domingo, 25 de fevereiro de 2024

Ventos fortes destelham parte do mercado de Aracaju (2024)

Legenda da foto: A forte ventania assustou quem estava
 no mercado - (Crédito da foto: Nilton Sérgio).

As telhas do mercado foram jogadas a 
vários metros de distância.

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 24 de fevereiro de 2024

Ventos fortes destelham parte do mercado de Aracaju (2024)

O Mercado Municipal de Hortifruti Maria Virgínia Leite Franco, no centro de Aracaju, teve parte do telhado arrancado por fortes ventos na manhã deste sábado (24). Algumas lojas comerciais também foram atingidas pela ventania, mas ninguém ficou ferido. A Defesa Civil Municipal emitiu alerta de chuva moderada para as próximas 24 horas. O aviso indica, ainda, possibilidade de ventos fortes e raios na Grande Aracaju. A mensagem foi encaminhada à população através do Serviço SMS 40199.

A medida preventiva tem como base informações atualizadas pelo serviço de previsão meteorológica do sistema ClimAju e centros especializados em meteorologia. Com o alerta em vigor, as equipes permanecem em atenção para atendimento a eventuais demandas e monitoramento. O coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo, ressaltou que “a população deve evitar transitar próximo às estruturas sucetíveis aos impactos do vento, como por exemplo painéis de publicidade, assim como não devem se abrigar debaixo de árvores ou de coberturas frágeis”.

Texto e imagens reproduzidos do site: www destaquenoticias com br

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Post compartilhado do Perfil do Facebook de José de Oliveira, em 24 de fevereiro de 2024

O acidente de ontem, trouxe lembrança de tragédia do ano de 1977

A tragédia no mercado de Aracaju, em 17 de junho de 1977

No dia 17 de junho de 1977 (sexta-feira), um redemoinho se formou no Rio Sergipe e partiu em direção ao antigo Mercado das Verduras, destruindo boa parte do telhado, que desabou, deixando um triste saldo de 09 mortos (dentre elas 05 soterradas pelos escombros) e 145 feridos.

Segundo os Jornais, por volta das 7:00 uma grande ventania começou a soprar na região do Cais do Porto, sendo seguida de um forte chuva. A ventania fez com que as telhas de zinco do Mercado das Verduras fossem atiradas a centenas de metros de distância. Com isso, a sustentação da cobertura do prédio não resistiu, desabando sobre os feirantes e os compradores. Calcula-se que por volta de 700 pessoas, entre feirantes e compradores, estavam no local no momento do desabamento.

Pesadas vigas de madeira foram levadas pelo vento, que caíram sobre vários barracos localizados nas adjacências dos Mercados Thales Ferraz e Antonio Franco, destruindo-os. Pedaços de zinco agarrados em madeira caíram sobre algumas pessoas e carros estacionados em frente ao Mercado das Verduras.

Logo após a tragédia, Soldados do Corpo de Bombeiros se dirigiram ao local para o resgate das vítimas e a retirada dos escombros. Ambulâncias do INPS, IPES, SESI, SINDIPETRO, Polícia Militar e PETROBRÁS transportaram os feridos para os Hospitais Cirurgia, Clínica dos Acidentados, Posto do INPS (Bairro Siqueira Campos), Hospital São José e Hospital da Polícia Militar. Populares, Escoteiros e vários estudantes dos Colégios CCPA e GCM colaboraram com a retirada dos escombros e verduras para o pátio da antiga Estação Ferroviária. O povo foi convocado a dirigir-se aos Hospitais para a doação de sangue.

A partir das 11:00 as Emissoras de Rádio passaram a transmitir recados dos feirantes para os seus parentes no interior do Estado.

O prédio onde estava localizado o Mercado das Verduras foi construido em 1918 e pertenceu a Firma Cruz & Irmãos. Era um Trapiche onde o açúcar era armazenado para o embarque nos navios. Na administração do Prefeito Aloísio Campos (1968-1970) foi alugado pela Prefeitura e passou a servir como Mercado das Verduras.

Em 1974, o então Prefeito Cleovansóstenes Pereira de Aguiar, pretendia demolir o prédio para a construção do Anel Rodoviário com 02 pistas na área do Mercado. Com isso, os feirantes seriam transferidos para o CEASA. Os feirantes não gostaram da idéia e se mobilizaram para permanecer no local.

O prédio onde aconteceu a tragédia não existe mais. Foi demolido para dar lugar a uma avenida.

No dia seguinte a tragédia os feirantes se aglomeraram na Antiga Estação da Leste Brasileira.

Fotos: Jornal Gazeta de Sergipe  nr. 5.749 de 18/06/1977.

Jornal da Cidade nr. 1454 de 19/06/1977.

 



Post publicado originalmente em 27 de julho de 2010,
no blog 'Aracaju Antiga', de José de Oliveira B. Filho.
blog: aracajuantigga blogspot com

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