Fotos: Livia Marra/Folhapress.
Reprodução de publicação do site Click Sergipe, de 01 de
Abril de 2016.
Entre o mar e o rio, Aracaju tem ilha que dura apenas
algumas horas.
Por Lívia Marra.
Quiosques montados no meio da água e uma ilha banhada por
rio e oceano anunciam que a diversão em Aracaju (SE) vai além das praias. E, em
alguns casos, só dura algumas horas por dia.
Na Croa do Goré, no leito do Vaza-Barris, o cenário muda aos
poucos, embalado pela maré, e o rio abre espaço para uma faixa de areia – com
direito a mesas e petiscos.
Logo a água que estava abaixo dos joelhos fica na altura da
canela. Em pouco tempo, é possível caminhar.
O acesso é por lancha ou catamarã, e o trajeto é cercado por
manguezais. Na Croa (banco de areia), um bar flutuante serve bebidas e
comidinhas. Mas as mesas e cadeiras só chegam conforme a água baixa.
Apesar do movimento de turistas, o lugar é um convite para
nada fazer, aproveitando a paisagem. Quando a água desce, o homenageado do
lugar, o goré (um pequeno crustáceo, "parente" do caranguejo) aparece
e vira alvo de câmeras, até se esconder em pequenos buracos na areia. A água é
salgada, e, com a maré mais alta, águas-vivas tornam-se eventuais visitantes.
A partir desse ponto do rio, mais alguns minutos de barco
levam à chamada Ilha dos Namorados.
O extenso banco de areia tem o rio Vaza-Barris de um lado e
o oceano Atlântico de outro. Diz a lenda que, certa vez, um casal foi à ilha,
mas esqueceu de amarrar o barquinho. Sem ter como voltar, ficou alguns dias
ali. O lugar, porém, acabou ganhando o nome para sempre.
Antes de voltar, guarde um momento para se refrescar e
relaxar em uma das disputadas redes dentro da água.
O passeio de catamarã (croadogore.com.br; R$... por pessoa),
incluindo as paradas na Croa e na ilha, leva em torno de cinco horas pelo rio,
que, além de belezas naturais, guarda histórias.
O Vaza-Barris nasce no sertão baiano e deságua no litoral
sergipano. A guerra de Canudos (1896-97) aconteceu em suas margens, na Bahia.
Em Sergipe, dizem que o nome do rio é consequência da Segunda Guerra, quando
navios naufragaram e seus barris vazaram na região. Atualmente, são calmas e
mornas as águas em que se banham os turistas...
Fonte: Trecho de reportagem do jornal "Folha de S.
Paulo".
Fotos: Livia Marra/Folhapress.
Reproduzida do site: clicksergipe.com.br
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