Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em
22/06/2016.
‘São João é Coisa Nossa’ resgata a tradição do ciclo junino.
Na programação tem mostras, quadrilhas juninas e grupos
folclóricos.
Por: JornaldaCidade.Net
Trios pé de serra, quadrilhas juninas, comidas típicas, o
colorido de bandeirolas e chitas, além da apresentação de grupos folclóricos,
celebram os festejos juninos no grande arraiá montado na Praça General Valadão,
em frente ao Centro Cultural de Aracaju. A primeira edição do ‘São João é Coisa
Nossa’, promovido pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), acontece
até o dia 23, com uma diversidade de exploração de sentidos, alegria e muito
forró, numa tradicional celebração ao ciclo junino.
Mas a programação não se restringe ao presente na praça. Na
sala Museu Prefeito Viana de Assis, a proposta é uma viagem ao tempo para
conhecer a história do surgimento dessa grande festa junina que invade o
Nordeste, o Centro Cultural de Aracaju recebe a exposição ‘Ciclo Junino:
Tradição e Música’. “Nela, o público pode saber como tudo surgiu, pois muitas
vezes a pessoa curte o São João e nem mesmo sabe como essa festa chegou por
aqui e como se tornou tradição. Então, temos na mostra objetos, texto e
fotografias que contam a história do ciclo junino, sua origem, além também de
mostrar o ciclo do fogo a culinária. Na segunda etapa, temos a música
nordestina e forró. É uma exposição de várias plataformas que, com certeza, vai
encantar o público, que depois pode curtir a festa na praça”, destacou o
assessor especial da secretária da Funcaju, Gustavo Vargas.
Em reforço ao objetivo de celebrar o Ciclo Junino no aspecto
das tradições, desde a história que envolve o período até as suas
transformações atuais, Gustavo destaca o papel da Funcaju enquanto órgão para o
desenvolvimento de ações culturais. “Essa é a real atividade da fundação que
tem buscado de maneiras diversas apresentar, preservar e promover a cultura da
nossa cidade. O São João é Coisa Nossa é uma dessas ações, que busca promover a
interação e conhecimento da sociedade sobre a tradição do Ciclo Junino. É uma programação
tranquila que pode ser apreciada por toda a família e também por aqueles que
curtem o Forró Caju, já que fica bem aqui próximo também”, disse.
Segundo a presidente da Fundação, Aglaé Fontes, a Funcaju
tem o compromisso de promover ações voltadas para o enaltecimento da nossa
cultura, salvaguardando nosso patrimônio e, acima de tudo, incentivando os
aracajuanos a valorizar a própria cultura. “Nosso maior propósito é trabalhar
nossa cultura no âmbito da educação, por isso que nossa programação envolve
palestras, apresentações, atividades e exposições”, afirmou a presidente da
Funcaju, Aglaé Fontes.
Mais São João.
Nas unidades da Funcaju, a programação cultural junina
também se faz presente na exposição ‘Coletiva Junina’, na Galeria Álvaro
Santos; a mostra “Tradições do Ciclo Junino”, no Mirante da 13 de Julho; além
das atividades nas bibliotecas e no Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira,
que exibe filmes com a temática nordestina.
Na mostra Coletiva Junina, é possível conferir 36 trabalhos relacionados
ao ciclo junino, que envolve Santo Antônio, São João e São Pedro. Entre eles,
as telas do artista plástico e restaurador, Lino Costa, que estimulam a
reflexão sobre a seca na Região Nordeste, além de obras de J. Inácio, Joel
Dantas, Ismael Pereira, Beto Ribeiro.
No Mirante da 13 de julho, a exposição ‘Tradições do Ciclo
Junino’ exibe a diversidade da festa e a crença religiosa, que tem no Santo
Antônio, conhecido como o santo casamenteiro, um dos símbolos da época junina.
Na mostra, além de conhecer a história do santo, ainda dá aprender algumas
simpatias. “Essa é uma mostra na qual temos como intenção levar as histórias da
origem, um pouco da culinária, vestimentas, danças, santos juninos e suas
superstições”, explicou a coordenadora Christene Hilmann.
Já no NPD, a exibição de filmes relacionados aos festejos
juninos e ao Nordeste acontece na sala Walmir Almeida, no Centro de Cultura de
Aracaju. Amanhã, 23, às 15h será a vez de exibir o documentário ‘Viva São
João’, do diretor Andrucha Waddington. Nele, o cantor baiano Gilberto Gil sai
em turnê pelas festas juninas do Nordeste, no ano de 2001. A equipe esteve em
cidades da Bahia, Pernambuco e Ceará entrevistando personagens, músicos e
público da festa. Andrucha Waddington faz um retrato antropológico da comemoração,
traçando um paralelo entre o aspecto musical e o seu lado humano. Trilha sonora
recheada por canções de Luiz Gonzaga.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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