segunda-feira, 16 de maio de 2016

Aracaju tem ilha que dura apenas algumas horas


Fotos: Livia Marra/Folhapress.

Reprodução de publicação do site Click Sergipe, de 01 de Abril de 2016.

Entre o mar e o rio, Aracaju tem ilha que dura apenas algumas horas.

Por Lívia Marra.

Quiosques montados no meio da água e uma ilha banhada por rio e oceano anunciam que a diversão em Aracaju (SE) vai além das praias. E, em alguns casos, só dura algumas horas por dia.

Na Croa do Goré, no leito do Vaza-Barris, o cenário muda aos poucos, embalado pela maré, e o rio abre espaço para uma faixa de areia – com direito a mesas e petiscos.
Logo a água que estava abaixo dos joelhos fica na altura da canela. Em pouco tempo, é possível caminhar.

O acesso é por lancha ou catamarã, e o trajeto é cercado por manguezais. Na Croa (banco de areia), um bar flutuante serve bebidas e comidinhas. Mas as mesas e cadeiras só chegam conforme a água baixa.

Apesar do movimento de turistas, o lugar é um convite para nada fazer, aproveitando a paisagem. Quando a água desce, o homenageado do lugar, o goré (um pequeno crustáceo, "parente" do caranguejo) aparece e vira alvo de câmeras, até se esconder em pequenos buracos na areia. A água é salgada, e, com a maré mais alta, águas-vivas tornam-se eventuais visitantes.

A partir desse ponto do rio, mais alguns minutos de barco levam à chamada Ilha dos Namorados.

O extenso banco de areia tem o rio Vaza-Barris de um lado e o oceano Atlântico de outro. Diz a lenda que, certa vez, um casal foi à ilha, mas esqueceu de amarrar o barquinho. Sem ter como voltar, ficou alguns dias ali. O lugar, porém, acabou ganhando o nome para sempre.

Antes de voltar, guarde um momento para se refrescar e relaxar em uma das disputadas redes dentro da água.

O passeio de catamarã (croadogore.com.br; R$... por pessoa), incluindo as paradas na Croa e na ilha, leva em torno de cinco horas pelo rio, que, além de belezas naturais, guarda histórias.

O Vaza-Barris nasce no sertão baiano e deságua no litoral sergipano. A guerra de Canudos (1896-97) aconteceu em suas margens, na Bahia. Em Sergipe, dizem que o nome do rio é consequência da Segunda Guerra, quando navios naufragaram e seus barris vazaram na região. Atualmente, são calmas e mornas as águas em que se banham os turistas...

Fonte: Trecho de reportagem do jornal "Folha de S. Paulo".
Fotos: Livia Marra/Folhapress.

Reproduzida do site: clicksergipe.com.br

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