Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em
12/06/2016.
Casal se reencontra após 24 anos e monta acarajé.
Donos do próprio negócio, eles seguem batalhando e curtindo
o namoro que está preste a completar dois anos.
Por: Rosi Matos/JornaldaCidade.Net.
No tabuleiro da Dona Jane tem acarajé, vatapá, caruru, bobó
de camarão e uma história de amor que parece ter saído dos roteiros de novela.
O casal se conheceu na época da adolescência, mas só iniciaram um
relacionamento após 24 anos. Eles se reconheceram no terminal de ônibus e, de
lá para cá se tornaram parceiros no amor e na labuta. Eles usaram a
criatividade para driblar o desemprego e o aperto financeiro de casa vendendo
acarajés.
Jane é de capricórnio, sempre foi uma mulher discreta e
recatada, já Ricardo como bom galeanteador sempre teve suasrespostas na ponta
da língua. Filho do Rio São Francisco, nascido em uma canoa entre as cidades de
Neópolis e Penedo, Ricardo não veio ao mundo para perder tempo. “Ela trabalhava
em uma floricultura e eu no palácio, cresci os olhos nela quando a vi com um
buquê de rosas para entregar a uma pessoa do palácio. Perguntei qual era o nome
dela e no terceiro dia já disse que estava afim dela e, a chamei para tomar um
sorvete. Só que nesse dia passei a mão na cintura dela e ela não gostou. Ela se
adiantou, saiu da mesa e disse que voltava já, já tinha pedido dois sorvetes,
um de mangaba e outro de chocolate. Oxente ! Até hoje esse sorvete está
esperando por ela”, relembra Ricardo.
Durante esses anos, eles se relacionaram com outras pessoas,
Jane chegou a se casar e a ter duas filhas, porém depois de alguns anos veio a
separação, Ricardo por sua vez casou-se de papel passado, não teve filhos e
também passou pelo processo de separação. “Estava no terminal esperando o ônibus,
estava bem cansada por conta do trabalho e do neto que havia nascido e não
deixava ninguém dormir a noite. Foi em uma sexta-feira, por volta das 16h eu
estava esperando um ônibus no terminal enquanto uma pessoa estava me olhando de
longe, daí parei e pensei: eu conheço aquela pessoa'. Ele chegou perto, me
reconheceu e já me chamou para sair. Passou a mão na minha cintura e me
perguntou se eu estava casada. Depois do primeiro encontro, ele já chegou de
malas em minha casa, e até hoje estamos juntos. Depois da minha demissão no
serviço resolvemos encarar um negócio juntos e até hoje estamos batalhando”,
conta Marijane.
Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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