pedro e Luísa.

Enfim, o mundo ainda não acabou e estou vivo para contar! Como diria minha mãe: Não foi tão bom?

* É jornalista.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias com br