quinta-feira, 2 de maio de 2013

O fim de um patrimônio histórico....




Publicado no Blog "Ação do Pensamento", em 8 de abril de 2012.

O fim de um patrimônio histórico....

O ser humano possui em comum os sentimentos: quem não guarda objetos que lhe são caros, porque remetem à lembrança de alguém importante ou a momentos inesquecíveis? Você já imaginou, caro leitor, se pessoas de fora ocupassem sua casa e, em sua presença, jogassem no lixo objetos que, para você, possuem valor afetivo, deletassem de seu computador suas imagens mais preciosas, rasgassem as fotos de seus álbuns antigos ou queimassem seus livros?
Isto seria o mesmo que tentar apagar suas pegadas, sua trajetória, os indícios de sua existência; seria o mesmo que passar uma borracha no mundo onde você se reconhece – um mundo que você ajudou a criar. Tudo isso porque ignoram sua história, não respeitam seu passado, não sabem o significado que aquelas referências têm para você e, certamente, terão para seus descendentes, cuja identidade será construída também a partir dessas referências.
Esta comparação, embora simplória e simbólica, nos leva à dimensão do que ocorreu neste final de semana de Páscoa.
Acordo, no sábado de manhã, com barulho de máquinas e caminhões.
Fui olhar pela janela e lá estavam: seis, sete ou oito caminhões basculante, em fila, à espera da sua vez.
À espera de serem chamados, um a um, para levar embora um pouco do passado de Aracaju. Um pouco do patrimônio histórico dessa cidade.
A imensa casa septuagenária da Rua Itabaiana, no Bairro São José, foi abaixo.
Em dois dias deixou de existir algo que, certamente, levou meses - ou anos, para ser construido.
Em dois dias perdeu-se um pedaço da história de Aracaju.

Fotos e texto reproduzidos do Blog: acaodopensamento.blogspot

2 comentários:

  1. Lamentavelmente PROGRESSO tem suas pestes de um lado, eu me lembro desse hotel CASARÃO localizado na quina onde tem a rodoviária velha, q teve de dar vaga ao moderno e a progresso. É péssimo x péssimo p,ra dar = 4 péssimo. Eu me lembro do hotel MAROZZI e tem uma arquitetura antiga de, se não me engano, rua de Laranjeiras esquina com Santo Amaro, começo do calçadão, sua fachada desfigurada em prol de uma repercurção comercial. Na\ parte de cima do prédio tem o ano, não estou bem a par, me perece ser de 1910 ou 1914. Não deveria ter essa descaracterização, mas, teve q preencher vaga ao moderno. triste. Vá lá, Armando Maynard, p,ra ver.

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  2. É o dizer de certas pessoas; É O PROGRESSO. Tem pewswsoas q é fanático por PROGRESSO e eu nem um pingo. No caso a arquitetura dar vaga a PROGRESSO e ao MODERNO, foi o q aconteceu com a demolição do hotel Marozzi p,ra dar lugar a um prédio moderno tipo arranha-céu, isso na rua João pessoa e muitos dessa juventude hj em dia não alcançaram. PROGRESSO é contagiante e triste.

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