O evento foi realizado no Arquivo Público de Sergipe
Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 22 de outubro de 2019
Evento discute a sergipanidade como disciplina fixa nas
salas de aula
Uma mesa-redonda sobre cultura sergipana no processo de
ensino foi realizada na manhã desta terça-feira, 22, no Arquivo Público de
Sergipe como parte da programação do mês da sergipanidade. A possibilidade de
uma disciplina fixa para abordar os elementos culturais sergipanos com mais
aprofundamento foi um dos temas debatidos no evento.
Coordenado pela professora Janaína Couvo, o evento reuniu
pesquisadores, estudantes de graduação, professores de rede pública e alunos
centrados em questões profissionais e acadêmicas. Além de Janaína, a mesa foi
composta pelo professor Fernando Aguiar, a diretora do Departamento de
Educação, Ana Lúcia Lima Muricy; a professora Tereza Cristina Cerqueira da
Graça e o cordelista Chiquinho do Além-Mar.
Tendo em vista que a disciplina de cultura sergipana já não
faz parte do currículo escolar das redes públicas de ensino, a coordenadora
explica qual sua importância diante do atual cenário cultural. “Ela era de
extrema importância dentro das discussões que teremos hoje, considerando que
nós, professores, criamos a porta de entrada, mas precisamos manter a discussão
cultural em sala de aula”, diz Janaína Couvo.
Cordel na sala de aula
Professor e cordelista, Chiquinho do Além-Mar
O cordelista sergipano Chiquinho do Além-Mar participou da
conversa e trouxe seu atual projeto como exemplo de ferramenta para auxílio da
aprendizagem. Intitulado de ‘Cordel na Sala de Aula’, o trabalho é feito por
meio de oficinas e palestras em diversas escolas sobre a importância da
leitura, da escrita e da produção de texto.
Segundo o professor e cordelista, a leitura pode ser
facilitada com os cordéis, já que seus textos possuem cantigas e isso faz com
que sejam mais estimulantes, embora ainda existam desafios pelo caminho. “O
desafio é fazer com que as pessoas entendam que a cultura é um elemento que
contribui para o ensino, sem deixar de apostar na inovação”, afirma.
A iniciativa começou em 2017 e este ano já se faz presente
em 20 escolas, além de estar ligada a ações em outros estados, por meio do Sesc
Nacional. Os cordéis de Chiquinho são abraçados pelas escolas que formam
parceria com o artista e acompanham os estudantes em seus anos letivos.
Por Juliana Melo e Aisla Vasconcelos
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br
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