sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Márcio Garcez expõe cultura sergipana em Recife

Foto: Marcio Garcez.

Publicado originalmente no site G1 SE, em 02/10/2014.

Márcio Garcez expõe cultura sergipana em Recife
São 42 fotos que registram os processos da apresentação do barco de fogo. Curadoria da exposição é de Ana Vírginia Queiroz.

Do G1 SE.

O fotógrafo sergipano Márcio Garcez está em cartaz com a exposição ‘Barco de fogo’ até o dia 22 de novembro, no térreo da Torre Malakoff, em Recife (PE). A obra foi contemplada na 2ª Convocatória de Ocupação da Sala Alcir Lacerda.

As 42 fotos nas dimensões 60x40cm da exposição registram os processos da confecção e apresentação dos barcos de fogo, uma alegoria pirotécnica que compõe os festejos juninos de Estância, distante 70 quilômetros de Aracaju, ao lado das quadrilhas, das batucadas gingadas no pisa pés dos tamancos, das guerras de espadas e buscapés.

Para o fotógrafo, o trabalho marca o início de um novo trabalho documental. “Procurei registrar e trazer ao público um fragmento dentro da imensidão de riqueza da cultura sergipana, nordestina e brasileira”.

A curadora da exposição, Ana Virgínia Queiroz, ressalta que o folguedo é transmitido de geração em geração, consolidou como um ritual que se estende durante alguns meses e que envolve a população da cidade que participa celebrando a corrida dos barcos:

“A concepção da tradição dos barcos de fogo está inserida em contexto coletivo, em um ambiente sócio-antropológico, os protagonistas são em grande parte pescadores que se debruçam em uma urdidura que os transforma nos famosos fogueteiros. O rito se inicia no mês de dezembro com a “tirada do bambu” no período da lua cheia. Durante meses os fogueteiros se reúnem, planejam e elaboram a estratégia do processo. Trata-se de um procedimento artesanal que exige conhecimento do manejo, dedicação e precisão técnica. Um ritual traçado em inúmeras etapas que vai desde a escolha dos bambus, a milimétrica feitura das tabocas, o pisar da pólvora no pilão até a elaborada composição do barco”.

O fotógrafo nasceu em Aracaju (SE), é graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Sergipe. Desde fevereiro passou a atuar como Consultor da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República em Brasília, por meio do Edital SDH/PR – UNESCO.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se

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